VVV ROSÉ MALBEC 2005
Os vinhos rosé não gozam do mesmo prestígio e popularidade dos demais tintos, com honrosas exceções, como o Mateus português. Há quem não os beba nunca, talvez por algum preconceito gerado no passado. Mas, em verdade, tal preconceito, se existiu ou ainda existe, é injustificado, porque hoje em dia se produzem rosés de qualidade muito boa. É uma questão de escolher o vinho certo para o momento certo, o que, aliás, vale para todos os vinhos.
Este vinho traz na marca as iniciais de seu produtor, Vicente Vargas Videla, da Bodega Tierras Altas, localizada em Luján de Cuyo, distrito de Mendoza, Argentina. Esta é uma vinícola nova, que surgiu em 1999, quando a empresa Vargas Arizu S/A decidiu investir no mercado de vinhos, com um projeto de cultivar suas próprias uvas e produzir vinhos tintos varietais das castas Malbec, Cabernet Sauvugnon e Merlot.
No dia em que foi degustado, a temperatura ambiente era elevada: 28 °C. Por isto, o vinho foi resfriado e bebido a cerca de 11 °C. Com a cor característica dos rosés, apresentou aromas frutados e florais muito agradáveis e acidez equilibrada. Teor alcoólico de 12,7%. Um vinho leve, que agrada bastante ao paladar. E também ao bolso: custou menos de R$13.
outubro 18, 2005
outubro 17, 2005
DEGUSTAÇÕES ONLINE
O fórum de discussão do site "O vinho e seus prazeres" ganhou uma nova área, especialmente dedicada às degustações virtuais. Lá os visitantes irão encontrar, mensalmente, a indicação de um vinho para ser comprado, bebido e comentado. Para participar é necessário estar registrado no fórum. Quem desejar conhecer detalhes pode acessar este link.
O fórum de discussão do site "O vinho e seus prazeres" ganhou uma nova área, especialmente dedicada às degustações virtuais. Lá os visitantes irão encontrar, mensalmente, a indicação de um vinho para ser comprado, bebido e comentado. Para participar é necessário estar registrado no fórum. Quem desejar conhecer detalhes pode acessar este link.
outubro 11, 2005
PARREIRAIS DO PARALELO 31
Na região de Palomas, a paisagem do pampa é embelezada por milhares de cachos perfeitos, obtidos em uma das áreas mais nobres do Brasil para o cultivo de viníferas.
A exemplo dos melhores vinhedos do mundo, os de Sant'Ana do Livramento e Rivera também estão situados em uma região privilegiada, que se chama Paralelo 31. Nesta área, o clima (com invernos rigorosos e verões com 100 dias de sol), bem como as características do solo, determinam as condições ideais para o cultivo de uvas viníferas. Sendo assim, a matéria prima - a uva - chega à vinícola em seu melhor estado de amadurecimento - com alto grau de açúcar, relação de acidez e PH equilibrado, além de um excelente estado sanitário - uma combinação de fatores que resulta em um vinho de alta qualidade e competitividade no mercado.
Os vinhedos da Almadén, localizados aos pés do Cerro de Palomas, são pioneiros na campanha gaúcha, e ali estão instalados há mais de trinta anos. Esta é a única grande vinícola brasileira que produz 100% das uvas que são empregadas na elaboração de seus vinhos. A capacidade anual de produção está em torno de 7 milhões de quilos das variedades Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Riesling, Chardonnay, Ugni Blanc, Gewürztraminer, Gamay, Sauvignon Blanc, entre outras.
Além de Almadén, pertencente à Pernod Ricard, outras vinícolas também estão instaladas no município. A Santa Colina é um projeto do grupo francês Hombo, o maior produtor e distribuidor de bebidas do Japão, que vem a Sant'Ana para produzir para aquele país, bem como para o mercado brasileiro. Propriedades menores também despertaram para o cultivo de castas nobres e, a cada safra que passa, vão conquistando também o seu espaço, como é o caso da Vale de Palomas, do estreante na arte de vinificar, Fabrício Cheguem, que neste ano produziu 10 mil litros do recém chegado no mercado, vinhos Don Gabriel.
Com as mesmas condições de clima e solo, Rivera - no lado uruguaio - também possui suas vinícolas. O destaque fica por conta das Bodegas Carrau, uma paixão familiar iniciada na Espanha e transmitida, de geração em geração, durante mais de 250 anos. Em Rivera, a Carrau possui uma das mais modernas bodegas da América Latina, com funcionamento baseado na ação da gravidade; um verdadeiro luxo, no coração do Cerro do Chapéu, um outro cartão postal da cidade. Propriedades menores também têm seu espaço, e pouco a pouco, conquistam o consumidor de vinho. É o exemplo das Viñas Del 636, uma empresa familiar onde Jorge Gutierrez e seu filho, o enólogo Tiago Gutierrez, elaboram, artesanalmente, cerca de 30 mil litros de vinho ao ano.
Grandes ou pequenas, as vinícolas de Livramento e Rivera são, inquestionavelmente, dignas de uma visita. Aqui você conhecerá a arte, aliada à paixão, de elaborar os melhores vinhos finos do Rio Grande do Sul e Uruguai. FONTE: A Platéia Online, Santana do Livramento, RS.
Na região de Palomas, a paisagem do pampa é embelezada por milhares de cachos perfeitos, obtidos em uma das áreas mais nobres do Brasil para o cultivo de viníferas.
A exemplo dos melhores vinhedos do mundo, os de Sant'Ana do Livramento e Rivera também estão situados em uma região privilegiada, que se chama Paralelo 31. Nesta área, o clima (com invernos rigorosos e verões com 100 dias de sol), bem como as características do solo, determinam as condições ideais para o cultivo de uvas viníferas. Sendo assim, a matéria prima - a uva - chega à vinícola em seu melhor estado de amadurecimento - com alto grau de açúcar, relação de acidez e PH equilibrado, além de um excelente estado sanitário - uma combinação de fatores que resulta em um vinho de alta qualidade e competitividade no mercado.
Os vinhedos da Almadén, localizados aos pés do Cerro de Palomas, são pioneiros na campanha gaúcha, e ali estão instalados há mais de trinta anos. Esta é a única grande vinícola brasileira que produz 100% das uvas que são empregadas na elaboração de seus vinhos. A capacidade anual de produção está em torno de 7 milhões de quilos das variedades Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Riesling, Chardonnay, Ugni Blanc, Gewürztraminer, Gamay, Sauvignon Blanc, entre outras.
Além de Almadén, pertencente à Pernod Ricard, outras vinícolas também estão instaladas no município. A Santa Colina é um projeto do grupo francês Hombo, o maior produtor e distribuidor de bebidas do Japão, que vem a Sant'Ana para produzir para aquele país, bem como para o mercado brasileiro. Propriedades menores também despertaram para o cultivo de castas nobres e, a cada safra que passa, vão conquistando também o seu espaço, como é o caso da Vale de Palomas, do estreante na arte de vinificar, Fabrício Cheguem, que neste ano produziu 10 mil litros do recém chegado no mercado, vinhos Don Gabriel.
Com as mesmas condições de clima e solo, Rivera - no lado uruguaio - também possui suas vinícolas. O destaque fica por conta das Bodegas Carrau, uma paixão familiar iniciada na Espanha e transmitida, de geração em geração, durante mais de 250 anos. Em Rivera, a Carrau possui uma das mais modernas bodegas da América Latina, com funcionamento baseado na ação da gravidade; um verdadeiro luxo, no coração do Cerro do Chapéu, um outro cartão postal da cidade. Propriedades menores também têm seu espaço, e pouco a pouco, conquistam o consumidor de vinho. É o exemplo das Viñas Del 636, uma empresa familiar onde Jorge Gutierrez e seu filho, o enólogo Tiago Gutierrez, elaboram, artesanalmente, cerca de 30 mil litros de vinho ao ano.
Grandes ou pequenas, as vinícolas de Livramento e Rivera são, inquestionavelmente, dignas de uma visita. Aqui você conhecerá a arte, aliada à paixão, de elaborar os melhores vinhos finos do Rio Grande do Sul e Uruguai. FONTE: A Platéia Online, Santana do Livramento, RS.
outubro 09, 2005
O GOSTO ROLLAND
Com 102 clientes em 14 países, Michel Rolland não elabora diretamente os vinhos. Ele oferece consultoria aos enólogos locais e dá orientação no plantio e condução das vinhas, na gestão da maturidade das uvas, na vinificação, no amadurecimento, etc.
Rolland, às vezes, participa do corte ou assemblage (mistura dos vinhos de barris diferentes para formar o produto final), sua especialidade. Seus vinhos são elaborados invariavelmente com uvas ultra-maduras, às vezes maduras em excesso. Essa maturação corre o risco de estar em desarmonia com a maturação fenólica (taninos) e com perda de acidez.
Depois, o líquido passa por um estágio em barris de carvalho. Como resultado, todos estes vinhos têm características em comum, o “gosto Rolland”:
- A cor do líquido é muito escura.
- Os aromas e sabores lembram frutas muito maduras e geléia, com presença marcante de aromas vindos do estágio em madeira (café, chocolate, caramelo, coco queimado, baunilha, etc).
- A maciez e quase doçura no palato é outro item, pelo alto teor alcoólico (geralmente, de 13,5% para cima), taninos doces e baixa acidez.
É bom lembrar que Rolland não “inventou” esse padrão. Ele é apenas um excelente enólogo, que sabe o que agrada e o que não agrada e sabe como fazer vinhos que atendem à demanda. FONTE: "A polêmica da globalização", Marcelo Copello, revista ADEGA, setembro de 2005.
Com 102 clientes em 14 países, Michel Rolland não elabora diretamente os vinhos. Ele oferece consultoria aos enólogos locais e dá orientação no plantio e condução das vinhas, na gestão da maturidade das uvas, na vinificação, no amadurecimento, etc.
Rolland, às vezes, participa do corte ou assemblage (mistura dos vinhos de barris diferentes para formar o produto final), sua especialidade. Seus vinhos são elaborados invariavelmente com uvas ultra-maduras, às vezes maduras em excesso. Essa maturação corre o risco de estar em desarmonia com a maturação fenólica (taninos) e com perda de acidez.
Depois, o líquido passa por um estágio em barris de carvalho. Como resultado, todos estes vinhos têm características em comum, o “gosto Rolland”:
- A cor do líquido é muito escura.
- Os aromas e sabores lembram frutas muito maduras e geléia, com presença marcante de aromas vindos do estágio em madeira (café, chocolate, caramelo, coco queimado, baunilha, etc).
- A maciez e quase doçura no palato é outro item, pelo alto teor alcoólico (geralmente, de 13,5% para cima), taninos doces e baixa acidez.
É bom lembrar que Rolland não “inventou” esse padrão. Ele é apenas um excelente enólogo, que sabe o que agrada e o que não agrada e sabe como fazer vinhos que atendem à demanda. FONTE: "A polêmica da globalização", Marcelo Copello, revista ADEGA, setembro de 2005.
outubro 02, 2005
SERVIR O VINHO? QUAL A ORDEM?
Quando existem vinhos diferentes para servir, surge uma dúvida: em qual ordem? O procedimento adequado não chega a ser um ritual, mas, sim, trata-se de aplicar o bom senso. A regra básica, primordial, a ser observada é a seguinte: um vinho não deve jamais fazer com que os participantes desejem voltar ao que o precedeu.
A ordem por que se devem servir os vinhos é a seguinte: o seco antes do doce, o novo antes do velho, o branco antes do tinto.
É lógico que não poderemos apreciar um bom vinho seco se antes tivermos bebido um vinho doce. Da mesma forma, deve-se servir um vinho novo antes do velho, porque o vinho que envelheceu, em princípio, está no seu auge e eclipsará um vinho novo, mesmo que seja muito bom, cuja maturação ainda não terminou. Isso leva-nos à regra fundamental da ordem dos vinhos: o último deve ser o melhor. O ideal é seguir uma progressão que vá do bom ao excelente, do mais leve ao mais encorpado, do simples ao sutil.
Apesar disto, há quem faça exatamente o contrário e prefira beber primeiro o melhor dos vinhos, sob a alegação de que, depois de algumas taças, qualquer coisa vale... Mas, não seria esta a postura de um degustador equilibrado, que bebe com moderação.
Quando existem vinhos diferentes para servir, surge uma dúvida: em qual ordem? O procedimento adequado não chega a ser um ritual, mas, sim, trata-se de aplicar o bom senso. A regra básica, primordial, a ser observada é a seguinte: um vinho não deve jamais fazer com que os participantes desejem voltar ao que o precedeu.
A ordem por que se devem servir os vinhos é a seguinte: o seco antes do doce, o novo antes do velho, o branco antes do tinto.
É lógico que não poderemos apreciar um bom vinho seco se antes tivermos bebido um vinho doce. Da mesma forma, deve-se servir um vinho novo antes do velho, porque o vinho que envelheceu, em princípio, está no seu auge e eclipsará um vinho novo, mesmo que seja muito bom, cuja maturação ainda não terminou. Isso leva-nos à regra fundamental da ordem dos vinhos: o último deve ser o melhor. O ideal é seguir uma progressão que vá do bom ao excelente, do mais leve ao mais encorpado, do simples ao sutil.
Apesar disto, há quem faça exatamente o contrário e prefira beber primeiro o melhor dos vinhos, sob a alegação de que, depois de algumas taças, qualquer coisa vale... Mas, não seria esta a postura de um degustador equilibrado, que bebe com moderação.
outubro 01, 2005
MORANDÉ TERRARUM RESERVA
Notícia publicada em um jornal do Rio de Janeiro dá conta de que a Viña Morandé (Chile) comemora um ano de sucesso junto aos consumidores cariocas com o lançamento de sua linha Terrarum Reserva.
Segundo divulgado no site da empresa, “a Viña Morandé foi fundada em 1996 e desde o início trabalha para romper esquemas dentro de um mercado que se considera tradicional. Para isso foi definida uma estratégia que a posiciona como uma vinícola inovadora, com uma ampliada variedade de produtos e com a melhor relação preço-qualidade. É por isso que a Morandé está em uma constante busca por novas variedades, novas técnicas de vinificação, novos vales, novos desenhos originais para seus rótulos, etc. Garantida pela trajetória de seu enólogo Pablo Morandé Lavín, e pelo reconhecimento da qualidade de seus vinhos, a Viña Morandé está se consolidando como uma grande marca, moderna e vanguardista”.
Ainda segundo a Morandé, “cabe destacar que Pablo Morandé Lavín foi quem, no começo da década de 80, observou que o Vale de Casablanca apresentava condições similares às existentes na região de Carneros, na Califórnia, dando origem ao mais importante descobrimento para o mercado do vinho chileno dos últimos tempos. Também foi o primeiro enólogo a vinificar uvas infectadas por botrytis para fazer um vinho especial, chamado Late Harvest, que hoje constitui uma categoria de vinhos no Chile, e é produzido por numerosas vinícolas. Outro exemplo de inovação é ser o primeiro a produzir vinhos de uvas congeladas, o Ice Wine, no Chile”.
“Hoje, a Viña Morandé conta com uma planta de vinificação em Pelequén (122 km ao sul de Santiago), considerada uma das bodegas mais modernas do país. Possui mais de 20.000 m2 construídos, tecnologia de ponta e uma capacidade instalada para 12 milhões de litros em tanques de aço inoxidável. Ali são moídas uma média anual de 12.000 de toneladas de uvas viníferas finas provenientes dos vales de Casablanca, Maipo, Rapel, Curicó, Maule e Itata”.
A linha Terrarum Reserva é apresentada nas variedades tintas Cabernet Sauvignon, Merlot e Carmenère, com vinhosconsiderados de vida longa (superior a três anos) e brancas Chardonnay, Pinot noir e Sauvignon blanc, com guarda de um a três anos.
Além desses vinhos, a Morandé produz também: House of Morandé Ultra Premium, Morandé Vitisterra, Morandé Pionero e, entre suas especialidades, Morandé Edição Limitada, Morandé Dueto e Morandé Late Harvest.
Notícia publicada em um jornal do Rio de Janeiro dá conta de que a Viña Morandé (Chile) comemora um ano de sucesso junto aos consumidores cariocas com o lançamento de sua linha Terrarum Reserva.
Segundo divulgado no site da empresa, “a Viña Morandé foi fundada em 1996 e desde o início trabalha para romper esquemas dentro de um mercado que se considera tradicional. Para isso foi definida uma estratégia que a posiciona como uma vinícola inovadora, com uma ampliada variedade de produtos e com a melhor relação preço-qualidade. É por isso que a Morandé está em uma constante busca por novas variedades, novas técnicas de vinificação, novos vales, novos desenhos originais para seus rótulos, etc. Garantida pela trajetória de seu enólogo Pablo Morandé Lavín, e pelo reconhecimento da qualidade de seus vinhos, a Viña Morandé está se consolidando como uma grande marca, moderna e vanguardista”.
Ainda segundo a Morandé, “cabe destacar que Pablo Morandé Lavín foi quem, no começo da década de 80, observou que o Vale de Casablanca apresentava condições similares às existentes na região de Carneros, na Califórnia, dando origem ao mais importante descobrimento para o mercado do vinho chileno dos últimos tempos. Também foi o primeiro enólogo a vinificar uvas infectadas por botrytis para fazer um vinho especial, chamado Late Harvest, que hoje constitui uma categoria de vinhos no Chile, e é produzido por numerosas vinícolas. Outro exemplo de inovação é ser o primeiro a produzir vinhos de uvas congeladas, o Ice Wine, no Chile”.
“Hoje, a Viña Morandé conta com uma planta de vinificação em Pelequén (122 km ao sul de Santiago), considerada uma das bodegas mais modernas do país. Possui mais de 20.000 m2 construídos, tecnologia de ponta e uma capacidade instalada para 12 milhões de litros em tanques de aço inoxidável. Ali são moídas uma média anual de 12.000 de toneladas de uvas viníferas finas provenientes dos vales de Casablanca, Maipo, Rapel, Curicó, Maule e Itata”.
A linha Terrarum Reserva é apresentada nas variedades tintas Cabernet Sauvignon, Merlot e Carmenère, com vinhosconsiderados de vida longa (superior a três anos) e brancas Chardonnay, Pinot noir e Sauvignon blanc, com guarda de um a três anos.
Além desses vinhos, a Morandé produz também: House of Morandé Ultra Premium, Morandé Vitisterra, Morandé Pionero e, entre suas especialidades, Morandé Edição Limitada, Morandé Dueto e Morandé Late Harvest.
PANORAMA ESTATÍSTICO INTERNACIONAL
Introdução
Muito se fala das estatísticas da produção mundial de vinhos, mas, quase sempre, os dados apresentados são discordantes. As discrepâncias se devem, na maioria dos casos, à falta de uniformidade dos critérios utilizados para aferir tais dados, contudo, outras vezes, são fruto apenas do desejo de manipulação de alguns. Os dados mais fidedignos talvez sejam os provenientes da F.A.O. (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) que são harmonizados com os dados da O.I.V.(Organização Internacional da Vinha e do Vinho), a cada dois anos. Utilizando as informações obtidas através destes órgãos, com ano base 2002, último ano disponível, podemos traçar um perfil do mercado mundial de vinho.
Produção mundial de uvas
A superfície plantada de uvas, sejam elas voltadas ou não para a produção de vinhos, diminuiu nas últimas duas décadas, chegando em 1997 ao nível mais baixo desde 1950. Em 2002 houve uma estabilização dos índices e a área plantada somou 7,88 milhões de hectares, sendo a Espanha responsável por 15,26% deste valor, a França por 11,54%, Itália por 11,7% e o Brasil por 0,82%.
Produção mundial de vinho
Analisando apenas a superfície plantada destinada à produção de vinho, a França ocupa o primeiro lugar, seguido da Itália e Espanha. Foram produzidos 260,89 milhões de hectolitros, 2% a menos que em 2001, sendo a França o maior produtor de vinho do mundo, com 19,16% da produção, redução de 6% em relação a 2001, seguido da Itália, Espanha, EUA, Argentina, China, Austrália, Alemanha, Portugal, África do Sul, Chile, Hungria, Romênia, Grécia, Rússia e Brasil com 1,23% da produção.
As estatísticas para 2004, ainda não confirmadas, revelam que a produção mundial de vinho chegou a 294,6 milhões de hectolitros, sendo a Europa responsável por 70,6% da produção. Os maiores países produtores foram França com 56,6 Mhl, Itália com 51,5, Espanha com 42,14, EUA 19,51, Argentina 15,46, Austrália 13,81 e China 11,31.
Consumo mundial de vinho
O consumo mundial de vinho atingiu 227,83 milhões de hectolitros sendo a Europa responsável por 68,7% do consumo, diminuição de 5,1% em relação ao final dos anos 80. Em contrapartida, o consumo cresceu 12% na ex União Soviética e na América 3% em relação a 2001. O país de maior consumo per capita/ano foi Luxemburgo com 63,4 litros, seguido da França com 56, Itália com 48, Portugal com 46, Suíça com 43 e Espanha com 31,6. O Brasil teve consumo medido de 1,8 litro por pessoa/ano. Enquanto na maioria dos países ocorreu decréscimo de consumo, países como Nova Zelândia, China, EUA, Canadá, Austrália e Inglaterra e Brasil apresentaram aumento de consumo. O consumo está na casa dos 236 milhões de hectolitros, em crescimento depois de anos em declínio. A Europa consome 68,4% do vinho mundial, a América 20,2% e a Ásia 6,7%. Os países de maior consumo absoluto são a França com 33,5 Mhl, Itália com 28,3, EUA com 24,7, Alemanha com 20,3, Espanha com 13,9, China com 11,7, Inglaterra com 11,7. Os países com maior consumo per capita/ano são Luxemburgo com 55,8 litros, França com 55,4, Portugal com 52,6, Itália com 51,1, Croácia com 44,7, Eslovênia com 44,4, Suíça com 41,4.
Exportações mundiais de vinho
As exportações de vinhos chegam a 77,4 Milhões de hectolitros sendo que a França é o maior país exportador com 14,21 Mhl, seguido da Itália com 14,19, Espanha com 13,51, Austrália com 6,45, Chile com 4,67, EUA com 3,87 e Portugal com 3,12. As importações somam 72,1 milhões de hectolitros, sendo a Alemanha com 12,49 Mhl, Inglaterra com 11, 94, EUA com 6,24, França com 5,51, Rússia com 4,5, Holanda com 3,49 e a Bélgica com 27,55 os maiores importadores mundiais.
Tendências do mercado
A tendência no mercado mundial de vinhos é o crescimento. Enquanto muitos países europeus chegaram ao seu máximo patamar de consumo, novos e maiores mercados são abertos em outros continentes. Se, por um lado, existem movimentos para a diminuição do consumo do álcool, por outro, há a comprovação médica dos benefícios do vinho à saúde, alavancando o consumo. Enquanto os vinhedos europeus, por conta das políticas agrárias na União Européia, diminuem de tamanho, outros, em continentes como América e Ásia, contribuem expressivamente com aumento da área plantada. O consumidor, por sua vez, busca cada vez mais a boa relação custo x benefício e demanda maior qualidade. Neste sentido, países como Austrália, Chile, Argentina ,África do Sul, e mais recentemente Portugal, têm se destacado no cenário internacional e ganham cada vez mais espaço. FONTE: Tribuna da Bahia.
Introdução
Muito se fala das estatísticas da produção mundial de vinhos, mas, quase sempre, os dados apresentados são discordantes. As discrepâncias se devem, na maioria dos casos, à falta de uniformidade dos critérios utilizados para aferir tais dados, contudo, outras vezes, são fruto apenas do desejo de manipulação de alguns. Os dados mais fidedignos talvez sejam os provenientes da F.A.O. (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) que são harmonizados com os dados da O.I.V.(Organização Internacional da Vinha e do Vinho), a cada dois anos. Utilizando as informações obtidas através destes órgãos, com ano base 2002, último ano disponível, podemos traçar um perfil do mercado mundial de vinho.
Produção mundial de uvas
A superfície plantada de uvas, sejam elas voltadas ou não para a produção de vinhos, diminuiu nas últimas duas décadas, chegando em 1997 ao nível mais baixo desde 1950. Em 2002 houve uma estabilização dos índices e a área plantada somou 7,88 milhões de hectares, sendo a Espanha responsável por 15,26% deste valor, a França por 11,54%, Itália por 11,7% e o Brasil por 0,82%.
Produção mundial de vinho
Analisando apenas a superfície plantada destinada à produção de vinho, a França ocupa o primeiro lugar, seguido da Itália e Espanha. Foram produzidos 260,89 milhões de hectolitros, 2% a menos que em 2001, sendo a França o maior produtor de vinho do mundo, com 19,16% da produção, redução de 6% em relação a 2001, seguido da Itália, Espanha, EUA, Argentina, China, Austrália, Alemanha, Portugal, África do Sul, Chile, Hungria, Romênia, Grécia, Rússia e Brasil com 1,23% da produção.
As estatísticas para 2004, ainda não confirmadas, revelam que a produção mundial de vinho chegou a 294,6 milhões de hectolitros, sendo a Europa responsável por 70,6% da produção. Os maiores países produtores foram França com 56,6 Mhl, Itália com 51,5, Espanha com 42,14, EUA 19,51, Argentina 15,46, Austrália 13,81 e China 11,31.
Consumo mundial de vinho
O consumo mundial de vinho atingiu 227,83 milhões de hectolitros sendo a Europa responsável por 68,7% do consumo, diminuição de 5,1% em relação ao final dos anos 80. Em contrapartida, o consumo cresceu 12% na ex União Soviética e na América 3% em relação a 2001. O país de maior consumo per capita/ano foi Luxemburgo com 63,4 litros, seguido da França com 56, Itália com 48, Portugal com 46, Suíça com 43 e Espanha com 31,6. O Brasil teve consumo medido de 1,8 litro por pessoa/ano. Enquanto na maioria dos países ocorreu decréscimo de consumo, países como Nova Zelândia, China, EUA, Canadá, Austrália e Inglaterra e Brasil apresentaram aumento de consumo. O consumo está na casa dos 236 milhões de hectolitros, em crescimento depois de anos em declínio. A Europa consome 68,4% do vinho mundial, a América 20,2% e a Ásia 6,7%. Os países de maior consumo absoluto são a França com 33,5 Mhl, Itália com 28,3, EUA com 24,7, Alemanha com 20,3, Espanha com 13,9, China com 11,7, Inglaterra com 11,7. Os países com maior consumo per capita/ano são Luxemburgo com 55,8 litros, França com 55,4, Portugal com 52,6, Itália com 51,1, Croácia com 44,7, Eslovênia com 44,4, Suíça com 41,4.
Exportações mundiais de vinho
As exportações de vinhos chegam a 77,4 Milhões de hectolitros sendo que a França é o maior país exportador com 14,21 Mhl, seguido da Itália com 14,19, Espanha com 13,51, Austrália com 6,45, Chile com 4,67, EUA com 3,87 e Portugal com 3,12. As importações somam 72,1 milhões de hectolitros, sendo a Alemanha com 12,49 Mhl, Inglaterra com 11, 94, EUA com 6,24, França com 5,51, Rússia com 4,5, Holanda com 3,49 e a Bélgica com 27,55 os maiores importadores mundiais.
Tendências do mercado
A tendência no mercado mundial de vinhos é o crescimento. Enquanto muitos países europeus chegaram ao seu máximo patamar de consumo, novos e maiores mercados são abertos em outros continentes. Se, por um lado, existem movimentos para a diminuição do consumo do álcool, por outro, há a comprovação médica dos benefícios do vinho à saúde, alavancando o consumo. Enquanto os vinhedos europeus, por conta das políticas agrárias na União Européia, diminuem de tamanho, outros, em continentes como América e Ásia, contribuem expressivamente com aumento da área plantada. O consumidor, por sua vez, busca cada vez mais a boa relação custo x benefício e demanda maior qualidade. Neste sentido, países como Austrália, Chile, Argentina ,África do Sul, e mais recentemente Portugal, têm se destacado no cenário internacional e ganham cada vez mais espaço. FONTE: Tribuna da Bahia.
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