julho 13, 2004

DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #12: BRUNELLO DI MONTALCINO (D.O.C.G.)
COLOMBINI FATTORIA DEI BARBI 1994

O vinho programado para a degustação de n° 12 era um Nobile di Montepulciano Poliziano Asinone 1996, também da região da Toscana. Infelizmente, por motivos alheios à nossa vontade, este vinho não sera mais degustado nesta programação. Em seu lugar foi escolhido um outro Brunello di Montalcino, o que permitirá, desta forma, uma comparação com o anterior.
A família Colombini possui propriedades em Nontalcino desde 1352, e é a proprietária da Fattoria dei Barbi desde 1790. Seus vinhedos cobrem mua área de 100 ha, aproximadamente 35% de todo o estado. A exposição é leste, sudeste e o solo é composto principalmente por "galestro" (pedregoso) com pequenos componentes de lama e argila, e apenas uma pequena parte dele é formada com areias do período eóceno. A adega tem capacidade para 5.000 hl em barris de carvalho, 12.000 hl em tanques de aço inixidável. A produção anual é superior a 700.000 garrafas. Stefano Cinelli Colombini está diretamente envolvido com o gerenciamento global, desde a produção até a comercialização.
O vinho em prova vem sendo produzido desde 1892 e foi premiado diversas vezes por sua qualidade. É elaborado 100% com uvas Sangiovese e estagia por três anos em barris de carvalho, seguindo-se 12 meses em garrafa. O resultado é um vinho bastante agradáve, redondo e bem estruturado, com uma complexidade que irá durar muitos anos. Vamos aos nossos comentários.
Como o Brunello anteriormente provado, apresenta uma cor rubi profunda, brilhante, límpida. Seus aromas são igualmente equilibrados, lembrando defumados, em harmonia com a madeira. Na boca, evidenciou o bom corpo e um paladar agradável, mas com uma certa dose de acidez. Mesmo com uma razoavelmente boa evolução no copo, ainda assim a sensação final não foi tão interessante. Mas é, de fato, um bom vinho e talvez suportasse um pouco mais de envelhecimento. Como o outro, seu teor alcoólico é de 13%. Pontos: 85.
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #11: BRUNELLO DI MONTALCINO (D.O.C.G.)
CAMPOGIOVANNI 1992

Em 15/02/03 publicamos uma breve nota sobre o Brunello di Montalcino, um dos mais famosos vinhos da Itália (vide em Arquivos). Breve, porque falar de Brunello requer muito espaço e, acima de tudo, bastante conhecimento. Mas hoje acrescentaremos um pouco mais, desta vez comentando, especificamente, o Campogiovanni 1992 que tivemos o prazer de degustar.
Campogiovanni, situada numa altitude entre 250 e 300 metros, estende-se por 65 ha no flanco sudoeste da Montanha Montalcino, mais exposto aos efeitos benéficos da brisa marinha. Seu clima é tipicamente Mediterrâneo, com uma precipitação média anual de 550 mm; o solo é predominantemente argiloso, com apenas 15% de areia, mas contém grandes quantidades de sais minerais, sem valor para o cultivo das vinhas.
Nestas condições de clima e solo, a uva Sangiovese (variedade Sangiovese Grosso) encontra uma de suas maiores expressões de qualidade: o gradual, porém, constante crescimento da planta, com as uvas atingindo um amadurecimento tão completo e raramente visto em outros lugares.
Desde 1984, a área de Campogiovanni pertence à Agricola San Felice, quando o território do Brunello ainda não havia alcançado os níveis de excelência e notoriedade que hoje possui. E em 1° de janeiro de 1985 foram colocadas no mercado as primeiras garrafas do Brunello di Montalcino D.O.C.G., reconhecido por decreto de 1980 como o primeiro vinho D.O.C.G. italiano.
Mas vamos ao vinho provado. Sabíamos que tinha um grande potencial de guarda, mas não como se compoprtaria depois de 12 anos de armazenamento em condições não propriamente as conhecidas. Abri-lo, portanto, gerou uma expectativa grande. Mas ele não decepcionou. Vejam:
Uma bela cor rubi profunda, homogênea, sem reflexos indesejáveis. Límpido, completamente. Aromas deliciosos, muito equilibrados, complexos, persistentes, lembrando principalmente defumados - um grande prazer em aspirar. Na boca, comprovou seu equilíbrio, com taninos já completamente amaciados e a sensação agradável de descer "redondo". Durante a degustação, evidenciou uma boa evolução no copo. Realmente, um grande vinho! Humildemente reconhecemos que talvez não tenhamos conseguido perceber todas as nuances que apresentou Pontos: 92.
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #10: SEÑORIO DE NAVA RESERVA 1996

Este é um outro vinho da região espanhola de Ribera del Duero. Elaborado pelas Bodegas Señorio de nava, em Nava de Roa, a partir de uvas da variedade Tinta do País. Como o Pesquera, também 13% de teor alcoólico.
Cor rubi, intensa, brilhante, com tons de cereja madura. Aromas discretos, de correta intensidade, complexos, com fruta e madeira bem integradas, presença de defumados. Ao paladar mostra um corpo médio, taninos muito secos, e uma acidez um tanto agressiva. Um vinho estruturado, com amplitude, elegância e um final suficiente. Pontos: 81.
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #9: PESQUERA RESERVA 1997

A Denominação de Origem Controlada Ribera del Duero qualifica uma das zonas vitivinícolas mais antigas e de maior qualidade da Espanha, rivalizando em forma, prestígio e tradição com as melhores regiões produtoras do mundo. Com 110 km de extensão por 30 km de largura, ocupa as províncias (estados) de Soria, Burgos e Valladolid, somando 11.943 ha. Sua história remonta ao século XI, quando, segundo vestígios encontrados, cuando, según vestigios encontrados, os monges da Dordem de Cister, assentados na zona norte de Castilla, já desfrutavam de vinhos de grande prestígio. Através dos séculos, esta região foi forjando sua própria identidade, até que, em 1982, com a criação da Denominação de Origem, as pequenas vinícolas acabaram por dar lugar às grandes empresas da atualidade.
A área do Alto Douri é especificamente propícia ao cultivo da vinha. O rio Douro e seus afluentes, que cruzam a zona de leste a oeste, dão um caráter invernal aos terrenos de aluvião, favorecendo os vinhedos, que se adaptam muito bem. Os solos possuem pouca matéria orgânica e são ricos em sílica e elementos calcáreos. Uma temperatura média anual de 11ºC, precipitações médias anuais de 430 a 500 l/m² e uma exposição aos raios solares de aproximadamente 2.300 horas conferem às videiras um amadurecimento preciso e seguro.
Mas falemos do vinho provado. É um tinto com 13% de teor alcoólico, elaborado pelas Bodegas Alejandro Fernandez a partir de uvas Tempranillo. Possui uma cor rubi profundo, brilhante, límpida. Aromas de defumados, com a presença equilibrada da madeira, bem como lembrando castanhas de caju assadas (Maranhão). Ao paladar, confirma o bom corpo, mostra-se muito complexo, untuoso e de excelente persistência. No ponto ideal para ser bebido! Um grande vinho! Pontos: 92.

julho 11, 2004

MUDANÇA DE ENDEREÇO
Este site mudou de endereço. É com pesar que comunicamos isto, depois de quase três anos contínuos de hospedagem no Virtue.nu. E por motivos totalmente alheios à nossa vontade. Acontece que, há mais de um mês, o site se tornou inacessível, sem qualquer aviso prévio. Pensávamos que se tratava de uma falha momentânea nos servidores do nosso "host", mas não foi assim que as coisas ocorreram. Aguardamos um bom tempo, sem qualquer tipo de comunicado. Finalmente, após uma longa espera, julgamos mais prudente mudar o site de endereço, para evitar que ele fosse cada vez mais se distanciando do interesse daqueles que o frequentavam já de forma sistemática.
Por sorte, não perdemos os arquivos de mensagens e estamos apenas acertando o arquivo de imagens, de modo que o site se restabeleça nas mesmas bases anteriores.
Continuaremos confiantes de merecer a visita dos interessados e agradecemos a compreensão.