abril 29, 2007

VINHO, MODA ENTRE JOVENS

O vinho superou a popularidade da cerveja entre os jovens de muitos países desenvolvidos, como Estados Unidos, Japão e Grã-Bretanha, segundo um estudo para o salão Vinexpo de Bordeaux (sudoeste da França), que se celebrará entre 17 e 21 de junho.

"Para os jovens destes países, beber vinho tem um lado chique, consumi-lo é uma forma de se distinguir para chamar atenção", disse Robert Beynat, comissário geral deste que é o maior salão profissional de vinho e licores do mundo.

No Japão "está na moda oferecer à namorada uma garrafa de vinho (da safra) de seu ano de nascimento", acrescentou.

Atualmente, os jovens americanos consideram beber vinho uma forma de mostrar à sociedade que ganham muito dinheiro e já são adultos, explicaram os autores da pesquisa, cujos resultados foram divulgados nesta terça-feira.

E, nos países onde se impõe o estilo de vida ecológico, "o vinho, procedente de uma fruta, é considerado um álcool mais natural que os outros", afirmaram.

Na Grã-Bretanha, a criação de novos bares, modernos e ao ar livre, em contraposição aos tradicionais pubs, favoreceu a emergência do vinho entre os jovens de 20 a 25 anos. Muitos não descobriram as delícias da bebida em casa, mas durante viagens a outros países europeus.

No entanto, são muitos os obstáculos que detêm o aumento do consumo de vinho, ainda muito lento.

Em primeiro lugar está o preço, considerado alto demais, mas também a oferta abundante e a cultura elitista que cerca sua degustação.

"O problema com o vinho é que uma garrafa decente sai caro. Nos bares, a taça custa, freqüentemente, o equivalente a 6 a 9 euros", lamentou um jovem britânico, citado pelo estudo.

Beynat afirmou que os produtores de vinho enfrentam um "enorme desafio". "É preciso explicar que existem vinhos de todos os preços, com uma boa relação qualidade-preço. É preciso manter a magia do vinho e, ao mesmo tempo, acabar com o mito de sua carestia", disse.

Na França, segundo este estudo, apenas 11,1% dos menores de 25 anos consomem vinho mais de duas ou três vezes por semana.

Um estudo do Instituto TNS Sofres revelou que os consumidores franceses de 20 a 35 anos dão muita importância "à autenticidade" da bebida, razão pela qual evitam garrafas com tampa e os vinhos apresentados em caixas de papelão.
Por Christian Charcossey=(FOTOS)= PARIS, 25 abr (AFP)

O ENVELHECIMENTO DO VINHO

Cada vinho tem um período ideal para ser tomado, antes do qual ele ainda não está "pronto" e, depois do qual, ele estará em decadência ou morto. É possível estimar-se o potencial de vida de um vinho por suas características organolépticas, isto é, sensoriais (visuais, aromáticas e gustativas). O tempo de vida dependerá da estrutura do vinho e de como ele é armazenado. Vejamos o que ocorre durante o envelhecimento do vinho e como as condições ambientais influenciam no seu envelhecimento.

Para envelhecer bem um vinho deve possuir bons teores de álcool, de ácidos, e, especialmente, de taninos (substâncias responsáveis pela adstringência, que é o "travo" ou sensação de boca seca, como ao comer banana verde). Dentro da garrafa, com o passar do tempo, as centenas de substâncias presentes no vinho sofrem reações químicas, a maioria das quais não são bem conhecidas. Uma delas, melhor conhecida, é a polimerização dos taninos e sua deposição no fundo da garrafa, contribuindo para formar a borra freqüentemente observada em vinhos velhos. Com a queda dos taninos, o vinho fica mais "macio" e aveludado à boca. Também durante o envelhecimento, ocorrem reações que originam aromas mais complexos e agradáveis.

O vinho na garrafa está em total ausência de oxigênio (no engarrafamento é retirado todo o ar) e, portanto, as reações benéficas, mencionadas anteriormente, ocorrem na ausência de ar e são denominadas "reações de redução". Em presença prolongada com o oxigênio do ar ocorrem as "reações de oxidação" que têm efeito oposto, degradando o vinho. Elas originam os acetaldeídos, substâncias de aromas e sabores desagradáveis. Estes, quando oxidados, originam o ácido acético ou vinagre (também produzido por bactérias a partir do álcool) que combinado com o álcool do vinho, origina o etil-acetato, substância mais azeda e mais desagradável ainda.

Tudo isso explica os cuidados no armazenamento do vinho. A garrafa deve ser mantida deitada, de modo encharcar a rolha que se dilata e impede a entrada do ar exterior (se guardada em pé, a rolha resseca, sofre retração e permite a entrada de ar). A temperatura do local de armazenagem deve ficar 12 e 18 graus centígrados, pois acima desses valores vai acelerar as reações químicas cuja velocidade, segundo um princípio da química, dobra a cada aumento de 10 graus. Temperaturas acima de 30 graus são bastante nocivas à estrutura do vinho, especialmente ao frescor e aos aromas. Além disso, a temperatura deve ser constante, pois oscilações (como as observadas entre as temperaturas do dia e da noite) levam à expansões e retrações contínuas no volume do vinho, da rolha e até mesmo do vidro da garrafa. Estas variações volumétricas resultam em movimentos da rolha permitindo a entrada e conseqüente saída de ar, bem como a evaporação de álcool, provocando a diminuição do volume. Em vinhos muito velhos é normal uma pequena perda de volume, mas em vinhos jovens é sinal de mau acondicionamento.

Dois outros fatores muito nocivos, pois degradam substâncias do vinho são a vibração e a luz (especialmente a fluorescente que tem ondas de alta freqüência).

fevereiro 14, 2007

ENOBLOGUEIROS DO BRASIL, UNI-VOS!

Aqui está uma notícia interessante para os enoblogueiros do país: foi criada recentemente a Confraria Brasileira de Enoblogs. É o que pode ser lido em nota de 01 de fevereiro no blog Vinho para Todos. O objetivo é realizar, mensalmente, uma degustação conjunta â distância e a iniciativa funcionará assim: a cada mês, um vinho será escolhido, por rodízio entre os participantes, e no dia 1º do mês seguinte serão postados os comentários. A confraria conta, no momento, além do blog citado, com mais três: Vivinhos, Pisando em Uvas e Viva o Vinho!.
A idéia é que os comentários sejam postados nos respectivos blogs e a confraria estará aberta â participação de outros enófilos.
Este blog, que há mais de cinco anos se propõe a difundir o vinho em nosso país, estará à disposição dos autores desse projeto para colaborar no que for necessário. A união faz a força.