VINHO #8: LUIGI BOSCA CABERNET SAUVIGNON 1991
A vinícola que hoje produz os vinhos Luigi Bosca foi fundada em 1901 por Leoncio Arizu, cidadão espanhol oriundo de Navarra e que se radicou em Mendoza em 1890. O lugar escolhido para instala-la foi o Vale de Vistalba, na região de Luján de Cuyo, zona que, por suas características, logrou obter a primeira "Denominação de Origem Controlada" das Américas.
"Vistalba", "La Puntilla", "Carrodilla" e "El Paraíso" são os quatro vinhedos de Leoncio Arizu, que somam mais de 400 hectares. No último deles, com 38 anos de idade, a 780 metros de altitude, localizado junto ao río Mendoza, se cultivam as uvas Cabernet Sauvignon, além de Pinot Noir, Syrah e Sauvignon Blanc. Condições climáticas excepcionais. O solo pedregoso e argiloso faz com que as videiras aprofundem suas raízes, em busca de água, o que dá ao vinho um caráter nervoso.
No caso particular deste vinho, a colheita foi realizada em 10/04/1991 e o engarrafamento em 10/02/1998. Ao longo desse período, o vinho estagiou por três anos em barris de carvalho. Teor alcoólico de 13%.
Este vinho nos proporcionou uma experiência interessante. Sendo já de idade avançada, deveríamos ter pensado em submete-lo previamente a uma decantação, mas, possivelmente por uma distração, não o fizemos e passamos a degusta-lo após um período relativamente curto.
Bela cor rubi, com alguns reflexos alaranjados. Boa limpidez. Inicialmente, não apresentava quase seus aromas, o que pareceu uma decepção. Mas mostrou um bom corpo e não evidenciava defeitos. À medida, porém, em que era degustado, lentamente, começou a ocorrer uma evolução muito rápida, ao longo da qual foi possível sentir, nitidamente, seus aromas pronunciados de defumados! O vinho ganhou em qualidade! Na avaliação global, foi considerado agradável, um bom vinho ainda, mas sentiu-se que já alcançou seu apogeu, talvez até começando a perder qualidade. Pontos: 85.
A Serra Gaúcha está em clima de festa: no próximo domingo, dia 6 de junho, será comemorado, pela primeira vez, o Dia Estadual do Vinho.
A Vinícola Miolo apresentou, em 31 de maio último, em São Paulo, três novos vinhos, produzidos com a assessoria do enólogo frances Michel Roland, contratado especialmente pela família para criar novos vinhos e melhorar os vinhedos. Trata-se de vinhos de safra 2003: Quinta do Seival, primeiro vinho da Miolo produzido com castas portuguesas cultivadas na região da Campanha, no Rio Grande do Sul; Cuvée Giuseppe, um corte de uvas Cabernet Sauvignon e Merlot, colhidas das parreiras no Vale dos Vinhedos; e Terranova Cabernet Shiraz,produzido no vale do São Francisco.