VINHOS DE GARAGEM - UM POUCO MAIS
No intuito de aprofundar um pouco mais o assunto dos vinhos de garagem (“vins de garage”), que julgamos interessante, pesquisamos algumas fontes. E sintetizamos aqui aquilo que encontramos. Consulte!
março 31, 2003
março 30, 2003
PEQUENOS PRODUTORES, GRANDES VINHOS
O mercado internacional de vinhos vem mostrando uma curiosa faceta: a de vinhos raros e caros, que se tornam famosos em pouco tempo, mas cuja produção apresenta características diferenciadas. Em primeiro lugar, porque são elaborados por jovens produtores, com poucos recursos e pequenas vinhas, que disponibilizam quantidades mínimas de garrafas, cerca de 3.000 por ano; em segundo lugar, porque eles não possuem a tradição dos grandes produtores.
Mas a realidade é que esses vinhos. chamados pelos franceses de "vins de garage" e pelos americanos de "cult wines', vêm recebendo elogios rasgados dos críticos internacionais e alcançam preços de até mil dólares a garrafa.
Tudo começou em 1994, quando o francês Jean Luc Thunevin, à época bancário e DJ, lançou o Château Valandraud, na região de Saint-Emilion, em Bordeaux (embora, vinte anos antes, o Château Le Pin, com a denominação de origem Pomerol, haja desenvolvido este conceito de um vinho altamente seletivo). Sua filosofia era a de tratar o vinhedo de forma orgânica, sem nenhuma química, colher sempre as uvas manualmente, selecionando os melhores cachos, produzir a metade da quantidade que a parreira é capaz, envelhecer o líquido em barricas de carvalho francesa, e ter extremo cuidado na hora da vinificação. Sua produção é de 500 caixas por ano e o preço, de 2.000 reais a garrafa.
E a tendência se espalhou por outras regiões da França, como Bourgogne e Languedoc, e extrapolou as fronteiras do país, chegando à Espanha, Austrália e Nova Zelândia. Nos EUA, onde não há mais de dez cessas vinícolas, vinhos como o Screaming Eagle, Maya, Araujo e Harlan seguem a mesma ideologia. Na França, porém, já existem mais de cem produtores dos "vins de garage".
Apesar disso, esses vinhos também recebem críticas, como de que não possuem a elegância e as características clássicas dos vinhos de Bordeaux, são muito alcoólicos.
(Baseado em matéria de Luciano Ribeiro, publicada na revista Domingo, do Jornal do Brasil, edição desta data).
O mercado internacional de vinhos vem mostrando uma curiosa faceta: a de vinhos raros e caros, que se tornam famosos em pouco tempo, mas cuja produção apresenta características diferenciadas. Em primeiro lugar, porque são elaborados por jovens produtores, com poucos recursos e pequenas vinhas, que disponibilizam quantidades mínimas de garrafas, cerca de 3.000 por ano; em segundo lugar, porque eles não possuem a tradição dos grandes produtores.
Mas a realidade é que esses vinhos. chamados pelos franceses de "vins de garage" e pelos americanos de "cult wines', vêm recebendo elogios rasgados dos críticos internacionais e alcançam preços de até mil dólares a garrafa.
Tudo começou em 1994, quando o francês Jean Luc Thunevin, à época bancário e DJ, lançou o Château Valandraud, na região de Saint-Emilion, em Bordeaux (embora, vinte anos antes, o Château Le Pin, com a denominação de origem Pomerol, haja desenvolvido este conceito de um vinho altamente seletivo). Sua filosofia era a de tratar o vinhedo de forma orgânica, sem nenhuma química, colher sempre as uvas manualmente, selecionando os melhores cachos, produzir a metade da quantidade que a parreira é capaz, envelhecer o líquido em barricas de carvalho francesa, e ter extremo cuidado na hora da vinificação. Sua produção é de 500 caixas por ano e o preço, de 2.000 reais a garrafa.
E a tendência se espalhou por outras regiões da França, como Bourgogne e Languedoc, e extrapolou as fronteiras do país, chegando à Espanha, Austrália e Nova Zelândia. Nos EUA, onde não há mais de dez cessas vinícolas, vinhos como o Screaming Eagle, Maya, Araujo e Harlan seguem a mesma ideologia. Na França, porém, já existem mais de cem produtores dos "vins de garage".
Apesar disso, esses vinhos também recebem críticas, como de que não possuem a elegância e as características clássicas dos vinhos de Bordeaux, são muito alcoólicos.
(Baseado em matéria de Luciano Ribeiro, publicada na revista Domingo, do Jornal do Brasil, edição desta data).
UM BRASILEIRO NA CORTE
A União Internacional dos Enólogos (UIE) é uma instituição de peso no mundo dos vinhos. Afinal, seus 20.000 filiados são os que apontam os melhores vinhos do mundo nos concursos promovidos pela Organização Internacional do Vinho (OIV), com sede em Paris.
Pois bem, em dezembro de 2002, sessenta enólogos de quinze países participaram em Bordeaux de uma reunião cujo objetivo era a eleição da diretoria da UIE. Para presidente, foi eleito Giuseppe Martelli, da Itália. E, para a primeira vice-presidência, o escolhido foi...um brasileiro! Sim, e com um detalhe muito relevante: era a primeira vez, nos quarenta anos da UIE, que um profissional de fora da Europa chegava à diretoria. Seu nome é Antônio Czarmobay, gaúcho, há quase trinta anos na Vinícola Aurora e atual presidente da ABE - Associação Brasileira de Enologia.
Nas palavras de Czarmobay, “estamos colocando o Brasil no cenário mundial do vinho”, fica a esperança de que sua participação na diretoria da UIE renda proveitosos dividendos para o desenvolvimento do mercado vinícola do país. Parabéns e sucesso!
A União Internacional dos Enólogos (UIE) é uma instituição de peso no mundo dos vinhos. Afinal, seus 20.000 filiados são os que apontam os melhores vinhos do mundo nos concursos promovidos pela Organização Internacional do Vinho (OIV), com sede em Paris.
Pois bem, em dezembro de 2002, sessenta enólogos de quinze países participaram em Bordeaux de uma reunião cujo objetivo era a eleição da diretoria da UIE. Para presidente, foi eleito Giuseppe Martelli, da Itália. E, para a primeira vice-presidência, o escolhido foi...um brasileiro! Sim, e com um detalhe muito relevante: era a primeira vez, nos quarenta anos da UIE, que um profissional de fora da Europa chegava à diretoria. Seu nome é Antônio Czarmobay, gaúcho, há quase trinta anos na Vinícola Aurora e atual presidente da ABE - Associação Brasileira de Enologia.
Nas palavras de Czarmobay, “estamos colocando o Brasil no cenário mundial do vinho”, fica a esperança de que sua participação na diretoria da UIE renda proveitosos dividendos para o desenvolvimento do mercado vinícola do país. Parabéns e sucesso!
março 29, 2003
O MERCADO NACIONAL DE VINHOS
Nos anos 80, os vinhos importados respondiam por menos de 10% do mercado nacional. Mas veio a abertura da economia, na década de 90, e essa proporção mudou significativamente: hoje, os importados somam praticamente metade do mercado de vinhos finos, que movimenta 800 milhões de reais por ano e com uma produção de 60 milhões de litros. Dados fornecidos pela UVIBRA e o DETEX, para o período de janeiro a outibro de 2002, indicam como está a participação dos diversos países, em ordem decrescente: Brasil - 50,9%; Itália - 12,8%; Chile - 12,2%; Argentina - 7,5%; Portugal - 6,4%; outros - 5,5%; França - 4,7%.
Se as vinícolas nacionais desejarem (e acreditamos que sim) conquistar mais uma fatia desse bolo, precisarão investir pesado em novas tecnologias, desde o plantio até a elaboração final do produto. As crises econômicas, próprias ou assimiladas, com certeza têm sido obstáculos a esse objetivo. Mas é preciso continuar lutando, explorando as potencialidades e as peculiaridades do país, com perseverança e metas bem ajustadas.
Nos anos 80, os vinhos importados respondiam por menos de 10% do mercado nacional. Mas veio a abertura da economia, na década de 90, e essa proporção mudou significativamente: hoje, os importados somam praticamente metade do mercado de vinhos finos, que movimenta 800 milhões de reais por ano e com uma produção de 60 milhões de litros. Dados fornecidos pela UVIBRA e o DETEX, para o período de janeiro a outibro de 2002, indicam como está a participação dos diversos países, em ordem decrescente: Brasil - 50,9%; Itália - 12,8%; Chile - 12,2%; Argentina - 7,5%; Portugal - 6,4%; outros - 5,5%; França - 4,7%.
Se as vinícolas nacionais desejarem (e acreditamos que sim) conquistar mais uma fatia desse bolo, precisarão investir pesado em novas tecnologias, desde o plantio até a elaboração final do produto. As crises econômicas, próprias ou assimiladas, com certeza têm sido obstáculos a esse objetivo. Mas é preciso continuar lutando, explorando as potencialidades e as peculiaridades do país, com perseverança e metas bem ajustadas.
ESPERANÇA PARA OS TINTOS NACIONAIS
A região da Serra Gaúcha é a maior produtora de vinhos no Brasil e lá se encontram instaladas nossas melhores vinícolas. Mas, dizem os especialistas, o clima úmido e o solo argiloso e ácido prejudicam os vinhos tintos, embora sejam excelentes para os brancos e espumantes. Prova disso é que, em recente concurso internacional realizado em Paris, o Vinalles 2003, seis espumantes gaúchos foram premiados com medalha de prata.
Por conta dessas condições adversas para os tintos, os produtores estão em busca de outras áreas e, neste sentido, a região da Campanha, na fronteira com o Uruguai, é a de maior potencial. Ali chove pouco, o solo é arenoso e os terrenos são menos acidentados, permitindo a mecanização da lavoura e grandes extensões de vinhedos, fatores benéficos para os tintos. Há cinco anos, a Aurora está plantando uvas no Uruguai e tornou-se a maior exportadora de vinhos daquele país. E, recentemente, cerca de doze vinícolas começaram a plantar uvas na Campanha, com a perspectiva de se tornarem mais competitivas frente aos importados. Uma outra vantagem é o preço das terras, que na fronteira atinge no máximo 2.000 reais, contra 18.000 ou mais na serra.
São notícias alvissareiras, mas, certamente, não devemos esperar mudanças no curto prazo. Com o passar do tempo, porém, e a capacitação cada vez maior das vinícolas, a tendência deverá ser uma melhoria de qualidade dos vinhos tintos nacionais. Aguardemos!
A região da Serra Gaúcha é a maior produtora de vinhos no Brasil e lá se encontram instaladas nossas melhores vinícolas. Mas, dizem os especialistas, o clima úmido e o solo argiloso e ácido prejudicam os vinhos tintos, embora sejam excelentes para os brancos e espumantes. Prova disso é que, em recente concurso internacional realizado em Paris, o Vinalles 2003, seis espumantes gaúchos foram premiados com medalha de prata.
Por conta dessas condições adversas para os tintos, os produtores estão em busca de outras áreas e, neste sentido, a região da Campanha, na fronteira com o Uruguai, é a de maior potencial. Ali chove pouco, o solo é arenoso e os terrenos são menos acidentados, permitindo a mecanização da lavoura e grandes extensões de vinhedos, fatores benéficos para os tintos. Há cinco anos, a Aurora está plantando uvas no Uruguai e tornou-se a maior exportadora de vinhos daquele país. E, recentemente, cerca de doze vinícolas começaram a plantar uvas na Campanha, com a perspectiva de se tornarem mais competitivas frente aos importados. Uma outra vantagem é o preço das terras, que na fronteira atinge no máximo 2.000 reais, contra 18.000 ou mais na serra.
São notícias alvissareiras, mas, certamente, não devemos esperar mudanças no curto prazo. Com o passar do tempo, porém, e a capacitação cada vez maior das vinícolas, a tendência deverá ser uma melhoria de qualidade dos vinhos tintos nacionais. Aguardemos!
março 27, 2003
VINHOS DA ROMÊNIA
A Romênia está situada no centro geográfico da Europa, no paralelo de 45°,que passa perto da capital, Bucareste. É banhada pelo Mar Negro e tem o rio Danúbio como fronteira sul. Os países vizinhos são Hungria, Iugoslávia , Ucrânia , Bulgária e Republica Moldava. O clima é temperado, com uma media de –10°C no inverno e + 20°C no verão. Desde a revolução, em 1989, procura seu lugar na Europa e no mundo. Mantém relações excelentes com seus vizinhos, com os quais assinou tratados de paz.
Devido às condições naturais extremamente favoráveis e à dedicação especial do povo, a vinha é ligada à história e aos costumes do país. Há evidências de que, ainda no período neozoico, existiram espécies do gênero Vitis, e com certeza 4.000 anos atrás (época de bronze) a produção do vinho se constituía numa ocupação primordial. Naquela época, viviam ali os Geto-Dacos, cujo Deus Zamoclis era cultuado nos cumes dos Carpatos (cadeia principal de montanhas). Gente brava, que acreditava que ao morrer apenas mudava de moradia. Enfrentaram Dario, rei da Pérsia, e Alexandre Magno.
Temos noticias de que o rei Burebista, que juntou os Dacos, tomou medidas de controle da bebida no primeiro secolo A.C. Três guerras os Romanos travaram com os Dacos para que, no final, em 106 D.C., Trajano conquistasse a Dacia, começando assim a formação do povo romeno.
Saiba mais!
A Romênia está situada no centro geográfico da Europa, no paralelo de 45°,que passa perto da capital, Bucareste. É banhada pelo Mar Negro e tem o rio Danúbio como fronteira sul. Os países vizinhos são Hungria, Iugoslávia , Ucrânia , Bulgária e Republica Moldava. O clima é temperado, com uma media de –10°C no inverno e + 20°C no verão. Desde a revolução, em 1989, procura seu lugar na Europa e no mundo. Mantém relações excelentes com seus vizinhos, com os quais assinou tratados de paz.
Devido às condições naturais extremamente favoráveis e à dedicação especial do povo, a vinha é ligada à história e aos costumes do país. Há evidências de que, ainda no período neozoico, existiram espécies do gênero Vitis, e com certeza 4.000 anos atrás (época de bronze) a produção do vinho se constituía numa ocupação primordial. Naquela época, viviam ali os Geto-Dacos, cujo Deus Zamoclis era cultuado nos cumes dos Carpatos (cadeia principal de montanhas). Gente brava, que acreditava que ao morrer apenas mudava de moradia. Enfrentaram Dario, rei da Pérsia, e Alexandre Magno.
Temos noticias de que o rei Burebista, que juntou os Dacos, tomou medidas de controle da bebida no primeiro secolo A.C. Três guerras os Romanos travaram com os Dacos para que, no final, em 106 D.C., Trajano conquistasse a Dacia, começando assim a formação do povo romeno.
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VINHOS DA BULGÁRIA
A tradição da Bulgária como produtor de vinhos remonta aos tempos romanos. O país é pequeno, mas difere geograficamente tanto de norte a sul quanto de leste a oeste. Graças a essas diferenças, existem cinco regiões viníferas bem definidas, com características próprias de temperatura média anual, umidade do ar, número de horas de chuva, total de horas de insolação e tipo de solo.
Em 1960 a Bulgária iniciou a importação de uvas de tipos diferentes daquelas tradicionalmente plantadas.Da França vieram Cabernet Sauvignon e Merlot, que encontraram condições climáticas muito favoráveis; a experiência animou a importação de uvas Riesling da Itália e Rkatzitely da Geórgia. Além das espécies importadas, são muitas as nativas, como Mavrud, Dimyat, Melnik, Pamid, Red Misket, Gamza. Há muitas outras ainda não famosas na Europa Oriental, mas os vinhos elaborados com essas variedades proporcionam uma degustação excelente.
Saiba mais!
A tradição da Bulgária como produtor de vinhos remonta aos tempos romanos. O país é pequeno, mas difere geograficamente tanto de norte a sul quanto de leste a oeste. Graças a essas diferenças, existem cinco regiões viníferas bem definidas, com características próprias de temperatura média anual, umidade do ar, número de horas de chuva, total de horas de insolação e tipo de solo.
Em 1960 a Bulgária iniciou a importação de uvas de tipos diferentes daquelas tradicionalmente plantadas.Da França vieram Cabernet Sauvignon e Merlot, que encontraram condições climáticas muito favoráveis; a experiência animou a importação de uvas Riesling da Itália e Rkatzitely da Geórgia. Além das espécies importadas, são muitas as nativas, como Mavrud, Dimyat, Melnik, Pamid, Red Misket, Gamza. Há muitas outras ainda não famosas na Europa Oriental, mas os vinhos elaborados com essas variedades proporcionam uma degustação excelente.
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março 26, 2003
VINHOS DA ESLOVÊNIA
Apesar de suas vastas florestas, a Eslovênia é um país viticultor e tem espaço suficiente para as videiras, lá existentes há mais de 2.000 anos. Em uma boa colheita, 24.500 hectares de vinhas produzem cerca de 1 milhão de hectolitros de vinho. A Eslovênia possui uma grande quantidade de vinícolas, que produzem todos os bem conhecidos vinhos brancos e tintos do mundo
São três regiões produtoras: Primorska, Posavje e Podravje, ao todo divididas em quatorze distritos; em comum possuem a característica de elaborarem s excelentes espumantes, de acordo com o clássico método francês e uma segunda fermentação em garrafa.
Em Primorska,a mais oriental de todas, existem os distritos de Brda, Kras, Vipava e Koper, conhecidos pelos excelentes tintos e brancos, como Pikolit, Rebula, Friulian Tokaj, Grela, Zelen e Pinela. De lá vêm vinhos secos e bastante encorpados. Os brancos se distinguem pelo balanço entre a acidez e o conteúdo de açúcar; os tintos são lembrados pelo maravilhoso bouquet e o gosto de frutos da floresta. Os vinhos maduros possuem todas as distintas qualidades dos excelentes vinhos franceses que o mundo conhece.
A região de Posavje, situada nas partes mais ao sul e sudeste do país, ao longo do rio Sava, inclui os distritos de Bela krajina, Dolenjska e Bizeljsko-Sremisk. Uma especialidade de Dolenjska é o Cevicek, um tinto leve, muito popular, devido à acidez agradável e ao teor de álcool moderado.
Na região de Podravje, situada a nordeste, ao longo do rio Drava, estão os distritos de Maribor, Ljutomer-Ormoz, Radgonska- Kapelske Gorice, Prekmurske Gorice, Slovenske Gorice, Srednje Slovenske Gorice, Haloze, e Smarje-Vrstanj. Esta região é conhecida pela grande variedade de vinhos brancos, tais como Sipon e Ranina. Há mais vinhos meio-secos e meio-doces do que secos, e a região se destaca por seus vinhos artesanais de elevada qualidade.
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Apesar de suas vastas florestas, a Eslovênia é um país viticultor e tem espaço suficiente para as videiras, lá existentes há mais de 2.000 anos. Em uma boa colheita, 24.500 hectares de vinhas produzem cerca de 1 milhão de hectolitros de vinho. A Eslovênia possui uma grande quantidade de vinícolas, que produzem todos os bem conhecidos vinhos brancos e tintos do mundo
São três regiões produtoras: Primorska, Posavje e Podravje, ao todo divididas em quatorze distritos; em comum possuem a característica de elaborarem s excelentes espumantes, de acordo com o clássico método francês e uma segunda fermentação em garrafa.
Em Primorska,a mais oriental de todas, existem os distritos de Brda, Kras, Vipava e Koper, conhecidos pelos excelentes tintos e brancos, como Pikolit, Rebula, Friulian Tokaj, Grela, Zelen e Pinela. De lá vêm vinhos secos e bastante encorpados. Os brancos se distinguem pelo balanço entre a acidez e o conteúdo de açúcar; os tintos são lembrados pelo maravilhoso bouquet e o gosto de frutos da floresta. Os vinhos maduros possuem todas as distintas qualidades dos excelentes vinhos franceses que o mundo conhece.
A região de Posavje, situada nas partes mais ao sul e sudeste do país, ao longo do rio Sava, inclui os distritos de Bela krajina, Dolenjska e Bizeljsko-Sremisk. Uma especialidade de Dolenjska é o Cevicek, um tinto leve, muito popular, devido à acidez agradável e ao teor de álcool moderado.
Na região de Podravje, situada a nordeste, ao longo do rio Drava, estão os distritos de Maribor, Ljutomer-Ormoz, Radgonska- Kapelske Gorice, Prekmurske Gorice, Slovenske Gorice, Srednje Slovenske Gorice, Haloze, e Smarje-Vrstanj. Esta região é conhecida pela grande variedade de vinhos brancos, tais como Sipon e Ranina. Há mais vinhos meio-secos e meio-doces do que secos, e a região se destaca por seus vinhos artesanais de elevada qualidade.
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março 25, 2003
VINHOS DA HUNGRIA
A Hungria, com uma população de cerca de 10 milhões de habitantes e uma história milenar, tem no setor vitivinícola uma das principais atividades agrícolas. Como resultado da sua enorme diversidade nesse setor, apresenta atualmente um conjunto de 22 diferentes regiões produtoras. Observe-se que no ano de 1996 este país se posicionou em 12º lugar entre os principais produtores mundiais, com uma produção aproximada de 4 milhões de hectolitros (como termo de comparação, note-se que Portugal, no mesmo ano, produziu 9 milhões de hectolitros, ocupando o 7º lugar).
A história da vitivinicultura húngara foi fortemente marcada pela presença dos diversos povos que habitaram o país ao longo dos tempos. É atribuída aos romanos a instalação das primeiras adegas e das primeiras vinhas dignas desse nome nas regiões de Szerémség, Baranya e Tolnai. Mais tarde, as tribos magiares (869 d.C.) conquistaram diversas zonas, algumas das quais constituem o atual território húngaro, e surgiu uma das principais regiões vitivinícolas - a de Tokaj-Hegyalja -, situada a nordeste. Com o passar do tempo, tornou-se tão importante que, ainda hoje, a Hungria é internacionalmente conhecida pelos vinhos aí produzidos.
Apesar de atualmente existirem vários tipos de vinhos provenientes das diferentes regiões, o mais conhecido internacionalmente é o famoso Tokaji (tal como o vinho do Porto está para Portugal). Trata-se de um vinho licoroso, com uma coloração acastanhada e com um elevado grau de oxidação; é envelhecido em grandes barris e apresentado em vários estilos, com diferentes graus de doçura. Tal como o vinho do Porto Vintage, o Tokaji Essencia também é produzido a partir de colheitas de elevada qualidade, e possui um grau de doçura mais elevado.
Outra importante região produtora encontra-se a cerca de 200 km a sudoeste de Budapeste, junto ao lago Balaton. Nela são produzidos, principalmente, vinhos brancos secos, extremamente aromáticos e de baixo teor alcoólico.
Em relação aos vinhos tintos, a principal região é a de Villány-Siklós, localizada a noroeste, que, rodeada por um conjunto de montanhas, proporciona um microclima similar ao mediterrâneo. Os vinhos aí produzidos são de elevados teores alcoólicos, encorpados e suportam um envelhecimento mais ou menos acentuado.
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A Hungria, com uma população de cerca de 10 milhões de habitantes e uma história milenar, tem no setor vitivinícola uma das principais atividades agrícolas. Como resultado da sua enorme diversidade nesse setor, apresenta atualmente um conjunto de 22 diferentes regiões produtoras. Observe-se que no ano de 1996 este país se posicionou em 12º lugar entre os principais produtores mundiais, com uma produção aproximada de 4 milhões de hectolitros (como termo de comparação, note-se que Portugal, no mesmo ano, produziu 9 milhões de hectolitros, ocupando o 7º lugar).
A história da vitivinicultura húngara foi fortemente marcada pela presença dos diversos povos que habitaram o país ao longo dos tempos. É atribuída aos romanos a instalação das primeiras adegas e das primeiras vinhas dignas desse nome nas regiões de Szerémség, Baranya e Tolnai. Mais tarde, as tribos magiares (869 d.C.) conquistaram diversas zonas, algumas das quais constituem o atual território húngaro, e surgiu uma das principais regiões vitivinícolas - a de Tokaj-Hegyalja -, situada a nordeste. Com o passar do tempo, tornou-se tão importante que, ainda hoje, a Hungria é internacionalmente conhecida pelos vinhos aí produzidos.
Apesar de atualmente existirem vários tipos de vinhos provenientes das diferentes regiões, o mais conhecido internacionalmente é o famoso Tokaji (tal como o vinho do Porto está para Portugal). Trata-se de um vinho licoroso, com uma coloração acastanhada e com um elevado grau de oxidação; é envelhecido em grandes barris e apresentado em vários estilos, com diferentes graus de doçura. Tal como o vinho do Porto Vintage, o Tokaji Essencia também é produzido a partir de colheitas de elevada qualidade, e possui um grau de doçura mais elevado.
Outra importante região produtora encontra-se a cerca de 200 km a sudoeste de Budapeste, junto ao lago Balaton. Nela são produzidos, principalmente, vinhos brancos secos, extremamente aromáticos e de baixo teor alcoólico.
Em relação aos vinhos tintos, a principal região é a de Villány-Siklós, localizada a noroeste, que, rodeada por um conjunto de montanhas, proporciona um microclima similar ao mediterrâneo. Os vinhos aí produzidos são de elevados teores alcoólicos, encorpados e suportam um envelhecimento mais ou menos acentuado.
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março 24, 2003
OS POETAS E O VINHO
O vinho sempre exerceu um mágico poder de atração sobre os poetas, que o vêm cortejando desde os mais antigos tempos, como o fizeram Homero e Virgílio, na Antiga Grécia. E suas poesias quase sempre mostraram o vinho num contexto de prazer e luxúria.
Selecionamos trechos de dois autores consagrados da língua portuguesa: Luiz de Camões, em Portugal, e Manuel Bandeira, no Brasil, abaixo reproduzidos:
"Ali, com mil refrescos e manjares,
Com vinhos odoríferos e rosas,
Em cristalinos paços singulares,
Fermosos leitos, e elas mais fermosas;
Enfim, com mil deleites não vulgares,
Os esperem as Ninfas amorosas,
D' amor feridas, pera lhes entregarem
Quanto delas os olhos cobiçarem."
(Os Lusíadas, Canto 9 - Camões)
"Se perguntarem: Que mais queres,
Além de versos e mulheres?...
-Vinhos!.., o vinho que é o meu fraco!...
Evoé Baco!"
(Bacanal - Manuel Bandeira)
O vinho sempre exerceu um mágico poder de atração sobre os poetas, que o vêm cortejando desde os mais antigos tempos, como o fizeram Homero e Virgílio, na Antiga Grécia. E suas poesias quase sempre mostraram o vinho num contexto de prazer e luxúria.
Selecionamos trechos de dois autores consagrados da língua portuguesa: Luiz de Camões, em Portugal, e Manuel Bandeira, no Brasil, abaixo reproduzidos:
"Ali, com mil refrescos e manjares,
Com vinhos odoríferos e rosas,
Em cristalinos paços singulares,
Fermosos leitos, e elas mais fermosas;
Enfim, com mil deleites não vulgares,
Os esperem as Ninfas amorosas,
D' amor feridas, pera lhes entregarem
Quanto delas os olhos cobiçarem."
(Os Lusíadas, Canto 9 - Camões)
"Se perguntarem: Que mais queres,
Além de versos e mulheres?...
-Vinhos!.., o vinho que é o meu fraco!...
Evoé Baco!"
(Bacanal - Manuel Bandeira)
março 17, 2003
PREÇO X QUALIDADE (2)
Em Portugal, os vinhos da região do Dão são acessíveis e de boa qualidade, como o Grão Vasco e o Terras Atlas. Em um nível de maior qualidade estão Quinta da Calçada, Quinta de Saes e Quinta dos Carvalhais. No Douro temos o Quinta dos Aciprestes, Esteva, Quinta da Urze, Porca de Murça, Evel, Quinta do Portal e os excepcionais Duas Quintas Reserva, Ferreirinha, Reserva Especial, Quinta do Cotto Grande Escolha, além do famosíssimo e raro Barca Velha. Da Bairrada temos o Conde de Cantanhede, Marquês de Marialva, São Domingos, Caves São João, Luiz Pato e Caves Aliança. No Alentejo, a maior província de Portugal e também maior produtora mundial de cortiça, tem-se a produção de vinhos na região Monte do Pintor, Roquevale, Adega Cooperativa de Borba, Fundação Eugenio de Almeida, Esporão Reserva, Cartucha e Quatro Caminhos, todos de muito boa qualidade. Os “tops” da região são o Tapada do Chaves, Tapada dos Coelheiros, Esporão Garrafeira e o Pera Manca.
Opções não faltam, é uma questão de buscar e escolher. De olho em eventuais promoções.
Em Portugal, os vinhos da região do Dão são acessíveis e de boa qualidade, como o Grão Vasco e o Terras Atlas. Em um nível de maior qualidade estão Quinta da Calçada, Quinta de Saes e Quinta dos Carvalhais. No Douro temos o Quinta dos Aciprestes, Esteva, Quinta da Urze, Porca de Murça, Evel, Quinta do Portal e os excepcionais Duas Quintas Reserva, Ferreirinha, Reserva Especial, Quinta do Cotto Grande Escolha, além do famosíssimo e raro Barca Velha. Da Bairrada temos o Conde de Cantanhede, Marquês de Marialva, São Domingos, Caves São João, Luiz Pato e Caves Aliança. No Alentejo, a maior província de Portugal e também maior produtora mundial de cortiça, tem-se a produção de vinhos na região Monte do Pintor, Roquevale, Adega Cooperativa de Borba, Fundação Eugenio de Almeida, Esporão Reserva, Cartucha e Quatro Caminhos, todos de muito boa qualidade. Os “tops” da região são o Tapada do Chaves, Tapada dos Coelheiros, Esporão Garrafeira e o Pera Manca.
Opções não faltam, é uma questão de buscar e escolher. De olho em eventuais promoções.
PREÇO X QUALIDADE (1)
É sabido que os vinhos chilenos, assim como os portugueses, são, atualmente, as opções de melhor relação qualidade/preço. O consumidor está a par disso, mas poderá ter dúvidas na hora da compra: por onde começar?
Não tem jeito, o preço é função da qualidade e, salvo eventuais promoções, sobe com a mesma. Por isto, vamos dar uma rápida idéia de algumas marcas, tintas, numa escala crescente de qualidade e preço.
Entre os mais baratos vinhos do Chile encontra-se o Gato Negro, um fantástico salto de qualidade em relação aos vinhos nacionais de garrafão. Subindo um pouco a qualidade, tem-se o trio das Santas (Carolina, Helena e Rita) e os Sunrise da Concha y Toro.
A partir daí e projetando um patamar de qualidade ainda mais alto, chega-se aos varietais da Portal del Alto, Las Pitras, Anakena, Marquês de Casa Concha, Casa Silva, Ravanal, Montes, Heuken, Carmen, Casa L´Apostole, Cousiño Macul e Tarapacá.
Finalmente, já numa qualidade bem superior, encontram-se os Reserva e Gran Reserva das casas acima mencionadas, como também os Villard, Viña Casablanca, Viu Manent, Caliterra e Miguel Torres.
É sabido que os vinhos chilenos, assim como os portugueses, são, atualmente, as opções de melhor relação qualidade/preço. O consumidor está a par disso, mas poderá ter dúvidas na hora da compra: por onde começar?
Não tem jeito, o preço é função da qualidade e, salvo eventuais promoções, sobe com a mesma. Por isto, vamos dar uma rápida idéia de algumas marcas, tintas, numa escala crescente de qualidade e preço.
Entre os mais baratos vinhos do Chile encontra-se o Gato Negro, um fantástico salto de qualidade em relação aos vinhos nacionais de garrafão. Subindo um pouco a qualidade, tem-se o trio das Santas (Carolina, Helena e Rita) e os Sunrise da Concha y Toro.
A partir daí e projetando um patamar de qualidade ainda mais alto, chega-se aos varietais da Portal del Alto, Las Pitras, Anakena, Marquês de Casa Concha, Casa Silva, Ravanal, Montes, Heuken, Carmen, Casa L´Apostole, Cousiño Macul e Tarapacá.
Finalmente, já numa qualidade bem superior, encontram-se os Reserva e Gran Reserva das casas acima mencionadas, como também os Villard, Viña Casablanca, Viu Manent, Caliterra e Miguel Torres.
VINHOS DA EUROPA CENTRAL E ORIENTAL
Quando se fala em vinhos europeus, é comum reportar-se a apenas quatro países: França, Itália, Espanha e Portugal, sem dúvida os destaques. Mas é forçoso reconhecer que existem também outros países com larga tradição e vamos fazer uma rápida explanação .
Muitos e excelentes vinhos da região européia ao sul das montanhas Carpathians são desconhecidos dos consumidores de paises das Américas. Entre os anos de 1950 e 1990, eles se tornaram conhecidos como vinhos baratos, pois os governos comunistas, por conta de suas políticas cambiais, invadiram o mercado com vinhos de baixo custo, alguns muito bons, mas de qualidade variável. Mais tarde, com a queda do regime comunista, as vinícolas retornaram às mãos da iniciativa privada e rígidos padrões de qualidade voltaram a ser aplicados. Infelizmente, poucas comerciantes nas Américas estocaram esses vinhos, porque eles precisavam competir com os de baixo custo produzidos na América do Sul e na Austrália.
A Hungria vem produzindo variedades premiadas desde o século XVIII. As realezas de países como Polônia, França, Alemanha e Rússia guardaram barris de carvalho do rico Tokat. A variedade Aszu é a mais conhecida - um vinho branco de sobremesa, doce, com um distinto aroma floral. O rei Luiz XIV, da França, o chamava de "o vinho dos reis, o rei dos vinhos". A variedade Szamorodni é mais seca e mais leve - - um excelente acompanhante para pratos de peixes ou, simplesmente, como aperitivo.
O segundo vinho mais famoso da Hungria é o Egri Bikaver, um tinto encorpado e aromático; outros vinhos são produzidos nas colinas ao sul do lago Balaton, que incluem os tintos Kadarka e Blue-Frankish, além de vinhos brancos ligeiramente doces das vinícolas de Legli e Bela Vincze .
A Eslovênia e a Croácia produzem grandes quantidades de excelentes vinhos brancos, semelhantes aos Riesling e Rhein, assim como tintos; lá, o cultivo da uva tem sido a principal atividade nas colinas a sudeste, desde a Idade Média, ou, melhor, desde tempos pré-históricos.
A Bulgária tem uma longa história como produtora de vinhos. Pinturas nas paredes das antigas tumbas de Thracian provam que a produção de vinhos e a degustação faziam parte de sua cultura, 2500 anos atrás.
A Romênia é o sexto maior produtor nde vinhos da Europa, A principal região vinicola está na coliba ao nordeste de Bucareste, embora haja vinicolas na Transilvânia, Moldávia e na costa do Mar Nrgro.
Por ser um assunto vasto, temos a intenção de aprofundá-lo um pouco ao longo do tempo.
Quando se fala em vinhos europeus, é comum reportar-se a apenas quatro países: França, Itália, Espanha e Portugal, sem dúvida os destaques. Mas é forçoso reconhecer que existem também outros países com larga tradição e vamos fazer uma rápida explanação .
Muitos e excelentes vinhos da região européia ao sul das montanhas Carpathians são desconhecidos dos consumidores de paises das Américas. Entre os anos de 1950 e 1990, eles se tornaram conhecidos como vinhos baratos, pois os governos comunistas, por conta de suas políticas cambiais, invadiram o mercado com vinhos de baixo custo, alguns muito bons, mas de qualidade variável. Mais tarde, com a queda do regime comunista, as vinícolas retornaram às mãos da iniciativa privada e rígidos padrões de qualidade voltaram a ser aplicados. Infelizmente, poucas comerciantes nas Américas estocaram esses vinhos, porque eles precisavam competir com os de baixo custo produzidos na América do Sul e na Austrália.
A Hungria vem produzindo variedades premiadas desde o século XVIII. As realezas de países como Polônia, França, Alemanha e Rússia guardaram barris de carvalho do rico Tokat. A variedade Aszu é a mais conhecida - um vinho branco de sobremesa, doce, com um distinto aroma floral. O rei Luiz XIV, da França, o chamava de "o vinho dos reis, o rei dos vinhos". A variedade Szamorodni é mais seca e mais leve - - um excelente acompanhante para pratos de peixes ou, simplesmente, como aperitivo.
O segundo vinho mais famoso da Hungria é o Egri Bikaver, um tinto encorpado e aromático; outros vinhos são produzidos nas colinas ao sul do lago Balaton, que incluem os tintos Kadarka e Blue-Frankish, além de vinhos brancos ligeiramente doces das vinícolas de Legli e Bela Vincze .
A Eslovênia e a Croácia produzem grandes quantidades de excelentes vinhos brancos, semelhantes aos Riesling e Rhein, assim como tintos; lá, o cultivo da uva tem sido a principal atividade nas colinas a sudeste, desde a Idade Média, ou, melhor, desde tempos pré-históricos.
A Bulgária tem uma longa história como produtora de vinhos. Pinturas nas paredes das antigas tumbas de Thracian provam que a produção de vinhos e a degustação faziam parte de sua cultura, 2500 anos atrás.
A Romênia é o sexto maior produtor nde vinhos da Europa, A principal região vinicola está na coliba ao nordeste de Bucareste, embora haja vinicolas na Transilvânia, Moldávia e na costa do Mar Nrgro.
Por ser um assunto vasto, temos a intenção de aprofundá-lo um pouco ao longo do tempo.
UM SPA DE VINHOS...LEGAL !
Para quem nunca ouviu falar: o "Les Sources de Caudalíe" é o primeiro spa vinoterápico do mundo. Isso mesmo, um lugar onde todos os tratamentos têm como base o vinho. A localização não poderia ser mais adequada – Bordeaux, na França, região onde são cultivadas as vinhas dos famosos Smith Haut Lafitte. Todos os cosméticos usados lá, da marca francesa Caudalíe, são feitos com sementes de uva. E o cardápio, também à base de uva, é do chef francês Didier Banyols. Em pricípio, bastante interessante a idéia de um relax afogado em vinhos. Mas, se houver interessados, atenção para as diárias: elas custam cerca de US$ 800.
Para quem nunca ouviu falar: o "Les Sources de Caudalíe" é o primeiro spa vinoterápico do mundo. Isso mesmo, um lugar onde todos os tratamentos têm como base o vinho. A localização não poderia ser mais adequada – Bordeaux, na França, região onde são cultivadas as vinhas dos famosos Smith Haut Lafitte. Todos os cosméticos usados lá, da marca francesa Caudalíe, são feitos com sementes de uva. E o cardápio, também à base de uva, é do chef francês Didier Banyols. Em pricípio, bastante interessante a idéia de um relax afogado em vinhos. Mas, se houver interessados, atenção para as diárias: elas custam cerca de US$ 800.
DESEQUILÍBRIO DO MERCADO MUNDIAL (2)
Há poucos dias comentamos aqui as previsões para o mercado mundial de vinhos nos próximos cinco a dez anos, segundo as quais já se registra uma tendência ao desaquecimento (nada a ver com a ameaça de guerra que hoje assusta a maioria dos países). E, em matéria publicada na revista Domingo de ontem, Luciano Ribeiro aborda o mesmo tema, com foco nos vinhos franceses.
A questão é que, embora os excelentes e famosos vinhos da França continuem valendo o que poe eles se cobra, as exportações dão um grande destaque aos vinhos medianos, mas com preços fora da realidade. Assim os vinhos decentes não valem o que custam e os mais acessíveis são em geral muito ruins.
Enquanto o consumo mundial está estagnado ou regredindo, outros países estão exportando quantidades cada vez maiores. Chile, Argentina, Nova Zelândia, Austrália, África do Sul e EUA oferecem vinhos com preços e qualidade interessantes. Enquanto isso um vinho francês razoável não sai da Europa por menos de 2,20 euros e aqui seu preço é da ordem de R$37.
O resultado de tudo isso é que a indústria de vinhos francesa vai precisar mudar de tática e baixar preços, se quiser recuperar-se do baque já sofrido. Por enquanto, portanto, atenção aos vinhos do Novo Mundo!
Há poucos dias comentamos aqui as previsões para o mercado mundial de vinhos nos próximos cinco a dez anos, segundo as quais já se registra uma tendência ao desaquecimento (nada a ver com a ameaça de guerra que hoje assusta a maioria dos países). E, em matéria publicada na revista Domingo de ontem, Luciano Ribeiro aborda o mesmo tema, com foco nos vinhos franceses.
A questão é que, embora os excelentes e famosos vinhos da França continuem valendo o que poe eles se cobra, as exportações dão um grande destaque aos vinhos medianos, mas com preços fora da realidade. Assim os vinhos decentes não valem o que custam e os mais acessíveis são em geral muito ruins.
Enquanto o consumo mundial está estagnado ou regredindo, outros países estão exportando quantidades cada vez maiores. Chile, Argentina, Nova Zelândia, Austrália, África do Sul e EUA oferecem vinhos com preços e qualidade interessantes. Enquanto isso um vinho francês razoável não sai da Europa por menos de 2,20 euros e aqui seu preço é da ordem de R$37.
O resultado de tudo isso é que a indústria de vinhos francesa vai precisar mudar de tática e baixar preços, se quiser recuperar-se do baque já sofrido. Por enquanto, portanto, atenção aos vinhos do Novo Mundo!
março 12, 2003
A ACIDEZ E SUA IMPORTÂNCIA
Já comentamos aqui a respeito dos taninos e o que representam para os vinhos. Agora, vale falar algo acerca da acidez e a importância que desempenha na degustação.
Alguns vinhos parecem-nos muito ácidos e transmitem sensações desagradáveis; outros, ao contrário, podem parecer demasiadamente planos, desinteressantes; e ainda há os que deixam agradáveis sensações de frescura e leveza. Todas essas sensações estão associadas a um dos componentes fundamentais do vinho: a acidez.
A acidez está para o vinho como a água para a vida, pois dá-lhe forma, sabor, frescura e alma; faz parte da estrutura de um vinho e define o seu caráter, além de lhe dar longevidade.
A videira, ao contrário da maioria das plantas, tem frutos pobres em ácido cítrico, mas com largas concentrações de ácido tartárico, o que faz com que a acidez dos vinhos provenha, na sua quase totalidade, desse ácido.
Garantir o equilíbrio da acidez em um vinho depende de vários fatores. Em primeiro lugar, da riqueza alcoólica e teor em taninos do vinho; em segundo lugar, do tipo de vinho (branco ou tinto); e, em terceiro lugar, da temperatura que o vinho apresenta no momento da degustação.
Taninos + acidez. São gostos que se somam. Um vinho ácido realça o seu conteúdo em taninos e o gosto amargo e vice versa. Para equilibrar estes gostos amargos e ácidos está a graduação alcoólica e/ou o açúcar residual. Isto é, quanto maior for a graduação ou doçura de um vinho, maior poderá ser o seu conteúdo em ácidos e taninos, desde que não se ultrapassem valores sensatos e equilibrados.
Em termos genéricos pode-se afirmar que a acidez está para os vinhos brancos como os taninos estão para os tintos. Ela é o cerne de um branco, pois proporciona frescura, personalidade e prolonga o final de boca. Enquanto um tinto necessita de estrutura tânica, um branco pede estrutura ácida.
A temperatura de serviço também influi na acidez total de um vinho. Embora não a modifique, pode torná-la mais evidente se o vinho for servido fresco; ou, pelo contrário, torná-la mais discreta se o vinho for servido a uma temperatura mais elevada. Disto decorre a absoluta necessidade de se servirem os vinhos à temperatura aconselhada, seja verão ou inverno, sob pena de alterar o equilíbrio de sabores alcançado na adega.
Já comentamos aqui a respeito dos taninos e o que representam para os vinhos. Agora, vale falar algo acerca da acidez e a importância que desempenha na degustação.
Alguns vinhos parecem-nos muito ácidos e transmitem sensações desagradáveis; outros, ao contrário, podem parecer demasiadamente planos, desinteressantes; e ainda há os que deixam agradáveis sensações de frescura e leveza. Todas essas sensações estão associadas a um dos componentes fundamentais do vinho: a acidez.
A acidez está para o vinho como a água para a vida, pois dá-lhe forma, sabor, frescura e alma; faz parte da estrutura de um vinho e define o seu caráter, além de lhe dar longevidade.
A videira, ao contrário da maioria das plantas, tem frutos pobres em ácido cítrico, mas com largas concentrações de ácido tartárico, o que faz com que a acidez dos vinhos provenha, na sua quase totalidade, desse ácido.
Garantir o equilíbrio da acidez em um vinho depende de vários fatores. Em primeiro lugar, da riqueza alcoólica e teor em taninos do vinho; em segundo lugar, do tipo de vinho (branco ou tinto); e, em terceiro lugar, da temperatura que o vinho apresenta no momento da degustação.
Taninos + acidez. São gostos que se somam. Um vinho ácido realça o seu conteúdo em taninos e o gosto amargo e vice versa. Para equilibrar estes gostos amargos e ácidos está a graduação alcoólica e/ou o açúcar residual. Isto é, quanto maior for a graduação ou doçura de um vinho, maior poderá ser o seu conteúdo em ácidos e taninos, desde que não se ultrapassem valores sensatos e equilibrados.
Em termos genéricos pode-se afirmar que a acidez está para os vinhos brancos como os taninos estão para os tintos. Ela é o cerne de um branco, pois proporciona frescura, personalidade e prolonga o final de boca. Enquanto um tinto necessita de estrutura tânica, um branco pede estrutura ácida.
A temperatura de serviço também influi na acidez total de um vinho. Embora não a modifique, pode torná-la mais evidente se o vinho for servido fresco; ou, pelo contrário, torná-la mais discreta se o vinho for servido a uma temperatura mais elevada. Disto decorre a absoluta necessidade de se servirem os vinhos à temperatura aconselhada, seja verão ou inverno, sob pena de alterar o equilíbrio de sabores alcançado na adega.
março 11, 2003
DESEQUILÍBRIO DO MERCADO MUNDIAL
Segundo previsões do CFCE – Centro Francês do Comércio Exterior, o mercado mundial de vinhos deverá passar por sérios problemas nos próximos cinco a dez anos. O consumo deverá continuar a baixar, passando dos 221 milhões de litros em 1999 para 213 em 2007. Da mesma forma a produção, que chegou a alcançar 281 milhões de hectolitros em 1999, desceu para 265 milhões em 2001 e deverá ter pequena recuperação em 2007, passando a 270 milhões de hectolitros.
Em 1999, as superfícies plantadas no mundo chegaram a 5843 Mha e deverão reduzir-se para 5801 Mha em 2005. A Europa Ocidental deverá reduzir fortemente sua superfície plantada, de 2964 Mha para 2768 Mha.
Ainda segundo o CFCE, o mercado mundial de vinhos, hoje, já trabalha com excedentes, conforme afirma se representante, Hervé Henrotte. São muitas e complicadas as variáveis que levam a essas observações, não pretendemos entrar no mérito do assunto. Mas, partindo de um órgão importante e representativo, ficam aqui registradas, para um eventual aprofundamento por algum enófilo mais curioso.
Segundo previsões do CFCE – Centro Francês do Comércio Exterior, o mercado mundial de vinhos deverá passar por sérios problemas nos próximos cinco a dez anos. O consumo deverá continuar a baixar, passando dos 221 milhões de litros em 1999 para 213 em 2007. Da mesma forma a produção, que chegou a alcançar 281 milhões de hectolitros em 1999, desceu para 265 milhões em 2001 e deverá ter pequena recuperação em 2007, passando a 270 milhões de hectolitros.
Em 1999, as superfícies plantadas no mundo chegaram a 5843 Mha e deverão reduzir-se para 5801 Mha em 2005. A Europa Ocidental deverá reduzir fortemente sua superfície plantada, de 2964 Mha para 2768 Mha.
Ainda segundo o CFCE, o mercado mundial de vinhos, hoje, já trabalha com excedentes, conforme afirma se representante, Hervé Henrotte. São muitas e complicadas as variáveis que levam a essas observações, não pretendemos entrar no mérito do assunto. Mas, partindo de um órgão importante e representativo, ficam aqui registradas, para um eventual aprofundamento por algum enófilo mais curioso.
CHUVAS CASTIGAM A SERRA GAÚCHA
O forte temporal que desabou sobre a Serra Gaúcha, em meados de fevereiro, trouxe problemas para os produtores da região. Em um só dia choveu o equivalente ao que ocorre em todo um mês de verão e isto acabou prejudicando parcialmente a safra de 2003.
Para aqueles produtores que ainda esperavam o Carnaval para fazer a colheita de suas uvas tintas, a perda foi maior. O fenômeno obrigou à antecipação da colheita em uma semana. Mas, apesar de tudo, os produtores estão esperançosos e acreditam que a safra de 2003 vai ser boa, embora não venha a igualar a de 2002. Que estejam certos e as coiusas corram bem!.
O forte temporal que desabou sobre a Serra Gaúcha, em meados de fevereiro, trouxe problemas para os produtores da região. Em um só dia choveu o equivalente ao que ocorre em todo um mês de verão e isto acabou prejudicando parcialmente a safra de 2003.
Para aqueles produtores que ainda esperavam o Carnaval para fazer a colheita de suas uvas tintas, a perda foi maior. O fenômeno obrigou à antecipação da colheita em uma semana. Mas, apesar de tudo, os produtores estão esperançosos e acreditam que a safra de 2003 vai ser boa, embora não venha a igualar a de 2002. Que estejam certos e as coiusas corram bem!.
março 09, 2003
BOM E BARATO
A busca por uma boa relação qualidade / preço existe não só no Brasil, mas também em outros países. Há alguns dias, comentamos aqui a este respeito, quando dissemos que, para nós, brasileiros, os vinhos estrangeiros que melhor se enquadram nesse critério vêm de Portugal e do Chile.
Pois bem, notícias recentes vindas de além-mar dão conta de que em praticamente todas as regiões produtoras portuguesas são encontrados esses vinhos. O Ribatejo é o campeão do bom e barato, com muitos belos vinhos a preços convidativos. Bons, igualmente, estão os Vinhos Verdes e a Estremadura; e até regiões mais na moda, como o Douro e o Alenyejo, possuem excelentes vinhos a bons preços.
São dicas interessantes para os pechincheiros de cá.
A busca por uma boa relação qualidade / preço existe não só no Brasil, mas também em outros países. Há alguns dias, comentamos aqui a este respeito, quando dissemos que, para nós, brasileiros, os vinhos estrangeiros que melhor se enquadram nesse critério vêm de Portugal e do Chile.
Pois bem, notícias recentes vindas de além-mar dão conta de que em praticamente todas as regiões produtoras portuguesas são encontrados esses vinhos. O Ribatejo é o campeão do bom e barato, com muitos belos vinhos a preços convidativos. Bons, igualmente, estão os Vinhos Verdes e a Estremadura; e até regiões mais na moda, como o Douro e o Alenyejo, possuem excelentes vinhos a bons preços.
São dicas interessantes para os pechincheiros de cá.
março 02, 2003
A ADEGA - DICAS
E quanto tempo devem os vinhos permanecer na adega? Algumas dicas ajudam a estabelecer critérios:
>>> Vinhos brancos e tintos jovens, como o Gamay, devem ser consumidos no mesmo ano de sua safra ou, no máximo, em um ano e meio.
>>> Vinhos tintos, como Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, podem ser consumidos num período de até cinco anos, quando em boas condições de armazenamento.
>>> Vinhos espumantes (método “Champenoise”) também podem ser conservados por cinco anos.
>>> Vinho envelhecido por mais de cinco anos deve ter a garrafa aberta uma hora antes de servir, ou, então, passa-lo da garrafa para uma jarra, onde possa respirar e demonstrar todo o seu potencial.
E quanto tempo devem os vinhos permanecer na adega? Algumas dicas ajudam a estabelecer critérios:
>>> Vinhos brancos e tintos jovens, como o Gamay, devem ser consumidos no mesmo ano de sua safra ou, no máximo, em um ano e meio.
>>> Vinhos tintos, como Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, podem ser consumidos num período de até cinco anos, quando em boas condições de armazenamento.
>>> Vinhos espumantes (método “Champenoise”) também podem ser conservados por cinco anos.
>>> Vinho envelhecido por mais de cinco anos deve ter a garrafa aberta uma hora antes de servir, ou, então, passa-lo da garrafa para uma jarra, onde possa respirar e demonstrar todo o seu potencial.
março 01, 2003
A ADEGA - PRINCÍPIOS BÁSICOS
“Adega”, palavra de origem grega que significa “depósito”, é definida, de acordo com o dicionário de mestre Aurélio, como “o compartimento da casa, de temperatura baixa e constante, geralmente subterrâneo, onde se guardam vinhos, ...” A definição é correta, mas é conveniente apontar os princípios básicos a que este ambiente deve obedecer para que os vinhos sejam armazenados de forma adequada:
>>> A temperatura ideal para conservação está entre 14° C e 16° C. No entanto, como é difícil manter os vinhos dentro dessa faixa de temperaturas (a não ser em adegas climatizadas, de elevado custo), a saída é escolher um local onde a temperatura seja, pelo menos, a mais constante possível.
>>> A umidade do ar deveria ser baixa, para evitar um provável ataque de fungos às rolhas, o que favoreceria a entrada de oxigênio na garrafa, alterando as características do vinho.
>>> A luz solar não deve incidir diretamente, só usar iluminação artificial, e quando necessária.
>>> O ambiente deve ser arejado, livre de cheiros fortes ou produtos como solventes e tintas.
E quanto às garrafas de vinho? Elas devem permanecer deitadas, na posição horizontal, para manter as rolhas molhadas, evitando seu ressecamento. Não se preocupar com o acúmulo de poeira nas garrafas, mas deixá-las repousar.
“Adega”, palavra de origem grega que significa “depósito”, é definida, de acordo com o dicionário de mestre Aurélio, como “o compartimento da casa, de temperatura baixa e constante, geralmente subterrâneo, onde se guardam vinhos, ...” A definição é correta, mas é conveniente apontar os princípios básicos a que este ambiente deve obedecer para que os vinhos sejam armazenados de forma adequada:
>>> A temperatura ideal para conservação está entre 14° C e 16° C. No entanto, como é difícil manter os vinhos dentro dessa faixa de temperaturas (a não ser em adegas climatizadas, de elevado custo), a saída é escolher um local onde a temperatura seja, pelo menos, a mais constante possível.
>>> A umidade do ar deveria ser baixa, para evitar um provável ataque de fungos às rolhas, o que favoreceria a entrada de oxigênio na garrafa, alterando as características do vinho.
>>> A luz solar não deve incidir diretamente, só usar iluminação artificial, e quando necessária.
>>> O ambiente deve ser arejado, livre de cheiros fortes ou produtos como solventes e tintas.
E quanto às garrafas de vinho? Elas devem permanecer deitadas, na posição horizontal, para manter as rolhas molhadas, evitando seu ressecamento. Não se preocupar com o acúmulo de poeira nas garrafas, mas deixá-las repousar.
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