CARIOCAS, VERÃO E VINHO
Estamos em pleno verão. No Rio de Janeiro, praias cheias, chopp e cerveja à vontade. Mas engana-se quem pensar que não há lugar para o vinho nesta época. Existe, sim, e muito, porque ele está caindo no gosto dos cariocas. Pelo menos é o que afirmam os profissionais de vendas: o consumo dobrou nos últimos cinco anos e não há mais sazonalidade, bebe-se vinho todo o ano. Assim, aos poucos, está caindo o preconceito de que vinho não combina com verão e exemplo disto é um bom espumante substituir perfeitamente a cerveja à beira da piscina.
Existem vinhos muito bons, leves, cítricos e refrescantes, perfeitos para os dias quentes. Entre os preferidos estão os vinhos brancos (Sauvignon Blanc, Chardonnay ou Gewürztraminer), os espumantes, os champanhes, além dos tintos menos encorpados, feitos com as uvas Merlot e Gamay. Entre os importados, os tintos Beaujolais, os californianos White Zinfandel, os vinhos verdes de Monção, em Portugal.
Vale lembrar, porém, que a temperatura de serviço do vinho é importante, sobretudo nessa época do ano. Recomenda-se beber os brancos entre 12 e 14 graus e os tintos na faixa dos 16 a 18 graus.
O consumo de vinho em dias de calor escaldante é um hábito em vários países. E, como já acontece na França, na Itália e na Espanha, o carioca está se rendendo aos prazeres dessa bebida também no verão. A verdade é que quem gosta mesmo de vinho não abre mão dele no verão, havendo até quem beba sempre o mesmo vinho, tinto, só que numa temperatura abaixo da recomendada.
Em resumo: não tem calor que tire o prazer de um bom copo de vinho. (Fonte: Revista Veja Rio, 12/11/03).
janeiro 30, 2004
janeiro 29, 2004
ESPUMANTE BRASILEIRO É SUCESSO
A época é boa para se falar de espumantes. E, assim sendo, vale recordar os resultados de um evento ocorrido há pouco mais de um ano: o Primeiro Concurso Internacional de Vinhos do Brasil.Realizado em novembro de 2002, na cidade de Bento Gonçalves, RS, teve como grande destaque os espumantes nacionais, premiados com 30 medalhas, sendo 12 de ouro e 18 de prata.
Um fenômeno que pode ser facilmente explicado: há regiões onde o clima dificulta o total amadurecimento das uvas, devido à carência de sol e luminosidade, e isto as torna propícias à produção de espumantes secos. Como estas condições ideais são encontradas na Serra Gaúcha, onde também se emprega moderna tecnologia, o resultado é que os espumantes nacionais são, em geral, superiores aos chilenos e argentinos.
Estes foram os 12 espumantes brasileiros premiados com medalha de ouro: Marco Luigi Moscatel; Georges Aubert Espumante Moscatel; Salton Moscatel Espumante; Acquasantiera Chardonnay Reserva Especial Brut; Casa Valduga Brut 2000 Méthode Traditionelle; Don Giovanni Brut Champenoise 2000; Cordelier Brut; De Gréville Brut; Salton Volpi Reserva Ouro Brut; Excellence par Chandon Brut Reserve; Cave Geisse Espumante Brut; Gran Millesime Champenoise 1999.
Além destes podemos citar outros rótulos muito bons como o Miolo Brut, o Dal Pizzol Brut e o Marson Brut. (Fomte: Fim de Semana).
A época é boa para se falar de espumantes. E, assim sendo, vale recordar os resultados de um evento ocorrido há pouco mais de um ano: o Primeiro Concurso Internacional de Vinhos do Brasil.Realizado em novembro de 2002, na cidade de Bento Gonçalves, RS, teve como grande destaque os espumantes nacionais, premiados com 30 medalhas, sendo 12 de ouro e 18 de prata.
Um fenômeno que pode ser facilmente explicado: há regiões onde o clima dificulta o total amadurecimento das uvas, devido à carência de sol e luminosidade, e isto as torna propícias à produção de espumantes secos. Como estas condições ideais são encontradas na Serra Gaúcha, onde também se emprega moderna tecnologia, o resultado é que os espumantes nacionais são, em geral, superiores aos chilenos e argentinos.
Estes foram os 12 espumantes brasileiros premiados com medalha de ouro: Marco Luigi Moscatel; Georges Aubert Espumante Moscatel; Salton Moscatel Espumante; Acquasantiera Chardonnay Reserva Especial Brut; Casa Valduga Brut 2000 Méthode Traditionelle; Don Giovanni Brut Champenoise 2000; Cordelier Brut; De Gréville Brut; Salton Volpi Reserva Ouro Brut; Excellence par Chandon Brut Reserve; Cave Geisse Espumante Brut; Gran Millesime Champenoise 1999.
Além destes podemos citar outros rótulos muito bons como o Miolo Brut, o Dal Pizzol Brut e o Marson Brut. (Fomte: Fim de Semana).
janeiro 27, 2004
TERRANOVA MUSKATEL 2003
Este é um vinho branco, aromático, produzido pela Vinícola Miolo no Vale do São Francisco com uvas moscatéis. As seguintes informações são fornecidas pelo produtor: graduação alcoólica de 11%; cor amarela-palha clara, brilhante, com tons levemente esverdeados; aromas de frutas brancas, como pêras, e florais (rosas); corpo leve, redondeza, pouca acidez e sabor floral; persistência média na boca e final macio, levemente frutado; de estrutura leve, deve ser consumido jovem; temperatura ideal de serviço entre 6°C e 8°C.
Decidimos experimentá-lo, pela primeira vez, em um dia calorento, em que a temperatura ambiente, à sombra, acusava 29°C!. Por isto, tomamos algumas precauções: resfriar a garrafa em um balde com água e bastante gelo; resfriar também a taça; servir o vinho em pequenas doses, para evitar o rápido aquecimento. Apesar disto, a menor temperatura alcançada foi de 9°C, mas consideramos que seria aceitável nesta primeira prova.
Iniciamos a degustação antes de uma refeição (seguindo, aliás, a sugestão do amigo Hildérico) e não foi difícil chegar a observações similares às da Miolo: o vinho mostrou-se bastante agradável e refrescante, leve, como convinha. Certamente, uma opção para esses dias quentes do verão brasileiro. Por último, seu preço: R$12,95 (cerca de 3,6 euros, para os amigos portugueses que nos lêem).
Este é um vinho branco, aromático, produzido pela Vinícola Miolo no Vale do São Francisco com uvas moscatéis. As seguintes informações são fornecidas pelo produtor: graduação alcoólica de 11%; cor amarela-palha clara, brilhante, com tons levemente esverdeados; aromas de frutas brancas, como pêras, e florais (rosas); corpo leve, redondeza, pouca acidez e sabor floral; persistência média na boca e final macio, levemente frutado; de estrutura leve, deve ser consumido jovem; temperatura ideal de serviço entre 6°C e 8°C.
Decidimos experimentá-lo, pela primeira vez, em um dia calorento, em que a temperatura ambiente, à sombra, acusava 29°C!. Por isto, tomamos algumas precauções: resfriar a garrafa em um balde com água e bastante gelo; resfriar também a taça; servir o vinho em pequenas doses, para evitar o rápido aquecimento. Apesar disto, a menor temperatura alcançada foi de 9°C, mas consideramos que seria aceitável nesta primeira prova.
Iniciamos a degustação antes de uma refeição (seguindo, aliás, a sugestão do amigo Hildérico) e não foi difícil chegar a observações similares às da Miolo: o vinho mostrou-se bastante agradável e refrescante, leve, como convinha. Certamente, uma opção para esses dias quentes do verão brasileiro. Por último, seu preço: R$12,95 (cerca de 3,6 euros, para os amigos portugueses que nos lêem).
janeiro 21, 2004
SANTA CAROLINA RESERVADO 2001
Bem, depois do que andou contando o amigo Hildérico sobre as suas últimas experiências, inclusive da cozinha brasileira e dos bons vinhos degustados, seria o caso de não nos aventurarmos a ir muito longe... Mas o vinho possui esta maravilhosa qualidade de permitir e facilitar nossa aproximação, independentemente do que se encontra dentro da taça.
Então, falemos deste chileno. Pertence à "família" dos três "Santas": Carolina, Helena e Rita, todos bem conhecidos nossos e aqui vendidos a preços razoáveis, quando comparados aos nacionais (outra vez batemos na mesma tecla...).
É um tinto Cabernet Sauvugnon, seco, com 12,5% de teor alcoólico, produzido e engarrafado no Valle Central pela Viña Santa Carolina e nos custou exatos R$14,65, cerca de 4 euros. Como é comum encontrar nos vinhos do Chile, seu aroma é agradável, um misto de frutas silvestres e madeira. De coloração rubi, escura, tem um corpo médio, como já esperávamos, e mostrou-se ainda com os taninos um pouco pronunciados, mas nada de muito forte. Diríamos que representa, como os outros "Santas", uma opção bastante válida para o consumo mais perto do dia a dia.
Bem, depois do que andou contando o amigo Hildérico sobre as suas últimas experiências, inclusive da cozinha brasileira e dos bons vinhos degustados, seria o caso de não nos aventurarmos a ir muito longe... Mas o vinho possui esta maravilhosa qualidade de permitir e facilitar nossa aproximação, independentemente do que se encontra dentro da taça.
Então, falemos deste chileno. Pertence à "família" dos três "Santas": Carolina, Helena e Rita, todos bem conhecidos nossos e aqui vendidos a preços razoáveis, quando comparados aos nacionais (outra vez batemos na mesma tecla...).
É um tinto Cabernet Sauvugnon, seco, com 12,5% de teor alcoólico, produzido e engarrafado no Valle Central pela Viña Santa Carolina e nos custou exatos R$14,65, cerca de 4 euros. Como é comum encontrar nos vinhos do Chile, seu aroma é agradável, um misto de frutas silvestres e madeira. De coloração rubi, escura, tem um corpo médio, como já esperávamos, e mostrou-se ainda com os taninos um pouco pronunciados, mas nada de muito forte. Diríamos que representa, como os outros "Santas", uma opção bastante válida para o consumo mais perto do dia a dia.
QUINTA DE SAN JOANNE ESCOLHA 2001
Este vinho é um Regional Minho, apesar de pertencer à região dos vinhos verdes (Amarante), seguramente por conter uma casta não admitida (o rótulo não diz nada) nos verdes e também por ter um perfil diferente dos vinhos verdes, pois ao contrário destes, este vinho não é gasoso. Tem no entanto em comum a elevada acidez - um pouco demais a meu ver - que precisará de 1 ou 2 anos em garrafa para amaciar.
Foi estagiado numa óptima madeira, bem notória no nariz e de agradável sabor.
É um óptimo acompanhante de peixes gordos.
Como má notícia só o preço: 11,50€ parece-me exagerado para este vinho.
Este vinho é um Regional Minho, apesar de pertencer à região dos vinhos verdes (Amarante), seguramente por conter uma casta não admitida (o rótulo não diz nada) nos verdes e também por ter um perfil diferente dos vinhos verdes, pois ao contrário destes, este vinho não é gasoso. Tem no entanto em comum a elevada acidez - um pouco demais a meu ver - que precisará de 1 ou 2 anos em garrafa para amaciar.
Foi estagiado numa óptima madeira, bem notória no nariz e de agradável sabor.
É um óptimo acompanhante de peixes gordos.
Como má notícia só o preço: 11,50€ parece-me exagerado para este vinho.
BATUTA 1999 -- TAKE 2
Neste Sábado fui jantar a casa do meu grande amigo, o brasileiro Zé António, para comemorar as suas 39 primaveras – está um pouco acabadito.
Para minha felicidade, ele é o melhor cozinheiro que conheço, daí que não seja de espantar a recepção, iniciada com um “foie grás” acompanhado pelo champanhe Taittinger Brut Reserve, que mostrou uma bolha fina em quantidade moderada, com um corpo muito equilibrado e uma óptima acidez que cortava lindamente a gordura do “foie grás”.
A seguir para acompanhar o quiche bebemos José de Sousa Mayor 1997, um tinto alentejano feito com Trincadeira, Aragonez e Grand Noir, pisado a pés em lagares, fermentado em talhas e envelhecido em meias pipas de carvalho novo. Diferente dos típicos alentejanos, mostrou um aroma exuberante a folha de tabaco e citrinos apodrecidos, sendo agradável a uns e desagradável a outros. Corpo macio, taninos doces e muito agradável numa 1ª impressão, podendo tornar-se um pouco incomodativo o sabor/aroma a tabaco.
Para acompanhar o vosso conhecido Strogonoff (quem diria hem!!!) com arroz branco e aipim (surpresos?) frito, foi servido o estrondoso Batuta 1999 do Douro. Esta foi a segunda vez, para minha felicidade, que o provei e mais uma vez e só posso dizer que foi o melhor vinho que já bebi. Será preciso dizer mais? Dizer que tem um aroma suave a chocolate? Ligeiro abaunilhado? E uma óptima madeira? Só experimentando. O sabor é fenomenal, tal como o aroma deixava entender, e com sabores parecidos com os aromas referidos. O corpo é excelente e tem um longo final. Numa palavra: estrondoso.
Obrigado Zé.
Neste Sábado fui jantar a casa do meu grande amigo, o brasileiro Zé António, para comemorar as suas 39 primaveras – está um pouco acabadito.
Para minha felicidade, ele é o melhor cozinheiro que conheço, daí que não seja de espantar a recepção, iniciada com um “foie grás” acompanhado pelo champanhe Taittinger Brut Reserve, que mostrou uma bolha fina em quantidade moderada, com um corpo muito equilibrado e uma óptima acidez que cortava lindamente a gordura do “foie grás”.
A seguir para acompanhar o quiche bebemos José de Sousa Mayor 1997, um tinto alentejano feito com Trincadeira, Aragonez e Grand Noir, pisado a pés em lagares, fermentado em talhas e envelhecido em meias pipas de carvalho novo. Diferente dos típicos alentejanos, mostrou um aroma exuberante a folha de tabaco e citrinos apodrecidos, sendo agradável a uns e desagradável a outros. Corpo macio, taninos doces e muito agradável numa 1ª impressão, podendo tornar-se um pouco incomodativo o sabor/aroma a tabaco.
Para acompanhar o vosso conhecido Strogonoff (quem diria hem!!!) com arroz branco e aipim (surpresos?) frito, foi servido o estrondoso Batuta 1999 do Douro. Esta foi a segunda vez, para minha felicidade, que o provei e mais uma vez e só posso dizer que foi o melhor vinho que já bebi. Será preciso dizer mais? Dizer que tem um aroma suave a chocolate? Ligeiro abaunilhado? E uma óptima madeira? Só experimentando. O sabor é fenomenal, tal como o aroma deixava entender, e com sabores parecidos com os aromas referidos. O corpo é excelente e tem um longo final. Numa palavra: estrondoso.
Obrigado Zé.
janeiro 19, 2004
OIRO DA BEIRA RESERVA 99
Na busca pelo "vinho nosso de cada dia", acabamos por encontrar um tinto português elaborado pela Vinícola Nelas, com uvas viníferas do Dão (DOC). Seu preço era R$14,50 (cerca de 4 euros para nós, brasileiros) e decidimos experimentar, mesmo não tendo referências.
Visualmente percebemos uma coloração não muito intensa, mas homogênea e agradável, sem reflexos indesejáveis. Aromas frutados e toques discretos de madeira. Na boca, um corpo médio e uma certa adstringência, mas ainda aceitável. No geral, nada de muito significativo, nem de complexidade, mas um vinho bebível e de preço razoável. Fica o registro para quem quiser prová-lo.
Na busca pelo "vinho nosso de cada dia", acabamos por encontrar um tinto português elaborado pela Vinícola Nelas, com uvas viníferas do Dão (DOC). Seu preço era R$14,50 (cerca de 4 euros para nós, brasileiros) e decidimos experimentar, mesmo não tendo referências.
Visualmente percebemos uma coloração não muito intensa, mas homogênea e agradável, sem reflexos indesejáveis. Aromas frutados e toques discretos de madeira. Na boca, um corpo médio e uma certa adstringência, mas ainda aceitável. No geral, nada de muito significativo, nem de complexidade, mas um vinho bebível e de preço razoável. Fica o registro para quem quiser prová-lo.
janeiro 17, 2004
CONSERVAR O VINHO - DICA DE QUEM SABE
O que fazer para conservar o vinho, depois de aberta a garrafa, sempre foi uma preocupação do bebedor consciente. Isto porque, como se sabe, existem dois fatores fundamentais para manter as características do vinho: a ausência de oxigênio e a temperatura baixa.
O procedimento corriqueiro consiste em manter a garrafa na porta do refrigerador (local menos frio), só a retirando um pouco antes de servir; mas em geral o tempo de permanência não pode ser superior a três dias.
As lojas especializadas dispõem de acessórios sofisticados que permitem manter o vinho na garrafa por tempo bem maior. Um deles é a já conhecida bomba de vácuo, como a da VacuVin, que conserva o vinho por até duas semanas e custa, no exterior, cerca de US10. Outro acessório é o cilindro contendo nitrogênio inerte sob pressão, para ser injetado através de uma rolha especial e com capacidade para até 120 garrafas (fabricado pela Private Preserve, custa também cerca de US10, mas não sabemos se já é vendido no Brasil).
No entanto, há um método muito mais econômico e expedito de resolver o problema da oxidação do vinho e a dica nos vem do site de provas português "Os 5 às 8", em cujo Fórum de Discussão sobre vinhos foi publicada por "falcão". Ei-la: "Guardem garrafas de 500ml ou mesmo de 375ml. Se abrirem uma garrafa de 750ml e não a beberem toda, transfiram o restante para a garrafa de 500ml (ou 375ml, dependente do que sobrou) e guardem-na na porta do refrigerador. Vão ver como o vinho sobrevive durante muito mais tempo..." Obrigado, "falcão"! É simples, criativo e barato!
O que fazer para conservar o vinho, depois de aberta a garrafa, sempre foi uma preocupação do bebedor consciente. Isto porque, como se sabe, existem dois fatores fundamentais para manter as características do vinho: a ausência de oxigênio e a temperatura baixa.
O procedimento corriqueiro consiste em manter a garrafa na porta do refrigerador (local menos frio), só a retirando um pouco antes de servir; mas em geral o tempo de permanência não pode ser superior a três dias.
As lojas especializadas dispõem de acessórios sofisticados que permitem manter o vinho na garrafa por tempo bem maior. Um deles é a já conhecida bomba de vácuo, como a da VacuVin, que conserva o vinho por até duas semanas e custa, no exterior, cerca de US10. Outro acessório é o cilindro contendo nitrogênio inerte sob pressão, para ser injetado através de uma rolha especial e com capacidade para até 120 garrafas (fabricado pela Private Preserve, custa também cerca de US10, mas não sabemos se já é vendido no Brasil).
No entanto, há um método muito mais econômico e expedito de resolver o problema da oxidação do vinho e a dica nos vem do site de provas português "Os 5 às 8", em cujo Fórum de Discussão sobre vinhos foi publicada por "falcão". Ei-la: "Guardem garrafas de 500ml ou mesmo de 375ml. Se abrirem uma garrafa de 750ml e não a beberem toda, transfiram o restante para a garrafa de 500ml (ou 375ml, dependente do que sobrou) e guardem-na na porta do refrigerador. Vão ver como o vinho sobrevive durante muito mais tempo..." Obrigado, "falcão"! É simples, criativo e barato!
janeiro 16, 2004
ALUCINANTE
O fim-de-semana que passou foi da facto alucinante, pois nunca havia provado tantos vinhos, tão caros quanto badalados, em tão pouco tempo.
Comecei no Sábado, ao fim da manhã, numa prova de vinhos na garrafeira Vinhos&Coisas, que não sendo a minha altura preferida para beber vinho é talvez a melhor altura para detectar os defeitos dos vinhos.
A prova começou com o Vale Pradinhos branco 2002 que se mostrou agradável, com uma acidez mais alta da que eu esperaria de um vinho transmontano.
O vinho seguinte de que vale a pena falar foi o Francisco Nunes Garcia Reserva 2001 tinto (+20€), que se mostrou já muito bom para beber com um bom aroma e um "bouquet" algo complexo, diferente dos habitualmente pesadões alentejanos e foi o preferido da maioria dos presentes, entre os quais eu me incluía.
A seguir a parada subiu em termos de preços para o Batuta 2001 tinto (+100€) do Douro mas na minha opinião não em qualidade, pois o vinho apesar de apresentar um bom aroma, este ainda não era complexo, o mesmo se passando com o sabor. Creio que perceberão melhor a minha desilusão se vos disser, que o melhor vinho que bebi foi o Batuta 1999. Não percebo como se coloca um vinho deste preço, que nitidamente não está evoluído, no mercado. Creio que o Dirk Nieeport está a desbaratar o capital acumulado em torno do nome Batuta.
Charme 2001 tinto (+100€) é o nome do vinho que se seguiu também do Dirk Nieeport e também do Douro - este é um vinho que se pretende diferente mas do mesmo nível do Batuta e de facto, este estava diferente e para melhor sendo o preferido de alguns dos presentes, com um bom aroma e já a mostrar alguma da complexidade que creio será alta daqui a seis meses.
Aalto 2001 tinto da Ribera del Duero (+40€) foi o primeiro dos espanhóis a apresentar-se e o melhor deles na minha opinião, mas que infelizmente me pareceu demasiado novo e demasiado caro. O segundo era um vinho da Catalunha, mais precisamente do priorato, mas eu não consegui fixar o seu nome, provavelmente porque não o achei suficientemente bom.
Ao jantar, recebi um casal amigo, que resolvi brindar com o badalado Cryseia 2000 tinto produzido pela Symington em colaboração com Bruno Pratt, um conceituado enólogo francês. Eu estava com muito receio deste vinho, pois já o tinha provado duas outras vezes, mas na 1ª não estava em condições de o apreciar e na 2ª vez não gostei. O aroma veio aumentar os meus medos, mas felizmente, o vinho estava bom e com o passar do tempo veio a tornar-se óptimo. A seguir servi o Quanta Terra 2000 tinto, que é para mim o vinho com a melhor relação qualidade/preço em Portugal. É um vinho com um bom corpo, mas que não se torna esmagador, pois os taninos doces deste vinho tornam-no apreciado por toda a gente. Muito bom.
No domingo, e porque esse meu amigo se esqueceu do telemóvel, foi a vez de ele me receber em sua casa ao almoço. Depois de lhe ter pedido para servir qualquer coisa simples, resolveu receber-nos com um espumante bruto da Quinta dos Carvalhais que achei belíssimo acompanhado de umas magníficas pataniscas de espargos com presunto. Serviu a seguir uma estrela do Alentejo, o Marquês de Borba Reserva 1997 tinto do João Portugal Ramos. A opinião dos meus amigos, que já tinham tido a felicidade de o provar, é de que ele já estava em queda, não se mostrando nada exuberante na prova.
Para fechar em beleza, serviu o famosíssimo Barca Velha de 1991, que por incrível que pareça, achámos ainda fechado. O vinho é claramente bom, mas nem o aroma nem o sabor tinha ainda complexidade. 13 Anos depois é incrível!!!!
O fim-de-semana que passou foi da facto alucinante, pois nunca havia provado tantos vinhos, tão caros quanto badalados, em tão pouco tempo.
Comecei no Sábado, ao fim da manhã, numa prova de vinhos na garrafeira Vinhos&Coisas, que não sendo a minha altura preferida para beber vinho é talvez a melhor altura para detectar os defeitos dos vinhos.
A prova começou com o Vale Pradinhos branco 2002 que se mostrou agradável, com uma acidez mais alta da que eu esperaria de um vinho transmontano.
O vinho seguinte de que vale a pena falar foi o Francisco Nunes Garcia Reserva 2001 tinto (+20€), que se mostrou já muito bom para beber com um bom aroma e um "bouquet" algo complexo, diferente dos habitualmente pesadões alentejanos e foi o preferido da maioria dos presentes, entre os quais eu me incluía.
A seguir a parada subiu em termos de preços para o Batuta 2001 tinto (+100€) do Douro mas na minha opinião não em qualidade, pois o vinho apesar de apresentar um bom aroma, este ainda não era complexo, o mesmo se passando com o sabor. Creio que perceberão melhor a minha desilusão se vos disser, que o melhor vinho que bebi foi o Batuta 1999. Não percebo como se coloca um vinho deste preço, que nitidamente não está evoluído, no mercado. Creio que o Dirk Nieeport está a desbaratar o capital acumulado em torno do nome Batuta.
Charme 2001 tinto (+100€) é o nome do vinho que se seguiu também do Dirk Nieeport e também do Douro - este é um vinho que se pretende diferente mas do mesmo nível do Batuta e de facto, este estava diferente e para melhor sendo o preferido de alguns dos presentes, com um bom aroma e já a mostrar alguma da complexidade que creio será alta daqui a seis meses.
Aalto 2001 tinto da Ribera del Duero (+40€) foi o primeiro dos espanhóis a apresentar-se e o melhor deles na minha opinião, mas que infelizmente me pareceu demasiado novo e demasiado caro. O segundo era um vinho da Catalunha, mais precisamente do priorato, mas eu não consegui fixar o seu nome, provavelmente porque não o achei suficientemente bom.
Ao jantar, recebi um casal amigo, que resolvi brindar com o badalado Cryseia 2000 tinto produzido pela Symington em colaboração com Bruno Pratt, um conceituado enólogo francês. Eu estava com muito receio deste vinho, pois já o tinha provado duas outras vezes, mas na 1ª não estava em condições de o apreciar e na 2ª vez não gostei. O aroma veio aumentar os meus medos, mas felizmente, o vinho estava bom e com o passar do tempo veio a tornar-se óptimo. A seguir servi o Quanta Terra 2000 tinto, que é para mim o vinho com a melhor relação qualidade/preço em Portugal. É um vinho com um bom corpo, mas que não se torna esmagador, pois os taninos doces deste vinho tornam-no apreciado por toda a gente. Muito bom.
No domingo, e porque esse meu amigo se esqueceu do telemóvel, foi a vez de ele me receber em sua casa ao almoço. Depois de lhe ter pedido para servir qualquer coisa simples, resolveu receber-nos com um espumante bruto da Quinta dos Carvalhais que achei belíssimo acompanhado de umas magníficas pataniscas de espargos com presunto. Serviu a seguir uma estrela do Alentejo, o Marquês de Borba Reserva 1997 tinto do João Portugal Ramos. A opinião dos meus amigos, que já tinham tido a felicidade de o provar, é de que ele já estava em queda, não se mostrando nada exuberante na prova.
Para fechar em beleza, serviu o famosíssimo Barca Velha de 1991, que por incrível que pareça, achámos ainda fechado. O vinho é claramente bom, mas nem o aroma nem o sabor tinha ainda complexidade. 13 Anos depois é incrível!!!!
janeiro 14, 2004
OS 100 MELHORES DO ANO
A tradicional revista Gula, em sua edição deste mês, aponta os cem melhores vinhos à venda no Brasil em 2003, entre importados e nacionais, classificados nas categorias tinto, branco, rose, Porto, sobremesa e brasileiro. Este é o quinto ano consecutivo em que a revista apresenta tal seleção, feita por um júri de 24 pessoas, entre jornalistas especializados, sommeliers profissionais e enófilos experientes. Os vinhos foram apresentados por faixas de preços: até R$35; de R$35 a R$90; de R$90 a R$180;de R$180 a R$350; e acima de R$350.
Diferentemente dos anos anteriores, não houve apenas um "campeão do ano", mas dois, ambos descritos como sensacionais: o espanhol Alión Reserva 1999 (Ribera del Duero) e o italiano Casalferro 1999 (Toscana).
Escolhido como o "tinto do ano" foi o português Quinta do Vale Meão 2000 (Douro); o "branco do ano" também foi de Portugal, o Niepoort Redoma Reserva 1999 (Douro). E a escolha do "brasileiro do ano" recaiu sobre o Miolo Lote 43 Cabernet Sauvugnon 1999.
Paralelamente, também foi escolhido o "produtor do ano": a Viña Concha y Toro (Chile), cujos vinhos se ,situaram entre os mais votados, tintos ou brancos, para todas as faixas de preços.
Para os demais vinhos, vale consultar o artigo da revista.
A tradicional revista Gula, em sua edição deste mês, aponta os cem melhores vinhos à venda no Brasil em 2003, entre importados e nacionais, classificados nas categorias tinto, branco, rose, Porto, sobremesa e brasileiro. Este é o quinto ano consecutivo em que a revista apresenta tal seleção, feita por um júri de 24 pessoas, entre jornalistas especializados, sommeliers profissionais e enófilos experientes. Os vinhos foram apresentados por faixas de preços: até R$35; de R$35 a R$90; de R$90 a R$180;de R$180 a R$350; e acima de R$350.
Diferentemente dos anos anteriores, não houve apenas um "campeão do ano", mas dois, ambos descritos como sensacionais: o espanhol Alión Reserva 1999 (Ribera del Duero) e o italiano Casalferro 1999 (Toscana).
Escolhido como o "tinto do ano" foi o português Quinta do Vale Meão 2000 (Douro); o "branco do ano" também foi de Portugal, o Niepoort Redoma Reserva 1999 (Douro). E a escolha do "brasileiro do ano" recaiu sobre o Miolo Lote 43 Cabernet Sauvugnon 1999.
Paralelamente, também foi escolhido o "produtor do ano": a Viña Concha y Toro (Chile), cujos vinhos se ,situaram entre os mais votados, tintos ou brancos, para todas as faixas de preços.
Para os demais vinhos, vale consultar o artigo da revista.
OS BENEFÍCIOS DO VINHO
No I Simpósio Mineiro de Viticultura e Enologia, realizado de 16 a 19 de abril de 2002, em Andradas, o médico e pesquisador Dr. Jairo Monson de Souza Filho proferiu a Conferência de Abertura, intitulada "Vinho e Saúde", na qual abordou as condições em que o vinho deve ser consumido para que apresente suas virtudes terapêuticas Relacionou os seguintes benefícios para os tomadores regulares e moderados de vinho:
- combate os radicais livres;
- exerce excelentes efeitos na proteção do coração e das veias;
- age como inibidor do desenvolvimento de qualquer tipo de câncer;
- protege o organismo contra a úlcera nervosa;
- é a bebida mais favorável à digestão;
- atua, através de seus antioxidantes, como auxiliar importante na prevenção da esofagite de refluxo;
- tem ação antisséptica e bactericida;
- inibe o crescimento de vários vírus;
- inibe o desenvolvimento do HIV (vírus da AIDS), na fase inicial, em até 80%;
- tem ação antiinflamatória;
- é reconhecido como antídoto de vários alcalóides responsáveis pela intoxicação no homem;
- possui efeito benéfico sobre alergias;
-inibe a osteoporose, através de alguns de seus polifenóis.
- retarda o envelhecimento, exercendo ação antioxidante e trazendo melhor qualidade de vida;
- pode ser uma barreira para o desenvolvimento de demências;
- dá consistência à pele, através de algumas enzimas, como o colágeno e a elastina;
- inibe a progressão da cegueira, pois seus polifenóis são potentes varredores de radicais livres que geram dificuldades à visão;
- não é muito calórico, e as catequinas do vinho (composto fenólico) diminuem a absorção de gordura pelo organismo;
- bebido regularmente com moderação, ajuda a baixar a pressão arterial;
- previne ou inibe acidentes vasculares cerebrais (AVC);
- bebido com moderação às refeições, é favorável para quem tem diabete melitus.
(Fonte: Revista da Faculdade da Serra Gaúcha - FSG, volume 3).
No I Simpósio Mineiro de Viticultura e Enologia, realizado de 16 a 19 de abril de 2002, em Andradas, o médico e pesquisador Dr. Jairo Monson de Souza Filho proferiu a Conferência de Abertura, intitulada "Vinho e Saúde", na qual abordou as condições em que o vinho deve ser consumido para que apresente suas virtudes terapêuticas Relacionou os seguintes benefícios para os tomadores regulares e moderados de vinho:
- combate os radicais livres;
- exerce excelentes efeitos na proteção do coração e das veias;
- age como inibidor do desenvolvimento de qualquer tipo de câncer;
- protege o organismo contra a úlcera nervosa;
- é a bebida mais favorável à digestão;
- atua, através de seus antioxidantes, como auxiliar importante na prevenção da esofagite de refluxo;
- tem ação antisséptica e bactericida;
- inibe o crescimento de vários vírus;
- inibe o desenvolvimento do HIV (vírus da AIDS), na fase inicial, em até 80%;
- tem ação antiinflamatória;
- é reconhecido como antídoto de vários alcalóides responsáveis pela intoxicação no homem;
- possui efeito benéfico sobre alergias;
-inibe a osteoporose, através de alguns de seus polifenóis.
- retarda o envelhecimento, exercendo ação antioxidante e trazendo melhor qualidade de vida;
- pode ser uma barreira para o desenvolvimento de demências;
- dá consistência à pele, através de algumas enzimas, como o colágeno e a elastina;
- inibe a progressão da cegueira, pois seus polifenóis são potentes varredores de radicais livres que geram dificuldades à visão;
- não é muito calórico, e as catequinas do vinho (composto fenólico) diminuem a absorção de gordura pelo organismo;
- bebido regularmente com moderação, ajuda a baixar a pressão arterial;
- previne ou inibe acidentes vasculares cerebrais (AVC);
- bebido com moderação às refeições, é favorável para quem tem diabete melitus.
(Fonte: Revista da Faculdade da Serra Gaúcha - FSG, volume 3).
janeiro 09, 2004
GUIA DO VINHO BRASILEIRO
A Associação Brasileira de Sommeliers (ABS), seccional São Paulo, lançou um guia de vinhos, fruto do trabalho de 34 "experts", que classificaram os melhores vinhos nacionais disponíveis nas prateleiras.
Dos 34 especialistas, 18 são da própria ABS, 7 de outras seccionais, 4 são "sommeliers" profissionais e 5 jornalistas reconhecidamente experientes na arte de analisar vinhos.
O resultado foi obtido atendendo-se aos padrões internacionais e confirmou a impressão de que certas marcas estão se firmando pela boa qualidade de seus produtos, acabando, assim, por consagrar outras, ainda um tanto desconhecidas. Entre as primeiras, podemos colocar a Miolo, Dom Laurindo e a Casa Valduga. Das mais desconhecidas em São Paulo e Rio, ficaram bem situadas a Cave de Pedra, Pizzato e, especialmente, a Lovara.
Três vinhos se destacaram por obter mais de 80 pontos: Lovara Grande Reserva 99 e Cave de Pedra 99, ambos da uva Cabernet Sauvignon, e o Pizzato 99, com a uva Merlot. Por pouco, outras marcas não chegam a essa pontuação: o espumante Don Giovanni 97 brut (80 pontos); o Merlot da Casa Valduga (79,11 pontos) e o Gewerztraminer da Salton 99 (79,58).
Para obter informações sobre o guia, consultar o site da ABS (Fonte: Revista de Bares & Restaurantes).
A Associação Brasileira de Sommeliers (ABS), seccional São Paulo, lançou um guia de vinhos, fruto do trabalho de 34 "experts", que classificaram os melhores vinhos nacionais disponíveis nas prateleiras.
Dos 34 especialistas, 18 são da própria ABS, 7 de outras seccionais, 4 são "sommeliers" profissionais e 5 jornalistas reconhecidamente experientes na arte de analisar vinhos.
O resultado foi obtido atendendo-se aos padrões internacionais e confirmou a impressão de que certas marcas estão se firmando pela boa qualidade de seus produtos, acabando, assim, por consagrar outras, ainda um tanto desconhecidas. Entre as primeiras, podemos colocar a Miolo, Dom Laurindo e a Casa Valduga. Das mais desconhecidas em São Paulo e Rio, ficaram bem situadas a Cave de Pedra, Pizzato e, especialmente, a Lovara.
Três vinhos se destacaram por obter mais de 80 pontos: Lovara Grande Reserva 99 e Cave de Pedra 99, ambos da uva Cabernet Sauvignon, e o Pizzato 99, com a uva Merlot. Por pouco, outras marcas não chegam a essa pontuação: o espumante Don Giovanni 97 brut (80 pontos); o Merlot da Casa Valduga (79,11 pontos) e o Gewerztraminer da Salton 99 (79,58).
Para obter informações sobre o guia, consultar o site da ABS (Fonte: Revista de Bares & Restaurantes).
PUBLICAÇÕES
"Falando de Vinhos: A Arte de Escolher um Bom Vinho": Aborda todos os pontos fundamentais para quem quer conhecer os segredos e detalhes básicos do mundo do vinho. Autores: Danio Braga, sommelier, e Célio Alzer, professor (Editora Senac Rio).
"Vinhos: Castas, Regiões Produtoras e Serviço": Trata de história, produção, harmonização e mercado de tintos e brancos, além de servir como um guia prático,que ensina a reconhecer e a apreciar a bebida. Autores: Deise Novakoski, sommelier, e Armando Freitas, jornalista (Editora Senac Nacional).
"Falando de Vinhos: A Arte de Escolher um Bom Vinho": Aborda todos os pontos fundamentais para quem quer conhecer os segredos e detalhes básicos do mundo do vinho. Autores: Danio Braga, sommelier, e Célio Alzer, professor (Editora Senac Rio).
"Vinhos: Castas, Regiões Produtoras e Serviço": Trata de história, produção, harmonização e mercado de tintos e brancos, além de servir como um guia prático,que ensina a reconhecer e a apreciar a bebida. Autores: Deise Novakoski, sommelier, e Armando Freitas, jornalista (Editora Senac Nacional).
janeiro 08, 2004
AINDA O PÊRA-MANCA
Ora, pois, pois. Estive hoje a visitar duas garrafeiras (a expressão "garrafeira" não é usual no Brasil, aqui se diz "adega"), situadas num raio inferior a dois quilômetros de minha morada. Interessava-me, em princípio, por verificar preços dos famosos vinhos portugueses Pêra-Manca, aos quais me referi anteriormente.
Na primeira delas, uma casa pequena, a proprietária, uma senhora portuguesa de meia idade e sorriso apagado, natural de uma localidade próxima a Viana do Castelo, ofertou-me os seguintes (preços aproximados em euros, convertidos ao câmbio atual): Branco 2000 - $29; tinto 1997 - $148.
Na outra, a Alipão Vinhos & Cia., bastante ampla e bem equipada, o senhor Jorge, natural de Vizeu, atendeu-me com a simpatia e boa vontade de sempre e me indicou: Branco 2000 - $26; tinto 1997 - $188 (cerca de 27% mais caro que na anterior, sem razão aparente).
De quebra, foi possível encontrar na Alipão muitos outros vinhos portugueses renomados, dentre os quais: Cartuxa branco 2000 - $15; Cartuxa tinto 1998 - $23; Tapada de Coelheiros tinto 1999 - $55.
São apenas algumas referências para os nossos amigos em Portugal terem idéia de preços aqui no Brasil.
Ora, pois, pois. Estive hoje a visitar duas garrafeiras (a expressão "garrafeira" não é usual no Brasil, aqui se diz "adega"), situadas num raio inferior a dois quilômetros de minha morada. Interessava-me, em princípio, por verificar preços dos famosos vinhos portugueses Pêra-Manca, aos quais me referi anteriormente.
Na primeira delas, uma casa pequena, a proprietária, uma senhora portuguesa de meia idade e sorriso apagado, natural de uma localidade próxima a Viana do Castelo, ofertou-me os seguintes (preços aproximados em euros, convertidos ao câmbio atual): Branco 2000 - $29; tinto 1997 - $148.
Na outra, a Alipão Vinhos & Cia., bastante ampla e bem equipada, o senhor Jorge, natural de Vizeu, atendeu-me com a simpatia e boa vontade de sempre e me indicou: Branco 2000 - $26; tinto 1997 - $188 (cerca de 27% mais caro que na anterior, sem razão aparente).
De quebra, foi possível encontrar na Alipão muitos outros vinhos portugueses renomados, dentre os quais: Cartuxa branco 2000 - $15; Cartuxa tinto 1998 - $23; Tapada de Coelheiros tinto 1999 - $55.
São apenas algumas referências para os nossos amigos em Portugal terem idéia de preços aqui no Brasil.
janeiro 06, 2004
CHARDONNAYS EM COMPITA
Tendo como certo um bacalhau cozido com todos para a ceia de Natal, resolvi preparar-me e comecei a sondar acerca de qual seria o molhor vinho para acompanhar o dito prato.
Na minha garrafeira preferida, o Sr. Nora, homem de grande experiência e sabedoria, garantiu-me que o melhor seria um Chablis, vinho francês feito exclusivamente com a casta chardonay na região de Chablis. Indicou-me o Laroche Chablis de 2002 (creio) como tendo uma óptima relação qualidade/preço (16€).
Eu tinha no entanto a certeza, graças à minha memória gustativa, que o Montes Alpha Chardonnay 2001 (Chile - 13,5€) combinaria na perfeição com o bacalhau.
Resolvi pois, colocá-los em compita. O resultado não poderia ser mais esmagador em favor do Montes Alpha. Toda a gente achou o vinho mais estrurado, com mais corpo, mais complexo e com uma excelente madeira. A acidez não sendo baixa estava amaciada pela madeira. O Chablis, que provei pela primeira vez, era bastante mais ácido e não tinha madeira, sendo muito menos rico de aromas e de complexidade.
Creio pois, em jeito de conclusão, que só um indefectível do vinho verde gostaria mais do Chablis.
Tendo como certo um bacalhau cozido com todos para a ceia de Natal, resolvi preparar-me e comecei a sondar acerca de qual seria o molhor vinho para acompanhar o dito prato.
Na minha garrafeira preferida, o Sr. Nora, homem de grande experiência e sabedoria, garantiu-me que o melhor seria um Chablis, vinho francês feito exclusivamente com a casta chardonay na região de Chablis. Indicou-me o Laroche Chablis de 2002 (creio) como tendo uma óptima relação qualidade/preço (16€).
Eu tinha no entanto a certeza, graças à minha memória gustativa, que o Montes Alpha Chardonnay 2001 (Chile - 13,5€) combinaria na perfeição com o bacalhau.
Resolvi pois, colocá-los em compita. O resultado não poderia ser mais esmagador em favor do Montes Alpha. Toda a gente achou o vinho mais estrurado, com mais corpo, mais complexo e com uma excelente madeira. A acidez não sendo baixa estava amaciada pela madeira. O Chablis, que provei pela primeira vez, era bastante mais ácido e não tinha madeira, sendo muito menos rico de aromas e de complexidade.
Creio pois, em jeito de conclusão, que só um indefectível do vinho verde gostaria mais do Chablis.
janeiro 05, 2004
APRESENTANDO NOVO COLABORADOR
Os que visitam habitualmente este site talvez venham a estranhar a presença de alguém ainda desconhecido. Então, vamos fazer uma breve apresentação so nosso novo colaborador.
Trata-se de Hildérico Coutinho (o da mensagem logo abaixo), residente no Porto, em Portugal, com quem vínhamos já mantendo diversos contatos e chegamos a divulgar alguns de seus interessantes e instrutivos comentários. Com a experiência que possui, acreditamos que nos brindará com excelentes matérias, ajudando a tornar este site mais dinâmico e informativo. A ele, portanto, as nossas boas-vindas!
(Aproveitamos para agradecer a correção quanto ao preço do Pera Manca 98 branco. E esperamos que Hildérico nos conte um pouco de suas experiências e preferências).
Os que visitam habitualmente este site talvez venham a estranhar a presença de alguém ainda desconhecido. Então, vamos fazer uma breve apresentação so nosso novo colaborador.
Trata-se de Hildérico Coutinho (o da mensagem logo abaixo), residente no Porto, em Portugal, com quem vínhamos já mantendo diversos contatos e chegamos a divulgar alguns de seus interessantes e instrutivos comentários. Com a experiência que possui, acreditamos que nos brindará com excelentes matérias, ajudando a tornar este site mais dinâmico e informativo. A ele, portanto, as nossas boas-vindas!
(Aproveitamos para agradecer a correção quanto ao preço do Pera Manca 98 branco. E esperamos que Hildérico nos conte um pouco de suas experiências e preferências).
MAIS UM MEMBRO DO SITE
Olá a todos, pois esta será a minha primeira de muitas (assim espero) comunicações. Lamentavelmente esta comunicação não se destina a louvar ou elogiar nenhum vinho, mas tão só a de corregir uma imprecisão posta pelo Ivan ao dizer que o Pêra-manca branco atinge os $40 em Portugal. De facto esse valor, aliás um pouco mais, só é atingido pelo tinto. O branco custa cerca de $15.
Olá a todos, pois esta será a minha primeira de muitas (assim espero) comunicações. Lamentavelmente esta comunicação não se destina a louvar ou elogiar nenhum vinho, mas tão só a de corregir uma imprecisão posta pelo Ivan ao dizer que o Pêra-manca branco atinge os $40 em Portugal. De facto esse valor, aliás um pouco mais, só é atingido pelo tinto. O branco custa cerca de $15.
janeiro 04, 2004
CONFRARIA SÓ PARA MULHERES
Recebemos, por e-mail, a notícia da existência, em João Pessoa, na Paraíba, da Confraria das Amigas do Vinho da Paraíba - CONAVI-PB. Segundo informa a sua Presidente, Messina Palmeira Dias, trata-se de iniciativa pioneira, não apenas nesse Estado como em todo o Nordeste brasileiro.
A idéia surgiu quando se constatou que mulheres - de empresárias, profissionais liberais a donas-de-casa - "necessitavam de um clube onde elas pudessem se reunir descontraidamente nos finais de tarde, sem depender de companhia para freqüentar clubes do gênero que geralmente se reúnem à noite". O objetivo da Confraria é "reunir enófilas ou mulheres que desejem se iniciar no metié para em tardes agradáveis degustar, aprender e também se inteirar dos benefícios do vinho, especialmente o tinto para doenças cardiovasculares".
As reuniões ocorrem "sempre nos reunimos nas últimas quartas-feiras de cada mês, em local pré-determinado e sempre elegemos uma determinada vinícola para fazermos a degustação de seus vinhos".
"A nossa Confraria já fez história, pois tem atraído a simpatia de vinícolas européias, tendo o Roteiro Gastronômico de Portugal e a vinícola Quinta da Murqueira) publicado notícias em seus sites".
Parabéns pela iniciativa! É bom saber que, em outras partes deste nosso Brasil, pessoas se agrupam para conhecer e degustar vinhos. No caso presente, do sexo feminino e isto é louvável.
Quem desejar entrar em contato, utilize o e-mail da CONAVI-PB.
Recebemos, por e-mail, a notícia da existência, em João Pessoa, na Paraíba, da Confraria das Amigas do Vinho da Paraíba - CONAVI-PB. Segundo informa a sua Presidente, Messina Palmeira Dias, trata-se de iniciativa pioneira, não apenas nesse Estado como em todo o Nordeste brasileiro.
A idéia surgiu quando se constatou que mulheres - de empresárias, profissionais liberais a donas-de-casa - "necessitavam de um clube onde elas pudessem se reunir descontraidamente nos finais de tarde, sem depender de companhia para freqüentar clubes do gênero que geralmente se reúnem à noite". O objetivo da Confraria é "reunir enófilas ou mulheres que desejem se iniciar no metié para em tardes agradáveis degustar, aprender e também se inteirar dos benefícios do vinho, especialmente o tinto para doenças cardiovasculares".
As reuniões ocorrem "sempre nos reunimos nas últimas quartas-feiras de cada mês, em local pré-determinado e sempre elegemos uma determinada vinícola para fazermos a degustação de seus vinhos".
"A nossa Confraria já fez história, pois tem atraído a simpatia de vinícolas européias, tendo o Roteiro Gastronômico de Portugal e a vinícola Quinta da Murqueira) publicado notícias em seus sites".
Parabéns pela iniciativa! É bom saber que, em outras partes deste nosso Brasil, pessoas se agrupam para conhecer e degustar vinhos. No caso presente, do sexo feminino e isto é louvável.
Quem desejar entrar em contato, utilize o e-mail da CONAVI-PB.
DEGUSTAR OU BEBER, EIS A QUESTÃO
Sob este título, e revista Vinho Magazine, na edição n° 26, publicou matéria da autoria de Aguinaldo Záckia Albert, que abaixo transcrevemos, por colocar de forma amena e transparente algo que se enquadra bem na filosofia deste site:
"O movimento mundial em direção aos vinhos de qualidade, observado nos últimos anos, tem mexido de forma sensível no comportamento dos consumidores. É cada vez maior o número de pessoas que se acercam do vinho com uma postura um pouco mais ambiciosa do que a de simples bebedor. Como todos nós sabemos, bebe-se menos quantidade e mais qualidade e é natural que este produto mais fino seja consumido de forma mais atenta e refinada. Dá-se aí o primeiro passo para se aventurar pelos caminhos da degustação. Diferentemente do beber hedonístico, ligado ao simples prazer, a degustação analítica requer uma postura bastante diferente . Além de pretender reduzir nossas sensações às suas formas mais simples (e por isto ela é analítica), ela é multi-sensorial e, principalmente, reflexiva. Degusta-se de forma atenta, procurando interpretar as sensações que o vinho provoca em nossos sentidos.
Como os vinhos de real qualidade começaram a surgir há apenas 250 anos - o que é pouco se pensarmos que o vinho tem cerca de 7 000 anos de história - podemos afirmar que a degustação é uma prática recente. Afinal, de que adiantaria falar de uma bebida pobre de aromas e sabores e sem qualidade? Começa então a surgir um vocabulário de degustação, empregado com maior ou menor rigor, o próprio termo "degustar" (dégouter) surgindo, pela primeira vez, num documento oficial de Napoleão, datado de 1813.
A virtude de um degustador não reside apenas em sua sensibilidade para reconhecer os aromas, os sabores e a harmonia do vinho. Ele deve também saber expressar de forma clara e satisfatória essas impressões, depois de elaborá-las intelectualmente. Roubando uma expressão de da Vinci, a degustação é "cosa mentale". Como se vê, também aqui o homem está "condenado" às palavras.
Difícil imaginar uma arte que expresse melhor o espírito francês do que a degustação, onde a sensualidade se conjuga com o rigor analítico do espírito cartesiano. Émile Peynaud, em seu fundamental "Le Goût du Vin", afirma que "o verdadeiro degustador achará sempre a palavra justa", e ele está mais do que certo. Às vezes a "palavra justa" é um termo preciso, enxuto, outras o que cabe melhor é a imagem poética e a associação livre, mais apta a expressar a idéia. Desconfiar das explanações verborrágicas e vazias é um bom conselho. Outro é tentar driblar os chavões (às vezes inevitáveis) e as expressões banais.
Quando se prova um vinho medíocre, sem atributos, o silêncio é a melhor forma de expressão, principalmente quando se degusta o vinho diante de quem o elaborou. No caso, uma questão de simples educação. Por outro lado, os vinhos formidáveis e majestosos, sutis e de grande fineza, também merecem a homenagem do silêncio reverencial, pois as palavras poderiam ficar muito aquém do que gostaríamos de expressar. As alternativas aqui seriam o satori zen-budista ou um soneto com uma chave de ouro impecável.
Mas existe também a hora em que o vinho é pura descontração e prazer, em que se bebe despreocupadamente para alegrar o espírito e bater um bom papo. Nada mais delicioso do que um honesto vinho verde português acompanhando mariscos e outros frutos do mar, bebido em grandes goles à beira-mar. O vinho leve e ácido matando nossa sede, refrescando nosso corpo (e nosso espírito). Nesta hora, uma análise rigorosa do vinho seria descabida, embora existam pedantes e "malas sem alça" capazes de fazê-lo.
Considero um grave erro esquecer ou negligenciar este lado primevo e festivo do vinho, que nos remete às origens desta mágica bebida e de nós mesmos, homens civilizados, muito embora não se possa negar que "saber degustar é a base de saber beber". A frase é, de novo, do mestre Émile Peynaud... "
Sob este título, e revista Vinho Magazine, na edição n° 26, publicou matéria da autoria de Aguinaldo Záckia Albert, que abaixo transcrevemos, por colocar de forma amena e transparente algo que se enquadra bem na filosofia deste site:
"O movimento mundial em direção aos vinhos de qualidade, observado nos últimos anos, tem mexido de forma sensível no comportamento dos consumidores. É cada vez maior o número de pessoas que se acercam do vinho com uma postura um pouco mais ambiciosa do que a de simples bebedor. Como todos nós sabemos, bebe-se menos quantidade e mais qualidade e é natural que este produto mais fino seja consumido de forma mais atenta e refinada. Dá-se aí o primeiro passo para se aventurar pelos caminhos da degustação. Diferentemente do beber hedonístico, ligado ao simples prazer, a degustação analítica requer uma postura bastante diferente . Além de pretender reduzir nossas sensações às suas formas mais simples (e por isto ela é analítica), ela é multi-sensorial e, principalmente, reflexiva. Degusta-se de forma atenta, procurando interpretar as sensações que o vinho provoca em nossos sentidos.
Como os vinhos de real qualidade começaram a surgir há apenas 250 anos - o que é pouco se pensarmos que o vinho tem cerca de 7 000 anos de história - podemos afirmar que a degustação é uma prática recente. Afinal, de que adiantaria falar de uma bebida pobre de aromas e sabores e sem qualidade? Começa então a surgir um vocabulário de degustação, empregado com maior ou menor rigor, o próprio termo "degustar" (dégouter) surgindo, pela primeira vez, num documento oficial de Napoleão, datado de 1813.
A virtude de um degustador não reside apenas em sua sensibilidade para reconhecer os aromas, os sabores e a harmonia do vinho. Ele deve também saber expressar de forma clara e satisfatória essas impressões, depois de elaborá-las intelectualmente. Roubando uma expressão de da Vinci, a degustação é "cosa mentale". Como se vê, também aqui o homem está "condenado" às palavras.
Difícil imaginar uma arte que expresse melhor o espírito francês do que a degustação, onde a sensualidade se conjuga com o rigor analítico do espírito cartesiano. Émile Peynaud, em seu fundamental "Le Goût du Vin", afirma que "o verdadeiro degustador achará sempre a palavra justa", e ele está mais do que certo. Às vezes a "palavra justa" é um termo preciso, enxuto, outras o que cabe melhor é a imagem poética e a associação livre, mais apta a expressar a idéia. Desconfiar das explanações verborrágicas e vazias é um bom conselho. Outro é tentar driblar os chavões (às vezes inevitáveis) e as expressões banais.
Quando se prova um vinho medíocre, sem atributos, o silêncio é a melhor forma de expressão, principalmente quando se degusta o vinho diante de quem o elaborou. No caso, uma questão de simples educação. Por outro lado, os vinhos formidáveis e majestosos, sutis e de grande fineza, também merecem a homenagem do silêncio reverencial, pois as palavras poderiam ficar muito aquém do que gostaríamos de expressar. As alternativas aqui seriam o satori zen-budista ou um soneto com uma chave de ouro impecável.
Mas existe também a hora em que o vinho é pura descontração e prazer, em que se bebe despreocupadamente para alegrar o espírito e bater um bom papo. Nada mais delicioso do que um honesto vinho verde português acompanhando mariscos e outros frutos do mar, bebido em grandes goles à beira-mar. O vinho leve e ácido matando nossa sede, refrescando nosso corpo (e nosso espírito). Nesta hora, uma análise rigorosa do vinho seria descabida, embora existam pedantes e "malas sem alça" capazes de fazê-lo.
Considero um grave erro esquecer ou negligenciar este lado primevo e festivo do vinho, que nos remete às origens desta mágica bebida e de nós mesmos, homens civilizados, muito embora não se possa negar que "saber degustar é a base de saber beber". A frase é, de novo, do mestre Émile Peynaud... "
O CONSUMO DO PRAZER
Matéria publicada na última edição da revista semanal Época nos diz que, segundo os estudiosos do consumo, o brasileiro vem mudando o padrão daquilo que compra e busca cada vez mais qualidade de vida, lazer, saúde e educação. Aumenta o desejo de consumir tudo o que esteja relacionado ao prazer e ao bem-estar.
Então, dentro deste novo perfil, somos levados a imaginar que o consumo nacional de vinhos também possa aumentar e que a busca pela qualidade force os produtores a abastecerem o mercado com vinhos melhores (até onde nossas vinhas permitirem) e, necessariamente, mais baratos. Sonhar não faz mal... Mas, até quando?
Matéria publicada na última edição da revista semanal Época nos diz que, segundo os estudiosos do consumo, o brasileiro vem mudando o padrão daquilo que compra e busca cada vez mais qualidade de vida, lazer, saúde e educação. Aumenta o desejo de consumir tudo o que esteja relacionado ao prazer e ao bem-estar.
Então, dentro deste novo perfil, somos levados a imaginar que o consumo nacional de vinhos também possa aumentar e que a busca pela qualidade force os produtores a abastecerem o mercado com vinhos melhores (até onde nossas vinhas permitirem) e, necessariamente, mais baratos. Sonhar não faz mal... Mas, até quando?
janeiro 02, 2004
PÊRA - MANCA 98 BRANCO
Finalmente, aconteceu: tivemos a oportunidade de degustar um Pêra- Manca 98, branco, graças ao gentil convite de um amigo. Este vinho, elaborado pela Fundação Eugênio de Almeida, em Évora, no Alentejo, é um dos ícones da história vinícola portuguesa e, segundo a lenda, foi o servido por Cabral aos índios brasileiros, por ocasião do descobrimento. Lenda ou não, sua produção vem de muito tempo.
Não nos consideramos suficientemente habilitados a fazer uma avaliação correta deste vinho, mas, de qualquer modo, aqui vão nossas impressões: Cor intensa, brilhante; aromas de frutas maduras; muito equilibrado; frescor agradável; final elegante e persistente. Um grande vinho, certamente, que muitos aficionados experientes classificam como ótimo, com pontuação acima de 90.
Aqui no Brasil não é muito fácil de ser encontrado, pois tem preço elevado, e imaginamos que o mesmo ocorra em Portugal, onde alcança preço de aproximadamente US$40.
Finalmente, aconteceu: tivemos a oportunidade de degustar um Pêra- Manca 98, branco, graças ao gentil convite de um amigo. Este vinho, elaborado pela Fundação Eugênio de Almeida, em Évora, no Alentejo, é um dos ícones da história vinícola portuguesa e, segundo a lenda, foi o servido por Cabral aos índios brasileiros, por ocasião do descobrimento. Lenda ou não, sua produção vem de muito tempo.
Não nos consideramos suficientemente habilitados a fazer uma avaliação correta deste vinho, mas, de qualquer modo, aqui vão nossas impressões: Cor intensa, brilhante; aromas de frutas maduras; muito equilibrado; frescor agradável; final elegante e persistente. Um grande vinho, certamente, que muitos aficionados experientes classificam como ótimo, com pontuação acima de 90.
Aqui no Brasil não é muito fácil de ser encontrado, pois tem preço elevado, e imaginamos que o mesmo ocorra em Portugal, onde alcança preço de aproximadamente US$40.
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