Nas coxilhas da região da campanha gaúcha, nos campos ondulados de solos profundos de Candiota, nas imediações de Bagé, está começando a produção de vinhos com identidade própria. "São todos vinhos de qualidade superior, mais frutados, com bons taninos e encorpados", diz o assessor técnico Ciro Pavan, responsável pelo projeto Fortaleza do Seival, da vinícola Miolo, de Bento Gonçalves, RS.
Na campanha, região de clima mais seco no verão, mas com chuvas bem distribuídas ao longo do ano, as uvas plantadas em espaldeira, penduradas numa linha vertical, chegam a ficar com os cachos até 14 horas ao dia expostos ao sol, o que garante um melhor teor de açúcar. É uma região vitivinícola que se impõe no Rio Grande do Sul. A geografia ajuda: a localização no paralelo 30 é, por si só, indicação da terra ideal para uva. Mas como fazer vinho tem muito de ciência e de arte, a região não é tudo.
A Miolo tenta explorar essa nova terra pela diferença. Ou seja, introduzindo variedades novas, entre elas várias castas portuguesas: Afroucheiro, Tinta Roriz e Toutiga Nacional, que estão produzindo o vinho Quinta do Seival - Castas Portuguesas, cujo primeiro lote de 34 mil garrafas foi lançado em 2004 e já está sendo exportado para Estados Unidos e França. E outras variedades de uvas pretas, como Tempranillo, Tanat, Gamay e Pinot Tage. Tem as brancas Chardonnay, Sauvignon Blanc e Pinot Noir e, entre as novidades, as francesas Viognier e Pinot Gris. FONTE: Renato Dalto, Revista Globo Rural, julho/05.
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