março 25, 2003

VINHOS DA HUNGRIA
A Hungria, com uma população de cerca de 10 milhões de habitantes e uma história milenar, tem no setor vitivinícola uma das principais atividades agrícolas. Como resultado da sua enorme diversidade nesse setor, apresenta atualmente um conjunto de 22 diferentes regiões produtoras. Observe-se que no ano de 1996 este país se posicionou em 12º lugar entre os principais produtores mundiais, com uma produção aproximada de 4 milhões de hectolitros (como termo de comparação, note-se que Portugal, no mesmo ano, produziu 9 milhões de hectolitros, ocupando o 7º lugar).
A história da vitivinicultura húngara foi fortemente marcada pela presença dos diversos povos que habitaram o país ao longo dos tempos. É atribuída aos romanos a instalação das primeiras adegas e das primeiras vinhas dignas desse nome nas regiões de Szerémség, Baranya e Tolnai. Mais tarde, as tribos magiares (869 d.C.) conquistaram diversas zonas, algumas das quais constituem o atual território húngaro, e surgiu uma das principais regiões vitivinícolas - a de Tokaj-Hegyalja -, situada a nordeste. Com o passar do tempo, tornou-se tão importante que, ainda hoje, a Hungria é internacionalmente conhecida pelos vinhos aí produzidos.
Apesar de atualmente existirem vários tipos de vinhos provenientes das diferentes regiões, o mais conhecido internacionalmente é o famoso Tokaji (tal como o vinho do Porto está para Portugal). Trata-se de um vinho licoroso, com uma coloração acastanhada e com um elevado grau de oxidação; é envelhecido em grandes barris e apresentado em vários estilos, com diferentes graus de doçura. Tal como o vinho do Porto Vintage, o Tokaji Essencia também é produzido a partir de colheitas de elevada qualidade, e possui um grau de doçura mais elevado.
Outra importante região produtora encontra-se a cerca de 200 km a sudoeste de Budapeste, junto ao lago Balaton. Nela são produzidos, principalmente, vinhos brancos secos, extremamente aromáticos e de baixo teor alcoólico.
Em relação aos vinhos tintos, a principal região é a de Villány-Siklós, localizada a noroeste, que, rodeada por um conjunto de montanhas, proporciona um microclima similar ao mediterrâneo. Os vinhos aí produzidos são de elevados teores alcoólicos, encorpados e suportam um envelhecimento mais ou menos acentuado.
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