setembro 18, 2002

BREVE HISTÓRIA DO VINHO (2)
O vinho na Antiga Grécia
Entre 1000 AC e 959 AC, os gregos cultivaram vinhas em suas ilhas e, mais longe ainda, na Espanha e na Itália.
Os vinhos da Antiga Grécia eram altamente louvados e imortalizados por seus poetas, historiadores e artistas; desempenhou papel importante na religião, tendo em Dionísio um ídolo venerado.
Os gregos comercializaram vinhos de suas diferentes ilhas, do Oriente Médio e do Egito. Cada ilha tinha seu sabor específico, as de Chio e Lesbos produziam os melhores de todos os vinhos gregos. O vinho de Chio era exportado para todas as partes do mundo então conhecidas, enquanto que Lesbos exportava um vinho à base de essências, muito raro e suave.
Como os egípcios, os gregos consideravam o vinho um privilégio das classes mais abastadas, e ele não era consumido pelo cidadão comum.
Hoje em dia, provavelmente, os vinhos da Antiga Grécia seriam considerados muito suaves para o nosso consumo.

Os romanos e seus vinhos
Os antigos romanos davam grande importância ao desenvolvimento e cultivo do vinho e tiveram papel importante na disseminação do vinho. Durante o apogeu do Império Romano, entre 50 AC e 500 DC, a produção de vinho se espalhou pela maior parte da Europa, incluindo França, Espanha, Itália e mesmo algumas partes da Bretanha. Neste período, o vinho também se tornou acessível às massas. Cidades como Pompéia chegaram a construir bares em quase todas as ruas para promover o vinho. As classes mais pobres, porém, bebiam vinagre misturado com água, a que davam o nome de Posca.
O culto de Baco gerou muitos seguidores. Se os gregos idolatravam Dionísio, os romanos cultuavam Baco, celebrado em muitos festivais.
O vinho romano, dizia-se, estava mais para suave que para seco. Acreditava-se que a aromatização era importante em um bom vinho, por isso adicionavam produtos como molho de peixe fermentado. Alguns vinhos eram às vezes misturados com absinto, pétalas de rosas, hortelã e pimenta. Vinhos tintos ou brancos puros eram quase impensáveis na antiga Roma e poderíamos hoje considerar muitos dos seus favoritos como altamente indesejáveis. (>>>continua)