PESQUISA EM PORTUGAL. E NO BRASIL?
A Revista de Vinhos, em sua edição de outubro passado, publicou os resultados de uma interessante pesquisa sobre o consumidor português de vinhos. Realizada pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica, abrangeu consumidores de todo o país, homens e mulheres, de estados civis diferentes e com faixas etárias e de rendimentos variadas.
Desse amplo estudo surgiram várias conclusões, e mencionaremos aqui, por alto, apenas algumas.
Em primeiro lugar, destaca-se o consumo médio de 9 garrafas/mês/família, quantidade que quase não depende do poder aquisitivo. E a ocasião preferida para beber é o fim de semana (90,4%), quando os homens escolhem o almoço ou o jantar e as mulheres, as ocasiões mais especiais.
Quem decide pela compra, na grande maioria das vezes, são homens, e esta geralmente é feita em supermercados; em segundo lugar vem a compra direta do produtor.
No tocante ao preço, os rendimentos são importantes, de um modo geral; mas nem sempre, porque o valor máximo a dar depende da ocasião, do local de consumo e do tipo de vinho.
Dentre os critérios de escolha, o primeiro é a cor do vinho, sendo o tinto o preferido, principalmente pelos homens.
Ponto importante a destacar é que, da perspectiva dos inquiridos, o vinho é parte do quotidiano e da alimentação, alegre e festivo, saudável e uma prenda agradável, mas generalizadamente caro.
Não temos conhecimento de algum estudo sequer parecido aqui no Brasil, mas acreditamos que uma pesquisa adaptada às nossas condições poderia mostrar resultados interessantes para nortear os produtores. Aí fica a idéia.