dezembro 25, 2001

CÔTES-DU-RHÔNE: BOM DE COPO
Na semana que antecedeu o Natal, novamente em terras mineiras, lá na Zona da Mata, tivemos a oportunidade de degustar um dos mais populares (e baratos) vinhos franceses: um Cotes-du-Rhône. Desta vez, um Tradition, produzido e engarrafado por Barton & Guestier, tradicional estabelecimento localizado em Blanquefort, no vale do rio Reno, ao sul da França. Um detalhe interessante e importante se destaca logo no rótulo da garrafa: o ano a partir do qual a B&G se instalou – 1725! Também no rótulo se encontra o desenho de um castelo, o Chateau Suze la Rousse, com a sugestiva indicação de que ali se pratica "a arte da iniciação à degustação desde o século XII". Mas, passemos ao vinho. Era um tinto seco, safra de 1998, com 13% de álcool, de "Appellation Cotes-du-Rhône contrôlée", produzido a partir de uvas das castas Grenache, Syrah e Carignon. E foi uma agradável surpresa, logo ao vê-lo no copo: uma cor púrpura, brilhante e intensa. O aroma é de uma gama rica e complexa, permanente, lembrando desde frutas vermelhas a flores silvestres. Ao bebê-lo, sentimos logo a sua bela amplitude e a sólida estrutura aos taninos e o consideramos mais encorpado que outros de mesma origem que já experimentamos. Acompanhou muito bem os queijos que provamos, entre os quais um parmesão; e acreditamos que se sairia do mesmo modo com carnes vermelhas, grelhadas.
Resumindo, podemos dizer, sem medo de errar, que se trata de um vinho muito agradável, que desce bem, redondo, todo o tempo. Se estivéssemos na França, seria vinho para beber com freqüência, até mesmo por sua excelente relação preço/desempenho. Recomendado para ser servido entre 16 e 18°C. Voilà, vive la France! Joyeuses Fêtes! E que o ano de 2002 nos possa propiciar muitas e boas degustações.