VALE DAS SERRALHEIRAS
Em nossa incansável busca por vinhos de boa relação qualidade/preço, vamos comentar um tinto seco de mesa, safra de 1998, 12,5% de álcool, produzido e engarrafado pela Adega Cooperativa de Palmela, em Portugal. Por ser um Vinho Regional Terras do Sado, por si só já identifica a região produtora, que abrange todo o distrito de Setúbal, próximo a Lisboa.
Historicamente, foram os Fenícios e os Gregos que trouxeram do Oriente Próximo muitas castas para esta região e que, achando o clima ameno e as encostas da Arrábida e a zona ribeirinha do Tejo boas para o cultivo da vinha, se lançaram no seu plantio.
Mais tarde, os Romanos e os Árabes deram grande incremento à cultura da vinha nesta península. Com a fundação do reino de Portugal, vieram outros povos, notadamente os Francos, de antiqüíssimas tradições vitícolas, que incrementaram a produção de vinho nesta região, tradição que ainda hoje prevalece.
A menção a “Vinho Regional”, seguida da indicação geográfica “Terras do Sado”, é exclusiva dos vinhos de mesa tintos, brancos e rosé que satisfaçam as condições de produção fixadas em Portaria publicada no Diário da República de 13/05/92.
E degustamos o Vale das Serralheiras. Pela indicação do produtor, elaborado a partir de uvas da casta Periquita e envelhecido em barris de carvalho português. Conhecendo esta casta, esperávamos um vinho mais encorpado, mas ele se mostrou apenas médio. Ao paladar, uma acidez pouco desejável e algum aroma da madeira. Sinceramente, não nos agradou muito, embora tenhamos que reconhecer que supera em muito os vinhos de mesa nacionais, obviamente. Mas seu preço, em torno de R$12, pode ser um atrativo para experimenta-lo. É sempre uma referência.
maio 02, 2003
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