maio 20, 2003

VINHOS DE GARAGEM - UMA VISÃO PORTUGUESA
Faz pouco tempo, encontramos no site da Revista de Vinhos, de Portugal, um interessante artigo sobre os assim chamados "vinhos de garagem", aqui comentados. Como o artigo não era recente, mantivemos contato com a editora, indagando sobre as tendências atuais. Em resposta, recebemos um simpático e-mail, assinado por Luis Ramos Lopes, que transcrevemos, na íntegra, com os nossos agradecimentos sinceros:
"A expressão "vinho de garagem" procura designar um vinho raro, de muito alta qualidade e não menos elevado preço, feito em quantidades diminutas (por vezes duas ou três mil garrafas) a partir de uma vinha muito especial. Normalmente, estes vinhos são feitos pelo próprio proprietário da vinha, numa adega pequena (daí a designação "garagem"), procurando que o vinho reflicta o carácter, o estilo e as preferências vínicas de quem os faz. O verdadeiro "garagista", enquanto tal, é um fenómeno que continua a ser raro, tanto em Portugal como no estrangeiro, e os seus vinhos são normalmente objecto de intensa procura e inevitável especulação.
O que se vem tornando cada vez mais frequente, é vermos empresas de média ou grande dimensão a procurarem igualmente fazer um vinho muito especial, em quantidades muito limitadas, que se torne uma "bandeira", uma marca de prestígio que contribua para reforçar a credibilidade da casa e ajude a vender as outras marcas. No artigo da Revista de Vinhos que referiu, abordámos alguns destes casos. Entre os mais recentes, e que surgiram desde então em Portugal, saliente-se o tinto Duas Quintas Reserva Especial (da Ramos Pinto), o branco Esporão Private Selection (da Finagra) ou o espumante Murganheira Millésime".
A nota reflete a visão de um especialista europeu e, como tal, merece destaque e a atenção dos interessados.

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