DEVEM OS VINHOS "RESPIRAR"?
O “maitre” se aproxima, trazendo uma empoeirada garrafa de vinho e um saca-rolhas, e faz a pergunta: O senhor gostaria de deixar o vinho respirar antes de servi-lo?”
O que você deveria dizer?
(Wine Lovers´Paga)
Na verdade, a maioria dos vinhos não se beneficiam desta prática e uns poucos podem verdadeiramente ser prejudicados por ela. Na prática, expor o vinho ao ar é útil apenas para aqueles vinhos que sabidamente possuem potencial para envelhecer. Muitos Bordeaux, uns poucos Rhône e alguns Bourgogne, alguns dos melhores tintos italianos e os Porto Vintage se incluem nesta categoria, assim como alguns do Novo Mundo.
Quando se consome vinhos deste tipo ainda na juventude, antes de estarem realmente prontos para serem bebidos, poder-se-á acha-los fechados, mostrando pouco de todo o seu potencial em aroma e sabor; e eles podem apresentar-se tânicos (adstringentes), uma característica dos tintos jovens que geralmente melhora com o tempo. Vinhos deste tipo podem "abrir" e amaciar um pouco se forem expostos ao ar por uma ou duas horas (ou, mesmo, em casos extremos, por uma noite).
Se você deseja mesmo arejar seu vinho, não retire simplesmente a rolha, que expõe apenas um pequeno círculo no gargalo da garrafa à atmosfera. Encha um copo ou dois, ou, melhor, decante todo o vinho, despejando a garrafa inteira em um “decanter” devidamente limpo.
Repetindo, não há nenhum benefício em arejar vinhos que não necessitam de envelhecimento – a maioria dos brancos e muitos tintos são frescos e frutados e prontos para consumir após abrir a garrafa. E, o que é mais, você nunca deve permitir o arejamento de um vinho que já está totalmente maduro, porque ele pode ter-se fragilizado com a idade e poderá perder seus aromas tão logo assim for feito.
Outra possibilidade é, simplesmente, esquecer o arejamento e simplesmente abrir a garrafa, tomar o vinho do jeito que ele está, mas, se você o achar tímido, áspero ou adstringente, guarde seu copo e volte a aprecia-lo após o jantar, quando ele já arejou um pouco.
outubro 30, 2004
outubro 28, 2004
DECANTAR OU NÃO UM VINHO
Decantar não é, ou não deveria ser, um exercício de estilo ou esnobação. Existem, efetivamente, situações em que um vinho deve ser arejado e em que se deve potenciar o contato fácil do mesmo com o oxigênio; assim como há ocasiões em que decantar é perfeitamente dispensável ou mesmo não recomendado. Como conhece-las?
Antes de decidir sobre a conveniência ou não de decantar um vinho é bom atentar para o fato de que a oxigenação do vinho geralmente resulta numa perda de qualidade: suas características aromáticas vão-se esvanecendo e a sua própria consistência se vai alterando até ao limite de iniciar um processo de avinagramento.
Quando decantar
>>Quando, colocando um pouco de vinho num copo e cheirando-o, o mesmo apresentar um aroma desagradável ou pouco perceptível (se o aroma for limpo, bem perceptível e agradável, não se justifica arejá-lo).
>>Quando o vinho for aromaticamente fechado e a sua primeira expressão aromática não traduzir imediatamente tudo o que ele tem para oferecer à medida que vai “abrindo”, isto é, que vai estando em contato com o ar. (Esta ocorrência não é rara em vinhos de guarda quando consumidos antes de terem esgotado todo o seu potencial de envelhecimento). Neste caso, decantar permitirá conhecer melhor a grande qualidade deste vinho.
>>Quando o vinho esteve muito tempo em garrafa e adquiriu um aroma pesado. Neste caso, o arejamento fará com que seus componentes se reponham em equilíbrio com o oxigênio do ar, com o que esse efeito desaparece.
Quando não decantar
>>Quando o vinho carecer de aroma ou este for muito pouco perceptível, porque as uvas com que foi feito não lhe conferiram esta qualidade e tão pouco o processo de vinificação conseguiu atingir este objetivo. Neste caso, de nada adiantará arejar o vinho.
>>Quando o vinho for aromaticamente fechado mas estiver sendo servido, por exemplo, durante um almoço de três horas, é melhor deixa-lo “abrir” no copo, pois, assim, o seu aroma, em vez de se esgotar, irá crescendo ao longo da refeição.
>>Quando o vinho não cheirar bem e denotar no nariz algum tipo de sujidade. Se o vinho adquiriu mau cheiro por uma má vinificação, também não irá longe com esta tentativa de recuperação.
Em resumo:
O “decanter” deve ser usado como se fosse um hospital para vinho. Se estiver com saúde, nem vá lá, pode voltar doente... Se estiver doente, passe por lá, há sempre a esperança de voltar melhor.
Decantar não é, ou não deveria ser, um exercício de estilo ou esnobação. Existem, efetivamente, situações em que um vinho deve ser arejado e em que se deve potenciar o contato fácil do mesmo com o oxigênio; assim como há ocasiões em que decantar é perfeitamente dispensável ou mesmo não recomendado. Como conhece-las?
Antes de decidir sobre a conveniência ou não de decantar um vinho é bom atentar para o fato de que a oxigenação do vinho geralmente resulta numa perda de qualidade: suas características aromáticas vão-se esvanecendo e a sua própria consistência se vai alterando até ao limite de iniciar um processo de avinagramento.
Quando decantar
>>Quando, colocando um pouco de vinho num copo e cheirando-o, o mesmo apresentar um aroma desagradável ou pouco perceptível (se o aroma for limpo, bem perceptível e agradável, não se justifica arejá-lo).
>>Quando o vinho for aromaticamente fechado e a sua primeira expressão aromática não traduzir imediatamente tudo o que ele tem para oferecer à medida que vai “abrindo”, isto é, que vai estando em contato com o ar. (Esta ocorrência não é rara em vinhos de guarda quando consumidos antes de terem esgotado todo o seu potencial de envelhecimento). Neste caso, decantar permitirá conhecer melhor a grande qualidade deste vinho.
>>Quando o vinho esteve muito tempo em garrafa e adquiriu um aroma pesado. Neste caso, o arejamento fará com que seus componentes se reponham em equilíbrio com o oxigênio do ar, com o que esse efeito desaparece.
Quando não decantar
>>Quando o vinho carecer de aroma ou este for muito pouco perceptível, porque as uvas com que foi feito não lhe conferiram esta qualidade e tão pouco o processo de vinificação conseguiu atingir este objetivo. Neste caso, de nada adiantará arejar o vinho.
>>Quando o vinho for aromaticamente fechado mas estiver sendo servido, por exemplo, durante um almoço de três horas, é melhor deixa-lo “abrir” no copo, pois, assim, o seu aroma, em vez de se esgotar, irá crescendo ao longo da refeição.
>>Quando o vinho não cheirar bem e denotar no nariz algum tipo de sujidade. Se o vinho adquiriu mau cheiro por uma má vinificação, também não irá longe com esta tentativa de recuperação.
Em resumo:
O “decanter” deve ser usado como se fosse um hospital para vinho. Se estiver com saúde, nem vá lá, pode voltar doente... Se estiver doente, passe por lá, há sempre a esperança de voltar melhor.
outubro 27, 2004
RINCÓN PRIVADO TORRONTÉS 2004
O calor vem aumentando nesta primavera e justifica plenamente degustar-se um vinho branco. E a relação preço/qualidade nos levou a este argentino, um tinto seco, jovem, com 12,5% de teor alcoólico, produzido pela Viñas de Altura no Valle de Cafayate, Mendoza, a partir de uvas Torrontés, que gozam de tanto prestígio quanto as tintas Malbec.
Viñas de Altura é a nova designação das Bodegas Lavaque (empresa presente na viticultura argentina desde 1889), que agora controla quatro importantes projetos, localizados em áreas de produção bastante distintas: três na região de Mendoza - San Rafael (Mendoza), Valle de Cafayate (Salta) e Valle de Santa María (Catamarca) - e um no norte do país, no Valle de Calchaqui, com vinhedos em altas altitudes.
De cor amarela pálida, com leves reflexos dourados, este vinho apresenta uma grande transparência. Ao nariz, aromas florais delicados. Na boca, um frescor agradável e bem balanceado. Uma opção interessante, considerando que o preço está entre R$10 e R$11 e que não é fácil encontrar vinhos brancos nacionais de qualidade nesta faixa de preços.
O calor vem aumentando nesta primavera e justifica plenamente degustar-se um vinho branco. E a relação preço/qualidade nos levou a este argentino, um tinto seco, jovem, com 12,5% de teor alcoólico, produzido pela Viñas de Altura no Valle de Cafayate, Mendoza, a partir de uvas Torrontés, que gozam de tanto prestígio quanto as tintas Malbec.
Viñas de Altura é a nova designação das Bodegas Lavaque (empresa presente na viticultura argentina desde 1889), que agora controla quatro importantes projetos, localizados em áreas de produção bastante distintas: três na região de Mendoza - San Rafael (Mendoza), Valle de Cafayate (Salta) e Valle de Santa María (Catamarca) - e um no norte do país, no Valle de Calchaqui, com vinhedos em altas altitudes.
De cor amarela pálida, com leves reflexos dourados, este vinho apresenta uma grande transparência. Ao nariz, aromas florais delicados. Na boca, um frescor agradável e bem balanceado. Uma opção interessante, considerando que o preço está entre R$10 e R$11 e que não é fácil encontrar vinhos brancos nacionais de qualidade nesta faixa de preços.
ZONAS VINÍCOLAS DA BORGONHA
Para que se tenha uma idéia da distribuição geográfica das principais zonas vinícolas da Borgonha, vide os mapas abaixo. O primeiro deles mostra a localização da região produtora da Borgonha no centro-leste do território francês; o segundo, as diferentes zonas dentro da Borgonha:
Vale registrar as principais denominações de origem controlada (A.O.C.s) da Borgonha:
Bourgogne AOC - Bourgogne Aligoté - Chablis - Côte de Nuits - Gevrey Chambertin - Clos Vougeot - Vosne Romanée - Nuits Saint Georges - Côte de Beaune - Corton - Pommard - Volnay - Meursault - Chassagne Montrachet - Rully - Givry - Pouilly Fuissé.
Para que se tenha uma idéia da distribuição geográfica das principais zonas vinícolas da Borgonha, vide os mapas abaixo. O primeiro deles mostra a localização da região produtora da Borgonha no centro-leste do território francês; o segundo, as diferentes zonas dentro da Borgonha:
Vale registrar as principais denominações de origem controlada (A.O.C.s) da Borgonha:
Bourgogne AOC - Bourgogne Aligoté - Chablis - Côte de Nuits - Gevrey Chambertin - Clos Vougeot - Vosne Romanée - Nuits Saint Georges - Côte de Beaune - Corton - Pommard - Volnay - Meursault - Chassagne Montrachet - Rully - Givry - Pouilly Fuissé.
outubro 26, 2004
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #16: CHASSAGNE MONTRACHET 1er CRU (A.O.C.)
Jean Noel Gagnard MORGEOT 1998
Chassagne Montrachet, situada na Cote de Beaune, é famosa pelos grandes vinhos branos produzidos nas cinco denominações de origem controlada, que incluem três grand crus: Chassagne Montrachet Controlée, Chassagne Montrachet Premier Cru, Montrachet Grand Cru, Bâtard Montrachet Grand Cru e Criots Bâtard Montrachet Grand Cru. O mais famoso, Montrachet, às vezes é chamado o “rei dos vinhos brancos”.
Até recentemente, Chassagne Montrachet produzia, principalmente, vinhos tintos. Embora alguns deles possam comparar-se aos melhores da Borgonha, a produção total da região não pode ser comparada com as de Corton e Volnay. Atualmente, porém, 60% da produção de Chassagne Montrachet são de vinhos brancos. Eles estão entre os melhores da Borgonha, mesmo de toda a França, e a cada dia se tornam mais populares.
As uvas empregadas são a Pinot Noir, para os tintos, e a Chardonnay, para os brancos. A idade dos vinhos varia de 5 a 20 anos (brancos) e 3 a 10 anos (tintos).
Os tintos possuem aromas de cerejas e passas pretas; os brancos, de amêndoas, maçãs maduras e mel.
As safras recomendadas são: tintos - 2003, 2002, 1999, 1996, 1993, 1990, 1989, 1988, 1985; brancos - 2003, 2002, 2001, 2000, 1999, 1996, 1995, 1989, 1985.
O vinho degustado se mostrou também uma surpresa. Diferentemente do anterior, o Nuits St. Georges, tinha uma cor bastante escura e aparentava ser mais encorpado. Seus aromas eram agradáveis, embora não identificássemos mais que a madeira, mas não tinham a profundidade que sentimos antes. Na boca, mostrou equilíbrio e persistência razoável. Um bom vinho, com certeza. Produzido no Domaine de Jean Noel Gagnard. Pontos: 83.
VINHO #16: CHASSAGNE MONTRACHET 1er CRU (A.O.C.)
Jean Noel Gagnard MORGEOT 1998
Chassagne Montrachet, situada na Cote de Beaune, é famosa pelos grandes vinhos branos produzidos nas cinco denominações de origem controlada, que incluem três grand crus: Chassagne Montrachet Controlée, Chassagne Montrachet Premier Cru, Montrachet Grand Cru, Bâtard Montrachet Grand Cru e Criots Bâtard Montrachet Grand Cru. O mais famoso, Montrachet, às vezes é chamado o “rei dos vinhos brancos”.
Até recentemente, Chassagne Montrachet produzia, principalmente, vinhos tintos. Embora alguns deles possam comparar-se aos melhores da Borgonha, a produção total da região não pode ser comparada com as de Corton e Volnay. Atualmente, porém, 60% da produção de Chassagne Montrachet são de vinhos brancos. Eles estão entre os melhores da Borgonha, mesmo de toda a França, e a cada dia se tornam mais populares.
As uvas empregadas são a Pinot Noir, para os tintos, e a Chardonnay, para os brancos. A idade dos vinhos varia de 5 a 20 anos (brancos) e 3 a 10 anos (tintos).
Os tintos possuem aromas de cerejas e passas pretas; os brancos, de amêndoas, maçãs maduras e mel.
As safras recomendadas são: tintos - 2003, 2002, 1999, 1996, 1993, 1990, 1989, 1988, 1985; brancos - 2003, 2002, 2001, 2000, 1999, 1996, 1995, 1989, 1985.
O vinho degustado se mostrou também uma surpresa. Diferentemente do anterior, o Nuits St. Georges, tinha uma cor bastante escura e aparentava ser mais encorpado. Seus aromas eram agradáveis, embora não identificássemos mais que a madeira, mas não tinham a profundidade que sentimos antes. Na boca, mostrou equilíbrio e persistência razoável. Um bom vinho, com certeza. Produzido no Domaine de Jean Noel Gagnard. Pontos: 83.
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #15: NUITS ST. GEORGES 1er CRU (A.O.C.)
Joseph Faiveley CLOS DE LA MARÉCHALE 1991
A cidade de Nuits Saint Georges empresta seu nome à Côte de Nuits, que se estende desde o sul de Dijon até a Cote de Beaune, a leste da França.
Os vinhos da A.O.C. Nuits-St-Georges são produzidos em "terroirs" delimitados pelas comunas de Nuits-Saint-Georges e Premeaux-Prissey. Os solos, de formação jurássica, são essencialmente argilo-calcáreos.Em sua maioria, são vinhos tintos, oriundos de uma única espécie de uva, a Pinot Noir. Já os brancos são elaborados com uvas Chardonnay ou Pinot Blanc.
Os vinhos tintos de Nuits-Saint-Georges possuem quase sempre uma cor intensa e escura. Os aromas são potentes e complexos: eles misturam cereja, cassis,trufa e, muitas vezes, especiarias. São vinhos robustos e elegantes, de bouquet intenso e fragrante.
Os vinhos de Nuits-Saint-Georges estão entre os mais tânicos da Borgonha. A harmonia entre o tanino e "rondeur" torna-os encorpados e sólidos.
A estrutura forte garante uma guarda longa. Em anos médios, eles duram de 5 a 10 anos. Em grandes anos, mantidos em cave até o apogeu, podem atingir 25 anos.
Estes vinhos tintos potentes são melhor apreciados a temperaturas próximas dos 15 a 16 °C. A decantação por uma a duas horas é recomendável.
A degustação deste vinho se revestiu de uma certa curiosidade, não só por ser um legítimo borgonhês, como pelos seus 13 anos, período em que foi mantido o mais possível protegido, mas sem controle das condições ambientais. Havia uma leve suspeita de que poderia já se ter deteriorado.
Mas a primeira impressão após aberta a garrafa começou a desfazer aquela dúvida. O vinho se mostrou inteiro na taça, com uma coloração vermelha viva, grande transparência (dava para ver a mão segurando a taça). Seus aromas eram bastante agradáveis, equilibrados, sem excesso do álcool. Aromas que melhoraram ao longo da degustação.
Na boca, confirmou o equilíbrio e mostrou claramente que ainda estava inteiro. Sem dúvida, um grande vinho, embora nosso paladar se afine mais com os vinhos de Bordeaux. Produzido no Domaine de Joseph Faiveley. Pontos: 84
VINHO #15: NUITS ST. GEORGES 1er CRU (A.O.C.)
Joseph Faiveley CLOS DE LA MARÉCHALE 1991
A cidade de Nuits Saint Georges empresta seu nome à Côte de Nuits, que se estende desde o sul de Dijon até a Cote de Beaune, a leste da França.
Os vinhos da A.O.C. Nuits-St-Georges são produzidos em "terroirs" delimitados pelas comunas de Nuits-Saint-Georges e Premeaux-Prissey. Os solos, de formação jurássica, são essencialmente argilo-calcáreos.Em sua maioria, são vinhos tintos, oriundos de uma única espécie de uva, a Pinot Noir. Já os brancos são elaborados com uvas Chardonnay ou Pinot Blanc.
Os vinhos tintos de Nuits-Saint-Georges possuem quase sempre uma cor intensa e escura. Os aromas são potentes e complexos: eles misturam cereja, cassis,trufa e, muitas vezes, especiarias. São vinhos robustos e elegantes, de bouquet intenso e fragrante.
Os vinhos de Nuits-Saint-Georges estão entre os mais tânicos da Borgonha. A harmonia entre o tanino e "rondeur" torna-os encorpados e sólidos.
A estrutura forte garante uma guarda longa. Em anos médios, eles duram de 5 a 10 anos. Em grandes anos, mantidos em cave até o apogeu, podem atingir 25 anos.
Estes vinhos tintos potentes são melhor apreciados a temperaturas próximas dos 15 a 16 °C. A decantação por uma a duas horas é recomendável.
A degustação deste vinho se revestiu de uma certa curiosidade, não só por ser um legítimo borgonhês, como pelos seus 13 anos, período em que foi mantido o mais possível protegido, mas sem controle das condições ambientais. Havia uma leve suspeita de que poderia já se ter deteriorado.
Mas a primeira impressão após aberta a garrafa começou a desfazer aquela dúvida. O vinho se mostrou inteiro na taça, com uma coloração vermelha viva, grande transparência (dava para ver a mão segurando a taça). Seus aromas eram bastante agradáveis, equilibrados, sem excesso do álcool. Aromas que melhoraram ao longo da degustação.
Na boca, confirmou o equilíbrio e mostrou claramente que ainda estava inteiro. Sem dúvida, um grande vinho, embora nosso paladar se afine mais com os vinhos de Bordeaux. Produzido no Domaine de Joseph Faiveley. Pontos: 84
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #14: ESPORÃO RESERVA 1995 (D.O.C.)
O Alentejo fica no sudeste de Portugal, entre as cidades de Portalegre, ao norte, e Beja, ao sul. Entre as duas esta a cidade de Évora, a principal da região. Junto com a Bairrada, é a região vinícola que mais se tem projetado, sobretudo no exterior, graças às inovações técnicas adotadas, melhorando sensivelmente a qualidade dos seus vinhos. Lá existem cinco DOCs- Borba, Portalegre, Redondo, Reguengos e Vidigueira.
Situada a 3 km de Reguengos de Monsaraz e 180 km ao sul de Lisboa, a Herdade do Esporão é a maior e mais antiga defesa da região, e os seus limites, fixados em 2 de maio de 1267, conservaram-se intactos por mais de 700 anos.
A Herdade teve vários donos, até vir a pertencer a Mem Rodrigues de Vasconcelos, Mestre de Santiago, que foi Comandante da Ala dos Namorados, em Aljubarrota, e Alcaide-Mor de Monsaraz, cenário de lutas, intrigas e vinganças na história medieval do Alto Alentejo.
A Herdade do Esporão foi adquirida pela FINAGRA em 1973, com o principal objetivo de produzir vinhos de grande qualidade. Em 1975, a Herdade sofreu intervenção do Estado e só em 1979 foi devolvida, permitindo à FINAGRA prosseguir a plantação das vinhas, primeira etapa do seu ambicioso projeto.
Em 1989 lançou-se o primeiro vinho Esporão, sendo considerado um dos melhores vinhos portugueses.
Em 1995, depois das suas marcas já estarem entre as melhores, a FINAGRA efetuou novos investimentos, que incluem expansão da área plantada e instalação de um novo sistema de rega.
As principais castas tintas são: Trincadeira, Aragonês, Cabernet Sauvignon, Bastardo, Touriga Nacional e Syrah.
E foi justamente dessa fase que degustamos um Esporão Reserva 1995, com 13,5% de teor alcoólico. Apreciamos sua bela cor escura e os pronunciados aromas da madeira em que foi envelhecido. De corpo médio, mas consistente, e taninos ainda presentes, mas não muito acentuados. Ao beber, mostrou-se bastante agradável e bom acompanhante para pratos fortes. Em resumo, gostamos muito da experiência e não hesitaríamos em recomenda-lo aos que procuram um bom vinho, embora seu preço de mercado seja hoje um pouco salgado para os padrões médios de consumo. Pontos: 81
VINHO #14: ESPORÃO RESERVA 1995 (D.O.C.)
O Alentejo fica no sudeste de Portugal, entre as cidades de Portalegre, ao norte, e Beja, ao sul. Entre as duas esta a cidade de Évora, a principal da região. Junto com a Bairrada, é a região vinícola que mais se tem projetado, sobretudo no exterior, graças às inovações técnicas adotadas, melhorando sensivelmente a qualidade dos seus vinhos. Lá existem cinco DOCs- Borba, Portalegre, Redondo, Reguengos e Vidigueira.
Situada a 3 km de Reguengos de Monsaraz e 180 km ao sul de Lisboa, a Herdade do Esporão é a maior e mais antiga defesa da região, e os seus limites, fixados em 2 de maio de 1267, conservaram-se intactos por mais de 700 anos.
A Herdade teve vários donos, até vir a pertencer a Mem Rodrigues de Vasconcelos, Mestre de Santiago, que foi Comandante da Ala dos Namorados, em Aljubarrota, e Alcaide-Mor de Monsaraz, cenário de lutas, intrigas e vinganças na história medieval do Alto Alentejo.
A Herdade do Esporão foi adquirida pela FINAGRA em 1973, com o principal objetivo de produzir vinhos de grande qualidade. Em 1975, a Herdade sofreu intervenção do Estado e só em 1979 foi devolvida, permitindo à FINAGRA prosseguir a plantação das vinhas, primeira etapa do seu ambicioso projeto.
Em 1989 lançou-se o primeiro vinho Esporão, sendo considerado um dos melhores vinhos portugueses.
Em 1995, depois das suas marcas já estarem entre as melhores, a FINAGRA efetuou novos investimentos, que incluem expansão da área plantada e instalação de um novo sistema de rega.
As principais castas tintas são: Trincadeira, Aragonês, Cabernet Sauvignon, Bastardo, Touriga Nacional e Syrah.
E foi justamente dessa fase que degustamos um Esporão Reserva 1995, com 13,5% de teor alcoólico. Apreciamos sua bela cor escura e os pronunciados aromas da madeira em que foi envelhecido. De corpo médio, mas consistente, e taninos ainda presentes, mas não muito acentuados. Ao beber, mostrou-se bastante agradável e bom acompanhante para pratos fortes. Em resumo, gostamos muito da experiência e não hesitaríamos em recomenda-lo aos que procuram um bom vinho, embora seu preço de mercado seja hoje um pouco salgado para os padrões médios de consumo. Pontos: 81
outubro 19, 2004
BEAUJOLAIS NOUVEAU
A região de Beaujolais, a leste da França, é conhecida pela alta produtividade e por originar vinhos diluídos. De lá vem o conhecido Beaujolais Nouveau, um vinho jovem, leve, frutado, de pouca estrutura, elaborado com uvas Gamay. Sua acidez excessiva, no entanto, o torna um vinho apenas razoável para a maioria dos especialistas.
Em seu processo de vinificação, as uvas fermentam dentro das próprias cascas, o que impede a extração de taninos, pois estes se localizam nas camadas externas das uvas. Deste modo, por não conter taninos, o Beaujolais Nouveau precisa ser consumido até seis meses após a colheita e deve ser bebido a uma temperatura entre 12°C e 14°C. Pode ser apreciado como aperitivo ou acompanhar pratos leves.
Mas o que torna este vinho mais conhecido é o formidável esquema de distribuição adotado. Todos os anos, na terceira quinta-feira de novembro, o vinho é encontrado em mais de 200 países, apenas dois meses depois da colheita. São muitos milhões de garrafas produzidas a cada ano.
No Brasil, assim como na Europa, algumas cidades incorporaram o hábito de consumir este tipo de Beaujolais. Esquemas especiais de transporte por aviões são montados para que o vinho chegue na data certa. E há restaurantes que elaboram um cardápio especial para acompanhar o vinho.
Em novembro próximo, a festa acontece no dia 18. Quem aprecia, fique atento.
A região de Beaujolais, a leste da França, é conhecida pela alta produtividade e por originar vinhos diluídos. De lá vem o conhecido Beaujolais Nouveau, um vinho jovem, leve, frutado, de pouca estrutura, elaborado com uvas Gamay. Sua acidez excessiva, no entanto, o torna um vinho apenas razoável para a maioria dos especialistas.
Em seu processo de vinificação, as uvas fermentam dentro das próprias cascas, o que impede a extração de taninos, pois estes se localizam nas camadas externas das uvas. Deste modo, por não conter taninos, o Beaujolais Nouveau precisa ser consumido até seis meses após a colheita e deve ser bebido a uma temperatura entre 12°C e 14°C. Pode ser apreciado como aperitivo ou acompanhar pratos leves.
Mas o que torna este vinho mais conhecido é o formidável esquema de distribuição adotado. Todos os anos, na terceira quinta-feira de novembro, o vinho é encontrado em mais de 200 países, apenas dois meses depois da colheita. São muitos milhões de garrafas produzidas a cada ano.
No Brasil, assim como na Europa, algumas cidades incorporaram o hábito de consumir este tipo de Beaujolais. Esquemas especiais de transporte por aviões são montados para que o vinho chegue na data certa. E há restaurantes que elaboram um cardápio especial para acompanhar o vinho.
Em novembro próximo, a festa acontece no dia 18. Quem aprecia, fique atento.
outubro 18, 2004
A UVA TORRONTÉS
A uva Torrontés produz o vinho branco mais típico da Argentina, pois suas características são únicas no mundo.
De origem incerta, seu parentesco mais provável é com as moscatéis, com as quais guarda uma certa semelhança aromática. É cultivada em todas as regiões vinícolas da Argentina, embora suas zonas preferenciais estejam em Cafayate (Salta) e no Valle de Chilecito (La Rioja). Dessas duas, a mais importante é Cafayate, um vale rodeado por cordões montanhosos, a uma altitude média de 1700 metros, com mais de 300 dias de sol por ano e uma amplitude térmica que pode chegar aos 19°C. Condições que geram um microclima excepcional.
Assim como os Malbec, entre as uvas tintas, o vinho de uvas Torrontés é o branco emblemático da Argentina. De cor dourada pálida, sua maior virtude é a combinação de notas voluptuosas e envolventes com uma agradável frescura e um final franco e longo. Sua intensidade aromática é peculiar, com predominância de frutas como pêssego e flores como rosas e jasmins. O equilíbrio entre acidez e fruta o faz ter o sabor de um vinho doce, mas ele não o é. Deve ser bebido entre 12°C e 15°C.
A uva Torrontés produz o vinho branco mais típico da Argentina, pois suas características são únicas no mundo.
De origem incerta, seu parentesco mais provável é com as moscatéis, com as quais guarda uma certa semelhança aromática. É cultivada em todas as regiões vinícolas da Argentina, embora suas zonas preferenciais estejam em Cafayate (Salta) e no Valle de Chilecito (La Rioja). Dessas duas, a mais importante é Cafayate, um vale rodeado por cordões montanhosos, a uma altitude média de 1700 metros, com mais de 300 dias de sol por ano e uma amplitude térmica que pode chegar aos 19°C. Condições que geram um microclima excepcional.
Assim como os Malbec, entre as uvas tintas, o vinho de uvas Torrontés é o branco emblemático da Argentina. De cor dourada pálida, sua maior virtude é a combinação de notas voluptuosas e envolventes com uma agradável frescura e um final franco e longo. Sua intensidade aromática é peculiar, com predominância de frutas como pêssego e flores como rosas e jasmins. O equilíbrio entre acidez e fruta o faz ter o sabor de um vinho doce, mas ele não o é. Deve ser bebido entre 12°C e 15°C.
outubro 14, 2004
SANGUE DE BOI
È um fato, nunca mencionamos aqui os vinhos nacionais mais vendidos, até porque nem todos se enquadram em nossas preferências. Mas não há como negar a realidade: o vinho Sangue de Boi, produzido pela Vinícola Aurora, é um dos campeões de vendas, talvez o mais vendido em todo o país. Como explicar tanto sucesso? Em síntese, parece ser o resultado da conjugação de preço baixo com uma boa rede de distribuição nacional, mais a falta de conhecimentos mais apurados do público consumidor. Nada contra: vinho bom é aquele que agrada ao seu paladar e ao seu bolso.
O vinho vem de ser lançado em nova embalagem, diferenciada e prática, que revoluciona o segmento de grandes embalagens. Trata-se do novo garrafão de 4 litros, que substitui em conceito e estética o de 4,6 litros do mercado. Esta embalagem, desenvolvida pela Vinícola Aurora em parceria com a vidraria Saint Gobain, revoluciona o mercado de grandes embalagens com design diferenciado, lacre com rosqueamento, alça de vidro e livre da antiquada cesta plástica.Ícone da preferência popular e referência ímpar do varejo nacional, Sangue de Boi nas duas versões (tinto seco e tinto suave) pode ser encontrado no novo garrafão de 4 litros em todo o território nacional.O Sangue de Boi é elaborado com uvas americanas das castas Isabel, Concord e Seibel, variedades que apresentam excelente desempenho na Serra Gaúcha, região de Bento Gonçalves, onde estão espalhados os vinhedos dos 1.300 produtores de uvas que trabalham com a Aurora em regime de cooperativa.
È um fato, nunca mencionamos aqui os vinhos nacionais mais vendidos, até porque nem todos se enquadram em nossas preferências. Mas não há como negar a realidade: o vinho Sangue de Boi, produzido pela Vinícola Aurora, é um dos campeões de vendas, talvez o mais vendido em todo o país. Como explicar tanto sucesso? Em síntese, parece ser o resultado da conjugação de preço baixo com uma boa rede de distribuição nacional, mais a falta de conhecimentos mais apurados do público consumidor. Nada contra: vinho bom é aquele que agrada ao seu paladar e ao seu bolso.
O vinho vem de ser lançado em nova embalagem, diferenciada e prática, que revoluciona o segmento de grandes embalagens. Trata-se do novo garrafão de 4 litros, que substitui em conceito e estética o de 4,6 litros do mercado. Esta embalagem, desenvolvida pela Vinícola Aurora em parceria com a vidraria Saint Gobain, revoluciona o mercado de grandes embalagens com design diferenciado, lacre com rosqueamento, alça de vidro e livre da antiquada cesta plástica.Ícone da preferência popular e referência ímpar do varejo nacional, Sangue de Boi nas duas versões (tinto seco e tinto suave) pode ser encontrado no novo garrafão de 4 litros em todo o território nacional.O Sangue de Boi é elaborado com uvas americanas das castas Isabel, Concord e Seibel, variedades que apresentam excelente desempenho na Serra Gaúcha, região de Bento Gonçalves, onde estão espalhados os vinhedos dos 1.300 produtores de uvas que trabalham com a Aurora em regime de cooperativa.
outubro 10, 2004
MATEUS ROSÉ
Você sabia que este vinho:
>> É produzido há mais de sessenta anos em Portugal pela SOGRAPE, empresa fundada em 1942 e hoje a maior produtora de vinhos do país?
>> É elaborado com predominância das uvas tintas Baga, Tinta Barroca e Touriga Francesa?
>> Tem a garrafa numa forma que lembra um cantil militar, porque o vinho nasceu em época de guerra?
>> Nos anos 60, juntamente com os Beatles, transformou-se em espetacular sucesso nos Estados Unidos e no resto do mundo?
>> Teve sua década de ouro, em todo o mundo, entre 1963 e 1973 e foi o vinho mais bebido pela geração que estudava nas universidades dos Estados Unidos nos anos 60 e 70?
>> Era consumido com assiduidade pelos aviadores americanos que participaram das guerras da Coréia e do Vietnã, que o difundiram na Ásia?
>> Teve agora seu rótulo redesenhado, mantendo o mesmo formato de garrafa, para adapta-lo à estética do século XXI?
>> É perfeito no calor, mas também agradável em dias e noites frias, e sua temperatura ideal de serviço está entre 8 e 10 graus centígrados?
Queiram ou não, é um vinho com "pedigree".
Você sabia que este vinho:
>> É produzido há mais de sessenta anos em Portugal pela SOGRAPE, empresa fundada em 1942 e hoje a maior produtora de vinhos do país?
>> É elaborado com predominância das uvas tintas Baga, Tinta Barroca e Touriga Francesa?
>> Tem a garrafa numa forma que lembra um cantil militar, porque o vinho nasceu em época de guerra?
>> Nos anos 60, juntamente com os Beatles, transformou-se em espetacular sucesso nos Estados Unidos e no resto do mundo?
>> Teve sua década de ouro, em todo o mundo, entre 1963 e 1973 e foi o vinho mais bebido pela geração que estudava nas universidades dos Estados Unidos nos anos 60 e 70?
>> Era consumido com assiduidade pelos aviadores americanos que participaram das guerras da Coréia e do Vietnã, que o difundiram na Ásia?
>> Teve agora seu rótulo redesenhado, mantendo o mesmo formato de garrafa, para adapta-lo à estética do século XXI?
>> É perfeito no calor, mas também agradável em dias e noites frias, e sua temperatura ideal de serviço está entre 8 e 10 graus centígrados?
Queiram ou não, é um vinho com "pedigree".
VAI DE ROSÉ?
Estamos em plena primavera e daqui a mais um pouco a temperatura começará a subir, prenúncio da chegada do verão. Para quem bebe vinho, é a época para buscar outras opções. E uma delas, certamente, é o rosé. Mas, que vinho é este?
Originário da região da Provence, na França, o vinho rosé é produzido com uvas vermelhas. A diferença para o tinto é o tempo de contato da casca com o sumo da fruta, que dá a coloração rosada.
Por muito tempo considerado cafona, hoje os mais importantes “chefs” do Brasil são entusiastas da “novidade”, mais adequada ao nosso clima do que os tintos encorpados.
Mas o preconceito contra o rosé ainda é grande. Ele é subvalorizado no Brasil. Mas isso tem justificativa: a maior parte dos rosés vendidos é doce e não devidamente seco.
No entanto, está começando a haver uma retomada dos rosés. A nova onda de consumo deste vinho segue uma tendência mundial. Ele sempre foi o primo pobre dos vinhos, porque nunca haviam investido na qualidade. De dois ou três anos para cá, porém, começaram a surgir bons vinhos rosés, pois produtores investiram em novos tratamentos.
Beber rosé é uma moda que está pegando por aqui porque ele é fresco e pode ser aproveitado despretensiosamente. Por ser um vinho frutado, fica muito bom com salmão e legumes.
Estamos em plena primavera e daqui a mais um pouco a temperatura começará a subir, prenúncio da chegada do verão. Para quem bebe vinho, é a época para buscar outras opções. E uma delas, certamente, é o rosé. Mas, que vinho é este?
Originário da região da Provence, na França, o vinho rosé é produzido com uvas vermelhas. A diferença para o tinto é o tempo de contato da casca com o sumo da fruta, que dá a coloração rosada.
Por muito tempo considerado cafona, hoje os mais importantes “chefs” do Brasil são entusiastas da “novidade”, mais adequada ao nosso clima do que os tintos encorpados.
Mas o preconceito contra o rosé ainda é grande. Ele é subvalorizado no Brasil. Mas isso tem justificativa: a maior parte dos rosés vendidos é doce e não devidamente seco.
No entanto, está começando a haver uma retomada dos rosés. A nova onda de consumo deste vinho segue uma tendência mundial. Ele sempre foi o primo pobre dos vinhos, porque nunca haviam investido na qualidade. De dois ou três anos para cá, porém, começaram a surgir bons vinhos rosés, pois produtores investiram em novos tratamentos.
Beber rosé é uma moda que está pegando por aqui porque ele é fresco e pode ser aproveitado despretensiosamente. Por ser um vinho frutado, fica muito bom com salmão e legumes.
outubro 07, 2004
VINHOS DE ALTAS ALTITUDES
Notícias divulgadas na imprensa informam que o William Harvey Research, um instituto de pesquisas londrino, realizou, a partir de 2002, estudos com base em vinhos Cabernet Sauvignon da renomada vinícola argentina Catena Zapata. Os resultados desses estudos permitiram comprovar que os vinhos originários de vinhedos de alta altitude são melhores na prevenção de ataques cardíacos. O Professor Roger Corder, chefe do departamento de Terapêutica Experimental daquela instituição, foi premiado e teve seu trabalho publicado na prestigiosa revista científica "Nature". Ele comprovou que os tintos produzidos em altas altitudes têm a capacidade de reduzir danos em nossas artérias. Para permitir uma comparação: um Cabernet de alta altitude argentino tem potência de 1.075 (nível de 10,91 de polifenóis), contra 370 de um Chianti italiano, 313 de um Bordeaux, 244 de um Shiraz australiano.
Tudo isto porque, cada vez mais, os vinicultores argentinos da região de Mendoza, responsável por 70% da produção do país, buscam maiores altitudes para seus vinhedos, para compensar s efeitos do clima local. E, como conseqüência da maior insolação, aumenta a concentração de polifenóis nos vinhos. Vale dizer que, em média, as altitudes em Mendoza ficam entre os 600 e os 1100 metros, quando na Europa o limite costuma ser de 600 metros. No caso da Bodegas Catena Zapata, os vinhedos se situam em altitudes ainda maiores, entre 800 e 1500 metros. E há produtor elaborando vinhos com bons resultados a 2600 metros de altitude.
Para exemplificar, um Cabernet argentino de alta altitude tem potência de 1.075 (nível de 10,91 de polifenóis), contra 370 de um Chianti italiano, 313 de um Bordeaux, 244 de um Shiraz australiano.
Está aí uma notícia interessante para quem procura obter do vinho bons resultados para a saúde coronariana. Resta saber a que preço.
Notícias divulgadas na imprensa informam que o William Harvey Research, um instituto de pesquisas londrino, realizou, a partir de 2002, estudos com base em vinhos Cabernet Sauvignon da renomada vinícola argentina Catena Zapata. Os resultados desses estudos permitiram comprovar que os vinhos originários de vinhedos de alta altitude são melhores na prevenção de ataques cardíacos. O Professor Roger Corder, chefe do departamento de Terapêutica Experimental daquela instituição, foi premiado e teve seu trabalho publicado na prestigiosa revista científica "Nature". Ele comprovou que os tintos produzidos em altas altitudes têm a capacidade de reduzir danos em nossas artérias. Para permitir uma comparação: um Cabernet de alta altitude argentino tem potência de 1.075 (nível de 10,91 de polifenóis), contra 370 de um Chianti italiano, 313 de um Bordeaux, 244 de um Shiraz australiano.
Tudo isto porque, cada vez mais, os vinicultores argentinos da região de Mendoza, responsável por 70% da produção do país, buscam maiores altitudes para seus vinhedos, para compensar s efeitos do clima local. E, como conseqüência da maior insolação, aumenta a concentração de polifenóis nos vinhos. Vale dizer que, em média, as altitudes em Mendoza ficam entre os 600 e os 1100 metros, quando na Europa o limite costuma ser de 600 metros. No caso da Bodegas Catena Zapata, os vinhedos se situam em altitudes ainda maiores, entre 800 e 1500 metros. E há produtor elaborando vinhos com bons resultados a 2600 metros de altitude.
Para exemplificar, um Cabernet argentino de alta altitude tem potência de 1.075 (nível de 10,91 de polifenóis), contra 370 de um Chianti italiano, 313 de um Bordeaux, 244 de um Shiraz australiano.
Está aí uma notícia interessante para quem procura obter do vinho bons resultados para a saúde coronariana. Resta saber a que preço.
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