BALANÇO 2003 / PERSPECTIVAS 2004
Mais um ano se vai, mas deixando um saldo positivo para este site. Com efeito, independentemente das poucas mudanças ou inovações introduzidas, ressalta o significativo aumento do número de visitantes, evidenciando um crescente interesse pelas matérias aqui publicadas. E isto se torna um fator de estímulo para não apenas manter o site no ar, mas procurar fazê-lo mais informativo e útil.
Contatos internacionais surgiram, a partir do segundo semestre, primeiro na Hungria, depois em Portugal, e por meio deles nos foi possível colocar tópicos com informações variadas. O Fórum de Degustação começou a receber visitantes, alguns de Portugal, e isto é muito produtivo.
Para o ano de 2004, além de nos mantermos fiéis à linha de total independência do site, pretendemos que este continue informativo, com os debates direcionados para o Fórum. E, neste sentido, acreditamos ser por demais importante a participação e a colaboração de nossos irmãos portugueses, porque o vinho desconhece fronteiras e existe (entre outras coisas) para aproximar as pessoas, mesmo que separadas por um oceano. A vocês, aí em Portugal, que nos lerem, fica um especial convite para que entrem em contato e articulemos uma forma de colaborar.
Da mesma forma, esperamos contar com os visitantes brasileiros e nem poderia ser diferente. Mas serão também bem-vindos visitantes de outros países, de língua hispânica ou inglesa. Em suma, queremos dar um toque internacional ao site e pensamos que isto é perfeitamente possível.
Voltaremos em 2004. Boa passagem de ano para todos!
dezembro 31, 2003
dezembro 30, 2003
ACONTECE NA FRANÇA...
Alguns restaurantes franceses decidiram oferecer aos seus clientes a possibilidade de levar para casa o resto da garrafa de vinho aberta à mesa.
Com o objetivo de suster a redução nas vendas de vinhos, que no ano passado foi de 10 a 15% nos restaurantes franceses, cerca de 500 restaurantes oferecem aos seus clientes um discreto saco de papel que contém a garrafa com o vinho que não foi bebido durante a refeição, depois de vedada com uma rolha nova, após ter-lhe sido retirado o ar através de uma bomba especial, garantindo assim a conservação do vinho durante alguns dias.
O CIVB - Comité Interprofissional do Vinho de Bordeaux afirma que o decréscimo no consumo de vinhos nos restaurantes é resultado da campanha do governo francês que está a tornar o controle do alcoolismo entre os motoristas cada vez mais severo, o que inclui uma nova redução na taxa de alcoolismo permitida e multas mais pesadas. Para combater a tendência à abstinência, este conselho vinícola lançou esta iniciativa, já conhecida como o "doggy bag" entre os franceses, que nunca apreciaram a tradição anglo-saxônica de levar as sobras do restaurante no chamado "saco do cão". (Fonte: NewsWine.com)
Alguns restaurantes franceses decidiram oferecer aos seus clientes a possibilidade de levar para casa o resto da garrafa de vinho aberta à mesa.
Com o objetivo de suster a redução nas vendas de vinhos, que no ano passado foi de 10 a 15% nos restaurantes franceses, cerca de 500 restaurantes oferecem aos seus clientes um discreto saco de papel que contém a garrafa com o vinho que não foi bebido durante a refeição, depois de vedada com uma rolha nova, após ter-lhe sido retirado o ar através de uma bomba especial, garantindo assim a conservação do vinho durante alguns dias.
O CIVB - Comité Interprofissional do Vinho de Bordeaux afirma que o decréscimo no consumo de vinhos nos restaurantes é resultado da campanha do governo francês que está a tornar o controle do alcoolismo entre os motoristas cada vez mais severo, o que inclui uma nova redução na taxa de alcoolismo permitida e multas mais pesadas. Para combater a tendência à abstinência, este conselho vinícola lançou esta iniciativa, já conhecida como o "doggy bag" entre os franceses, que nunca apreciaram a tradição anglo-saxônica de levar as sobras do restaurante no chamado "saco do cão". (Fonte: NewsWine.com)
dezembro 28, 2003
A MAIS PREMIADA DO MUNDO
Segundo a Revista de Vinhos (novembro 2003), a família Symington, que já se encontra na quarta geração em Portugal, foi a empresa de todo o mundo vinícola que mais medalhas de ouro ganhou na importante prova inglesa que é o IWC (International Wine Competition): nada menos que onze! Os produtos premiados vieram das empresas Graham's, Dow's, Warre's, Smith Woodhouse e Quinta do Vesúvio, nos vinhos do Porto, e madeira Wine Company, nos vinhos da Madeira.
Além disso, Charles Symington, enólogo e um dos membros da família, foi presenteado este ano com o troféu "Fortified Winemaker of the Year".
Segundo a Revista de Vinhos (novembro 2003), a família Symington, que já se encontra na quarta geração em Portugal, foi a empresa de todo o mundo vinícola que mais medalhas de ouro ganhou na importante prova inglesa que é o IWC (International Wine Competition): nada menos que onze! Os produtos premiados vieram das empresas Graham's, Dow's, Warre's, Smith Woodhouse e Quinta do Vesúvio, nos vinhos do Porto, e madeira Wine Company, nos vinhos da Madeira.
Além disso, Charles Symington, enólogo e um dos membros da família, foi presenteado este ano com o troféu "Fortified Winemaker of the Year".
BIBLIOGRAFIA ENOLÓGICA
Uma referência possivelmente útil para quem está em busca de informações gerais sobre vinhos é o site da Academia do Vinho. São abordados assuntos dos seguintes títulos: Bibliografia Básica e Avançada * Temas Gerais * Uvas * Elaboração do Vinho * Degustação * História do Vinho * Vinhos do Brasil, Alemanha, Espanha, França, Itália, Portugal, Argentina, Chile, das Américas * Guias de Vinhos * Vinho e Saúde * Revistas e Jornais de Vinhos * Vinho e Gastronomia *Temas Correlatos.
Uma referência possivelmente útil para quem está em busca de informações gerais sobre vinhos é o site da Academia do Vinho. São abordados assuntos dos seguintes títulos: Bibliografia Básica e Avançada * Temas Gerais * Uvas * Elaboração do Vinho * Degustação * História do Vinho * Vinhos do Brasil, Alemanha, Espanha, França, Itália, Portugal, Argentina, Chile, das Américas * Guias de Vinhos * Vinho e Saúde * Revistas e Jornais de Vinhos * Vinho e Gastronomia *Temas Correlatos.
dezembro 18, 2003
BOAS FESTAS
O Natal se aproxima e com ele se renovam as esperanças de paz e felicidade. Não poderíamos deixar de agradecer a todos aqueles que nos visitam ou participam com comentários e sugestões, porque estão todos contribuindo para que este site possa tornar-se cada vez mais interessante e útil para os apreciadores de vinhos. E nada melhor, nesta ocasião, do que levantarmos nossa taça virtual e brindarmos a todos. Tin-tin! Saúde! Boas Festas! Feliz Ano Novo!
O Natal se aproxima e com ele se renovam as esperanças de paz e felicidade. Não poderíamos deixar de agradecer a todos aqueles que nos visitam ou participam com comentários e sugestões, porque estão todos contribuindo para que este site possa tornar-se cada vez mais interessante e útil para os apreciadores de vinhos. E nada melhor, nesta ocasião, do que levantarmos nossa taça virtual e brindarmos a todos. Tin-tin! Saúde! Boas Festas! Feliz Ano Novo!
dezembro 15, 2003
FÓRUM DE DEGUSTAÇÃO
Começam a surgir, ainda que timidamente, mensagens em nosso Fórum. Nada mau, para um espaço novo, criado faz pouco tempo e que não conta com qualquer tipo de apoio publicitário.
Apreciaríamos ver aumentando o número de visitantes que se interessem em aqui colocar suas opiniões, dúvidas, indagações. Não só os residentes no Brasil, mas também no Exterior, entre estas os nossos irmãos portugueses. Vale lembrar que este Fórum está totalmente aberto às colocações dos visitantes e que segue uma linha de plena independência, visto que não está ligado a qualquer setor, comercial ou industrial. É um espaço para os consumidores e apreciadores de vinho.
Acreditamos que qualquer comentário se torna válido quando o que está em jogo é o prazer em degustar e a satisfação de dividir este prazer com os outros. O mundo do vinho é muito, muito vasto, mas exatamente por esta razaão vale a pena nos aproximarmos.
Começam a surgir, ainda que timidamente, mensagens em nosso Fórum. Nada mau, para um espaço novo, criado faz pouco tempo e que não conta com qualquer tipo de apoio publicitário.
Apreciaríamos ver aumentando o número de visitantes que se interessem em aqui colocar suas opiniões, dúvidas, indagações. Não só os residentes no Brasil, mas também no Exterior, entre estas os nossos irmãos portugueses. Vale lembrar que este Fórum está totalmente aberto às colocações dos visitantes e que segue uma linha de plena independência, visto que não está ligado a qualquer setor, comercial ou industrial. É um espaço para os consumidores e apreciadores de vinho.
Acreditamos que qualquer comentário se torna válido quando o que está em jogo é o prazer em degustar e a satisfação de dividir este prazer com os outros. O mundo do vinho é muito, muito vasto, mas exatamente por esta razaão vale a pena nos aproximarmos.
dezembro 13, 2003
O VINHO XEREZ
O Xerez é um vinho fortificado, feito exclusivamente da uva palomino e elevado a 15,5% de graduação alcoólica pela adição de um "brandy" da videira, mas pode chegar a 20%. É uma mistura: vinhos jovens são constantemente misturados aos barris onde repousam os velhos.
A história do Xerez é bem antiga: há evidências de que as vinhas cresciam e o vinho era feito há pelo menos 1000 anos da era cristã, na Andaluzia.
Há dois tipos básicos de Xerez: os finos e os olorosos. Entre os primeiros se incluem os que trazem no rótulo a indicação de "fino", "manzanilla" ou "amontillado" e ganham uma levedura natural, chamada "flor", em sua superfície, à medida que envelhecem em barris; esta levedura protege os vinhos da oxidação. Os olorosos, mais pesados, servem de base para os "sherries" cremosos e suaves, preferidos no Norte da Europa e na América do Norte.
Para os entendidos, o fino é o melhor do Xerez, especialmente os de Sanlucar de Barrameda, cidade costeira não muito distante de Jerez de la Frontera, a tradicional capital do Xerez da região. Lá, as brisas marinhas ajudam a dar um luxuriante crescimento à "flor", que produz os mais delicados finos, conhecidos como "manzanillas".
O terceiro estilo importante de Xerez é o "amontillado". O nome veio para designar um xerez meio-seco, mas um autêntico "amontillado" é, na verdade, um fino envelhecido, no qual a "flor" finalmente morreu, normalmente após seis a oito anos. O frescor de um fino jovem é substituído por um vinho delicado, nuançado, com um delicioso sabor de nozes.
Todavia, os preços do Xerez são muito baixos. Isto se explica pela forma como as pessoas bebem atualmente. Um Xerez fino, pálido e gelado, é um aperitivo delicioso, mas as pessoas têm preferido um vinho de mesa como drink pré-jantar. Para milhões de americanos, por exemplo, um Chardonnay californiano, com seu corpo pesado, gosto de baunilha e carvalho, é o aperitivo da hora. (Fonte: O Estado de São Paulo)
O Xerez é um vinho fortificado, feito exclusivamente da uva palomino e elevado a 15,5% de graduação alcoólica pela adição de um "brandy" da videira, mas pode chegar a 20%. É uma mistura: vinhos jovens são constantemente misturados aos barris onde repousam os velhos.
A história do Xerez é bem antiga: há evidências de que as vinhas cresciam e o vinho era feito há pelo menos 1000 anos da era cristã, na Andaluzia.
Há dois tipos básicos de Xerez: os finos e os olorosos. Entre os primeiros se incluem os que trazem no rótulo a indicação de "fino", "manzanilla" ou "amontillado" e ganham uma levedura natural, chamada "flor", em sua superfície, à medida que envelhecem em barris; esta levedura protege os vinhos da oxidação. Os olorosos, mais pesados, servem de base para os "sherries" cremosos e suaves, preferidos no Norte da Europa e na América do Norte.
Para os entendidos, o fino é o melhor do Xerez, especialmente os de Sanlucar de Barrameda, cidade costeira não muito distante de Jerez de la Frontera, a tradicional capital do Xerez da região. Lá, as brisas marinhas ajudam a dar um luxuriante crescimento à "flor", que produz os mais delicados finos, conhecidos como "manzanillas".
O terceiro estilo importante de Xerez é o "amontillado". O nome veio para designar um xerez meio-seco, mas um autêntico "amontillado" é, na verdade, um fino envelhecido, no qual a "flor" finalmente morreu, normalmente após seis a oito anos. O frescor de um fino jovem é substituído por um vinho delicado, nuançado, com um delicioso sabor de nozes.
Todavia, os preços do Xerez são muito baixos. Isto se explica pela forma como as pessoas bebem atualmente. Um Xerez fino, pálido e gelado, é um aperitivo delicioso, mas as pessoas têm preferido um vinho de mesa como drink pré-jantar. Para milhões de americanos, por exemplo, um Chardonnay californiano, com seu corpo pesado, gosto de baunilha e carvalho, é o aperitivo da hora. (Fonte: O Estado de São Paulo)
dezembro 08, 2003
VINHOS DE COLHEITAS TARDIAS
Novamente, o amigo Hildérico Coutinho (não, não é parente), lá do Porto, nos brinda com comentários valiosos sobre os vinhos que prova e aquilo que conhece. Desta vez, sobre os vinhos de colheitas tardias.
Começando, ele nos ensina que "existem inúmeros tipos de vinho de vindimas tardias, como, por exemplo, o Tokaji da Hungria, que disputa com o Porto a distinção de região vinícola demarcada mais antiga do mundo". Uma coisa que muitos talvez desconheçam.
Em continuidade, refere-se aos Ice Wines, do Canadá, dos quais provou, recentemente, um da região de Niagara. Segundo nos conta, esses vinhos "têm a particularidade de as uvas serem colhidas depois de terem sofrido um choque térmico brutal com as primeiras nevadas, sendo pois apanhadas com temperaturas abaixo dos 7°C negativos". Os mais comuns são muitas vezes designados por Latest Harvest ou Vendanges Tardives, havendo também os famosos Sauternes.
Numa observação interessante, cita que "os Sauternes e os Tokaji, por exemplo, são produzidos através de uvas que sofrem da chamada podridão nobre. A podridão nobre é um fenômeno curioso que ocorre em regiões com características muito particulares, manhãs com nevoeiros e tardes ensolaradas. Sob estas condições desenvolve-se um fungo designado por "botrytis cinerea" que cobre as uvas bem maduras e sãs sem as estragar".
Hildérico prossegue: "Todos os vinhos que provei deste tipo têm uma doçura e acidez elevadas, pois só assim um vinho tão doce se torna bebível e tão apreciado". Alerta, porém, que "isto não significa que sejam todos iguais, pois estes vinhos podem ser feitos com variadíssimas castas e ser ou não espumantes, como um Ice Wine Sparkling, que provei e era de facto muito bom; o único senão está no preço, uma pequena garrafa de 0,5 litros custa a módica quantia de 60 euros".
Finalizando seus comentários sobre os vinhos de colheitas tardias, dá uma dica para os que quiserem prova-los: experimentem os "produzidos pelo Château Loupiac Gaudiet, numa região limítrofe dos Sauternes, mas a menos da metade do preço, 11 euros". E arremata:"Dos que provei, aconselho o 2001, com mais complexidade que o 2000, que era no entanto mais ácido, o que não me desagradou e me levou a comprar uma de cada".
Só nos resta agradecer ao Hildérico por mais estes ensinamentos e aguardar o seu breve retorno a este site, com mais novidades.
Novamente, o amigo Hildérico Coutinho (não, não é parente), lá do Porto, nos brinda com comentários valiosos sobre os vinhos que prova e aquilo que conhece. Desta vez, sobre os vinhos de colheitas tardias.
Começando, ele nos ensina que "existem inúmeros tipos de vinho de vindimas tardias, como, por exemplo, o Tokaji da Hungria, que disputa com o Porto a distinção de região vinícola demarcada mais antiga do mundo". Uma coisa que muitos talvez desconheçam.
Em continuidade, refere-se aos Ice Wines, do Canadá, dos quais provou, recentemente, um da região de Niagara. Segundo nos conta, esses vinhos "têm a particularidade de as uvas serem colhidas depois de terem sofrido um choque térmico brutal com as primeiras nevadas, sendo pois apanhadas com temperaturas abaixo dos 7°C negativos". Os mais comuns são muitas vezes designados por Latest Harvest ou Vendanges Tardives, havendo também os famosos Sauternes.
Numa observação interessante, cita que "os Sauternes e os Tokaji, por exemplo, são produzidos através de uvas que sofrem da chamada podridão nobre. A podridão nobre é um fenômeno curioso que ocorre em regiões com características muito particulares, manhãs com nevoeiros e tardes ensolaradas. Sob estas condições desenvolve-se um fungo designado por "botrytis cinerea" que cobre as uvas bem maduras e sãs sem as estragar".
Hildérico prossegue: "Todos os vinhos que provei deste tipo têm uma doçura e acidez elevadas, pois só assim um vinho tão doce se torna bebível e tão apreciado". Alerta, porém, que "isto não significa que sejam todos iguais, pois estes vinhos podem ser feitos com variadíssimas castas e ser ou não espumantes, como um Ice Wine Sparkling, que provei e era de facto muito bom; o único senão está no preço, uma pequena garrafa de 0,5 litros custa a módica quantia de 60 euros".
Finalizando seus comentários sobre os vinhos de colheitas tardias, dá uma dica para os que quiserem prova-los: experimentem os "produzidos pelo Château Loupiac Gaudiet, numa região limítrofe dos Sauternes, mas a menos da metade do preço, 11 euros". E arremata:"Dos que provei, aconselho o 2001, com mais complexidade que o 2000, que era no entanto mais ácido, o que não me desagradou e me levou a comprar uma de cada".
Só nos resta agradecer ao Hildérico por mais estes ensinamentos e aguardar o seu breve retorno a este site, com mais novidades.
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