VINHOS DE VERÃO
No Brasil, país tropical, estanos em pleno verão e muita gente ainda acha que vinho é uma bebida para ser degustada só no inverno. Engano. Por ter produtores em diferentes regiões do mundo, o vinho ganha propriedades variadas. O tipo de uva, o tempo de fermentação e o teor alcoólico atribuem à bebida características específicas de sabor, aroma, cor e durabilidade. Existem ótimos vinhos sazonais.
No verão, 80% das pessoas preferem os brancos, geralmente servidos numa temperatura mais baixa, além de serem leves e frescos. Tintos italianos, como o Novello, e todos com baixo teor alcoólico e curto prazo de validade são indicados para a estação. Tanto os Beaujolais quanto os Novello chegam nas prateleiras do mundo todo em novembro, para serem consumidos em três meses.
Um grande vinho é grande nas quatro estações do ano. Mas, assim como os cardápios, o vinho ideal para o verão tem de ser mais leve, com boa acidez e que possa ser resfriado. A temperatura mínima para servir um tinto é de 14 graus; abaixo disso, ele perde sabor. A maneira correta de resfriá-lo é deixar que descanse por até 10 minutos num balde com água e gelo.
janeiro 31, 2003
OS VINHOS DE GUARDA
São assim chamados aqueles vinhos cujas características evoluem com o passar dos anos, tornando-os muito mais agradáveis do que quando jovens.
Antigamente, a maioria dos vinhos precisava envelhecer para uma melhor apreciação. Hoje em dia, com os avanços tecnológicos, isto não é necessariamente uma verdade absoluta. Vejamos, de per si, os tintos e os brancos.
A maioria dos tintos, mesmo os de guarda, podem ser apreciados logo após serem colocados no mercado; por outro lado, hoje se sabe que os melhores vinhos de guarda continuarão a evoluir por muitos anos, atingindo um nível muito melhor do que quando jovens.
Quanto aos brancos, embora sejam perfeitos desde jovens, muitos ganham com o passar dos anos. É o caso dos melhores Chardonnay, em particular aqueles com boa acidez e envelhecidos em carvalho, dos Chenin Blanc, dos melhores Bordeaux brancos e, principalmente, dos melhores Riesling alemães ou alsacianos. Estes últimos são vinhos de enorme longevidade, que atingem seu apogeu após dez anos, chegando a durar um quarto de século. Tanto assim que, na Alemanha e na Alsácia, é tradição comprar uma caixa de um grande Riesling no nascimento dos filhos para bebê-lo vinte anos depois. É claro que os brancos mais simples, como o Frascati e Muscadet, devem ser bebidos nos seus primeiros dois ou três anos.
E no Brasil? Bem, a indústria vinícola nacional é ainda muito recente, se comparada com a dos os países europeus. Acreditamos que esta é uma questão de cultura e que, com o passar dos anos, muitos anos, quem sabe, tenhamos por aqui alguma tradição que venha a fazer a satisfação dos futuros enófilos. Não sabemos hoje - que nos perdoem se estivermos equivocados - da existência de vinhos nacionais elaborados para guarda por longos períodos.
São assim chamados aqueles vinhos cujas características evoluem com o passar dos anos, tornando-os muito mais agradáveis do que quando jovens.
Antigamente, a maioria dos vinhos precisava envelhecer para uma melhor apreciação. Hoje em dia, com os avanços tecnológicos, isto não é necessariamente uma verdade absoluta. Vejamos, de per si, os tintos e os brancos.
A maioria dos tintos, mesmo os de guarda, podem ser apreciados logo após serem colocados no mercado; por outro lado, hoje se sabe que os melhores vinhos de guarda continuarão a evoluir por muitos anos, atingindo um nível muito melhor do que quando jovens.
Quanto aos brancos, embora sejam perfeitos desde jovens, muitos ganham com o passar dos anos. É o caso dos melhores Chardonnay, em particular aqueles com boa acidez e envelhecidos em carvalho, dos Chenin Blanc, dos melhores Bordeaux brancos e, principalmente, dos melhores Riesling alemães ou alsacianos. Estes últimos são vinhos de enorme longevidade, que atingem seu apogeu após dez anos, chegando a durar um quarto de século. Tanto assim que, na Alemanha e na Alsácia, é tradição comprar uma caixa de um grande Riesling no nascimento dos filhos para bebê-lo vinte anos depois. É claro que os brancos mais simples, como o Frascati e Muscadet, devem ser bebidos nos seus primeiros dois ou três anos.
E no Brasil? Bem, a indústria vinícola nacional é ainda muito recente, se comparada com a dos os países europeus. Acreditamos que esta é uma questão de cultura e que, com o passar dos anos, muitos anos, quem sabe, tenhamos por aqui alguma tradição que venha a fazer a satisfação dos futuros enófilos. Não sabemos hoje - que nos perdoem se estivermos equivocados - da existência de vinhos nacionais elaborados para guarda por longos períodos.
janeiro 28, 2003
DICAS & DICAS
Aos poucos, vimos colocando aqui informações e dicas sobre degustasção. Elas são, em geral, o resultado das nossas pesquisas, no intuito de manter o leitor orientado sobre a maneira mais adequada de se comportar quando diante de uma taça de vinho. E muito se poderá encontrar, seja em livros e revistas, seja na própria Internet, coalhada de sites sobre vinhos.
Uma dessas pesquisas foi realizada no site da Gastronomia Brasileira, onde encontramos um interessante conjunto de dicas úteis, quanto às temperaturas de serviço, tipos de copos e harmonização de vinhos e pratos. Por esta razão, recomendamos aos interessados uma consulta a essas dicas, que se somam a diversas já apresentadas anteriormente. É só clicar aqui.
Aos poucos, vimos colocando aqui informações e dicas sobre degustasção. Elas são, em geral, o resultado das nossas pesquisas, no intuito de manter o leitor orientado sobre a maneira mais adequada de se comportar quando diante de uma taça de vinho. E muito se poderá encontrar, seja em livros e revistas, seja na própria Internet, coalhada de sites sobre vinhos.
Uma dessas pesquisas foi realizada no site da Gastronomia Brasileira, onde encontramos um interessante conjunto de dicas úteis, quanto às temperaturas de serviço, tipos de copos e harmonização de vinhos e pratos. Por esta razão, recomendamos aos interessados uma consulta a essas dicas, que se somam a diversas já apresentadas anteriormente. É só clicar aqui.
janeiro 22, 2003
RINCON PRIVADO
Numa prateleira de supermercado, nos deparamos com um tinto argentino a um preço razoável e decidimos experimentar.
Elaborado em San Rafael, Mendoza, seco, blend de Cabernet e Merlot, com 13,5% de álcool, safra de 2002. Muito jovem, portanto.
A cor vermelho escuro, com reflexos rubi, é bastante agradável. Mostrou ser um vinho equilibrado, de bom corpo. Os aromas frutados se fazem presentes, sem exageros.
Ao degustar, causou-nos uma sensação boa e, para nossa surpresa, não tinha taninos muito acentuados; pelo contrário, menos do que encontramos em vinhos nacionais de safras um pouco mais antigas. Resumindo, um vinho interessante, face ao seu preço.
Numa prateleira de supermercado, nos deparamos com um tinto argentino a um preço razoável e decidimos experimentar.
Elaborado em San Rafael, Mendoza, seco, blend de Cabernet e Merlot, com 13,5% de álcool, safra de 2002. Muito jovem, portanto.
A cor vermelho escuro, com reflexos rubi, é bastante agradável. Mostrou ser um vinho equilibrado, de bom corpo. Os aromas frutados se fazem presentes, sem exageros.
Ao degustar, causou-nos uma sensação boa e, para nossa surpresa, não tinha taninos muito acentuados; pelo contrário, menos do que encontramos em vinhos nacionais de safras um pouco mais antigas. Resumindo, um vinho interessante, face ao seu preço.
janeiro 19, 2003
DEGUSTAÇÃO, UMA EXPERIÊNCIA ESTÉTICA
O ato de degustar um vinho é, essencialmente, uma experiência estética. Isso é verdade, na própria acepção etimológica do termo. A degustação de um bom vinho é algo que, literalmente, agrada a todos os sentidos: visão, audição, tato, gustação e olfação.
A visão é, normalmente, o mais importante dos sentidos e o maior instrumento para explorar a cor do vinho, seu brilho e densidade, que constituem uma primeira aproximação e preparam para as experiências sensoriais que se seguirão. É uma etapa decisiva, que dá as primeiras informações sobre a bebida e pode determinar se a aventura estética deve continuar ou terminar abruptamente.
Depois, vem a audição. Sua participação parece ser menor do que as das outras sensações. Contudo, o som do estourar de uma rolha de champagne, ou mesmo de um vinho comum, é algo que causa prazer e antecipa os momentos agradáveis que estão por vir. Também o tradicional “tim-tim” identifica a clássica comunicação gestual e sonora de compartilhar a bebida. O ato de beber um vinho, assim como o de comer é, essencialmente, uma atividade social. Através do som das palavras as pessoas se comunicam, comungando as sensações gustativas e, portanto, através da audição, essa experiência é decodificada e se transforma em um fenômeno coletivo.
Em seguida, deve-se perceber o tato, cujos receptores estão presentes na língua. A adstringência, a untuosidade, o corpo e o calor, entre outras, são exemplos de sensações táteis importantes na apreciação do vinho.
Os dois sentidos mais importantes na degustação são o gosto e o olfato. Eles funcionam em conjunto. O que chamamos de gosto ou paladar implica sensações gustativas e olfatórias misturadas. Isso pode ser percebido durante uma gripe ou quando se tapa o nariz, ocasiões em que o olfato deixa de estar operante, pelo entupimento das vias nasais. O paladar dos alimentos fica, então, alterado, pois passamos a perceber apenas o componente gustativo.
O ato de degustar um vinho é, essencialmente, uma experiência estética. Isso é verdade, na própria acepção etimológica do termo. A degustação de um bom vinho é algo que, literalmente, agrada a todos os sentidos: visão, audição, tato, gustação e olfação.
A visão é, normalmente, o mais importante dos sentidos e o maior instrumento para explorar a cor do vinho, seu brilho e densidade, que constituem uma primeira aproximação e preparam para as experiências sensoriais que se seguirão. É uma etapa decisiva, que dá as primeiras informações sobre a bebida e pode determinar se a aventura estética deve continuar ou terminar abruptamente.
Depois, vem a audição. Sua participação parece ser menor do que as das outras sensações. Contudo, o som do estourar de uma rolha de champagne, ou mesmo de um vinho comum, é algo que causa prazer e antecipa os momentos agradáveis que estão por vir. Também o tradicional “tim-tim” identifica a clássica comunicação gestual e sonora de compartilhar a bebida. O ato de beber um vinho, assim como o de comer é, essencialmente, uma atividade social. Através do som das palavras as pessoas se comunicam, comungando as sensações gustativas e, portanto, através da audição, essa experiência é decodificada e se transforma em um fenômeno coletivo.
Em seguida, deve-se perceber o tato, cujos receptores estão presentes na língua. A adstringência, a untuosidade, o corpo e o calor, entre outras, são exemplos de sensações táteis importantes na apreciação do vinho.
Os dois sentidos mais importantes na degustação são o gosto e o olfato. Eles funcionam em conjunto. O que chamamos de gosto ou paladar implica sensações gustativas e olfatórias misturadas. Isso pode ser percebido durante uma gripe ou quando se tapa o nariz, ocasiões em que o olfato deixa de estar operante, pelo entupimento das vias nasais. O paladar dos alimentos fica, então, alterado, pois passamos a perceber apenas o componente gustativo.
VINHO ENGORDA?
Um copo de vinho seco contém cerca de 85 % de água, 12 % de álcool etílico e pequenas quantidades de ácido tartáreo e vários outros componentes. O vinho não contém gordura.
Uma porção de 120ml de vinho branco seco possui cerca de 104 calorias e a mesma porção de vinho tinto, cerca de 110 calorias. Os vinhos mais doces têm cerca de 10 % a mais de calorias, dependendo do quanto forem doces; os vinhos fortificados, que têm maior teor alcoólico do que os vinhos de mesa, também possuem calorias adicionais.
O vinho contém várias vitaminas e minerais, incluindo vitamina B, iodo, ferro, magnésio, zinco, cobre, cálcio e fósforo.
É ou não um grande produto?
Um copo de vinho seco contém cerca de 85 % de água, 12 % de álcool etílico e pequenas quantidades de ácido tartáreo e vários outros componentes. O vinho não contém gordura.
Uma porção de 120ml de vinho branco seco possui cerca de 104 calorias e a mesma porção de vinho tinto, cerca de 110 calorias. Os vinhos mais doces têm cerca de 10 % a mais de calorias, dependendo do quanto forem doces; os vinhos fortificados, que têm maior teor alcoólico do que os vinhos de mesa, também possuem calorias adicionais.
O vinho contém várias vitaminas e minerais, incluindo vitamina B, iodo, ferro, magnésio, zinco, cobre, cálcio e fósforo.
É ou não um grande produto?
VINHOS NOTÁVEIS - O PÊRA-MANCA
A região portuguesa de Évora é, realmente, patrimônio do mundo. Évora é a capital do Alentejo, porção de terra ao sul do rio Tejo, que corta Portugal vindo da Espanha. Fica a aproximadamente 150 km ao sudeste de Lisboa. A região é uma das mais antigas na produção de vinho, atuando desde o século XV, certamente tem muito a oferecer aos que a visitam.
O vinho Pêra - Manca é " citado nas crônicas quinhentistas e se exportava largamente nas esquadras portuguesas em demanda de terras ultramarinas " (Espanca) e referido por D. João II em 1488 numa carta da Câmara de Évora. No final do século XIX, o vinho Pêra - Manca, propriedade de J. Soares, obteve um conjunto de prêmios em concursos internacionais, entre os quais medalhas de ouro em Bordéus em 1897 e 1898.
É muito comum encontrar em Évora castas (uvas) regionais, como as famosas uvas Trincadeiras, Antão Vaz, Perrum e Arinto. São produzidas pela Fundação Eugênio de Almeida, onde se localiza a Adega Cartuxa (Quinta do Valbom) e dão origem a um dos vinhos mais velhos do mundo, o Pêra - Manca. A palavra “Pêra – Manca” significa "pedra oscilante", pois acreditava-se antigamente que algumas pedras características da região oscilavam.
O Pêra - Manca era também o vinho preferido de Pedro Álvares Cabral, registros dizem que este levava em suas caravelas pipas deste vinho. Ao desembarcar no Brasil, teria oferecido uma taça aos índios, que por sua vez preferiam o cauín, bebida feita de milho e frutas, que eles mastigavam e cuspiam em potes de barro para sua fermentação natural.
Hoje em dia ainda se produz o Pêra - Manca como nunca: são feitas de 13 a 17 mil garrafas de vinho tinto ao ano e 35 mil de vinho branco. Nesses 500 anos, o vinho mudou muito, naquela época só existia o tinto, hoje o branco se adaptou melhor à modernidade da vinificação e ao paladar do mundo. Mas só as colheitas de qualidade superior são lançadas no mercado.
As uvas do Pêra - Manca também são produzidas e colhidas nos próprios arredores da cidade, adicionando-se a isso o fato de que tem um custo/ benefício perfeito, é considerado um dos vinhos mais importantes de Portugal. Uma curiosidade interessante é que o rótulo permanece o mesmo desde sua criação (uma donzela oferecendo uma taça de vinho a um cavaleiro).
A região portuguesa de Évora é, realmente, patrimônio do mundo. Évora é a capital do Alentejo, porção de terra ao sul do rio Tejo, que corta Portugal vindo da Espanha. Fica a aproximadamente 150 km ao sudeste de Lisboa. A região é uma das mais antigas na produção de vinho, atuando desde o século XV, certamente tem muito a oferecer aos que a visitam.
O vinho Pêra - Manca é " citado nas crônicas quinhentistas e se exportava largamente nas esquadras portuguesas em demanda de terras ultramarinas " (Espanca) e referido por D. João II em 1488 numa carta da Câmara de Évora. No final do século XIX, o vinho Pêra - Manca, propriedade de J. Soares, obteve um conjunto de prêmios em concursos internacionais, entre os quais medalhas de ouro em Bordéus em 1897 e 1898.
É muito comum encontrar em Évora castas (uvas) regionais, como as famosas uvas Trincadeiras, Antão Vaz, Perrum e Arinto. São produzidas pela Fundação Eugênio de Almeida, onde se localiza a Adega Cartuxa (Quinta do Valbom) e dão origem a um dos vinhos mais velhos do mundo, o Pêra - Manca. A palavra “Pêra – Manca” significa "pedra oscilante", pois acreditava-se antigamente que algumas pedras características da região oscilavam.
O Pêra - Manca era também o vinho preferido de Pedro Álvares Cabral, registros dizem que este levava em suas caravelas pipas deste vinho. Ao desembarcar no Brasil, teria oferecido uma taça aos índios, que por sua vez preferiam o cauín, bebida feita de milho e frutas, que eles mastigavam e cuspiam em potes de barro para sua fermentação natural.
Hoje em dia ainda se produz o Pêra - Manca como nunca: são feitas de 13 a 17 mil garrafas de vinho tinto ao ano e 35 mil de vinho branco. Nesses 500 anos, o vinho mudou muito, naquela época só existia o tinto, hoje o branco se adaptou melhor à modernidade da vinificação e ao paladar do mundo. Mas só as colheitas de qualidade superior são lançadas no mercado.
As uvas do Pêra - Manca também são produzidas e colhidas nos próprios arredores da cidade, adicionando-se a isso o fato de que tem um custo/ benefício perfeito, é considerado um dos vinhos mais importantes de Portugal. Uma curiosidade interessante é que o rótulo permanece o mesmo desde sua criação (uma donzela oferecendo uma taça de vinho a um cavaleiro).
DEGUSTAR: PRAZER E NÃO STRESS
Sob este título, que combina muito bem com o espírito deste blog, o jornal "Bon Vivant" procura orientar os apreciadores de vinhos sobre como se comportar em relação à degustação.
Primeiro, esclarece que degustar vem a ser apreciar as características organolépticas dos vinhos, com a ajuda dos sentidos, a saber: cor, aroma e sabor. Que, por falta de hábito, muitas pessoas não conseguem identificar e diferenciar.
A seguir, alerta - e isto nos parece uma sábia observação - para que tal desconhecimento não transforme uma degustação prazeirosa em corrida de obstácilos e dá algumas dicas de comportamento, que resumimos:
- Gosto não se discute... mas se aprimora. Por esta razão é que, com o passar do tempo, as pessoas vão preferindo os brancos secos e os tintos mais encorpados e/ou envelhecidos. É uma tendência natural.
- Aprender com os enófilos mais experientes aquilo que com o tempo estes assimilaram.
- Procurar, sempre, lenta e demoradamente, descobrir a imensa gama de cores, aromas e sabores dos vinhos. E entender o significado de cada uma dessas características e seus diversos matizes. Fazer isso sem stress.
Sob este título, que combina muito bem com o espírito deste blog, o jornal "Bon Vivant" procura orientar os apreciadores de vinhos sobre como se comportar em relação à degustação.
Primeiro, esclarece que degustar vem a ser apreciar as características organolépticas dos vinhos, com a ajuda dos sentidos, a saber: cor, aroma e sabor. Que, por falta de hábito, muitas pessoas não conseguem identificar e diferenciar.
A seguir, alerta - e isto nos parece uma sábia observação - para que tal desconhecimento não transforme uma degustação prazeirosa em corrida de obstácilos e dá algumas dicas de comportamento, que resumimos:
- Gosto não se discute... mas se aprimora. Por esta razão é que, com o passar do tempo, as pessoas vão preferindo os brancos secos e os tintos mais encorpados e/ou envelhecidos. É uma tendência natural.
- Aprender com os enófilos mais experientes aquilo que com o tempo estes assimilaram.
- Procurar, sempre, lenta e demoradamente, descobrir a imensa gama de cores, aromas e sabores dos vinhos. E entender o significado de cada uma dessas características e seus diversos matizes. Fazer isso sem stress.
UM JORNAL SOBRE VINHOS
Talvez muitos não o saibam, mas existe um jornal exclusivamente dedicado aos vinhos. Chama-se Bon Vivant e é editado em Garibaldi, RS. Publicado mensalmente, em formato tablóide, já alcançou o quarto ano e em dezembro passado chegou ao numero 49.
Nele podem ser encontradas matérias variadas sobre o mundo dos vinhos, particularmente privilegiando o que se passa na Serra Gaúcha; são artigos de informação técnica, notícias dos produtores, lançamentos, dicas para os apreciadores, publicações lançadas, entre outras.
Os que se interessarem podem acessar aqui o site do Bon Vivant.
Talvez muitos não o saibam, mas existe um jornal exclusivamente dedicado aos vinhos. Chama-se Bon Vivant e é editado em Garibaldi, RS. Publicado mensalmente, em formato tablóide, já alcançou o quarto ano e em dezembro passado chegou ao numero 49.
Nele podem ser encontradas matérias variadas sobre o mundo dos vinhos, particularmente privilegiando o que se passa na Serra Gaúcha; são artigos de informação técnica, notícias dos produtores, lançamentos, dicas para os apreciadores, publicações lançadas, entre outras.
Os que se interessarem podem acessar aqui o site do Bon Vivant.
janeiro 17, 2003
VINHOS NOTÁVEIS - O PÉTRUS
A França é famosa pela extraordinária qualidade de seus vinhos e os mais elogiados provêm, com certeza, das regiões de Bordeaux e Bourgogne. E é em Pomerol, sub-região de Bordeaux, que se produz um dos tintos mais notáveis do mundo: o Pétrus.
É um vinho elaborado com uvas da casta Merlot, raro e disputado em todo o mundo, graças à alta classe, aromas potentes, bom corpo e notável concentração de sabor.
Curiosamente, o Pomerol tem apenas 750 hectares de vinhedos e é a menor das apelações de Bordeaux - pequenina, mesmo, se comparada com a vizinha Saint-Émilion, que possui 2.300 hectares plantados.
O Pétrus tem identidade própria. Apresenta o aveludado típico da casta Merlot, mas tem vocação para guarda. Normalmente precisa de dez anos para chegar ao ponto ideal de consumo e tem estrutura para durar décadas.
O segredo de sua fama está no solo e nos cuidados que cercam a elaboração. O terreno é argiloso, com boa capacidade de drenagem, e debaixo dele há um subsolo com forte presença de óxido de ferro, que confere ao vinho sua especificidade.
Assim, o preço traduz todos esses cuidados: uma garrafa de Petrus da safra de 1995 custa, no mercado brasileiro, US$2.800, chegando a US$5.200 para a safra de 1982.
Esta história de sucesso, no entanto, é relativamente recente, tem menos de 60 anos. No século XIX, o Château Pétrus pertencia à família Arnaud, e a propriedade compreendia apenas 6,5 hectares. No início do século XX, os Arnaud criaram a Sociedade Civil do Château Pétrus e parte das ações da nova empresa acabou comprada em 1925 por Madame Loubat, mulher do dono do Hotel Loubat, no Libourne.
Com o passar dos amos, Jean-Pierre Moueix, um influente negociante de vinhos do Libourne, e seus familiares foram adquirindo partes da empresa, até que em 1969 assumiram completamente o negócio. Hoje a família Moueix é dona ou administra perto de 20 propriedades vinícolas em Bordeaux, entre elas estrelas como os Châteaux Trotanoy e La Fleur-Pétrus, no Pomerol, Château Magdelaine, em Saint-Émilion, e o Château Dauphine, em Fronsac. Mas, nesta constelação, nenhuma tem o brilho ou o charme do tinto que, por sua nobreza, é chamado respeitosamente por muitos enófilos de "o Rei Pétrus".
A França é famosa pela extraordinária qualidade de seus vinhos e os mais elogiados provêm, com certeza, das regiões de Bordeaux e Bourgogne. E é em Pomerol, sub-região de Bordeaux, que se produz um dos tintos mais notáveis do mundo: o Pétrus.
É um vinho elaborado com uvas da casta Merlot, raro e disputado em todo o mundo, graças à alta classe, aromas potentes, bom corpo e notável concentração de sabor.
Curiosamente, o Pomerol tem apenas 750 hectares de vinhedos e é a menor das apelações de Bordeaux - pequenina, mesmo, se comparada com a vizinha Saint-Émilion, que possui 2.300 hectares plantados.
O Pétrus tem identidade própria. Apresenta o aveludado típico da casta Merlot, mas tem vocação para guarda. Normalmente precisa de dez anos para chegar ao ponto ideal de consumo e tem estrutura para durar décadas.
O segredo de sua fama está no solo e nos cuidados que cercam a elaboração. O terreno é argiloso, com boa capacidade de drenagem, e debaixo dele há um subsolo com forte presença de óxido de ferro, que confere ao vinho sua especificidade.
Assim, o preço traduz todos esses cuidados: uma garrafa de Petrus da safra de 1995 custa, no mercado brasileiro, US$2.800, chegando a US$5.200 para a safra de 1982.
Esta história de sucesso, no entanto, é relativamente recente, tem menos de 60 anos. No século XIX, o Château Pétrus pertencia à família Arnaud, e a propriedade compreendia apenas 6,5 hectares. No início do século XX, os Arnaud criaram a Sociedade Civil do Château Pétrus e parte das ações da nova empresa acabou comprada em 1925 por Madame Loubat, mulher do dono do Hotel Loubat, no Libourne.
Com o passar dos amos, Jean-Pierre Moueix, um influente negociante de vinhos do Libourne, e seus familiares foram adquirindo partes da empresa, até que em 1969 assumiram completamente o negócio. Hoje a família Moueix é dona ou administra perto de 20 propriedades vinícolas em Bordeaux, entre elas estrelas como os Châteaux Trotanoy e La Fleur-Pétrus, no Pomerol, Château Magdelaine, em Saint-Émilion, e o Château Dauphine, em Fronsac. Mas, nesta constelação, nenhuma tem o brilho ou o charme do tinto que, por sua nobreza, é chamado respeitosamente por muitos enófilos de "o Rei Pétrus".
UM TINTO VARIETAL DA AURORA
Degustamos um tinto varietal da Aurora, produzido na Serra Gaúcha. De uvas Cabernet Sauvignon, safra de 1999 e 12% de teor alcoólico.
Segundo o produtor, é um vinho com excelente cor e tonalidade, com ótima estrutura, sem deixar de ser macio e redondo. É frutado e, mesmo tendo rápida passagem pelo carvalho francês, preserva o frescor, a característica herbácea e o aroma de pimentão verde.
Com efeito, a observação visual nos revela uma bela cor, tonalidade intensa e um bom corpo. Os aromas frutados são facilmente detectados, mas não conseguimos identificar o aroma de pimentão verde. Falha nossa...
Mas o que sentimos ao beber foi uma presença ainda marcante de taninos, o que, em nossa modesta opinião, quebra um pouco o equilíbrio que gostaríamos de encontrar. No entanto, mostrou-se agradável e acreditamos que possa ser bem degustado em conjunto com pratos fortes e temperados.
Degustamos um tinto varietal da Aurora, produzido na Serra Gaúcha. De uvas Cabernet Sauvignon, safra de 1999 e 12% de teor alcoólico.
Segundo o produtor, é um vinho com excelente cor e tonalidade, com ótima estrutura, sem deixar de ser macio e redondo. É frutado e, mesmo tendo rápida passagem pelo carvalho francês, preserva o frescor, a característica herbácea e o aroma de pimentão verde.
Com efeito, a observação visual nos revela uma bela cor, tonalidade intensa e um bom corpo. Os aromas frutados são facilmente detectados, mas não conseguimos identificar o aroma de pimentão verde. Falha nossa...
Mas o que sentimos ao beber foi uma presença ainda marcante de taninos, o que, em nossa modesta opinião, quebra um pouco o equilíbrio que gostaríamos de encontrar. No entanto, mostrou-se agradável e acreditamos que possa ser bem degustado em conjunto com pratos fortes e temperados.
janeiro 12, 2003
RESSACA: MAS NÃO TEM JEITO?
Bem, quem somos nós para desacreditar dos pesquisadores ingleses? Mas deve haver um jeitinho para amenizar os problemas do "day after". Vejam as dicas que encontramos:
- Alimentação
Se a sua intenção é tomar todas, não esqueça de comer. É importante forrar o estômago e incluir nessa "dieta de preparação" alimentos ricos em gordura e carboidratos. Essas duas substâncias, encontradas em pães e massas, retardam a absorção do álcool pelo organismo. Dentro desse espírito, os bons de copo aconselham uma colher (chá) de azeite antes de começar a beber. Mas também nem 8 nem 80: empanturrar-se de comida não ajuda, pois o excesso de gordura vai prejudicar a digestão. Beber com o estômago vazio pode diminuir a concentração de açúcar no sangue, causando tontura, fraqueza, tremores, sudorese e perda dos sentidos, nos casos mais extremos.
- Medicamentos naturais
Comprimidos de alcachofra ou de similarina (substância contida na planta chamada cardo mariano) protegem as células do fígado. As vitaminas do complexo B têm sua absorção prejudicada pela presença do álcool: remédios concentrados com essas vitaminas, especialmente a B1 e a B6 são bem-vindos antes da cachaça começar.
- Beber água
Quanto mais água intercalar seus goles alcoólicos, melhor. Ela ajuda o fígado e os rins a filtrar melhor os resíduos tóxicos. Além disso, como o álcool faz com que o corpo elimine pela urina maior quantidade de líquidos, é importante reidratar o organismo. A água também serve para matar a sede, tirando essa "obrigação" da bebida alcoólica.
- Um chazinho de boldo é um santo remédio para os ressacados, pois facilita a digestão e ajuda a recuperar o fígado. A carqueja também é bastante indicada, graças às suas propriedades protetoras do estômago e do fígado, bem como de sua capacidade de purificar o sangue cheio de toxinas. Para atuar diretamente na purificação hepática, chá ou tintura de alcachofra, vendidos em farmácias de produtos fitoterápicos.
- Para aliviar a dor de cabeça, compressas geladas na testa e ao redor dos olhos. Uma xícara fumegante de café também contribui para diminuir a dor. Não exagere, porém, pois o café tem poder desidratante - e um organismo de ressaca já perdeu água demais. Um analgésico pode combater a dor, desde que não seja à base de ácido acetilsalicílico (irritam a mucosa do estômago). Uma cama confortável num lugar silencioso e com pouca luz vai restabelecer o ressacado mais cedo.
- Como o álcool causa desidratação, a lei do dia seguinte é consumir muito líquido. Aproveite o verão nordestino para tomar água de coco e experimentar os sucos de frutas da região. Dê preferência aos de melão, melancia, pêra e abacaxi, frutas ricas em água. Ao invés dos recomendados 2 litros diários de água, aumente a dose para 3 litros. Bebidas isotônicas - do tipo Gatorade - são boas pedidas, especialmente por conterem potássio em suas fórmulas. A substância, que também pode ser encontrada na banana, recupera a vitalidade dos músculos e ajuda a reequilibrar os sais e a água.
- A alimentação continua importante: mesmo estando um pouco enjoada, uma pessoa com ressaca precisa comer. É importante ingerir carboidratos - macarrão, pães e bolachas de água e sal -, frutas e verduras frescas. Essas últimas contribuem para o movimento intestinal, além de eliminar gorduras. As carnes não são tão urgentes: suas proteínas são de digestão difícil. Caldos, sopas e cremes são recomendados.
- A absorção das vitaminas B1 e B6 é prejudicada pela grande presença de álcool no organismo. Comprimidos do tipo "complexo B" são bem-vindos nos dias pós-bebedeira.
É isso aí, talvez aqueles pesquisadores ingleses necessitem saber essas dicas...
Bem, quem somos nós para desacreditar dos pesquisadores ingleses? Mas deve haver um jeitinho para amenizar os problemas do "day after". Vejam as dicas que encontramos:
- Alimentação
Se a sua intenção é tomar todas, não esqueça de comer. É importante forrar o estômago e incluir nessa "dieta de preparação" alimentos ricos em gordura e carboidratos. Essas duas substâncias, encontradas em pães e massas, retardam a absorção do álcool pelo organismo. Dentro desse espírito, os bons de copo aconselham uma colher (chá) de azeite antes de começar a beber. Mas também nem 8 nem 80: empanturrar-se de comida não ajuda, pois o excesso de gordura vai prejudicar a digestão. Beber com o estômago vazio pode diminuir a concentração de açúcar no sangue, causando tontura, fraqueza, tremores, sudorese e perda dos sentidos, nos casos mais extremos.
- Medicamentos naturais
Comprimidos de alcachofra ou de similarina (substância contida na planta chamada cardo mariano) protegem as células do fígado. As vitaminas do complexo B têm sua absorção prejudicada pela presença do álcool: remédios concentrados com essas vitaminas, especialmente a B1 e a B6 são bem-vindos antes da cachaça começar.
- Beber água
Quanto mais água intercalar seus goles alcoólicos, melhor. Ela ajuda o fígado e os rins a filtrar melhor os resíduos tóxicos. Além disso, como o álcool faz com que o corpo elimine pela urina maior quantidade de líquidos, é importante reidratar o organismo. A água também serve para matar a sede, tirando essa "obrigação" da bebida alcoólica.
- Um chazinho de boldo é um santo remédio para os ressacados, pois facilita a digestão e ajuda a recuperar o fígado. A carqueja também é bastante indicada, graças às suas propriedades protetoras do estômago e do fígado, bem como de sua capacidade de purificar o sangue cheio de toxinas. Para atuar diretamente na purificação hepática, chá ou tintura de alcachofra, vendidos em farmácias de produtos fitoterápicos.
- Para aliviar a dor de cabeça, compressas geladas na testa e ao redor dos olhos. Uma xícara fumegante de café também contribui para diminuir a dor. Não exagere, porém, pois o café tem poder desidratante - e um organismo de ressaca já perdeu água demais. Um analgésico pode combater a dor, desde que não seja à base de ácido acetilsalicílico (irritam a mucosa do estômago). Uma cama confortável num lugar silencioso e com pouca luz vai restabelecer o ressacado mais cedo.
- Como o álcool causa desidratação, a lei do dia seguinte é consumir muito líquido. Aproveite o verão nordestino para tomar água de coco e experimentar os sucos de frutas da região. Dê preferência aos de melão, melancia, pêra e abacaxi, frutas ricas em água. Ao invés dos recomendados 2 litros diários de água, aumente a dose para 3 litros. Bebidas isotônicas - do tipo Gatorade - são boas pedidas, especialmente por conterem potássio em suas fórmulas. A substância, que também pode ser encontrada na banana, recupera a vitalidade dos músculos e ajuda a reequilibrar os sais e a água.
- A alimentação continua importante: mesmo estando um pouco enjoada, uma pessoa com ressaca precisa comer. É importante ingerir carboidratos - macarrão, pães e bolachas de água e sal -, frutas e verduras frescas. Essas últimas contribuem para o movimento intestinal, além de eliminar gorduras. As carnes não são tão urgentes: suas proteínas são de digestão difícil. Caldos, sopas e cremes são recomendados.
- A absorção das vitaminas B1 e B6 é prejudicada pela grande presença de álcool no organismo. Comprimidos do tipo "complexo B" são bem-vindos nos dias pós-bebedeira.
É isso aí, talvez aqueles pesquisadores ingleses necessitem saber essas dicas...
DÁ PARA CURAR A RESSACA?
Qual o melhor remédio para curar ressaca? Por enquanto, nenhum. Foi esta a conclusão a que chegaram pesquisadores ingleses que buscavam tratamentos eficazes contra o mal-estar causado pelas bebidas alcoólicas. O estudo, publicado na revista British Medical Journal, revela que as alterações do metabolismo são tantas (desde dores de cabeça até desidratação e desequilíbrios hormonais) que não existe ainda uma droga que possa corrigir todas elas ao mesmo tempo. Ainda, segundo a pesquisa, o etanol (álcool) pode não ser o responsável direto pela ressaca, mas sim um elemento desencadeante dos distúrbios que poderiam ser agravados por componentes químicos secundários nas bebidas. Os voluntários da pesquisa ingeriram 20 bebidas diferentes. A conclusão: em ordem decrescente, causam mais ressaca o vinho tinto, o rum, o uísque, o vinho branco, o gim e a vodca.
Qual o melhor remédio para curar ressaca? Por enquanto, nenhum. Foi esta a conclusão a que chegaram pesquisadores ingleses que buscavam tratamentos eficazes contra o mal-estar causado pelas bebidas alcoólicas. O estudo, publicado na revista British Medical Journal, revela que as alterações do metabolismo são tantas (desde dores de cabeça até desidratação e desequilíbrios hormonais) que não existe ainda uma droga que possa corrigir todas elas ao mesmo tempo. Ainda, segundo a pesquisa, o etanol (álcool) pode não ser o responsável direto pela ressaca, mas sim um elemento desencadeante dos distúrbios que poderiam ser agravados por componentes químicos secundários nas bebidas. Os voluntários da pesquisa ingeriram 20 bebidas diferentes. A conclusão: em ordem decrescente, causam mais ressaca o vinho tinto, o rum, o uísque, o vinho branco, o gim e a vodca.
HISTÓRIA DO VINHO NO BRASIL
align = left>As primeiras caravelas de Cabral que trouxeram os colonizadores ao Brasil pouco colaboraram para a vinicultura do nosso país.
Alguns vestígios da presença do vinho foram localizados em Santos, litoral paulista, provavelmente trazido pelas caravelas de Martim Afonso de Souza - o primeiro colonizador da Capitania de São Vicente, e então plantado pelo fundador da cidade, Brás Cubas. Pelo que foi avaliado, porém, era um vinho de pouca qualidade, destinado principalmente às missas.
No século XVIII, o açoriano Manoel de Macedo Brum da Silveira foi reconhecido oficialmente por Dom Joao VI como o primeiro produtor de vinho do Rio Grande do Sul. Segundo Rinaldo Dal Pizzol, da família que ainda possui vinícolas naquela região, por volta de 1840 mudas da casta Isabel foram enviadas pelo riograndense Marques Lisboa - diplomata brasileiro nos EUA (considerado o pioneiro na implantação desta uva) - para o comerciante alemão Thomas Messiter e plantadas na Ilha dos Marinheiros.
Somente em 1870 apareceram os imigrantes italianos das regiões do Veneto e Trentino, com castas mais finas que, por sinal, não tiveram muito êxito na implantaçao destas videiras, devido ao clima e à terra. Tiveram, por necessidade de perpetuar a tradição vinícola, de voltar a plantar a famosa casta Isabel, ainda hoje cultivada no Rio Grande do Sul, local para produção de vinhos simples, consumidos ali mesmo.
Um século depois, com a chegada das grandes multinacionais como Moët & Chandon, Martini & Rossi, Heublein, etc, o Brasil começou a cultivar castas nobres como Cabernet Sauvignon , Riesling , Cabernet Franc , Chardonnay , Sauvignon Blanc , Merlot, entre outros, e adotar métodos de vinificação modernos , conseqüentemente melhorando muito a qualidade e a divulgação do vinho no país.
Vinte anos passaram, a abertura ao comércio estrangeiro no início dos anos noventa facilitou as importações de vinhos antes desconhecidos da maioria do público brasileiro, hoje podendo desfrutar de praticamente todos os grandes vinhos disponíveis no mercado mundial e também de vinhos mais simples (um vinho bom não é necessariamente um vinho caro).
Vale lembrar que o Brasil foi o único país a dobrar o consumo de vonho per capita em uma década, embora ainda muito longe dos índices de outros países.
align = left>As primeiras caravelas de Cabral que trouxeram os colonizadores ao Brasil pouco colaboraram para a vinicultura do nosso país.
Alguns vestígios da presença do vinho foram localizados em Santos, litoral paulista, provavelmente trazido pelas caravelas de Martim Afonso de Souza - o primeiro colonizador da Capitania de São Vicente, e então plantado pelo fundador da cidade, Brás Cubas. Pelo que foi avaliado, porém, era um vinho de pouca qualidade, destinado principalmente às missas.
No século XVIII, o açoriano Manoel de Macedo Brum da Silveira foi reconhecido oficialmente por Dom Joao VI como o primeiro produtor de vinho do Rio Grande do Sul. Segundo Rinaldo Dal Pizzol, da família que ainda possui vinícolas naquela região, por volta de 1840 mudas da casta Isabel foram enviadas pelo riograndense Marques Lisboa - diplomata brasileiro nos EUA (considerado o pioneiro na implantação desta uva) - para o comerciante alemão Thomas Messiter e plantadas na Ilha dos Marinheiros.
Somente em 1870 apareceram os imigrantes italianos das regiões do Veneto e Trentino, com castas mais finas que, por sinal, não tiveram muito êxito na implantaçao destas videiras, devido ao clima e à terra. Tiveram, por necessidade de perpetuar a tradição vinícola, de voltar a plantar a famosa casta Isabel, ainda hoje cultivada no Rio Grande do Sul, local para produção de vinhos simples, consumidos ali mesmo.
Um século depois, com a chegada das grandes multinacionais como Moët & Chandon, Martini & Rossi, Heublein, etc, o Brasil começou a cultivar castas nobres como Cabernet Sauvignon , Riesling , Cabernet Franc , Chardonnay , Sauvignon Blanc , Merlot, entre outros, e adotar métodos de vinificação modernos , conseqüentemente melhorando muito a qualidade e a divulgação do vinho no país.
Vinte anos passaram, a abertura ao comércio estrangeiro no início dos anos noventa facilitou as importações de vinhos antes desconhecidos da maioria do público brasileiro, hoje podendo desfrutar de praticamente todos os grandes vinhos disponíveis no mercado mundial e também de vinhos mais simples (um vinho bom não é necessariamente um vinho caro).
Vale lembrar que o Brasil foi o único país a dobrar o consumo de vonho per capita em uma década, embora ainda muito longe dos índices de outros países.
O USO MEDICINAL DO VINHO
O primeiro registro escrito do uso medicinal do vinho é proveniente do Antigo Egito e encontra-se arquivado no Museu da Universidade da Pennsylvania, EUA. Data de mais de 2000 anos A.C. e foi encontrado na cidade de Nippur. Nele está relatado que, na Suméria , próxima da Babilônia, ungüentos eram misturados com vinho para tratar doenças da pele.
O primeiro registro escrito do uso medicinal do vinho é proveniente do Antigo Egito e encontra-se arquivado no Museu da Universidade da Pennsylvania, EUA. Data de mais de 2000 anos A.C. e foi encontrado na cidade de Nippur. Nele está relatado que, na Suméria , próxima da Babilônia, ungüentos eram misturados com vinho para tratar doenças da pele.
TESOURO RECUPERADO
Recentemente, no Mar da Sicília, foi encontrada uma antiga nave romana afundada, e entre o material recuperado havia dez ânforas de vinho, em perfeitas condições ao exame visual? Estima-se que elas tenham mais de 900 anos. As ânforas foram entregues aos laboratórios de uma universidade para análise químico/física.
Recentemente, no Mar da Sicília, foi encontrada uma antiga nave romana afundada, e entre o material recuperado havia dez ânforas de vinho, em perfeitas condições ao exame visual? Estima-se que elas tenham mais de 900 anos. As ânforas foram entregues aos laboratórios de uma universidade para análise químico/física.
A FERMENTAÇÃO DO VINHO
O termo "fermentação" vem do latim FERVERE , que significa ferver. Foi Pasteur (1822-1895), um cientista francês, quem mudou a história do vinho. Descobriu ser a fermentação alcoólica realizada por microorganismos na ausência do oxigênio. Antes dele, tintos e brancos freqüentemente tinham defeitos. Para conservá-los, eram usadas substâncias como resinas e álcool, que alteravam o aroma e o sabor da bebida. A moderna indústria vinícola usa cada vez mais leveduras selecionadas.
O termo "fermentação" vem do latim FERVERE , que significa ferver. Foi Pasteur (1822-1895), um cientista francês, quem mudou a história do vinho. Descobriu ser a fermentação alcoólica realizada por microorganismos na ausência do oxigênio. Antes dele, tintos e brancos freqüentemente tinham defeitos. Para conservá-los, eram usadas substâncias como resinas e álcool, que alteravam o aroma e o sabor da bebida. A moderna indústria vinícola usa cada vez mais leveduras selecionadas.
O PRIMEIRO LIVRO
O primeiro livro impresso sobre o vinho data de 1300, intitulado "Liber De Vinis" ("O Livro dos Vinhos"). Nele eram descritas as propriedades medicinais de vinhos aromatizados com ervas, para cura de várias doenças. Seu autor, Amaldus de Villanova, era catalão, médico e professor da Universidade de Montpellier, França. Também foram mencionados métodos de comercialização de vinhos, como o costume fraudulento de oferecer aos fregueses alcaçuz, queijos salgados e nozes, a fim de não perceberem o sabor amargo e ácido do vinho. . Recomendava que os degustadores "poderiam safar-se de tal engodo degustando os vinhos pela manhã, após terem lavado a boca e comido algumas nacos de pão umidecidos em água, pois com o estômago totalmente vazio ou muito cheio estraga o paladar ". Arnaldus Villanova, falecido em 1311, era uma figura polêmica e acreditava na na segunda vinda do Messias no ano de 1378, o que lhe valeu uma longa rixa com os monges dominicanos, que acabaram por queimar seu livro.
O primeiro livro impresso sobre o vinho data de 1300, intitulado "Liber De Vinis" ("O Livro dos Vinhos"). Nele eram descritas as propriedades medicinais de vinhos aromatizados com ervas, para cura de várias doenças. Seu autor, Amaldus de Villanova, era catalão, médico e professor da Universidade de Montpellier, França. Também foram mencionados métodos de comercialização de vinhos, como o costume fraudulento de oferecer aos fregueses alcaçuz, queijos salgados e nozes, a fim de não perceberem o sabor amargo e ácido do vinho. . Recomendava que os degustadores "poderiam safar-se de tal engodo degustando os vinhos pela manhã, após terem lavado a boca e comido algumas nacos de pão umidecidos em água, pois com o estômago totalmente vazio ou muito cheio estraga o paladar ". Arnaldus Villanova, falecido em 1311, era uma figura polêmica e acreditava na na segunda vinda do Messias no ano de 1378, o que lhe valeu uma longa rixa com os monges dominicanos, que acabaram por queimar seu livro.
INFORME-SE PELO TELEFONE
Os apreciadores de vinhos que desejarem desvendar-lhes os segredosjá poden fazê-lo por telefone. Como? Usando os serviços do Assistente Virtual Mediz, que permite ainda muitas outras informações, como previsão do tempo, trânsito, diversão, etc. Basta ligar para o número correspondente à sua cidade e pronunciar a palavra "vinho" que o Assistente irá ajudar.
Mais esclarecimentos podem se obtidos no site do Mediz. Agora, atenção ao detalhe: as ligações são para celular...
Os apreciadores de vinhos que desejarem desvendar-lhes os segredosjá poden fazê-lo por telefone. Como? Usando os serviços do Assistente Virtual Mediz, que permite ainda muitas outras informações, como previsão do tempo, trânsito, diversão, etc. Basta ligar para o número correspondente à sua cidade e pronunciar a palavra "vinho" que o Assistente irá ajudar.
Mais esclarecimentos podem se obtidos no site do Mediz. Agora, atenção ao detalhe: as ligações são para celular...
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