janeiro 12, 2003

HISTÓRIA DO VINHO NO BRASIL
align = left>As primeiras caravelas de Cabral que trouxeram os colonizadores ao Brasil pouco colaboraram para a vinicultura do nosso país.
Alguns vestígios da presença do vinho foram localizados em Santos, litoral paulista, provavelmente trazido pelas caravelas de Martim Afonso de Souza - o primeiro colonizador da Capitania de São Vicente, e então plantado pelo fundador da cidade, Brás Cubas. Pelo que foi avaliado, porém, era um vinho de pouca qualidade, destinado principalmente às missas.
No século XVIII, o açoriano Manoel de Macedo Brum da Silveira foi reconhecido oficialmente por Dom Joao VI como o primeiro produtor de vinho do Rio Grande do Sul. Segundo Rinaldo Dal Pizzol, da família que ainda possui vinícolas naquela região, por volta de 1840 mudas da casta Isabel foram enviadas pelo riograndense Marques Lisboa - diplomata brasileiro nos EUA (considerado o pioneiro na implantação desta uva) - para o comerciante alemão Thomas Messiter e plantadas na Ilha dos Marinheiros.
Somente em 1870 apareceram os imigrantes italianos das regiões do Veneto e Trentino, com castas mais finas que, por sinal, não tiveram muito êxito na implantaçao destas videiras, devido ao clima e à terra. Tiveram, por necessidade de perpetuar a tradição vinícola, de voltar a plantar a famosa casta Isabel, ainda hoje cultivada no Rio Grande do Sul, local para produção de vinhos simples, consumidos ali mesmo.
Um século depois, com a chegada das grandes multinacionais como Moët & Chandon, Martini & Rossi, Heublein, etc, o Brasil começou a cultivar castas nobres como Cabernet Sauvignon , Riesling , Cabernet Franc , Chardonnay , Sauvignon Blanc , Merlot, entre outros, e adotar métodos de vinificação modernos , conseqüentemente melhorando muito a qualidade e a divulgação do vinho no país.
Vinte anos passaram, a abertura ao comércio estrangeiro no início dos anos noventa facilitou as importações de vinhos antes desconhecidos da maioria do público brasileiro, hoje podendo desfrutar de praticamente todos os grandes vinhos disponíveis no mercado mundial e também de vinhos mais simples (um vinho bom não é necessariamente um vinho caro).
Vale lembrar que o Brasil foi o único país a dobrar o consumo de vonho per capita em uma década, embora ainda muito longe dos índices de outros países.