fevereiro 08, 2003

VINHO & GUERRA
A Segunda Guerra Mundial, que durou de 1939 a 1945, foi um enorme flagelo para a humanidade. Muito se escreveu sobre este conflito, que abalou a vida de muitos países, mesmo aqueles que dele não participaram diretamente. Mas somente há relativamente pouco tempo vem de ser publicado um livro onde se relaciona o vinho com a guerra. Intitula-se Vinho & Guerra e é da autoria do casal de jornalistas americanos Don e Petie Kladstrup
Vinho, arma secreta da resistência francesaContam que, já quase no final do conflito, quando as últimas unidades alemãs na França estavam se rendendo, soldados franceses descobriam em Adlershorst, o retiro na montanha da alta cúpula nazista, uma cave com meio milhão de garrafas dos mais excelentes vinhos jamais fabricados em Bordeaux, Borgonha, Champagne e outras regiões de seu país. A adega no meio da pedra foi o destino de anos de confisco da bebida-símbolo da França durante a ocupação nazista.
E muitas histórias são contadas no livro sobre a importância do vinho durante a guerra, onde foi utilizado como tática militar e fez vinicultores e negociantes formarem uma espécie de “resistência paralela” a fim de preservar seu orgulho e sua economia.
Em outras narrativas, fica-se sabendo como famílias construíam muros em poucas horas e os forravam com teias de aranha, para esconder suas melhores garrafas; ou como enganavam os alemães “bebedores de cerveja”, trocando rótulos e servindo-lhes safras de péssima qualidade, sem que eles notassem.
Pode-se imaginar o quanto foi penoso para os franceses resistir àquela humilhante dominação. Mas eles conseguiram. E ainda tiveram de volta muitos de seus bons vinhos.