setembro 28, 2005

VINHOS DA AUSTRÁLIA

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A história dos vinhos australianos mistura-se com a própria história da colonização, quando em 1788 um capitão da marinha britânica, Arthur Philip, aportou no país, trazendo, além de soldados e degredados, as primeiras mudas. Essas mudas foram inicialmente plantadas onde hoje está o Jardim Botânico de Sidney, mas não deram muito certo pelas condições desfavoráveis do solo e clima. Nas primeiras décadas os vinhedos cresceram lentamente, próximos a Sidney, em New South Wales. Em 1820, imigrantes europeus, entre eles pastores luteranos, colonos escoceses e suíços introduziram cepas européias dando início a uma nova etapa da vitivinicultura na Austrália. Uma das regiões que mais se destacou foi o Hunter Valley, quando um desses colonos construiu sua propriedade lá. As vinhas espalharam-se também para o sul do país, em Barossa Valley, Yalumba, Victoria e Yarra.
No final do século, por volta de 1890, a filoxera, praga que atacou vinhedos no mundo todo, não poupou a Austrália também, e boa parte dos vinhedos de Victoria foram destruídos, mas as outras áreas tiveram mais sorte e quase todos os vinhedos foram preservados.
Apesar dos esforços para se produzir vinhos mais elegantes e complexos, o gosto local ainda dava preferência aos vinhos brancos, leves e baratos, e essa preferência só começou a mudar por volta de 1930, na época da Grande Depressão, e a procura recaiu sobre bebidas mais fortes, vinhos mais encorpados, inclusive os fortificados. As mudanças reais começaram a acontecer na Austrália nos anos 60, quando as multinacionais resolveram investir em tecnologia e surgiram os embriões dos vinhos de boutique, que praticamente espalharam a produção de vinhos por todo o país.
A guinada final foi na década de 90, mais precisamente por volta de 1995, quando os australianos criaram uma reviravolta no mercado mundial de vinhos, ganhando renome mundial à partir da obtenção de excelentes notas nas mais tradicionais revistas especializadas.
Com o aumento no consumo de vinhos, a descoberta de suas propriedades, especialmente os vinhos tintos quando consumidos com moderação, e o fato dos vinhos australianos estarem alcançando sempre os primeiros lugares nos ranking's mundiais, tem elevado seus preços mundo afora, e os profissionais residentes no país estão desfrutando do mesmo status outrora conferido somente aos europeus, especialmente os franceses.
A Austrália é hoje o 8° produtor mundial de vinho, um record para um 'novato', produzindo cerca de 6,5 milhões de hectolitros/ano, sendo que parte dessa produção é exportada para diversos países do mundo. Apesar dos índices mundiais apontarem para um declínio no consumo de vinhos, na Austrália o consumo per capita é cerca de 19 litros/ano.
As regiões produtoras são: New South Wales (Hunter Valley, Mudgee, Orange e Riverina); Victoria (Yarra Valley, Rutherlen, Great Western, Pyrennes, Goulborn Valley, Bendigo); South Australia (Barossa Valley, Coonawarra, Padthway, Clare, Adelaide Hills e Riverland); Western Australia (vale do Rio Swan, vale do Margareth e Mount Barker); Tasmânia. FONTE: Best Wine.

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