julho 03, 2005

CENA CARIOCA
O local: Uma esquina conhecida e movimentada do Centro do Rio de Janeiro.
O estabelecimento: Uma loja revendedora de vinhos, onde também funciona um bar, tudo num estilo meio antiquado e de aparência não muito agradável.
O momento: Uma tarde do “inverno” carioca, por volta das 14 horas, com um sol razoável.
O armazenamento: As garrafas estavam guardadas verticalmente em uma estante de ferro, apenas com uma etiqueta de papelão com o preço. Sem a menor ordenação, sem a identificação do país produtor, os vinhos completamente misturados, tintos com brancos, sem agrupamento por país, uma confusão só. A estante fica perto da porta, expondo os vinhos à luz excessiva e ao calor externo, apesar do pequeno toldo existente.
O atendimento: Um empregado da casa, vestindo um macacão, fica próximo, aguardando que o cliente faça a escolha, sem a menor preocupação em orientar o comprador.
Não foi preciso mais que uma rápida olhada para decidir que dali não compraria nada, nem que fosse uma pechincha. Antes de sair, arrisquei comentar: “Tem alguma coisa não muito correta, não acha? Os vinhos expostos assim à luz forte e ao calor...”. E a resposta foi esta “preciosidade”: “Não, senhor, não tem problema, eu vivo fazendo o rodízio das garrafas todos os dias...”.
Mas, o pior de tudo é que a referida loja consta da relação de revendedores de uma conhecida importadora. Assim não dá!

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