abril 03, 2003

ÁLCOOL, TANINOS E ACIDEZ
Já comentamos, anteriormente, sobre os taninos e a acidez, e de sua importância na elaboração de um vinho. Falemos agora um pouco sobre o álcool, o terceiro componente de relevância.
Depois da água (85 a 90% do volume do vinho), o etanol, o álcool mais comum da fermentação, é o principal elemento do vinho e o "suporte técnico" de todos os aromas e sabores.
O etanol tem um gosto doce e, tal como todos os elementos adocicados, dá uma textura macia ao vinho. Os taninos, por seu lado, com um gosto amargo, proporcionam uma textura rugosa, enquanto que os ácidos, obviamente com um gosto ácido, dão nervosidade ao vinho, podendo aumentar a sua aspereza e amargor. Já dá para perceber o quanto é importante a combinação desses três componentes para se obter um vinho realmente equilibrado.
Os vinhos mais ásperos são aqueles ricos em taninos e ácidos e com uma graduação alcoólica relativamente baixa. Com uma graduação alcoólica elevada, um vinho suporta mais acidez e, com um pouco menos de acidez, suporta mais taninos.
Para muitos, o aspecto mais importante na degustação de um vinho é a sua suavidade e esta é dada em boa parte pela graduação alcoólica. É esta que equilibra e suplanta o teor de ácidos e taninos. Podemos afirmar que, dentro de parâmetros sensatos, quanto maior for a graduação alcoólica de um vinho, maior serão as possibilidades dele conquistar o palato do provador.

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