fevereiro 22, 2004

CHILE - RETROSPECTIVA HISTÓRICA
Encerrando esta série de notas sobre os vinhos chilenos, apresentamos uma breve retrospectiva histórica, visando a mostrar como se processou a implantação da vitivinicultura no país e a evolução subseqüente da mesma. As informações a seguir constam da oitava edição (2001) do Guia de Vinos de Chile, em parte utilizado como fonte de referência para essas notas. Veja aqui.

fevereiro 20, 2004

CHILE - VINHOS BONS E BARATOS
Como uma referência para os que procuram comprar vinhos mais baratos, mas de qualidade, indicamos abaixo alguns que foram classificados em 2001 pelo Guia de Vinos de Chile nas categorias de "agradável" (** - 70 a 79 pontos) e "excelente" (*** - 80 a 86 pontos). São vinhos de vinícolas conceituadas, das safras de 1999 e 2000, e custavam, no mercado local (à época da classificação), até 2.000 pesos (+/- 3,5 USD hoje).

Cabernet Sauvugnon
Canepa Clássico 99 **, Carmen Margaux 99 ***, Carta Vieja 00 **, Casa Silva Doña Dominga 99 ***, Gracia Celebrado 99 **, Luís Felipe Edwards Pupila 99 ***, San Pedro Gato Negro 99 **, Santa Carolina Antares 99 **, Santa Carolina Três Estrellas 99 ***, Santa Helena Siglo de Oro 99 ***, Santa Rita 120 Tres Medallas 99 **, Tarapacá Leon de Tarapacá 99 ***, Undurraga 99 **, Valdiviso Saint Morillon 99 **.

Chardonnay
Carmen 99 ***, Carmen 00 ***, Casa Silva Doña Dominga 00 **, Concha y Toro Sunrise 99 **, Cousiño Macul 99 **, San Pedro Gato Blanco 00 ***, Santa Carolina Tres Estrellas 99 **, Santa Rita 120 Tres Medallas 99 **, Santa Rita 120 Tres Medallas 00 **, Tarapacá León de Tarapacá 00 **.

Convém ressaltar que são vinhos já com quatro a cinco anos e, por isto, não se poderia esperar tivessem as mesmas classificações em 2004. Mas ficam aqui as referências, podem ajudar na hora da escolha.

fevereiro 19, 2004

CHILE - EVOLUÇÃO E BOM PREÇO
Na seqüência dos comentários sobre os vinhos chilenos, julgamos importante abordar a evolução desses produtos no mercado, em termos de qualidade/preço. E uma maneira de fazer isto é divulgar um artigo publicado na edição n° 49 da revista Vinho Magazine, com o mesmo título acima, assinado por Roberto Wagner de Almeida:
"Você é o tipo de consumidor que compra vinhos chilenos só porque são mais baratos que os europeus? É bom mudar de idéia. Se, de fato, os grandes vinhos da Europa são caros, os de qualidade média não costumam ser melhores que os bons chilenos e, freqüentemente, perdem a disputa não só no preço, mas igualmente na qualidade.
Os melhores vinhos do Chile também têm preços elevados, embora não tanto quanto os franceses mais renomados. O Clos Apalta 2000, da Casa Lapostolle; o Montes Alpha M 2000 e o Folly 2001, da Viña Montes já alcançaram cotações de 94 e 93 pontos na reputada revista "Wine Spectator", classificados como excepcionais e próximos ao limite dos clássicos, mas não são baratos. Cada garrafa custa perto de US$ 100 no Brasil. Ainda assim, bem abaixo do preço de vinhos europeus que não alcançam tais cotações por parte dos especialistas. A evolução dos chilenos já fez com que nada menos que 61 vinhos fossem cotados pela mesma revista com 90 a 92 pontos, todos no elenco dos excepcionais. Além dos três já mencionados, figuram nessa elite requintados exemplares que atendem pelos nomes de Almaviva, Viñedo Chadwick, Don Melchor, Ninquén, Seña, Manso de Velasco, Antiyal, Carmen Gold Reserve, Syrah Cuvée Alexandre, De Martino Reserva de Família, Domus Aurea, Santa Rita Casa Real, Carmen Winemaker's Reserve, Merlot Cuvée Alexandre, Merlot Peumo Marqués de Casa Concha, Carmenère Peumo Terrunyo, Don Maximiano Founder's Reserve, Santa Rita Triple C, El Principal e outros tantos.
"

fevereiro 18, 2004

CHILE - OS MELHORES DE 2003
Muitos vinhos de qualidade foram destaque no Chile em 2003, por isto mesmo e para não cometer enganos ou esquecimentos, não nos preocupamos em relaciona-los. Por outro lado, procuramos saber o que foi publicado na imprensa especializada do país, em particular sobre os melhores do ano. Assim, encontramos um artigo na revista "Qué Pasa", edição de 20/12/03, da autoria de César Fredes, que destaca os quatro melhores vinhos e, para não perder a fidelidade numa tradução, o reproduzimos, na íntegra, no idioma espanhol:

"Los mejores vinos chilenos de este año son casi siempre caros, incluso de precio poco accesible, como el Clos Apalta 2001 (casi US$100). Pero afortunadamente no en todos los casos es así. Está, por ejemplo, Pionero, de Viña Morandé, muy bueno, por $2.680. Aquí, los mejores:

Clos Apalta 2001: Casa Lapostolle
Este es el primer vino chileno de verdadera categoría mundial, que fue elegido por The Wine Spectator como el tercer mejor vino del mundo degustado en el 2003. Es un poderoso y rico vino de ensamblaje, con un 70% de la cepa Carménère, algo de Merlot, de Cabernet Franc y un buen poco de Cabernet Sauvignon. Los resultados gustativos y olfativos son dulzones, suaves, aunque untuosos, muy llenos en boca y de un paladar intenso e interminable. Las frutas negras complejas, del tipo de las ciruelas secas, las guindas y las moras están presentes, armonizando con finas especias vainilladas de la barrica noble. Vale los $49.000.¡Notable!

Triple C 1999: Viña Santa Rita
Triple C es el más logrado y complejo exponente de un trabajo acotado a determinados miles de cajas de la línea Floresta, que inició hace algunos años Viña Santa Rita y que se mostró el año pasado con algunos ensamblajes. El responsable es el enólogo Andrés Ilabaca y Triple C (de Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc y Carménère) es su máximo logro. Es un vino potente, elegante y complejo, en el que se superponen atributos de tres variedades en su mejor expresión. Hay fruta roja y negra, leves notas pimentosas y clara influencia de barrica noble. Muy gustoso y lleno en boca, mezcla todo: buen sabor, potencia y elegancia. En boca es muy lleno, con un ataque intenso y un larguísimo final. A los cuatro años de vida aún no expresa todo su alto nivel.$25.000 en tiendas.

Syrah E.Q. 2002: Viña Matetic
Vino sabroso y elegante. Su atractivo reside tanto en su condición de vino muy sabroso y fuera de serie como por la originalidad relativa de la cepa que le da origen y la viña que lo produce. El Syrah de Matetic ratifica que esta cepa puede alcanzar en Chile niveles insospechados. El E.Q. 2002 de Matetic es denso, concentrado y muy elegante, en el que la gama de frutas muy maduras, del tipo de las variedades rojas y negras (guinda, ciruela, frutilla) llega al tono de las mermeladas. Hay también, como en muchos Syrah buenos, notas algo animales, a cuero y a bosque nativo y buena barrica. Una revelación a .$20.000.

Pionero Merlot 2002: Viña Morandé
Este vino, ya catalogado el año pasado por la Guía de Vinos de Chile como el "bast value" (mejor relación calidad-precio) de la década, es un alarde sostenido del enólogo Pablo Morandé y un verdadero fenómeno de la enología nacional. Costando $2.680 en el circuito comercial, evidencia una calidad sostenida y cada vez creciente. Los concursos lo posicionan al nivel de los más caros de los Merlot de Chile y con puntaje casi idéntico. El Merlot Pionero reproduce el 2002, aunque con mayor concentración, todos los atributos que viene mostrando: aromático a ciruelas y a vainilla, levísimamente dulzón, grato en boca, con un cuerpo medio suave y fácil. Muy amistoso. No es Clos Apalta, pero cuesta casi veinte veces menos."

A título orientativo, esclarecemos que a moeda chilena está cotada hoje, aproximadamente, a 575 pesos/dólar.
CHILE - AS VINÍCOLAS
O país possui muitas e renomadas vinícolas, espalhadas ao longo de seus vales, e mencionamos aqui, resumidamente, algumas das mais conhecidas: Almaviva, Baron Philippe de Rothschild, Carmen, Carpe Diem, Casa Lapostolle, Casa Silva, Concha y Toro, Cousiño Macul, Montes, Morandé, Portal del Alto, Quebrada de Macul, Santa Carolina, Santa Helena, Santa Rita, Tarapacá.
Sugerimos, para informações mais detalhadas, uma consulta asos sites da Academia do Vinho e ChileVinos.
CONTROLE DO ENVELHECIMENTO DO VINHO TINTO
Notícias recentes dão conta de que um estudo científico francês centra-se no comportamento físico dos taninos como um dos fatores-chave no envelhecimento do vinho tinto. Deste modo, a Física se uniria à Química no tratamento do processo de amadurecimento do vinho e no controle da conduta dos taninos nele presentes e que tanto preocupam a enologia moderna.
O professor do Laboratório de Física Teórica e Altas Energias de Paris, Drazen Zanchi, estuda a estrutura coloidal dos taninos e o modo como eles se polimerizam (se mantêm juntos). Os primeiros resultados indicam que, controlando-se a razão com que eles se polimerizam, pode-se acelerar ou retardar o envelhecimento do vinho.
Zanchi destacou a importância deste tipo de estudos em sua proposta de investigação, posto que permitirá conhecer como a adstringência e o potencial de envelhecimento do vinho se relacionam com a estrutura coloidal desses componentes. A investigação, que está em sua fase preliminar, contará com a colaboração de cientistas do grupo de enologia da Universidade de Montpellier.
CHILE - AS CASTAS
São poucas as castas, mas todas pertencem à aristocracia da Vitis Vinífera. Assim, as diferenças fundamentais entre os vinhos resultam das uvas com que são elaborados.
Castas tintas:
Pinot Noir - Originária de Bourgogne, é cultivada, principalmente e em proporções quase iguais, nos Valles de Curicó e Maule, e na região Metropolitana. Gera vinhos de grande fragrância, textura e corpo, com fortes aromas frutados quando jovens e com menos taninos que a Cabernet Sauvignon.
Merlot - Originária de Bordeaux, é como que a irmã mais nova da Cabernet Sauvignon, pois gera vinhos parecidos mas menos tânicos, mais suaves e brandos, que amadurecem mais rápido.
Malbec - Originária do sudoeste da França, dá origem a vinhos de bom corpo, concentrados e elegantes, com elevada presença de taninos, que os tornam favoráveis para guarda.
Cabernet Sauvignon - Originária de Bordeaux, é considerada a rainha das castas e produz os melhores tintos do mundo. É cultivada principalmente entre as zonas de Curicó, Maule e Metropolitana. Seus vinhos em geral melhoram com o envelhecimento, em parte devido à presença de taninos e, por outro lado, graças à combinação com outras castas, principalmente a Merlot.

Castas brancas:
Riesling - Originária da Alemanha, produz vinhos de grande caráter e personalidade, de alta acidez, leves e refrescantes. Cultivada principalmente nas zonas de Curicó, Rapel e Maule.
Chardonnay - Originária de Bourgogne, produz os vinhos brancos mais elegantes do mundo, expressivos, harmoniosos, sem extremos duros nem acidez excessiva. Cultivada principalmente na zona de Casablanca.
Sauvignon Blanc - Originária de Bordeaux, produz vinhos menos harmoniosos, devido ao seu forte caráter. Possui aromas minerais e sabores vegetais e a grande maioria é cultivada no Valle de Maule.
Semillon - Originária de Bordeaux, gera vinhos balanceados e de agradável frescor. Cultivada principalmente na zona de Maule, mas poucas são as vinícolas que a utilizam, embora seja plantada em quantidades nada desprezíveis.
Gewürztraminer - Originária da Alemanha, é a casta com o perfume mais característico de todas as uvas, bastante exótico. Cultivada principalmente na zona de Maule, é pouco utilizada, mas já produziu notáveis resultados.

fevereiro 17, 2004

CHILE - AS REGIÕES PRODUTORAS
No Chile se fala em uma trilogia perfeita, pelas excepcionais condições de clima, solo e castas. Mas, em que pese serem estes elementos fundamentais, o país também se modernizou em tecnologia e hoje oferece ao mundo vinhos de esmerada qualidade.
É importante salientar que, a partir de janeiro de 1996, entrou em vigor a lei que estabelece o zoneamento vitivinícola e estabelece normas para a sua utilização. Assim, existem duas grandes regiões vinícolas, com suas respectivas sub-regiões:
Aconcagua - sub-regiões de Valle del Aconcagua e Valle Casablanca.
Valle Central - sub-regiões de Valle del Maipo, Valle de Rapel, Valle de Curicó e Valle del Maule. As três últimas possuem as seguintes zonas: Valle del Cachapoal e Valle de Colchagua (psara o Valle de Rapel); Valle de Teno e Valle del Lontué (para o Valle de Curicó); Valle del Claro, Valle Loncomilla e Valle Tuteven (para o Valle del Maule).
Em notas posteriores continuaremos comentando os vinhos chilenos.
TOURIGA NACIONAL NO BRASIL
Que belo jantar de vinhos o amigo Hildérico patrocinou! Lendo seus comentários, percebe-se que ele se preparou para aprofundar uma análise desta famosa casta portuguesa e, além da seleção dos vinhos, reuniu um grupo de 13 amigos (14 com ele próprio). E agora nos brinda com uma descrição detalhada das degustações, recheada de adjetivos e locuções elogiosos. Só não nos disse (porque de fato não era pertinente) quais pratos serviu para acompanhar esses vinhos... Quem sabe, lendo esta nota, ele volta ao tema e nos fala de suculentos menus...
Ao comentar a fama da TN, Hildérico mencionou que a casta começa a ser exportada para o Brasil, entre outros países. Isto é bastante interessante, na medida em que permitirá aos brasileiros desfrutar das belas características da casta. Já é possível encontrar no mercado vinhos portugueses elaborados à base da TN e, com o objetivo de complementar a matéria de Hildérico e também informar aos amigos de Portugal, transcrevemos abaixo parte do que foi publicado no site Winexperts:
"No Brasil, a Sogrape é representada pela importadora Nunes Martins; a DFJ, do conceituado enólogo José Neiva, pela Maison du Vin; e os vinhos de Domingos Alves de Souza, pela Decanter. Infelizmente, nem todos os outros premiados chegam ao mercado nacional. Mas o consumidor brasileiro pode conhecer o potencial da Touriga Nacional também em muitos outros produtos. Os tintos da Casa Santos Lima, da Estremadura, por exemplo, são importados pela World Wine/La Pastina; Quinta De La Rosa e Quinta Seara D'Ordens, do Douro, são trazidos pela Expand. Na importadora Mistral são encontrados Touriga Nacional de diversas regiões, como o Quinta de Pancas, do Alenquer; Primum, feito pela casa José Maria da Fonseca na Península de Setúbal; Quinta de Saes, do Dão; Quinta da Portela da Vilariça, Quinta da Mata de Baixo e Lavradores de Feitoria, do Douro; Falua Tercius e Quinta da Lagoalva de Cima, do Ribatejo. Nos supermercados, estão à disposição do consumidor o Quinta do Cachão Touriga Nacional, da casa Messias (Douro); e o Touriga Nacional da Herdade do Esporão (Alentejo). São vinhos com diferentes estilos, mas todos têm em comum a garantia do berço, já que predomina em sua composição esta grande uva portuguesa."
Quanto a nós, podemos dizer que já exoerimentamos, mais de uma vez, o Quinta do Cachão e o consideramos de muito boa relação preço/qualidade.
ROBERT PARKER E AS SAFRAS DE 1970 A 2002
Robert Parker avaliou as safras dos anos de 1970 a 2002 para vinhos de diversas regiões do mundo (não incluindo América do Sul, África do Sul, Nova Zelância) e compilou os resultados em uma tabela, com as respectivas notas por safra e região, além de um indicador sobre o atual status dos vinhos.
Esta tabela, publicada na revista The Wine Advocate, fundada por Parker, está atualizada para 31/12/03 e pode ser encontrada no site RobertParker.com e serve como uma referencial básico para os interessados. Como se vê, é tudo Parker...
TOURIGA NACIONAL
A touriga nacional é considerada, pela maioria dos críticos, a casta portuguesa de maior potencial e, por isso mesmo, chamada de casta rainha. Isso e uma reportagem recente na revista dos vinhos levou-me a promover um jantar com amigos, meus e do vinho, para tentar conhecer melhor a casta. Éramos 14 pessoas, mas somente 10 resolveram classificar os vinhos, 4 mulheres e 6 homens. A ideia foi a de tentar perceber as características habituais da casta, assim como o de tentar perceber o que o “terroir” lhe pode fazer. Convém realçar que somos completamente amadores, mas também convém não esquecer que os vinhos são em 95% das vezes bebidos por amadores.
A origem da casta continua a ser um mistério, sendo o Dão e o Douro apontados como os mais prováveis, sendo uma das castas responsáveis pela longevidade dos famosos Porto Vintages. Graças à fama de que goza, esta casta está neste momento disseminada por todo o país e começa a ser exportada para países do novo mundo como a Austrália ou o Brasil. Decidi pois, escolher 4 vinhos de regiões diferentes: Dão, Douro, Estremadura e Alentejo, mas o meu amigo Júlio, que nunca presta atenção ao que lhe digo, brindou-nos com mais um exemplar do Dão. Assim, do Dão vieram o Quinta da Pellada TN 2001, Quinta da Fonte do Ouro TN 1999, do Douro o Quinta das Castas TN 2000, da Estremadura o Caves Velhas TN 2001 e do Alentejo o Esporão TN 2001.
Os preços deixaram-me um pouco surpreendido, pois esperava encontrar bons exemplares na faixa 10€-15€, mas a fama da casta e também, certamente, a pouca produtividade das videiras, elevou o preço da maior parte dos vinhos identificados como bons. O único que apresentou um preço comedido foi o Caves Velhas, 7€, o Esporão estava no preço esperado, 14€, e os do Dão (não sei o preço do Fonte do Ouro) e Douro ultrapassaram a fasquia dos 20€.
A nota média dos homens e das mulheres foi sensivelmente a mesma, o que demonstra uma homogeneidade, em relação à escala (0-20), perfeita. A classificação média dos TN foi de 14,5 e a ordenação e classificação dos vinhos foi a seguinte:

Vinho, Região, Classificação

1º Esporão TN 2001, Alentejo, 16,44
2º Quinta das Castas TN 2000, Douro, 16,10
3º Caves Velhas TN 2001, Estremadura, 13,60
4º Quinta da Pellada Touriga Nacional 2001, Dão, 13,30
5º Quinta da Fonte do Ouro TN 1999, Dão, 13,29


A vitória do Esporão TN 2001 deve-se, sem margem para dúvidas, ao sector feminino, pois em média as senhoras valorizaram-no em mais 2,33 valores. Assim, se as vossas caras metade não apreciam vinho, aqui têm um bom exemplar par as demover. O vinho, de cor escura, é de facto feminino, com uma clara sobre maturação da uva, ao estilo novo mundo, levemente encorpado e taninos muito doces, alguns dos adjectivos utilizados foram: aroma a baunilha e a fruta preta, sabor a chocolate e a baunilha, suave, envolvente, final prolongado e complexidade média. A doçura “exagerada” do vinho foi penalizada pelo sector masculino. Resta dizer que foi um dos vencedores da prova da revista dos vinhos.

O vinho Quinta da Castas TN 2000 foi o mais intrigante vinho da noite, pois com tantas transformações quase parecia uma “Drag Queen”, de profunda cor vermelho escuro, foi o 2º vinho a ser provado logo após o Quinta da Pellada, e apesar de ser 1 ano mais velho, parecia bem mais novo. As minhas notas, num espaço de meia hora, foram evoluindo da seguinte forma: Frutado com ligeira acidez e taninos doces, baunilha no aroma e chocolate no sabor, mel, fumo, acidez final. A compota de fruto preto, robusto, complexo, diospiros verdes, foram outros dos adjectivos utilizados. A evolução do vinho chegou a deixar-me esfusiante, mas a quebra final do vinho penalizou as suas notas e terá sido o motivo pelo qual não ficou em 1º lugar.

O Caves Velhas TN 2001, de uma cor vermelho claro a denunciar a leveza de corpo, com pouca complexidade, mas muito equilibrado, tanto de aromas como de sabor.

O Quinta da Pellada TN 2001 foi, para mim, a grande decepção da noite, pois além de ser feito pelo senhor que mais tem inovado no Dão, é já um grande nome na região. Ligeiramente turvo, apesar de ter sido decantado, de cor pouco profunda, taninos bem presentes e acidez muito elevada e que, para piorar a situação, ia sendo acentuada com o tempo tornando-se desagradável.

O “Joker” da noite, o Quinta da Fonte do Ouro TN 1999, não foi além do último lugar, apesar de ter sido muito apreciado pela Isabel, que o colocou no topo das suas preferências a par do Quinta das Castas elogiando o seu aroma a madeira de castanho, mas, na sua maioria, foi apodado de áspero, ácido e agreste.

Extra concurso foram servidos um “Porto Tonic” da Vista Alegre, muito apreciado; um Gewürztraminer 2001 da Hugel (15,30 valores), de um amarelo claro límpido, com um perfume a damasco e frutos tropicais, sabor doce a damasco com uma acidez correcta a cortar o doce e a prolongar o final; um Riesling 2001 da Hugel (13,40), de cor clarinha, leves aromas a frutos verdes, com elevada acidez, pode combinar bem com marisco; para finalizar a refeição foi servido um Chateau Loupiac de 1996, um vinho obtido à custa de uvas com podridão nobre, atingidas pela botrytis, que não foi classificado mas foi muito admirado e elogiado, sendo uma verdadeira surpresa para muitos deles. Alguns dos adjectivos utilizados foram aromas a limão doce, laranja, mel, musgo, bosque, com uma acidez não muito elevada, mas suficientemente alta para cortar a doçura característica destes vinhos, acabo com as palavras da Ana Paula “Doce, encorpado, complexo, macio, aveludado, cheio de personalidade, com requinte. Adorei.”. Falta dizer que estes 3 brancos são franceses, os 2 primeiros da Alsácia e o último da região de Loupiac, mesmo ao lado da região dos famosos Sauternes, sul de França.

fevereiro 16, 2004

O NARIZ DE ROBERT PARKER
Ele dispensa apresentação e, no mundo dos vinhos, não há quem desconheça sua fama. Seu nariz fabuloso está segurado em um milhão de dólares. E não é para menos: Suas notas tanto podem reduzir o preço de um vinho à metade como dobra-lo. Tirar um vinho do mercado ou levá-lo ao topo.
Parker possui memórias olfativa e gustativa sobrenaturais e já provou cerca de 220.000 vinhos; hoje, degusta uma média de 27 por dia.
Até algum tempo atrás, grandes produtores costumavam aguardar suas notas para depois fixar os preços dos vinhos. Mas Parker mudou de estratégia, inverteu a situação e desde 2003 só prova os vinhos depois de estabelecidos seus preços.
Parker pontua as bebidas de 50 a 100 e, com isso, as diferenças de qualidade tornam-se mais visíveis. Deste modo, um vinho com nota 91 perde espaço em demasia para um outro rotulado com um 93 de Parker.
Ele é taxativo ao definir seus princípios: "Pouco me importa se o produtor foi amigo de Napoleão, se vive em uma propriedade centenária e se seus antepassados foram fornecedores dos reis da França. Só me interessa o que ele põe na garrafa e vende."
Mas até quando vai durar essa sua prodigiosa capacidade? Alguém arrisca um palpite? (Fonte: Revista ISTO É, 02/04/2003).

fevereiro 14, 2004

PALHA-CANAS 2002
Eis um regional Estremadura que muito me agradou, elaborado com Touriga Nacional, Touriga Franca, Castelão e Camarate tendo estagiado em madeira de carvalho.
No nariz notava-se a fruta fresca, que parecia acabada de esmagar, mas na boca já se mostrou muito equilibrado e com leves sabores de baunilha oriunda da madeira.
Deve beber-se já.
Excelente relação qualidade/preço, pois custa cerca de 6€.

fevereiro 13, 2004

GUIA DE VINHOS BRASILEIROS ABS - SP
Temos em mão a segunda e última edição do Guia ABS - SP dos Vinhos Brasileiros (2002/2003), analisando vinhos das safras de 1997 a 2002. Seu conteúdo (131 páginas) está abordado nos seguintes capútulos: Introdução / A História do vinho no Brasil / As Safras de 1997 a 2002 / Princípios de Degustação / Vinho e Comida / Procedimentos de Recolhimento das Amostras / Procedimentos Utilizados nas Degustações / Significado das Notas / Participantes das Degustações / Análise dos Vinhos / Considerações Estatísticas / vinícolas Brasileiras.
Pode ser um referencial para quem desejar informar-se um pouco mais sobre os vinhos nacionais. Os interessados devem consultar o site da ABS - SP.

fevereiro 10, 2004

ATARDECER DE LOS ANDES 2002
Em nossa peregrinação pelas gôndolas dos supermercados, sempre à procura de alguma pechincha, encontramos este argentino. É um Cabernet Sauvugnon, com 13% de teor alcoólico, elaborado pela Federación de Cooperativas Vitivinicolas Argentinas, em Maipú, Mendoza. O preço era convidativo: R$11,80. E decidimos experimentá-lo.
Antes de abrir, resfriamos a garrafa na geladeira (temperatura recomendada entre 16 °C e 18 °C).
De cor rubi, não muito intensa mas ainda atraente, límpido, evidenciou logo seu corpo médio, mas característico. Aromas equilibrados de frutas vermelhas. Na boca, mostru-se agradável, embora com certa adstringência.`Pelo que sentimos, seria um bom acompanhante para uma refeição com carnes vermelhas ou massas. Um possível candidato a "vinho nosso de cada dia".

fevereiro 08, 2004

SÃO DOMINGOS 1995
Aqui está um típico vinho bairradino.
Como a lei exige, feito com predominância da casta baga, a tal casta difícil, mas que origina vinhos que envelhecem magnificamente.
O vinho está, creio, no seu apogeu. Mostra uma cor acastanhada com reflexos vermelhos, um aroma típico daqueles vinhos clássicos, mas sem grande exuberância. Na boca mostrou que os taninos já estavam domados, mas mostra ainda alguma frescura e mostrou ser um vinho agradável de beber.
CRUZ MIRANDA 2001
Acabei de beber o vinho referido, que foi um 1º prémio da confraria dos enófilos alentejanos, se não estou enganado.
Feito unicamente com alfrocheiro preto, é um grande vinho, de cor rubi escura e profunda, com aromas a bolacha e chocolate, uma espécie de "mon chéri". Traz lembranças de vinho do porto, apesar do vinho ser feito no Alentejo, com a ajuda do Prof. Virgílio Loureiro. Porque será que gosto tanto dos vinhos deste senhor???
O sabor está suave e doce apesar (ou será devido?) dos 15º !!, mas o álcool está bastante bem dissimulado e só peca por o fim de boca ser um pouco curto, pois aquele ligeiro sabor a chocolate e baunilha merecia ficar mais tempo na boca.
Dê-nos mais vinho PROFESSOR.

fevereiro 07, 2004

DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #2: QUINTA DA BACALHOA 1996

Este é um tinto regional Terras do Sado, seco, elaborado pela JP Vinhos, a partir de uvas Cabernet Sauvignon e Merlot, mas com predominância da primeira (90%). Passa por um estágio de 12 meses em barris de carvalho e apresenta um teor alcoólico de 12,9%. Documentos históricos comprovam que desde sempre houve vinhas na quinta, como, por exemplo, a descrição da doação feita em 1426 por D. Duarte, filho de D. João I, Rei de Portugal, ao seu irmão, Infante D. João, de toda a Quinta da Bacalhoa.
A vinha foi plantada em 1972, mas a primeira colheita ocorreu em 1979, quando este vinho se tornou o primeiro Cabernet Sauvignon de fama em Portugal, e desde então vem produzindo regularmente.
João Paulo Martins, em seu livro “Vinhos de Portugal 2000”, 1ª edição, outubro de 1999, nos conta que “em 1998 pudemos fazer uma prova vertical de todos os vinhos produzidos até hoje. De certa forma foi uma surpresa verificar que todos apresentavam uma boa saúde, não sendo possível desclassificar qualquer colheita”. JPM avaliou a colheita de 1997 e lhe atribuiu 6 pontos, equivalentes a “Muito Bom” em um máximo de 8.
Ao iniciarmos nossa avaliação, observamos uma cor rubi intensa, sendo boa a qualidade visual. Límpido, quase opaco, brilho médio.Ao nariz, aromas frutados e de madeira, de boa qualidade e persistentes.Na boca, mostrou-se encorpado, equilibrado, com boa evolução, retrogosto de boa qualidade e persistência média.
Um vinho robusto, bastante agradável, que acompanha bem, por exemplo, queijos ou carnes fortes. Pontos: 82.
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #1: CASA FERREIRINHA RESERVA 1992
Este é um tinto português bem conhecido, produzido na região demarcada do Douro Superior pela não menos conhecida e afamada A. A. Ferreira S. A. Segundo a empresa, é envelhecido em meias pipas de carvalho de 270 litros por um período que varia entre 12 e 18 meses; ainda, para preservar a mais alta qualidade, é engarrafado sem tratamento pelo frio, o que pode provocar a formação de depósito durante o seu envelhecimento em garrafa. Sua denominação de "Reserva" advém do reconhecimento de que sua longevidade é inferior à do Barca Velha. Teor alcoólico de 12,2%.
Para se ter uma idéia da qualidade deste vinho, considerem-se opiniões como a do jornalista especializado português João Paulo Martins, em seu livro "Vinhos de Portugal 2000", 1ª edição, outubro de 1999, que lhe atribuiu nada menos que 7 pontos, equivalentes a "Muito Bom +", em um máximo de 8 (não sabemos quais as avaliações nas edições posteriores do livro, já publicado para 2004). E também a Revista de Vinhos, em sua edição de abril de 2002, lhe atribuiu 16,5 pontos, equivalentes a "Muito Bom", em um máximo de 20.
Na avaliação abalizada dessa Revista, "o tempo ainda não lhe trouxe complexidade, pelo que poderá, eventualmente, precisar de mais tempo em garrafa. A austeridade que mostra na boca revela que temos vinho para o futuro". Nesta mesma linha situa-se JPM, quando afirma que "é vinho para beber ou guardar".
Previamente à nossa degustação, deixamos o vinho decantar e repousar, conforme recomendado, por quase duas horas. Após este tempo, a temperatura do vinho homogeneizou-se com a do ambiente, estabilizando-se nos 23 °C, e decidimos por não resfria-lo.
Nossa prova se iniciou pela análise visual, com a surpresa de constatar sua cor rubi, homogênea, densa e de um belo e intenso brilho. Muito límpido, sem qualquer turbidez. Viscosidade média.
A seguir, ao nariz, mais outra boa surpresa: aromas agradáveis, amplos, de frutas maduras, que se espalharam equilibrada e suavemente, fazendo-nos retornar por diversas vezes à aspiração. Possivelmente apresentaria ainda outros aromas, se analisado por provadores mais experientes.
Mas foi ao levar o vinho à boca que pudemos confirmar tudo aquilo que ele já nos adiantara: bastante encorpado, seco, fugaz em amargor, equilibrado em álcool, adequado em acidez, aveludado em textura, com taninos finos e agradáveis, um excepcional retrogosto e uma boa persistência. Em resumo: um vinho maduro, típico, e, de fato, "para beber ou guardar". Pontos: 91.

fevereiro 06, 2004

MOINHO DA ASSEICEIRA - TINTO 2001
Acabei de ler um artigo do José Quitério no Expresso de 10 de Janeiro.
Como me revi na sua avaliação, resolvi colocar aqui a sua nota, com a devida vénia.
O vinho é produzido por dois irmãos, Ana Isabel Ferreira Bicó e Miguel Silvestre Ferreira, na Herdade do Pinheiro em Ferreira do Alentejo.
Têm a apoiá-los o enólogo José Fonseca e o técnico vitivinícola Luis Leão.
Lançaram duas marcas, a Herdade do Pinheiro como topo de gama e o Moinho da Asseiceira, este último elaborado com as castas Castelão (ou periquita), Aragonêz (ou tinta roriz ou tempranillo ou...) e Cabernet Sauvignon.
A nota de prova foi então a seguinte:
"Com 12,5º de álcool, de bonita cor rubi pronunciado, mostrou aroma franco a fruta madura levemente especiado, sabor macio, de taninos almofadados, de strutura madiana e muito bem apaladado até ao fim. Bebe-se com gosto, redobrado pela sensatez do preço".
O preço situa-se na casa dos 4€.

fevereiro 04, 2004

DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
Desde a criação deste site, em setembro de 2001, vimos divulgando, aleatoriamente, notas sobre vinhos degustados, na medida em que essas experiências ocorriam. Refletiam tais notas os resultados de observações solitárias ou em conjunto com terceiros.
Ao longo dos últimos tempos, uma idéia começou a se delinear em nosso grupo de amigos do vinho: Por que não pensar, também, em organizar um ciclo anual de degustações de vinhos previamente selecionados? A idéia amadureceu e hoje a estamos explicando a seguir.
Adotaram-se os seguintes critérios e premissas básicos: -->Selecionar seis países, em função de sua tradiçõão de grandes produtores mundiais, cada um participando duas vezes ao longo do ciclo. Foram escolhidos: Portugal, Espanha, França, Itália, Argentina e Chile.
-->Selecionar, para cada mês, de janeiro a dezembro, dois vinhos (sempre tintos) de determinado país, de reconhecidas procedência e qualidade, escolha esta determinada tão somente pela disponibilidade atual do grupo. Provaremos o que temos.
-->Realizar as provas a intervalos regulares, sempre na segunda quinzena de cada mês, sendo a única exceção as de janeiro, que, por motivos fortuitos, ocorrerão em fevereiro, antecedendo as definidas para este último.
-->Beber os vinhos sempre na seqüência previamente estabelecida e em condições de temperatura o mais possível próximas das ideais.
-->Avaliar os vinhos de acordo com os critérios clássicos conhecidos, preenchendo fichas com as características e particularidades observadas e atribuindo as respectivas notas.
-->Divulgar periodicamente neste site os comentários das provas e as notas médias dadas pelo grupo.
Convém ressalvar, desde agora, que nosso grupo de provas não será composto por profissionais, somos apenas enófilos que procuram aprimorar-se na prazeirosa arte da degustação. Assim, poderão ocorrer discrepâncias entre notas atribuídas a um ou outro vinho, que venham a ser percebidas pelos "experts" que nos lerem, mas para isto contamos com a compreensão e as críticas construtivas de todos.
Veja aqui a relação completa dos vinhos, com suas regiões, safras e meses de degustação. E acompanhe as colocações posteriores neste site.

fevereiro 02, 2004

PORTO TONIC
Já que falam tanto do problema que é o calor para beber vinho, porque não experimentam o porto tonic?
Eu ouvi falar desta forma de beber vinho do porto branco há mais de um ano. Na altura pensei que fosse mais um truque publicitário para ver se conseguiam vender o porto branco seco, pois isto só funciona com o seco ou extra seco. É que eu não tinha gostado nada dos brancos secos que tinha bebido até então.
Maldita a hora em que me armei em esperto, pois é um aperitivo muito melhor que o gin tonic ou martini e muito refrescante.
Dos que provei, aconselho o Taylors Chip Dry ou o Vista Alegre Branco Seco (ou será extra seco?).
Como se faz? Já tinham feito essa pergunta, não é? Coloquem 1 pedra de gelo num flute (é mais chique, percebem?), tirem o vinho do frigorífico e encham o copo até metade. Completem com água tónica da Schwepps. Convém ser desta marca, pois tem de ser azeda.
Agora dêm um copo ás senhoras.
Tchim Tchim
TRÊS TINTOS PORTUGUESES
Tive a oportunidade de provar a acompanhar um arroz de cabidela e bacalhau assado com batatas a murro os seguintes vinhos e por esta ordem: Meandro 1999 (Douro), Aragonez 2002 (Alentejo) do João Portugal Ramos e me&jbc 2001 (Douro).
O Meandro é um vinho de sabor e aroma tradicional, bom corpo mas com alguma adstringência e um pouco rude. Combinava bem com o arroz, ligeiramente avinagrado.
O segundo, como é hábito do JPR é um vinho muito equilibrado, doce e delicado, as senhoras costumam gostar (não se esqueçam de provocar as meninas), mas com uma notória ausência de complexidade.
Quanto ao último, creio que será melhor saciar a vossa curiosidade e dizer-vos que me=Maria Emília a produtora e jbc=João Brito e Cunha o enólogo. Perceberam? Felizmente foi sempre em crescendo, pois de facto este foi o melhor da noite, um vinho com muita fruta, taninos suaves e corpo equilibrado. Uma espécie de evolução do segundo, mas mais encorpado e mais complexo e mais…
AUMENTAM AS IMPORTAÇÕES DE VINHOS PORTUGUESES
Informações que nos chegam de Portugal, recentemente divulgadas pelo ICEP, dão conta de que as exportações de vinho português para o Brasil cresceram 11,86 % em 2003, comparativamente a 2002, alcançando os 7,54 milhões de euros. A exportação de vinho de mesa aumentou, em volume, 7,38 por cento em 2003.
Sugestivamente, com isto Portugal foi o único país europeu a aumentar as suas exportações em valor e em volume. E estes resultados, conforme explicado, revestem-se de um caráter especial, já que 2003 foi bastante penalizador para os vinhos europeus, dada a excessiva valorização do euro face ao real.
Enfatizou-se também a importância de ações de promoção do vinho português realizadas ultimamente no Brasil. No ano passado, foram realizadas cinco provas de vinhos nas principais capitais brasileiras, estando previsto número idêntico para este ano.
Além disto, nas últimas semanas, três das mais respeitadas publicações brasileiras lançaram a lista dos 100 melhores vinhos em 2003 e, em todas, Portugal aparece em posição de destaque. Na classificação da Revista Gula, Portugal foi o país que contribuiu com mais referências, num total de 26 vinhos portugueses. A Gula destacou o Quinta do Vale Meão 2000, vencedor da categoria "Tinto do Ano" e o Niepoort Redoma Reserva 1999, que venceu a categoria "Branco do Ano". O Porto do ano eleito foi o Taylor's 2000.
A Revista Prazeres da Mesa selecionou 21 vinhos portugueses no leque dos seus favoritos. Os vinhos portugueses apenas foram suplantados pelos chilenos, que contribuíram com 28 referências, mas Portugal foi o país mais votado na categoria de tintos com preço mais elevado. (Fonte: LusoWine).