maio 21, 2008

SANTA CATARINA: VINHOS DE ALTITUDE

Os vinhos de Santa Catarina passam por um período de expansão em qualidade nunca visto.

De produtor de vinhos sem expressão – a partir de uvas não-viníferas –, o Estado virou a bola da vez da vinicultura brasileira, criando sua marca com os vinhos de altitude.

Tudo começou com a união de 35 produtores em torno de uma associação – a Acavitis –, que se encarregou da defesa dos interesses de produtores de uvas e vinhos de altitude.

A associação abrange três regiões: São Joaquim, Caçador e Campos Novos, com 300 hectares implantados de uvas viníferas em altitudes entre 900 e 1.400 metros.

Os vinhedos predominantes são de Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Pinot Noir e Sangiovese, entre as tintas, e Chardonnay e Sauvignon Blanc, entre as brancas.

A produção de 500 mil garrafas, com previsão de atingir 2 milhões em 2010. Paralelamente esta sendo implantado um programa voltado ao enoturismo, criando-se um novo polo de desenvolvimento no estado.

As vinícolas catarinenses foram destaques na recente feira vinícola Expovinis, em São Paulo, com a participação de expositores do Velho e do Novo Mundo, apresentando vinhos de alto nível de qualidade.

Vinícolas catarinenses:


Villa Francioni
Com a proposta de revolucionar a elaboração de vinhos no Brasil, já conquistou importantes prêmios e está em 14 Estados. Seus produtos: Sauvignon Blanc - 2006; Villa Francioni Tinto - 2004 (elaborado com as uvas Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Malbec); Chardonnay - 2006 (sucessor do Lote I, com magnífica aceitação); Joaquim - 2005; Rosé - 2007 (elaborado no estilo da Provence, sul da França); e o Francesco 2005 (corte de cinco uvas, envelhecendo em carvalho francês novo)

Villagio Grando
Entre Santa Catarina e Paraná, na região dos campos de Palmas ou Água Doce, a 1.300 metros de altitude, onde ocorre um dos mais rigorosos invernos brasileiros. Ali estão 52 hectares com mais de 80 variedades de uvas viníferas. São produzidas 180 mil garrafas. Seus vinhos: Innominabile (corte de cinco variedades de uvas, com descanso de 180 dias em barricas de carvalho francês, pronto para o consumo); Chardonnay - 2006; Merlot - 2006; e um excelente Sauvignon Blanc, de intenso aroma de chá de ervas

Sanjo
Situada em São Joaquim, produzindo uvas em altitudes de até 1.400 metros. São 25,7 hectares e produção de 70 mil litros. Seus produtos: Maestrale Cabernet Sauvignon - 2005; Núbio Rosé Cabernet Sauvignon - 2006; Núbio Cabernet Sauvignon - 2005; e Nobrese Cabernet Sauvigon 2005

Quinta da Neve
Foi a primeira a plantar uvas viníferas em São Joaquim, apostando numa das variedades mais difíceis: a Pinot Noir. São 12 hectares, com produção de 40 mil litros. Hoje existem 15 variedades plantadas. Seus vinhos: Pinot Noir (considerado o melhor do Brasil) e Cabernet Sauvignon. Elabora seus vinhos na Villa Francioni

Quinta Santa Maria
As vinhas são plantadas em patamares entre 1.200 e 1.300 metros, num total de 20 hectares. Destaque para as uvas Touriga Nacional e Aragonez. Utopia -2006 é seu vinho tinto e Portento - 2005 é um vinho fortificado, produzidos à semelhança do Porto

Outros destaques
As vinícolas Suzin, Santa Augusta e Santo Emílio

Osvaldir de Castro

Colaboração para o Jornal BOM DIA (SC)

08/05/08

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