agosto 25, 2003

OS BONS VINHOS DO ALENTEJO
O Alentejo é uma zona relativamente plana, com grandes propriedades, campos a perder de vista com muitos sobreiros (árvore que dá a cortiça) e manchas de videiras esparsas. Como o nome diz, fica além do Rio Tejo e vai até a fronteira com a Espanha.
O clima é terrível: frio cortante no inverno e calor intenso no verão. No passado, eram comuns os vinhos pesados, alcoólicos, duros e rústicos, muitas vezes fermentados em temperaturas muito altas. Com o progresso econômico, as vinícolas se modernizaram e adotaram o controle da temperatura durante a fermentação. O progresso nas lavouras também é mais do que evidente.
O resultado é que seus vinhos ganharam mais equilíbrio e elegância. Os tintos, de modo geral, são muito melhores, feitos normalmente com uvas locais, como Trincadeira (de grande classe); Aragonês (a mesma Tempranillo da Rioja e Tinto Fino, do Douro); Periquita (ou Castelão Francês, muito difundida no sul de Portugal) e Moreto. Mas já se notam alguns feitos, total ou parcialmente, com as uvas importadas, como Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah. Várias sub-regiões, cujos nomes podem aparecer nos rótulos como Portalegre, Reguengos, Redondo, Vidigueira, Évora e Moura.
Mouchão (um vinho espetacular, que realmente precisa de tempo nas garrafas), Marquês de Borba Reserva, Quinta do Carmo, José de Sousa, Tapada dos Coelheiros, Quinta de Santo Amaro, Garrafeira dos Sócios da Cooperativa de Monsaraz, Esporão (Reserva, Garrafeira e varietais), Valle do Ancho, Herdade Grande Reseva Selecionada, Cortes de Cima, Pera Manca (lendário) são alguns dos grandes da região. (Fonte: O Estado de S. Paulo, 15/08/03)

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