IMPRESSÕES PORTUGUESAS
Iniciando a divulgação de comentários sobre os vinhos portugueses, feitos por portugueses, temos a satisfação de transcrever, a seguir, o que nos escreveu Hildérico Coutinho, residente no Porto.
Inicialmente, referindo-se aos legendários Pêra Manca e Barca Velha, disse ele: "... é minha opinião e, creio, de grande parte dos apreciadores, que existem finalmente em Portugal melhores vinhos que os citados, que são, para a maioria dos que nunca os beberam, os melhores portugueses. Eu bebi recentemente o Pêra-manca 97 e foi o melhor Pera-manca que já bebi, com um ótimo corpo, de excelente cor rubi e taninos aveludados. O único Barca Velha que bebi foi o de 83, bebido em 2002, e achei que tinha um aroma fabuloso, mas com um sabor não condizente, isto é, bastante menos complexo."
A seguir, Hildérico comenta diversos vinhos provavelmente ainda desconhecidos aqui no Brasil: "Falemos então dos novos - e dentro em breve míticos - vinhos portugueses que tive a felicidade de provar. Em primeiro lugar, o Batuta 99, do Dirk Niepoort, que é um vinho portentoso de aroma e sabor. Depois vêm os outros, começando talvez pelo "T" de Terrugem 99, um alentejano com um corpo do Douro. Quinta de Vale Meão, uma das vinhas onde era produzido o Barca Velha, que agora é produzido com as uvas de outra quinta, a Quinta da Leda, que produz um vinho com esse nome que, dizem, é muito bom. Quinta do Valado Reserva 2000, elegantíssimo. Chryseia 2000, que, pessoalmente, me desiludiu, mas que muita gente acha fabuloso, produzido no Douro em cooperação com o Bruno Pratt, um dos famosos enólogos franceses. Lavradores de Feitoria Grande Escolha 2000, talvez o vinho que bebi com mais sabor a chocolate.
Este ano estão na berra alguns vinhos que ainda não bebi, e alguns não beberei, tal o preço deles, como o Quinta do Monte d'oiro Homenagem Antônio Carqueijeiro 99 da Estremadura!!, que ganhou uma prova cega com 15 dos melhores portugueses e outros tantos espanhóis (nunca o vi à venda e o melhor que consegui foi o Reserva de 99 e 2000); o Quinta do Carmo Reserva 2000, que dizem ser diferente de todos os Q. do Carmo feitos até aí; o Incógnito, um alentejano, que tal como os Monte d'oiro é feito com a casta Syrah; o Pintas 2000 do Douro; o Quinta dos Macedos 2000 do Douro; o Kolheita 2001 do Douro; o Quinta da Mauela do Douro, feito pela produtora do Fojo, que vai lançar também este ano o Fojo 2000. Foi o Fojo 96 que a Jancis Robinson classificou como o melhor português numa prova feita em 2000, salvo erro, e que tanta polêmica provocou e para finalizar os Q. do Crasto Vinha da Ponte e Maria Teresa, ambos muito bons e caríssimos. O Vinha da Ponte ficou classificado em 2º lugar no tal concurso com os espanhóis."
Aí estão as palavras do amigo Hildérico, que, há mais de 2 anos, cultiva o prazeiroso hábito de participar de jantares com provas de vinhos. Palavras de quem deve estar por dentro do que se passa. Certamente, ele possui muitas outras informações importantes para os que visitam este site, do qual esperamos venha a ser um colaborador assíduo.
Muito obrigado, Hildérico! Volte sempre!
novembro 23, 2003
PESQUISA EM PORTUGAL. E NO BRASIL?
A Revista de Vinhos, em sua edição de outubro passado, publicou os resultados de uma interessante pesquisa sobre o consumidor português de vinhos. Realizada pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica, abrangeu consumidores de todo o país, homens e mulheres, de estados civis diferentes e com faixas etárias e de rendimentos variadas.
Desse amplo estudo surgiram várias conclusões, e mencionaremos aqui, por alto, apenas algumas.
Em primeiro lugar, destaca-se o consumo médio de 9 garrafas/mês/família, quantidade que quase não depende do poder aquisitivo. E a ocasião preferida para beber é o fim de semana (90,4%), quando os homens escolhem o almoço ou o jantar e as mulheres, as ocasiões mais especiais.
Quem decide pela compra, na grande maioria das vezes, são homens, e esta geralmente é feita em supermercados; em segundo lugar vem a compra direta do produtor.
No tocante ao preço, os rendimentos são importantes, de um modo geral; mas nem sempre, porque o valor máximo a dar depende da ocasião, do local de consumo e do tipo de vinho.
Dentre os critérios de escolha, o primeiro é a cor do vinho, sendo o tinto o preferido, principalmente pelos homens.
Ponto importante a destacar é que, da perspectiva dos inquiridos, o vinho é parte do quotidiano e da alimentação, alegre e festivo, saudável e uma prenda agradável, mas generalizadamente caro.
Não temos conhecimento de algum estudo sequer parecido aqui no Brasil, mas acreditamos que uma pesquisa adaptada às nossas condições poderia mostrar resultados interessantes para nortear os produtores. Aí fica a idéia.
A Revista de Vinhos, em sua edição de outubro passado, publicou os resultados de uma interessante pesquisa sobre o consumidor português de vinhos. Realizada pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica, abrangeu consumidores de todo o país, homens e mulheres, de estados civis diferentes e com faixas etárias e de rendimentos variadas.
Desse amplo estudo surgiram várias conclusões, e mencionaremos aqui, por alto, apenas algumas.
Em primeiro lugar, destaca-se o consumo médio de 9 garrafas/mês/família, quantidade que quase não depende do poder aquisitivo. E a ocasião preferida para beber é o fim de semana (90,4%), quando os homens escolhem o almoço ou o jantar e as mulheres, as ocasiões mais especiais.
Quem decide pela compra, na grande maioria das vezes, são homens, e esta geralmente é feita em supermercados; em segundo lugar vem a compra direta do produtor.
No tocante ao preço, os rendimentos são importantes, de um modo geral; mas nem sempre, porque o valor máximo a dar depende da ocasião, do local de consumo e do tipo de vinho.
Dentre os critérios de escolha, o primeiro é a cor do vinho, sendo o tinto o preferido, principalmente pelos homens.
Ponto importante a destacar é que, da perspectiva dos inquiridos, o vinho é parte do quotidiano e da alimentação, alegre e festivo, saudável e uma prenda agradável, mas generalizadamente caro.
Não temos conhecimento de algum estudo sequer parecido aqui no Brasil, mas acreditamos que uma pesquisa adaptada às nossas condições poderia mostrar resultados interessantes para nortear os produtores. Aí fica a idéia.
novembro 22, 2003
CONTATOS EM PORTUGAL
Em meados de setembro, entramos em contato com a Revista de Vinhos, manifestando nosso interesse em trocar informações com pessoas desse país, objetivando aumentar nossos conhecimentos sobre os vinhos portugueses e transmiti-los neste site.
Não foi preciso esperar muito para recebermos as primeiras respostas à nossa carta, publicada pela Revista em sua última edição, com o que estamos dando início a um diálogo cordial, extremamente facilitado pela língua comum. São pessoas que ficaram curiosas e decidiram escrever-nos, colocando-se à disposição para contatos subseqüentes.
Assim, registramos aqui o nosso agradecimento, reafirmando a intenção de publicar as informações e comentários recebidos. À Revista de Vinhos, igualmente, o nosso muito obrigado.
Em meados de setembro, entramos em contato com a Revista de Vinhos, manifestando nosso interesse em trocar informações com pessoas desse país, objetivando aumentar nossos conhecimentos sobre os vinhos portugueses e transmiti-los neste site.
Não foi preciso esperar muito para recebermos as primeiras respostas à nossa carta, publicada pela Revista em sua última edição, com o que estamos dando início a um diálogo cordial, extremamente facilitado pela língua comum. São pessoas que ficaram curiosas e decidiram escrever-nos, colocando-se à disposição para contatos subseqüentes.
Assim, registramos aqui o nosso agradecimento, reafirmando a intenção de publicar as informações e comentários recebidos. À Revista de Vinhos, igualmente, o nosso muito obrigado.
novembro 02, 2003
CURSOS SOBRE VINHOS
Quem desejar aprimorar seus conhecimentos sobre vinhos encontrará algumas opções de cursos online. Uma delas é disponibilizada no site da Winexperts em duas versões: Básico (20 aulas) e Avançado (13 aulas). Outra alternativa é oferecida pela Via del Vino, só que o interessado precisa cadastrar-se, previamente, para receber as aulas, uma a uma, por e-mail, a intervalos de aproximadamente 15 dias; quem tiver pressa, pode conhecer logo o conjunto das 23 aulas que recebemos até o momento, acessando a nossa página Curso de Vinhos. E bom proveito!
Quem desejar aprimorar seus conhecimentos sobre vinhos encontrará algumas opções de cursos online. Uma delas é disponibilizada no site da Winexperts em duas versões: Básico (20 aulas) e Avançado (13 aulas). Outra alternativa é oferecida pela Via del Vino, só que o interessado precisa cadastrar-se, previamente, para receber as aulas, uma a uma, por e-mail, a intervalos de aproximadamente 15 dias; quem tiver pressa, pode conhecer logo o conjunto das 23 aulas que recebemos até o momento, acessando a nossa página Curso de Vinhos. E bom proveito!
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