janeiro 21, 2004

BATUTA 1999 -- TAKE 2
Neste Sábado fui jantar a casa do meu grande amigo, o brasileiro Zé António, para comemorar as suas 39 primaveras – está um pouco acabadito.
Para minha felicidade, ele é o melhor cozinheiro que conheço, daí que não seja de espantar a recepção, iniciada com um “foie grás” acompanhado pelo champanhe Taittinger Brut Reserve, que mostrou uma bolha fina em quantidade moderada, com um corpo muito equilibrado e uma óptima acidez que cortava lindamente a gordura do “foie grás”.
A seguir para acompanhar o quiche bebemos José de Sousa Mayor 1997, um tinto alentejano feito com Trincadeira, Aragonez e Grand Noir, pisado a pés em lagares, fermentado em talhas e envelhecido em meias pipas de carvalho novo. Diferente dos típicos alentejanos, mostrou um aroma exuberante a folha de tabaco e citrinos apodrecidos, sendo agradável a uns e desagradável a outros. Corpo macio, taninos doces e muito agradável numa 1ª impressão, podendo tornar-se um pouco incomodativo o sabor/aroma a tabaco.
Para acompanhar o vosso conhecido Strogonoff (quem diria hem!!!) com arroz branco e aipim (surpresos?) frito, foi servido o estrondoso Batuta 1999 do Douro. Esta foi a segunda vez, para minha felicidade, que o provei e mais uma vez e só posso dizer que foi o melhor vinho que já bebi. Será preciso dizer mais? Dizer que tem um aroma suave a chocolate? Ligeiro abaunilhado? E uma óptima madeira? Só experimentando. O sabor é fenomenal, tal como o aroma deixava entender, e com sabores parecidos com os aromas referidos. O corpo é excelente e tem um longo final. Numa palavra: estrondoso.
Obrigado Zé.

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