setembro 24, 2003

HUNGRIA - BALATONFÜRED - CSOPAK (1/5)
Esta é a primeira das cinco regiões vinícolas da Hungria que serão apresentadas neste site, fruto da colaboração estabelecida com András Mueller, da CAPVEX, que enviou os textos em inglês. As demais serão publicadas a intervalos regulares. A tradução procurará manter o espírito dos textos, adaptando-os apenas à nossa forma corrente de expressão. Notas complementares ou fotos podem ser incluídas, a nosso critério, desde que enriqueçam a mensagem.

Balaton Lake - the greatest of Central Europe

Situado a sudoeste de Budapest, o Balaton é o maior lago da Europa Central,com uma área de 598 quilômetros quadrados e uma profundidade máxima de 11 metros. Nele existem duas reservas florestais. A indústria turística é significativa e a agricultura permanece importante.
Esta região se estende ao longo da praia mais ao norte do Lago Balaton. A combinação de solos nas cores vermelha e branca dá um toque especial à paisagem.
As uvas viníferas brancas tradicionalmente cultivadas são: Welsh-Riesling, Rhine-Riesling, Riesling-Sylvaner, Traminer, Muscat Ottonel e, há poucas décadas, Sauvignon Blanc e Chardonnay.
O vinho tinto só é produzido excepcionalmente: os vinhos rose de Dörgicse são recentes nesta região, datam de poucos anos, elaborados a partir de uvas Blue-frankish, Merlot e Zweigelt.
Dois estilos independentes de vinhos podem ser aqui encontrados. Os vinhos da sub-região de Balatonfüred são mais encorpados e têm um caráter fogoso, ardente; os "experts" da degustação refinada os descrevem como possuindo um centésimo de "mignonette". Já os Riesling da sub-região de Csopak são tipicamente elegantes, possuem um complexo espectro de ácidos, nunca agressivos.
Os vinhos dessas sub-regiões, no entanto, mantêm suas características didtintivas e se alguém espera encontrar o mesmo teor alcoólico e a mesma acidez dos vinhos de Balatonfüred, saiba que em Csopak os vinhos são relativamente mais leves e "esbeltos". Esta "benevolência" nem sempre é a mesma, como no caso de vinhos oriundos de solos arenosos, mas é o resultado de ácidos leves e vigorosos. Não é por acaso que os vinhos Welsh Riesling dos vinhedos de Csopak-Bereghát apenas podem ser comparados aos Rieslings da área de Balaton, como os de Szent György Hill. Os vinhos das redondezas de Dörgicse, Zánka e Akali são um pouco mais robustos e ardentes.

setembro 22, 2003

VINHOS DA HUNGRIA...DE NOVO
No dia 25 de março passado, publicamos uma nota sobre os vinhos da Hungria, procurando dar uma idéia dos bons produtos deste tão distante país do Leste Europeu. Um país com uma língua que nós, povo latino, temos dificuldade de entender, mas que já deu grandes contribuições à cultura, às artes, à música, aos esportes e...aos vinhos.
Bem, para nossa surpresa recebemos, recentemente, um e-mail da Hungria, enviado por András Mueller, fundador da CAPVEX, uma empresa exportadora de vinhos, o qual está interessado em estabelecer relações comerciais com empresas brasileiras.
Recebemos de András algumas informações sobre vinhos húngaros, que decidimos traduzir e publicar, porque acreditamos que representam uma boa colaboração e, com certeza, proporcionarão aos interessados uma visão abalizada sobre o assunto.
Nossa intenção é publicar uma seqüência de mensagens, possivelmente a cada 7 ou 15 dias, cada uma abordando uma região vinícola específica, de um total de cinco: Balatonfüred-Csopak, Eger, Szekszárd, Tokaj-Hegyalja e Villány.
Esperamos criar com András um canal de comunicação sempre aberto à divulgação de notícias de permanente interesse dos nossos visitantes. Bem-vindo, András!

setembro 18, 2003

NOÉ E O VINHO
Segundo a Bíblia, Noé se tornou o primeiro agricultor a cultivar a vinha. Por que escolheu essa planta e não o trigo ou a cevada, mais importantes à alimentação da época? Inúmeros exegetas cristãos tentaram desvendar o enigma. "Porque Noé era justo, ocupava-se das coisas secundárias, deixando a Deus o essencial", respondeu Santo Ambrósio de Milão no século 4, com a doçura de seu caráter.
O patriarca foi também o primeiro homem a se embriagar. Os filhos o encontraram sem roupa, caído no chão. No teto da Capela Sistina, no Vaticano, existe um célebre afresco de Michelangelo Buonarroti (1568-1646), inspirado na embriaguez de Noé. Um mosaico do século 11, existente na Basilica di San Marco, em Veneza, a mais deslumbrante igreja bizantina da Europa ocidental, apresenta-o ao lado de uma videira, em posição reverente, segurando numa mão um cacho de uva e, tendo na outra uma taça com vinho. Os vinhateiros têm sido injustos com Noé. Que se saiba, não existe uma única marca de vinho em homenagem ao patriarca. Ingratidão. Afinal, se as coisas se passaram desse jeito, o mundo inteiro tem uma dívida de gratidão para com ele. (Fonte: O Estado de S. Paulo)
DEPOIS DA GARRAFA ABERTA...
Quando se decide pela abertura de uma garrafa de vinho, a melhor recomendação é bebê-lo por inteiro. Nem sempre, porém, dá para seguir o conselho, como no caso dos vinhos destinados ao dia-a-dia, consumidos aos poucos. E aí reside o perigo: a entrada de oxigênio acarreta alterações no vinho, afetando a cor, os aromas e o sabor. Mais, ainda, propicia a proliferação de microorganismos, que acabam por causar danos irreparáveis ao vinho.
Como a incorporação de oxigênio vai aumentando na medida em que também aumenta o volume vazio da garrafa, o procedimento mais recomendado é beber todo o vinho em, no máximo, três dias. E, no intervalo entre os dias, manter a garrafa (fechada com a rolha original) na parte inferior da porta da geladeira, só a retirando alguns momentos antes de beber, para que o vinho tenha um leve aumento da temperatura.
Evidentemente, prolongar o tempo de consumo do vinho é uma decisão que dependerá, fundamentalmente, da qualidade do que está na garrafa: se for um vinho simples, dá para arriscar; mas, se for de maior qualidade, nem pensar. É melhor arranjar um bom parceiro para dividir o prazer. (Fonte: Jornal Bom Vivant, agosto/2003)

setembro 16, 2003

VINHOS DA ÁFRICA DO SUL
Em matéria assinada por Luciano Ribeiro, a revista Domingo, do Jornal do Brasil, edição de 14 deste mês, comenta os vinhos da África do Sul. O artigo enfatiza a qualidade desses vinhos e seus preços convidativos, quando comparados com os dos demais países do Novo Mundo (Chile, Argentina, Austrália, EUA e Nova Zelândia). Cita, como exemplo, o Cloof, que mereceu as cinco estrelas da revista Decanter, vendido em Cape Town pelo equivalente a R$38. Outro exemplo é o Tukulu 2001, eleito o meljor do ano pela revista Wine, cotado localmente a R$50, preço muito abaido dos cobrados por alguns vinhos argentinos (Catena Zapata), chilenos (Alma Viva, Clos Alpata) e norte-americanos (Opus One).
Qual seria a razão para essas disparidades de preços? A explicação é simples: Embora a produção de vinhos tenha se iniciado no século XVII, a pol?tica do "apartheid" provocou grandes atrasos para a indústria vinícola do país; somente a partir de 1994 se deu a retomada da produção e esse hiato fez com que os vinhos sul-africanos ainda não sejam muito conhecidos ao redor do mundo.
As maiores regiões produtoras são Stellenbosch e Paarl. A primeira fica a cerca de 45 minutos de Cape Town e suas terras são ideais para o cultivo de uvas tintas, especialmente a Cabernet Sauvignon. Paarl é uma cidade espremida entre parreiras e montanhas, onde se pode beber um bom Shiraz.

setembro 15, 2003

VISITE O FORUM DE MENSAGENS
A partir desta data, os visitantes contam com mais uma facilidade neste site: um Forum de Mensagens. Um local onde podem colocar suas mensagens, comentar, questionar e debater quaisquer assuntos pertinentes ao mundo dos vinhos: notas de provas, news, novidades no Brasil ou no Exterior, etc.
Utilizando este Forum de forma interessada e criativa, com certeza estaremos nos auxiliando mutuamente. Envie sua mensagem! Acesse o link "Enter the Forum" .

setembro 13, 2003

VINHO DO PORTO E SUAS IMITAÇÕES
Notícia divulgada dia 12 último no site LusoWine.com dá conta de que Portugal conseguiu da Organização Mundial de Comércio (OMC), com vistas à reunião de Cancun, no México, o reconhecimento do vinho do Porto como produto único no mundo, impedindo assim vários países de continuarem a utilizar esta denominação de origem. Segundo divulgado na imprensa, muitos são os que o tentam "copiar", notadamente Austrália, África do Sul, Canadá, Estados Unidos e Espanha.
"Porto” é uma marca protegida pela legislação internacional e, portanto, a ação do governo português teve por fim coibir os abusos praticados até então.
TRAPICHE MALBEC 2002
A Bodegas Trapiche, na região de Mendoza, é uma das mais tradicionais vinícolas argentinas, fundada em 1883.De lá experimentamos um Malbec 2002, com 13% de teor alcoólico. Trata-se de um vinho de corpo médio, rico em taninos, com aroma marcante da madeira. Ainda muito jovem, possivelmente apresentará taninos mais abrandados se guardado por mais algum tempo. É robusto e acompanha bem pratos de carnes grelhadas. E sua relação qualidade/preço é satisfatória.

setembro 11, 2003

XI AVALIAÇÃO NACIONAL DE VINHOS
Sob os auspícios da ABE – Associação Brasileira de Enologia, realizar-se-á no próximo dia 27 de setembro, em Bento Gonçalves, RS, a XI Avaliação Nacional de Vinhos.
Realizado desde 1993, sempre nesta cidade, o evento tem por objetivos divulgar as práticas da degustação e apreciação, bem como estimular o resultado do trabalho dos enólogos. Na ocasião, os participantes conhecerão os 15 vinhos mais representativos da safra deste ano, selecionados dentre mais de 150; e poderão comparar suas próprias avaliações com a média das pontuações dadas pelos 15 degustadores convidados.
A programação se estenderá das 9h (Abertura) às 14h (Almoço) e incluirá ainda uma conferência sobre “O Mercado Brasileiro do Vinho”.

setembro 10, 2003

UMA IDÉIA INFELIZ
Notícia divulgada pela Agência Reuters, em Berlim, no último dia 5, dá conta de que uma empresa italiana vem comercializando um vinho, especialmente dedicado ao mercado alemão, cujos rótulos trazem imagens de nazistas como Hitler, Goëring e Himmler, personagens macabros da História durante os fatídicos anos da Segunda Guerra Mundial. Não apenas imagens, mas também frases em alemão, que parecem saudações do Reich.
As autoridades alemães, considerando que se trata de uma violação às regras anti-nazistas da União Européia, solicitaram ao governo italiano uma investigação do caso.
A empresa se defende, alegando que "os rótulos nos lembram a vida de personagens célebres da história política italiana e mundial, como Che Guevara, Churchill, Hitler, Marx, Mussolini e Napoleão"... Mas a legislação alemã proíbe estritamente o uso de símbolos ou insígnias nazistas. E as autoridades se mostram particularmente preocupadas com a possibilidade desses vinhos serem trazidos por turistas, que poderiam compra-los em postos de gasolina, muitos sob o controle estatal italiano.
Possivelmente, trata-se de uma grande jogada de marketing da empresa italiana. Mas, convenhamos, colocar a imagem de um nazista no rótulo de um vinho (de qualquer marca) é uma idéia extremamente infeliz e de péssimo gosto. Nenhum vinho merece isso. Além do mais, no rol de personalidades citadas pela empresa constam figuras completamente incompatíveis pela sua comprovada atuação histórica. (Fonte: Últimas Notícias, UOL, 05/09/03)

setembro 07, 2003

SEGUNDO ANIVERSÁRIO
Chegamos ao segundo aniversário! Tim, tim! Foram dois anos em que nos esforçamos para fazer deste site um ponto de encontro dos apreciadores de vinhos, não de uma forma empolada ou excessivamente técnica, mas leve e informativa, sempre séria. E o resultado aí está: um número cada vez maior de visitantes, evidenciando que trilhamos um caminho correto.
Ao se iniciar mais um período, além de agradecer a todos que por aqui passaram, desejamos reforçar nossa solicitação para que também nos escrevam, colocando suas dúvidas e apresentando sugestões para a crescente melhoria do site, um espaço aberto a todos.