junho 01, 2003

VINHO À MODA ANTIGA
Na busca por maior autenticidade e originalidade de seus vinhos, alguns produtores internacionais vêm apelando para processos de um passado milenar. Assim escreve Luciano Ribeiro, em matéria publicada na revista Domingo, do Jornal do Brasil, que circula hoje.
É o caso de um viticultor de Friuli, Itália, que fermenta as uvas em enormes ânforas de barro, com dois metros de altura e capacidade para 20 hectolitros de suco de uva, fabricadas sob encomenda por apenas dois artesãos da Geórgia, Bálcãs, ao preço unitário de US$5.000. Era esse o processo usado pelos romanos há mais de dois mil anos. E os vinhos dele fazem sucesso.
Também em Portugal a vinícola José Maria da Fonseca utiliza o mesmo processo, dispondo de 114 ânforas, algumas do século XIX, que armazenam o equivalente a cerca de 23.500 garrafas.E, ainda, no Alentejo, um dos vinhos mais prestigiados do país, o Mouchão 3/4, é elaborado com uvas pissadas pelos colonos, sem qualquer processo mecanizado.
Se esse retorno às origens significa apenas um modismo, ou se vai de fato vingar pelo mundo a fora, não saberíamos responder, nem ao menos fazemos um prognóstico. Mas se os produtores de milênios passados pudessem ver isso, certamente estariam dando risadas de satisfação, orgulho e vaidade...

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