SANTA FÉ DE ARRAIOLOS 2003
Vinho Regional Alentejano, produzido pela J.P. Vinhos na Adega das Ânforas, em Arraiolos, Portugal, a partir de uvas das castas Aragonês, Trincadeira e Alicante Bouschet. Teor alcoólico de 13%.
Não o havíamos visto ainda nas lojas e na ocasião da compra presumimosque se tratava de uma nova marca daquela tradicional vinícola. Segundo o produtor, ”apresenta uma personalidade Alentejana bem definida: cor carregada, rico em aromas e sabores de compotas de frutos vermelhos, enche e perdura na boca com grande suavidade. Ideal para ser consumido desde já, poderá envelhecer em garrafa nos próximos dois anos”. Ao bebê-lo, observamos uma cor vermelha não muito intensa, corpo médio, aromas razoavelmente agradáveis (sem identificar as frutas) e um paladar aceitável, embora um pouco adstringente. Não fosse o preço, cerca de R$23, poderia ser entendido como um bom e despretencioso vinho para o dia-a-dia, acompanhando bem pratos de carnes vermelhas e condimentados.
dezembro 27, 2004
dezembro 23, 2004
FELIZ NATAL
Chegamos ao nosso quarto Natal. Mas, não o fizemos sozinhos: foi por demais importante o incentivo que tivemos dos nossos amigos e dos nossos visitantes, que muito contribuiram para que continuássemos publicando matérias e informações neste site.
Portanto, ao tempo em que agradecemos este apoio, desejamos apresentar a todos os nossos melhores votos de um Feliz Natal e um ano de 2005 com muita paz e pleno de realizações. E com muito vinho, também... Esperamos continuar merecendo a atenção que nos tem sido dada e nos esforçaremos por trazer-lhes novidades neste novo ano.
Saúde!!!
Chegamos ao nosso quarto Natal. Mas, não o fizemos sozinhos: foi por demais importante o incentivo que tivemos dos nossos amigos e dos nossos visitantes, que muito contribuiram para que continuássemos publicando matérias e informações neste site.
Portanto, ao tempo em que agradecemos este apoio, desejamos apresentar a todos os nossos melhores votos de um Feliz Natal e um ano de 2005 com muita paz e pleno de realizações. E com muito vinho, também... Esperamos continuar merecendo a atenção que nos tem sido dada e nos esforçaremos por trazer-lhes novidades neste novo ano.
Saúde!!!
novembro 03, 2004
2004: A MELHOR DE TODAS AS SAFRAS
Os vinhos finos brasileiros ainda têm um bom caminho pela frente até atingirem o nível dos europeus, australianos ou chilenos. Mas, nas duas últimas décadas, os produtores da Serra Gaúcha e do vale do rio São Francisco reduziram parte dessa distância com investimentos em tecnologia e um trabalho sério no tratamento das parreiras.
E, melhor de tudo, a natureza está fazendo a sua parte. O Brasil teve até hoje três safras excepcionais, em 1999, 2002 e 1991, esta última considerada a melhor da história.
A boa nova é que a safra de 2004 no Sul do País, que acaba de ser colhida, deverá render os melhores vinhos brasileiros de todos os tempos, superiores até mesmo aos da badalada colheita de 1991. Alguns brancos, espumantes e tintos leves deste ano já chegaram ao mercado. Mas quem aprecia os tintos mais encorpados deverá esperar pelo menos até o final do ano.
Um bom vinho é o resultado da soma de frutos devidamente amadurecidos, tecnologia de ponta, equipamentos adequados e interferência inteligente do produtor. No primeiro e mais importante quesito, a qualidade do fruto, o clima ajudou. A uva precisa de chuva logo após o nascimento e muito sol na colheita, feita de janeiro a 15 de março.
Em janeiro e fevereiro de 2004, o sol brilhou 521 horas na Serra Gaúcha, 91 horas a mais do que a média histórica. No mesmo período, choveu apenas 11 dias, a uma média diária de 231 mm , ou litros por metro quadrado de terra. Na safra de 2003, por exemplo, foram 28 dias a uma média de 472 mm diários. Tudo isso ajuda o fruto a concentrar mais açúcar, que se transforma em álcool natural na fermentação. Vinhos com alto teor alcoólico são mais aptos a ganhar corpo, reunir aromas complexos e envelhecer melhor.
O Brasil tem cacife para competir no mercado de espumantes com nariz empinado. A briga continua pesada – 70% dos vinhos e 30% dos espumantes abertos no País são estrangeiros. Mas, como se vê, vale a pena procurar melhorar para competir. (Revista Isto É - julho/04)
Os vinhos finos brasileiros ainda têm um bom caminho pela frente até atingirem o nível dos europeus, australianos ou chilenos. Mas, nas duas últimas décadas, os produtores da Serra Gaúcha e do vale do rio São Francisco reduziram parte dessa distância com investimentos em tecnologia e um trabalho sério no tratamento das parreiras.
E, melhor de tudo, a natureza está fazendo a sua parte. O Brasil teve até hoje três safras excepcionais, em 1999, 2002 e 1991, esta última considerada a melhor da história.
A boa nova é que a safra de 2004 no Sul do País, que acaba de ser colhida, deverá render os melhores vinhos brasileiros de todos os tempos, superiores até mesmo aos da badalada colheita de 1991. Alguns brancos, espumantes e tintos leves deste ano já chegaram ao mercado. Mas quem aprecia os tintos mais encorpados deverá esperar pelo menos até o final do ano.
Um bom vinho é o resultado da soma de frutos devidamente amadurecidos, tecnologia de ponta, equipamentos adequados e interferência inteligente do produtor. No primeiro e mais importante quesito, a qualidade do fruto, o clima ajudou. A uva precisa de chuva logo após o nascimento e muito sol na colheita, feita de janeiro a 15 de março.
Em janeiro e fevereiro de 2004, o sol brilhou 521 horas na Serra Gaúcha, 91 horas a mais do que a média histórica. No mesmo período, choveu apenas 11 dias, a uma média diária de 231 mm , ou litros por metro quadrado de terra. Na safra de 2003, por exemplo, foram 28 dias a uma média de 472 mm diários. Tudo isso ajuda o fruto a concentrar mais açúcar, que se transforma em álcool natural na fermentação. Vinhos com alto teor alcoólico são mais aptos a ganhar corpo, reunir aromas complexos e envelhecer melhor.
O Brasil tem cacife para competir no mercado de espumantes com nariz empinado. A briga continua pesada – 70% dos vinhos e 30% dos espumantes abertos no País são estrangeiros. Mas, como se vê, vale a pena procurar melhorar para competir. (Revista Isto É - julho/04)
DESCOBRIR O ESPUMANTE
O enólogo chileno Mario Geisse, que em 1975 veio dirigir a filial brasileira da Moët & Chandon, hoje produz vinhos na Cave de Amadeu, em Bento Gonçalves (RS). Seu espumante brut, o Cave de Amadeu, é considerado o melhor do País. Geisse concedeu entrevista a uma revista brasileira, em outubro passado, quando falou sobre os espumantes brasileiros. São palavras de um enólogo já consagrado em seu país pela qualidade de seus vinhos.
“O Brasil deveria lutar para se firmar como o país do espumante. Porque essa é a vocação natural para o clima e o solo encontrados no País, aquilo que chamamos de terroir, sobretudo na serra gaúcha. No Brasil, as uvas pinot noir e chardonnay, utilizadas nos espumantes, amadurecem com alto grau de acidez, pouco açúcar e ótimos aromas, características ideais para a bebida. Na Argentina, por exemplo, essas uvas são colhidas antes da maturidade total, senão a fruta perde acidez e concentra açúcar. Mesmo o Chile, competitivo nos tintos, ainda não encontrou terras boas para espumante. No Brasil, podemos nos dar o luxo de colher no ponto certo e com as características preservadas.“
“São tão baratos que muitos brasileiros olham o produto com preconceito e pagam bem mais caro por champanhe francês de qualidade semelhante ou inferior. O Cave de Amadeu Brut, por exemplo, sai por R$ 40, no máximo. Exportado para a Europa, é o único vinho brasileiro vendido na loja El Mundo del Vino, em Santiago, no Chile, do master sommelier Héctor Vergara, considerada a segunda do mundo, atrás de uma parisiense. Para comprar um francês com a mesma qualidade, seria necessário pelo menos o triplo. Outras empresas brasileiras oferecem bons produtos entre R$ 25 e R$ 40. Excluindo o topo da faixa dos franceses, o Brasil é realmente competitivo no restante do mercado.”
“Espantosamente, o brasileiro bebe muito pouco espumante, apenas 25 mililitros por pessoa ao ano. Meu Deus, com todo esse potencial de produção... Os brasileiros precisam descobrir que espumante e champanhe são os mais versáteis dos vinhos. Acompanham bem muito mais coisas do que se imagina. São ótimos com peixes, comida japonesa, geléia, carnes brancas, embutidos leves, defumados e até com churrasco, porque lava a boca, produz contraste pela acidez e não pesa.”
O enólogo chileno Mario Geisse, que em 1975 veio dirigir a filial brasileira da Moët & Chandon, hoje produz vinhos na Cave de Amadeu, em Bento Gonçalves (RS). Seu espumante brut, o Cave de Amadeu, é considerado o melhor do País. Geisse concedeu entrevista a uma revista brasileira, em outubro passado, quando falou sobre os espumantes brasileiros. São palavras de um enólogo já consagrado em seu país pela qualidade de seus vinhos.
“O Brasil deveria lutar para se firmar como o país do espumante. Porque essa é a vocação natural para o clima e o solo encontrados no País, aquilo que chamamos de terroir, sobretudo na serra gaúcha. No Brasil, as uvas pinot noir e chardonnay, utilizadas nos espumantes, amadurecem com alto grau de acidez, pouco açúcar e ótimos aromas, características ideais para a bebida. Na Argentina, por exemplo, essas uvas são colhidas antes da maturidade total, senão a fruta perde acidez e concentra açúcar. Mesmo o Chile, competitivo nos tintos, ainda não encontrou terras boas para espumante. No Brasil, podemos nos dar o luxo de colher no ponto certo e com as características preservadas.“
“São tão baratos que muitos brasileiros olham o produto com preconceito e pagam bem mais caro por champanhe francês de qualidade semelhante ou inferior. O Cave de Amadeu Brut, por exemplo, sai por R$ 40, no máximo. Exportado para a Europa, é o único vinho brasileiro vendido na loja El Mundo del Vino, em Santiago, no Chile, do master sommelier Héctor Vergara, considerada a segunda do mundo, atrás de uma parisiense. Para comprar um francês com a mesma qualidade, seria necessário pelo menos o triplo. Outras empresas brasileiras oferecem bons produtos entre R$ 25 e R$ 40. Excluindo o topo da faixa dos franceses, o Brasil é realmente competitivo no restante do mercado.”
“Espantosamente, o brasileiro bebe muito pouco espumante, apenas 25 mililitros por pessoa ao ano. Meu Deus, com todo esse potencial de produção... Os brasileiros precisam descobrir que espumante e champanhe são os mais versáteis dos vinhos. Acompanham bem muito mais coisas do que se imagina. São ótimos com peixes, comida japonesa, geléia, carnes brancas, embutidos leves, defumados e até com churrasco, porque lava a boca, produz contraste pela acidez e não pesa.”
novembro 01, 2004
ESPUMANTES, A VOCAÇÃO BRASILEIRA
Os termômetros acusam temperaturas cada dia mais elevadas, num claro sinal de que o verão se aproxima. Quem aprecia vinhos, também, pode fazer algumas mudanças e adaptar-se à estação, sem afastar-se da bebida. Para aqueles que estão indecisos sobre qual rumo tomar, recomendamos a leitura do texto abaixo, parte principal de artigo escrito pelo colunista e crítico de vinhos Marcelo Copello e publicado na Gazeta Mercantil de 18/12/03. Quase um ano depois, continua atualizado e fornece bons esclarecimentos, enfocando bem a realidade da indústria vitivinícola brasileira.
“Afinal, os produtores nacionais elaboram uma bebida perfeita para combinar com o clima e a paisagem brasileiros. Um líquido que, ao mesmo tempo em que refresca e desce fácil, tem caráter sem perder a alegria. Com belo visual, o espumante é o vinho mais versátil à mesa, acompanhando vários tipos de pratos, mesmo aqueles da substanciosa culinária brasileira, preparados com ingredientes de difícil harmonização.
Grande vedete da produção vinícola nacional, o espumante brasileiro atinge média de qualidade bem superior à de qualquer outro país da América Latina. Também é bom frisar a superioridade em relação à média dos Proseccos italianos que inundam o mercado. Esses espumantes do norte da Itália são uma moda que parece sucessora das garrafas azuis germânicas que aportaram no País na década de 1980.
Mas, o que torna o espumante produzido na Serra Gaúcha realmente tão bom, melhor do que tintos e brancos nacionais? Qual a explicação para o fenômeno?
Assim como em outras regiões do planeta, nas quais o clima dificulta o amadurecimento das uvas devido à carência de sol e luminosidade, essas áreas são propícias à produção de espumantes secos. O que é uma dificuldade para os brancos e tintos de mesa - uvas não totalmente maduras, acidez do solo, resultando em vinhos de pouco corpo, baixo teor alcoólico e acidez elevada - transforma-se em qualidade para os espumantes.
A falta de estrutura e de teor alcoólico dos vinhos feitos no sul do Brasil em regiões onde o clima dificulta o perfeito amadurecimento das uvas são plenamente compensados pela segunda fermentação à qual são submetidos. Geralmente, espumantes provenientes de regiões muito quentes são desinteressantes, pastosos e com falta de frescor. Os originários de regiões de clima mais ameno são beneficiados com uma maior acidez, sendo nervosos e vivos. É este o motivo pelo qual os espumantes nacionais são, em geral, superiores aos chilenos e argentinos. Estas condições ideais, aliadas à moderna tecnologia, são encontradas na Serra Gaúcha, de onde provém a quase totalidade do vinho fino brasileiro. É lá que está o circuito de cidades vitivinícolas Garibaldi, Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha e Caxias do Sul.
Hoje, quase todas as boas vinícolas brasileiras produzem pelo menos um espumante. Vários desses rótulos possuem qualidade, uma consistência provada através dos anos. Assim, pode-se afirmar com segurança: os espumantes representam a grande vocação brasileira em vinhos.”
Os termômetros acusam temperaturas cada dia mais elevadas, num claro sinal de que o verão se aproxima. Quem aprecia vinhos, também, pode fazer algumas mudanças e adaptar-se à estação, sem afastar-se da bebida. Para aqueles que estão indecisos sobre qual rumo tomar, recomendamos a leitura do texto abaixo, parte principal de artigo escrito pelo colunista e crítico de vinhos Marcelo Copello e publicado na Gazeta Mercantil de 18/12/03. Quase um ano depois, continua atualizado e fornece bons esclarecimentos, enfocando bem a realidade da indústria vitivinícola brasileira.
“Afinal, os produtores nacionais elaboram uma bebida perfeita para combinar com o clima e a paisagem brasileiros. Um líquido que, ao mesmo tempo em que refresca e desce fácil, tem caráter sem perder a alegria. Com belo visual, o espumante é o vinho mais versátil à mesa, acompanhando vários tipos de pratos, mesmo aqueles da substanciosa culinária brasileira, preparados com ingredientes de difícil harmonização.
Grande vedete da produção vinícola nacional, o espumante brasileiro atinge média de qualidade bem superior à de qualquer outro país da América Latina. Também é bom frisar a superioridade em relação à média dos Proseccos italianos que inundam o mercado. Esses espumantes do norte da Itália são uma moda que parece sucessora das garrafas azuis germânicas que aportaram no País na década de 1980.
Mas, o que torna o espumante produzido na Serra Gaúcha realmente tão bom, melhor do que tintos e brancos nacionais? Qual a explicação para o fenômeno?
Assim como em outras regiões do planeta, nas quais o clima dificulta o amadurecimento das uvas devido à carência de sol e luminosidade, essas áreas são propícias à produção de espumantes secos. O que é uma dificuldade para os brancos e tintos de mesa - uvas não totalmente maduras, acidez do solo, resultando em vinhos de pouco corpo, baixo teor alcoólico e acidez elevada - transforma-se em qualidade para os espumantes.
A falta de estrutura e de teor alcoólico dos vinhos feitos no sul do Brasil em regiões onde o clima dificulta o perfeito amadurecimento das uvas são plenamente compensados pela segunda fermentação à qual são submetidos. Geralmente, espumantes provenientes de regiões muito quentes são desinteressantes, pastosos e com falta de frescor. Os originários de regiões de clima mais ameno são beneficiados com uma maior acidez, sendo nervosos e vivos. É este o motivo pelo qual os espumantes nacionais são, em geral, superiores aos chilenos e argentinos. Estas condições ideais, aliadas à moderna tecnologia, são encontradas na Serra Gaúcha, de onde provém a quase totalidade do vinho fino brasileiro. É lá que está o circuito de cidades vitivinícolas Garibaldi, Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha e Caxias do Sul.
Hoje, quase todas as boas vinícolas brasileiras produzem pelo menos um espumante. Vários desses rótulos possuem qualidade, uma consistência provada através dos anos. Assim, pode-se afirmar com segurança: os espumantes representam a grande vocação brasileira em vinhos.”
outubro 30, 2004
DEVEM OS VINHOS "RESPIRAR"?
O “maitre” se aproxima, trazendo uma empoeirada garrafa de vinho e um saca-rolhas, e faz a pergunta: O senhor gostaria de deixar o vinho respirar antes de servi-lo?”
O que você deveria dizer?
(Wine Lovers´Paga)
Na verdade, a maioria dos vinhos não se beneficiam desta prática e uns poucos podem verdadeiramente ser prejudicados por ela. Na prática, expor o vinho ao ar é útil apenas para aqueles vinhos que sabidamente possuem potencial para envelhecer. Muitos Bordeaux, uns poucos Rhône e alguns Bourgogne, alguns dos melhores tintos italianos e os Porto Vintage se incluem nesta categoria, assim como alguns do Novo Mundo.
Quando se consome vinhos deste tipo ainda na juventude, antes de estarem realmente prontos para serem bebidos, poder-se-á acha-los fechados, mostrando pouco de todo o seu potencial em aroma e sabor; e eles podem apresentar-se tânicos (adstringentes), uma característica dos tintos jovens que geralmente melhora com o tempo. Vinhos deste tipo podem "abrir" e amaciar um pouco se forem expostos ao ar por uma ou duas horas (ou, mesmo, em casos extremos, por uma noite).
Se você deseja mesmo arejar seu vinho, não retire simplesmente a rolha, que expõe apenas um pequeno círculo no gargalo da garrafa à atmosfera. Encha um copo ou dois, ou, melhor, decante todo o vinho, despejando a garrafa inteira em um “decanter” devidamente limpo.
Repetindo, não há nenhum benefício em arejar vinhos que não necessitam de envelhecimento – a maioria dos brancos e muitos tintos são frescos e frutados e prontos para consumir após abrir a garrafa. E, o que é mais, você nunca deve permitir o arejamento de um vinho que já está totalmente maduro, porque ele pode ter-se fragilizado com a idade e poderá perder seus aromas tão logo assim for feito.
Outra possibilidade é, simplesmente, esquecer o arejamento e simplesmente abrir a garrafa, tomar o vinho do jeito que ele está, mas, se você o achar tímido, áspero ou adstringente, guarde seu copo e volte a aprecia-lo após o jantar, quando ele já arejou um pouco.
O “maitre” se aproxima, trazendo uma empoeirada garrafa de vinho e um saca-rolhas, e faz a pergunta: O senhor gostaria de deixar o vinho respirar antes de servi-lo?”
O que você deveria dizer?
(Wine Lovers´Paga)
Na verdade, a maioria dos vinhos não se beneficiam desta prática e uns poucos podem verdadeiramente ser prejudicados por ela. Na prática, expor o vinho ao ar é útil apenas para aqueles vinhos que sabidamente possuem potencial para envelhecer. Muitos Bordeaux, uns poucos Rhône e alguns Bourgogne, alguns dos melhores tintos italianos e os Porto Vintage se incluem nesta categoria, assim como alguns do Novo Mundo.
Quando se consome vinhos deste tipo ainda na juventude, antes de estarem realmente prontos para serem bebidos, poder-se-á acha-los fechados, mostrando pouco de todo o seu potencial em aroma e sabor; e eles podem apresentar-se tânicos (adstringentes), uma característica dos tintos jovens que geralmente melhora com o tempo. Vinhos deste tipo podem "abrir" e amaciar um pouco se forem expostos ao ar por uma ou duas horas (ou, mesmo, em casos extremos, por uma noite).
Se você deseja mesmo arejar seu vinho, não retire simplesmente a rolha, que expõe apenas um pequeno círculo no gargalo da garrafa à atmosfera. Encha um copo ou dois, ou, melhor, decante todo o vinho, despejando a garrafa inteira em um “decanter” devidamente limpo.
Repetindo, não há nenhum benefício em arejar vinhos que não necessitam de envelhecimento – a maioria dos brancos e muitos tintos são frescos e frutados e prontos para consumir após abrir a garrafa. E, o que é mais, você nunca deve permitir o arejamento de um vinho que já está totalmente maduro, porque ele pode ter-se fragilizado com a idade e poderá perder seus aromas tão logo assim for feito.
Outra possibilidade é, simplesmente, esquecer o arejamento e simplesmente abrir a garrafa, tomar o vinho do jeito que ele está, mas, se você o achar tímido, áspero ou adstringente, guarde seu copo e volte a aprecia-lo após o jantar, quando ele já arejou um pouco.
outubro 28, 2004
DECANTAR OU NÃO UM VINHO
Decantar não é, ou não deveria ser, um exercício de estilo ou esnobação. Existem, efetivamente, situações em que um vinho deve ser arejado e em que se deve potenciar o contato fácil do mesmo com o oxigênio; assim como há ocasiões em que decantar é perfeitamente dispensável ou mesmo não recomendado. Como conhece-las?
Antes de decidir sobre a conveniência ou não de decantar um vinho é bom atentar para o fato de que a oxigenação do vinho geralmente resulta numa perda de qualidade: suas características aromáticas vão-se esvanecendo e a sua própria consistência se vai alterando até ao limite de iniciar um processo de avinagramento.
Quando decantar
>>Quando, colocando um pouco de vinho num copo e cheirando-o, o mesmo apresentar um aroma desagradável ou pouco perceptível (se o aroma for limpo, bem perceptível e agradável, não se justifica arejá-lo).
>>Quando o vinho for aromaticamente fechado e a sua primeira expressão aromática não traduzir imediatamente tudo o que ele tem para oferecer à medida que vai “abrindo”, isto é, que vai estando em contato com o ar. (Esta ocorrência não é rara em vinhos de guarda quando consumidos antes de terem esgotado todo o seu potencial de envelhecimento). Neste caso, decantar permitirá conhecer melhor a grande qualidade deste vinho.
>>Quando o vinho esteve muito tempo em garrafa e adquiriu um aroma pesado. Neste caso, o arejamento fará com que seus componentes se reponham em equilíbrio com o oxigênio do ar, com o que esse efeito desaparece.
Quando não decantar
>>Quando o vinho carecer de aroma ou este for muito pouco perceptível, porque as uvas com que foi feito não lhe conferiram esta qualidade e tão pouco o processo de vinificação conseguiu atingir este objetivo. Neste caso, de nada adiantará arejar o vinho.
>>Quando o vinho for aromaticamente fechado mas estiver sendo servido, por exemplo, durante um almoço de três horas, é melhor deixa-lo “abrir” no copo, pois, assim, o seu aroma, em vez de se esgotar, irá crescendo ao longo da refeição.
>>Quando o vinho não cheirar bem e denotar no nariz algum tipo de sujidade. Se o vinho adquiriu mau cheiro por uma má vinificação, também não irá longe com esta tentativa de recuperação.
Em resumo:
O “decanter” deve ser usado como se fosse um hospital para vinho. Se estiver com saúde, nem vá lá, pode voltar doente... Se estiver doente, passe por lá, há sempre a esperança de voltar melhor.
Decantar não é, ou não deveria ser, um exercício de estilo ou esnobação. Existem, efetivamente, situações em que um vinho deve ser arejado e em que se deve potenciar o contato fácil do mesmo com o oxigênio; assim como há ocasiões em que decantar é perfeitamente dispensável ou mesmo não recomendado. Como conhece-las?
Antes de decidir sobre a conveniência ou não de decantar um vinho é bom atentar para o fato de que a oxigenação do vinho geralmente resulta numa perda de qualidade: suas características aromáticas vão-se esvanecendo e a sua própria consistência se vai alterando até ao limite de iniciar um processo de avinagramento.
Quando decantar
>>Quando, colocando um pouco de vinho num copo e cheirando-o, o mesmo apresentar um aroma desagradável ou pouco perceptível (se o aroma for limpo, bem perceptível e agradável, não se justifica arejá-lo).
>>Quando o vinho for aromaticamente fechado e a sua primeira expressão aromática não traduzir imediatamente tudo o que ele tem para oferecer à medida que vai “abrindo”, isto é, que vai estando em contato com o ar. (Esta ocorrência não é rara em vinhos de guarda quando consumidos antes de terem esgotado todo o seu potencial de envelhecimento). Neste caso, decantar permitirá conhecer melhor a grande qualidade deste vinho.
>>Quando o vinho esteve muito tempo em garrafa e adquiriu um aroma pesado. Neste caso, o arejamento fará com que seus componentes se reponham em equilíbrio com o oxigênio do ar, com o que esse efeito desaparece.
Quando não decantar
>>Quando o vinho carecer de aroma ou este for muito pouco perceptível, porque as uvas com que foi feito não lhe conferiram esta qualidade e tão pouco o processo de vinificação conseguiu atingir este objetivo. Neste caso, de nada adiantará arejar o vinho.
>>Quando o vinho for aromaticamente fechado mas estiver sendo servido, por exemplo, durante um almoço de três horas, é melhor deixa-lo “abrir” no copo, pois, assim, o seu aroma, em vez de se esgotar, irá crescendo ao longo da refeição.
>>Quando o vinho não cheirar bem e denotar no nariz algum tipo de sujidade. Se o vinho adquiriu mau cheiro por uma má vinificação, também não irá longe com esta tentativa de recuperação.
Em resumo:
O “decanter” deve ser usado como se fosse um hospital para vinho. Se estiver com saúde, nem vá lá, pode voltar doente... Se estiver doente, passe por lá, há sempre a esperança de voltar melhor.
outubro 27, 2004
RINCÓN PRIVADO TORRONTÉS 2004
O calor vem aumentando nesta primavera e justifica plenamente degustar-se um vinho branco. E a relação preço/qualidade nos levou a este argentino, um tinto seco, jovem, com 12,5% de teor alcoólico, produzido pela Viñas de Altura no Valle de Cafayate, Mendoza, a partir de uvas Torrontés, que gozam de tanto prestígio quanto as tintas Malbec.
Viñas de Altura é a nova designação das Bodegas Lavaque (empresa presente na viticultura argentina desde 1889), que agora controla quatro importantes projetos, localizados em áreas de produção bastante distintas: três na região de Mendoza - San Rafael (Mendoza), Valle de Cafayate (Salta) e Valle de Santa María (Catamarca) - e um no norte do país, no Valle de Calchaqui, com vinhedos em altas altitudes.
De cor amarela pálida, com leves reflexos dourados, este vinho apresenta uma grande transparência. Ao nariz, aromas florais delicados. Na boca, um frescor agradável e bem balanceado. Uma opção interessante, considerando que o preço está entre R$10 e R$11 e que não é fácil encontrar vinhos brancos nacionais de qualidade nesta faixa de preços.
O calor vem aumentando nesta primavera e justifica plenamente degustar-se um vinho branco. E a relação preço/qualidade nos levou a este argentino, um tinto seco, jovem, com 12,5% de teor alcoólico, produzido pela Viñas de Altura no Valle de Cafayate, Mendoza, a partir de uvas Torrontés, que gozam de tanto prestígio quanto as tintas Malbec.
Viñas de Altura é a nova designação das Bodegas Lavaque (empresa presente na viticultura argentina desde 1889), que agora controla quatro importantes projetos, localizados em áreas de produção bastante distintas: três na região de Mendoza - San Rafael (Mendoza), Valle de Cafayate (Salta) e Valle de Santa María (Catamarca) - e um no norte do país, no Valle de Calchaqui, com vinhedos em altas altitudes.
De cor amarela pálida, com leves reflexos dourados, este vinho apresenta uma grande transparência. Ao nariz, aromas florais delicados. Na boca, um frescor agradável e bem balanceado. Uma opção interessante, considerando que o preço está entre R$10 e R$11 e que não é fácil encontrar vinhos brancos nacionais de qualidade nesta faixa de preços.
ZONAS VINÍCOLAS DA BORGONHA
Para que se tenha uma idéia da distribuição geográfica das principais zonas vinícolas da Borgonha, vide os mapas abaixo. O primeiro deles mostra a localização da região produtora da Borgonha no centro-leste do território francês; o segundo, as diferentes zonas dentro da Borgonha:
Vale registrar as principais denominações de origem controlada (A.O.C.s) da Borgonha:
Bourgogne AOC - Bourgogne Aligoté - Chablis - Côte de Nuits - Gevrey Chambertin - Clos Vougeot - Vosne Romanée - Nuits Saint Georges - Côte de Beaune - Corton - Pommard - Volnay - Meursault - Chassagne Montrachet - Rully - Givry - Pouilly Fuissé.
Para que se tenha uma idéia da distribuição geográfica das principais zonas vinícolas da Borgonha, vide os mapas abaixo. O primeiro deles mostra a localização da região produtora da Borgonha no centro-leste do território francês; o segundo, as diferentes zonas dentro da Borgonha:
Vale registrar as principais denominações de origem controlada (A.O.C.s) da Borgonha:
Bourgogne AOC - Bourgogne Aligoté - Chablis - Côte de Nuits - Gevrey Chambertin - Clos Vougeot - Vosne Romanée - Nuits Saint Georges - Côte de Beaune - Corton - Pommard - Volnay - Meursault - Chassagne Montrachet - Rully - Givry - Pouilly Fuissé.
outubro 26, 2004
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #16: CHASSAGNE MONTRACHET 1er CRU (A.O.C.)
Jean Noel Gagnard MORGEOT 1998
Chassagne Montrachet, situada na Cote de Beaune, é famosa pelos grandes vinhos branos produzidos nas cinco denominações de origem controlada, que incluem três grand crus: Chassagne Montrachet Controlée, Chassagne Montrachet Premier Cru, Montrachet Grand Cru, Bâtard Montrachet Grand Cru e Criots Bâtard Montrachet Grand Cru. O mais famoso, Montrachet, às vezes é chamado o “rei dos vinhos brancos”.
Até recentemente, Chassagne Montrachet produzia, principalmente, vinhos tintos. Embora alguns deles possam comparar-se aos melhores da Borgonha, a produção total da região não pode ser comparada com as de Corton e Volnay. Atualmente, porém, 60% da produção de Chassagne Montrachet são de vinhos brancos. Eles estão entre os melhores da Borgonha, mesmo de toda a França, e a cada dia se tornam mais populares.
As uvas empregadas são a Pinot Noir, para os tintos, e a Chardonnay, para os brancos. A idade dos vinhos varia de 5 a 20 anos (brancos) e 3 a 10 anos (tintos).
Os tintos possuem aromas de cerejas e passas pretas; os brancos, de amêndoas, maçãs maduras e mel.
As safras recomendadas são: tintos - 2003, 2002, 1999, 1996, 1993, 1990, 1989, 1988, 1985; brancos - 2003, 2002, 2001, 2000, 1999, 1996, 1995, 1989, 1985.
O vinho degustado se mostrou também uma surpresa. Diferentemente do anterior, o Nuits St. Georges, tinha uma cor bastante escura e aparentava ser mais encorpado. Seus aromas eram agradáveis, embora não identificássemos mais que a madeira, mas não tinham a profundidade que sentimos antes. Na boca, mostrou equilíbrio e persistência razoável. Um bom vinho, com certeza. Produzido no Domaine de Jean Noel Gagnard. Pontos: 83.
VINHO #16: CHASSAGNE MONTRACHET 1er CRU (A.O.C.)
Jean Noel Gagnard MORGEOT 1998
Chassagne Montrachet, situada na Cote de Beaune, é famosa pelos grandes vinhos branos produzidos nas cinco denominações de origem controlada, que incluem três grand crus: Chassagne Montrachet Controlée, Chassagne Montrachet Premier Cru, Montrachet Grand Cru, Bâtard Montrachet Grand Cru e Criots Bâtard Montrachet Grand Cru. O mais famoso, Montrachet, às vezes é chamado o “rei dos vinhos brancos”.
Até recentemente, Chassagne Montrachet produzia, principalmente, vinhos tintos. Embora alguns deles possam comparar-se aos melhores da Borgonha, a produção total da região não pode ser comparada com as de Corton e Volnay. Atualmente, porém, 60% da produção de Chassagne Montrachet são de vinhos brancos. Eles estão entre os melhores da Borgonha, mesmo de toda a França, e a cada dia se tornam mais populares.
As uvas empregadas são a Pinot Noir, para os tintos, e a Chardonnay, para os brancos. A idade dos vinhos varia de 5 a 20 anos (brancos) e 3 a 10 anos (tintos).
Os tintos possuem aromas de cerejas e passas pretas; os brancos, de amêndoas, maçãs maduras e mel.
As safras recomendadas são: tintos - 2003, 2002, 1999, 1996, 1993, 1990, 1989, 1988, 1985; brancos - 2003, 2002, 2001, 2000, 1999, 1996, 1995, 1989, 1985.
O vinho degustado se mostrou também uma surpresa. Diferentemente do anterior, o Nuits St. Georges, tinha uma cor bastante escura e aparentava ser mais encorpado. Seus aromas eram agradáveis, embora não identificássemos mais que a madeira, mas não tinham a profundidade que sentimos antes. Na boca, mostrou equilíbrio e persistência razoável. Um bom vinho, com certeza. Produzido no Domaine de Jean Noel Gagnard. Pontos: 83.
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #15: NUITS ST. GEORGES 1er CRU (A.O.C.)
Joseph Faiveley CLOS DE LA MARÉCHALE 1991
A cidade de Nuits Saint Georges empresta seu nome à Côte de Nuits, que se estende desde o sul de Dijon até a Cote de Beaune, a leste da França.
Os vinhos da A.O.C. Nuits-St-Georges são produzidos em "terroirs" delimitados pelas comunas de Nuits-Saint-Georges e Premeaux-Prissey. Os solos, de formação jurássica, são essencialmente argilo-calcáreos.Em sua maioria, são vinhos tintos, oriundos de uma única espécie de uva, a Pinot Noir. Já os brancos são elaborados com uvas Chardonnay ou Pinot Blanc.
Os vinhos tintos de Nuits-Saint-Georges possuem quase sempre uma cor intensa e escura. Os aromas são potentes e complexos: eles misturam cereja, cassis,trufa e, muitas vezes, especiarias. São vinhos robustos e elegantes, de bouquet intenso e fragrante.
Os vinhos de Nuits-Saint-Georges estão entre os mais tânicos da Borgonha. A harmonia entre o tanino e "rondeur" torna-os encorpados e sólidos.
A estrutura forte garante uma guarda longa. Em anos médios, eles duram de 5 a 10 anos. Em grandes anos, mantidos em cave até o apogeu, podem atingir 25 anos.
Estes vinhos tintos potentes são melhor apreciados a temperaturas próximas dos 15 a 16 °C. A decantação por uma a duas horas é recomendável.
A degustação deste vinho se revestiu de uma certa curiosidade, não só por ser um legítimo borgonhês, como pelos seus 13 anos, período em que foi mantido o mais possível protegido, mas sem controle das condições ambientais. Havia uma leve suspeita de que poderia já se ter deteriorado.
Mas a primeira impressão após aberta a garrafa começou a desfazer aquela dúvida. O vinho se mostrou inteiro na taça, com uma coloração vermelha viva, grande transparência (dava para ver a mão segurando a taça). Seus aromas eram bastante agradáveis, equilibrados, sem excesso do álcool. Aromas que melhoraram ao longo da degustação.
Na boca, confirmou o equilíbrio e mostrou claramente que ainda estava inteiro. Sem dúvida, um grande vinho, embora nosso paladar se afine mais com os vinhos de Bordeaux. Produzido no Domaine de Joseph Faiveley. Pontos: 84
VINHO #15: NUITS ST. GEORGES 1er CRU (A.O.C.)
Joseph Faiveley CLOS DE LA MARÉCHALE 1991
A cidade de Nuits Saint Georges empresta seu nome à Côte de Nuits, que se estende desde o sul de Dijon até a Cote de Beaune, a leste da França.
Os vinhos da A.O.C. Nuits-St-Georges são produzidos em "terroirs" delimitados pelas comunas de Nuits-Saint-Georges e Premeaux-Prissey. Os solos, de formação jurássica, são essencialmente argilo-calcáreos.Em sua maioria, são vinhos tintos, oriundos de uma única espécie de uva, a Pinot Noir. Já os brancos são elaborados com uvas Chardonnay ou Pinot Blanc.
Os vinhos tintos de Nuits-Saint-Georges possuem quase sempre uma cor intensa e escura. Os aromas são potentes e complexos: eles misturam cereja, cassis,trufa e, muitas vezes, especiarias. São vinhos robustos e elegantes, de bouquet intenso e fragrante.
Os vinhos de Nuits-Saint-Georges estão entre os mais tânicos da Borgonha. A harmonia entre o tanino e "rondeur" torna-os encorpados e sólidos.
A estrutura forte garante uma guarda longa. Em anos médios, eles duram de 5 a 10 anos. Em grandes anos, mantidos em cave até o apogeu, podem atingir 25 anos.
Estes vinhos tintos potentes são melhor apreciados a temperaturas próximas dos 15 a 16 °C. A decantação por uma a duas horas é recomendável.
A degustação deste vinho se revestiu de uma certa curiosidade, não só por ser um legítimo borgonhês, como pelos seus 13 anos, período em que foi mantido o mais possível protegido, mas sem controle das condições ambientais. Havia uma leve suspeita de que poderia já se ter deteriorado.
Mas a primeira impressão após aberta a garrafa começou a desfazer aquela dúvida. O vinho se mostrou inteiro na taça, com uma coloração vermelha viva, grande transparência (dava para ver a mão segurando a taça). Seus aromas eram bastante agradáveis, equilibrados, sem excesso do álcool. Aromas que melhoraram ao longo da degustação.
Na boca, confirmou o equilíbrio e mostrou claramente que ainda estava inteiro. Sem dúvida, um grande vinho, embora nosso paladar se afine mais com os vinhos de Bordeaux. Produzido no Domaine de Joseph Faiveley. Pontos: 84
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #14: ESPORÃO RESERVA 1995 (D.O.C.)
O Alentejo fica no sudeste de Portugal, entre as cidades de Portalegre, ao norte, e Beja, ao sul. Entre as duas esta a cidade de Évora, a principal da região. Junto com a Bairrada, é a região vinícola que mais se tem projetado, sobretudo no exterior, graças às inovações técnicas adotadas, melhorando sensivelmente a qualidade dos seus vinhos. Lá existem cinco DOCs- Borba, Portalegre, Redondo, Reguengos e Vidigueira.
Situada a 3 km de Reguengos de Monsaraz e 180 km ao sul de Lisboa, a Herdade do Esporão é a maior e mais antiga defesa da região, e os seus limites, fixados em 2 de maio de 1267, conservaram-se intactos por mais de 700 anos.
A Herdade teve vários donos, até vir a pertencer a Mem Rodrigues de Vasconcelos, Mestre de Santiago, que foi Comandante da Ala dos Namorados, em Aljubarrota, e Alcaide-Mor de Monsaraz, cenário de lutas, intrigas e vinganças na história medieval do Alto Alentejo.
A Herdade do Esporão foi adquirida pela FINAGRA em 1973, com o principal objetivo de produzir vinhos de grande qualidade. Em 1975, a Herdade sofreu intervenção do Estado e só em 1979 foi devolvida, permitindo à FINAGRA prosseguir a plantação das vinhas, primeira etapa do seu ambicioso projeto.
Em 1989 lançou-se o primeiro vinho Esporão, sendo considerado um dos melhores vinhos portugueses.
Em 1995, depois das suas marcas já estarem entre as melhores, a FINAGRA efetuou novos investimentos, que incluem expansão da área plantada e instalação de um novo sistema de rega.
As principais castas tintas são: Trincadeira, Aragonês, Cabernet Sauvignon, Bastardo, Touriga Nacional e Syrah.
E foi justamente dessa fase que degustamos um Esporão Reserva 1995, com 13,5% de teor alcoólico. Apreciamos sua bela cor escura e os pronunciados aromas da madeira em que foi envelhecido. De corpo médio, mas consistente, e taninos ainda presentes, mas não muito acentuados. Ao beber, mostrou-se bastante agradável e bom acompanhante para pratos fortes. Em resumo, gostamos muito da experiência e não hesitaríamos em recomenda-lo aos que procuram um bom vinho, embora seu preço de mercado seja hoje um pouco salgado para os padrões médios de consumo. Pontos: 81
VINHO #14: ESPORÃO RESERVA 1995 (D.O.C.)
O Alentejo fica no sudeste de Portugal, entre as cidades de Portalegre, ao norte, e Beja, ao sul. Entre as duas esta a cidade de Évora, a principal da região. Junto com a Bairrada, é a região vinícola que mais se tem projetado, sobretudo no exterior, graças às inovações técnicas adotadas, melhorando sensivelmente a qualidade dos seus vinhos. Lá existem cinco DOCs- Borba, Portalegre, Redondo, Reguengos e Vidigueira.
Situada a 3 km de Reguengos de Monsaraz e 180 km ao sul de Lisboa, a Herdade do Esporão é a maior e mais antiga defesa da região, e os seus limites, fixados em 2 de maio de 1267, conservaram-se intactos por mais de 700 anos.
A Herdade teve vários donos, até vir a pertencer a Mem Rodrigues de Vasconcelos, Mestre de Santiago, que foi Comandante da Ala dos Namorados, em Aljubarrota, e Alcaide-Mor de Monsaraz, cenário de lutas, intrigas e vinganças na história medieval do Alto Alentejo.
A Herdade do Esporão foi adquirida pela FINAGRA em 1973, com o principal objetivo de produzir vinhos de grande qualidade. Em 1975, a Herdade sofreu intervenção do Estado e só em 1979 foi devolvida, permitindo à FINAGRA prosseguir a plantação das vinhas, primeira etapa do seu ambicioso projeto.
Em 1989 lançou-se o primeiro vinho Esporão, sendo considerado um dos melhores vinhos portugueses.
Em 1995, depois das suas marcas já estarem entre as melhores, a FINAGRA efetuou novos investimentos, que incluem expansão da área plantada e instalação de um novo sistema de rega.
As principais castas tintas são: Trincadeira, Aragonês, Cabernet Sauvignon, Bastardo, Touriga Nacional e Syrah.
E foi justamente dessa fase que degustamos um Esporão Reserva 1995, com 13,5% de teor alcoólico. Apreciamos sua bela cor escura e os pronunciados aromas da madeira em que foi envelhecido. De corpo médio, mas consistente, e taninos ainda presentes, mas não muito acentuados. Ao beber, mostrou-se bastante agradável e bom acompanhante para pratos fortes. Em resumo, gostamos muito da experiência e não hesitaríamos em recomenda-lo aos que procuram um bom vinho, embora seu preço de mercado seja hoje um pouco salgado para os padrões médios de consumo. Pontos: 81
outubro 19, 2004
BEAUJOLAIS NOUVEAU
A região de Beaujolais, a leste da França, é conhecida pela alta produtividade e por originar vinhos diluídos. De lá vem o conhecido Beaujolais Nouveau, um vinho jovem, leve, frutado, de pouca estrutura, elaborado com uvas Gamay. Sua acidez excessiva, no entanto, o torna um vinho apenas razoável para a maioria dos especialistas.
Em seu processo de vinificação, as uvas fermentam dentro das próprias cascas, o que impede a extração de taninos, pois estes se localizam nas camadas externas das uvas. Deste modo, por não conter taninos, o Beaujolais Nouveau precisa ser consumido até seis meses após a colheita e deve ser bebido a uma temperatura entre 12°C e 14°C. Pode ser apreciado como aperitivo ou acompanhar pratos leves.
Mas o que torna este vinho mais conhecido é o formidável esquema de distribuição adotado. Todos os anos, na terceira quinta-feira de novembro, o vinho é encontrado em mais de 200 países, apenas dois meses depois da colheita. São muitos milhões de garrafas produzidas a cada ano.
No Brasil, assim como na Europa, algumas cidades incorporaram o hábito de consumir este tipo de Beaujolais. Esquemas especiais de transporte por aviões são montados para que o vinho chegue na data certa. E há restaurantes que elaboram um cardápio especial para acompanhar o vinho.
Em novembro próximo, a festa acontece no dia 18. Quem aprecia, fique atento.
A região de Beaujolais, a leste da França, é conhecida pela alta produtividade e por originar vinhos diluídos. De lá vem o conhecido Beaujolais Nouveau, um vinho jovem, leve, frutado, de pouca estrutura, elaborado com uvas Gamay. Sua acidez excessiva, no entanto, o torna um vinho apenas razoável para a maioria dos especialistas.
Em seu processo de vinificação, as uvas fermentam dentro das próprias cascas, o que impede a extração de taninos, pois estes se localizam nas camadas externas das uvas. Deste modo, por não conter taninos, o Beaujolais Nouveau precisa ser consumido até seis meses após a colheita e deve ser bebido a uma temperatura entre 12°C e 14°C. Pode ser apreciado como aperitivo ou acompanhar pratos leves.
Mas o que torna este vinho mais conhecido é o formidável esquema de distribuição adotado. Todos os anos, na terceira quinta-feira de novembro, o vinho é encontrado em mais de 200 países, apenas dois meses depois da colheita. São muitos milhões de garrafas produzidas a cada ano.
No Brasil, assim como na Europa, algumas cidades incorporaram o hábito de consumir este tipo de Beaujolais. Esquemas especiais de transporte por aviões são montados para que o vinho chegue na data certa. E há restaurantes que elaboram um cardápio especial para acompanhar o vinho.
Em novembro próximo, a festa acontece no dia 18. Quem aprecia, fique atento.
outubro 18, 2004
A UVA TORRONTÉS
A uva Torrontés produz o vinho branco mais típico da Argentina, pois suas características são únicas no mundo.
De origem incerta, seu parentesco mais provável é com as moscatéis, com as quais guarda uma certa semelhança aromática. É cultivada em todas as regiões vinícolas da Argentina, embora suas zonas preferenciais estejam em Cafayate (Salta) e no Valle de Chilecito (La Rioja). Dessas duas, a mais importante é Cafayate, um vale rodeado por cordões montanhosos, a uma altitude média de 1700 metros, com mais de 300 dias de sol por ano e uma amplitude térmica que pode chegar aos 19°C. Condições que geram um microclima excepcional.
Assim como os Malbec, entre as uvas tintas, o vinho de uvas Torrontés é o branco emblemático da Argentina. De cor dourada pálida, sua maior virtude é a combinação de notas voluptuosas e envolventes com uma agradável frescura e um final franco e longo. Sua intensidade aromática é peculiar, com predominância de frutas como pêssego e flores como rosas e jasmins. O equilíbrio entre acidez e fruta o faz ter o sabor de um vinho doce, mas ele não o é. Deve ser bebido entre 12°C e 15°C.
A uva Torrontés produz o vinho branco mais típico da Argentina, pois suas características são únicas no mundo.
De origem incerta, seu parentesco mais provável é com as moscatéis, com as quais guarda uma certa semelhança aromática. É cultivada em todas as regiões vinícolas da Argentina, embora suas zonas preferenciais estejam em Cafayate (Salta) e no Valle de Chilecito (La Rioja). Dessas duas, a mais importante é Cafayate, um vale rodeado por cordões montanhosos, a uma altitude média de 1700 metros, com mais de 300 dias de sol por ano e uma amplitude térmica que pode chegar aos 19°C. Condições que geram um microclima excepcional.
Assim como os Malbec, entre as uvas tintas, o vinho de uvas Torrontés é o branco emblemático da Argentina. De cor dourada pálida, sua maior virtude é a combinação de notas voluptuosas e envolventes com uma agradável frescura e um final franco e longo. Sua intensidade aromática é peculiar, com predominância de frutas como pêssego e flores como rosas e jasmins. O equilíbrio entre acidez e fruta o faz ter o sabor de um vinho doce, mas ele não o é. Deve ser bebido entre 12°C e 15°C.
outubro 14, 2004
SANGUE DE BOI
È um fato, nunca mencionamos aqui os vinhos nacionais mais vendidos, até porque nem todos se enquadram em nossas preferências. Mas não há como negar a realidade: o vinho Sangue de Boi, produzido pela Vinícola Aurora, é um dos campeões de vendas, talvez o mais vendido em todo o país. Como explicar tanto sucesso? Em síntese, parece ser o resultado da conjugação de preço baixo com uma boa rede de distribuição nacional, mais a falta de conhecimentos mais apurados do público consumidor. Nada contra: vinho bom é aquele que agrada ao seu paladar e ao seu bolso.
O vinho vem de ser lançado em nova embalagem, diferenciada e prática, que revoluciona o segmento de grandes embalagens. Trata-se do novo garrafão de 4 litros, que substitui em conceito e estética o de 4,6 litros do mercado. Esta embalagem, desenvolvida pela Vinícola Aurora em parceria com a vidraria Saint Gobain, revoluciona o mercado de grandes embalagens com design diferenciado, lacre com rosqueamento, alça de vidro e livre da antiquada cesta plástica.Ícone da preferência popular e referência ímpar do varejo nacional, Sangue de Boi nas duas versões (tinto seco e tinto suave) pode ser encontrado no novo garrafão de 4 litros em todo o território nacional.O Sangue de Boi é elaborado com uvas americanas das castas Isabel, Concord e Seibel, variedades que apresentam excelente desempenho na Serra Gaúcha, região de Bento Gonçalves, onde estão espalhados os vinhedos dos 1.300 produtores de uvas que trabalham com a Aurora em regime de cooperativa.
È um fato, nunca mencionamos aqui os vinhos nacionais mais vendidos, até porque nem todos se enquadram em nossas preferências. Mas não há como negar a realidade: o vinho Sangue de Boi, produzido pela Vinícola Aurora, é um dos campeões de vendas, talvez o mais vendido em todo o país. Como explicar tanto sucesso? Em síntese, parece ser o resultado da conjugação de preço baixo com uma boa rede de distribuição nacional, mais a falta de conhecimentos mais apurados do público consumidor. Nada contra: vinho bom é aquele que agrada ao seu paladar e ao seu bolso.
O vinho vem de ser lançado em nova embalagem, diferenciada e prática, que revoluciona o segmento de grandes embalagens. Trata-se do novo garrafão de 4 litros, que substitui em conceito e estética o de 4,6 litros do mercado. Esta embalagem, desenvolvida pela Vinícola Aurora em parceria com a vidraria Saint Gobain, revoluciona o mercado de grandes embalagens com design diferenciado, lacre com rosqueamento, alça de vidro e livre da antiquada cesta plástica.Ícone da preferência popular e referência ímpar do varejo nacional, Sangue de Boi nas duas versões (tinto seco e tinto suave) pode ser encontrado no novo garrafão de 4 litros em todo o território nacional.O Sangue de Boi é elaborado com uvas americanas das castas Isabel, Concord e Seibel, variedades que apresentam excelente desempenho na Serra Gaúcha, região de Bento Gonçalves, onde estão espalhados os vinhedos dos 1.300 produtores de uvas que trabalham com a Aurora em regime de cooperativa.
outubro 10, 2004
MATEUS ROSÉ
Você sabia que este vinho:
>> É produzido há mais de sessenta anos em Portugal pela SOGRAPE, empresa fundada em 1942 e hoje a maior produtora de vinhos do país?
>> É elaborado com predominância das uvas tintas Baga, Tinta Barroca e Touriga Francesa?
>> Tem a garrafa numa forma que lembra um cantil militar, porque o vinho nasceu em época de guerra?
>> Nos anos 60, juntamente com os Beatles, transformou-se em espetacular sucesso nos Estados Unidos e no resto do mundo?
>> Teve sua década de ouro, em todo o mundo, entre 1963 e 1973 e foi o vinho mais bebido pela geração que estudava nas universidades dos Estados Unidos nos anos 60 e 70?
>> Era consumido com assiduidade pelos aviadores americanos que participaram das guerras da Coréia e do Vietnã, que o difundiram na Ásia?
>> Teve agora seu rótulo redesenhado, mantendo o mesmo formato de garrafa, para adapta-lo à estética do século XXI?
>> É perfeito no calor, mas também agradável em dias e noites frias, e sua temperatura ideal de serviço está entre 8 e 10 graus centígrados?
Queiram ou não, é um vinho com "pedigree".
Você sabia que este vinho:
>> É produzido há mais de sessenta anos em Portugal pela SOGRAPE, empresa fundada em 1942 e hoje a maior produtora de vinhos do país?
>> É elaborado com predominância das uvas tintas Baga, Tinta Barroca e Touriga Francesa?
>> Tem a garrafa numa forma que lembra um cantil militar, porque o vinho nasceu em época de guerra?
>> Nos anos 60, juntamente com os Beatles, transformou-se em espetacular sucesso nos Estados Unidos e no resto do mundo?
>> Teve sua década de ouro, em todo o mundo, entre 1963 e 1973 e foi o vinho mais bebido pela geração que estudava nas universidades dos Estados Unidos nos anos 60 e 70?
>> Era consumido com assiduidade pelos aviadores americanos que participaram das guerras da Coréia e do Vietnã, que o difundiram na Ásia?
>> Teve agora seu rótulo redesenhado, mantendo o mesmo formato de garrafa, para adapta-lo à estética do século XXI?
>> É perfeito no calor, mas também agradável em dias e noites frias, e sua temperatura ideal de serviço está entre 8 e 10 graus centígrados?
Queiram ou não, é um vinho com "pedigree".
VAI DE ROSÉ?
Estamos em plena primavera e daqui a mais um pouco a temperatura começará a subir, prenúncio da chegada do verão. Para quem bebe vinho, é a época para buscar outras opções. E uma delas, certamente, é o rosé. Mas, que vinho é este?
Originário da região da Provence, na França, o vinho rosé é produzido com uvas vermelhas. A diferença para o tinto é o tempo de contato da casca com o sumo da fruta, que dá a coloração rosada.
Por muito tempo considerado cafona, hoje os mais importantes “chefs” do Brasil são entusiastas da “novidade”, mais adequada ao nosso clima do que os tintos encorpados.
Mas o preconceito contra o rosé ainda é grande. Ele é subvalorizado no Brasil. Mas isso tem justificativa: a maior parte dos rosés vendidos é doce e não devidamente seco.
No entanto, está começando a haver uma retomada dos rosés. A nova onda de consumo deste vinho segue uma tendência mundial. Ele sempre foi o primo pobre dos vinhos, porque nunca haviam investido na qualidade. De dois ou três anos para cá, porém, começaram a surgir bons vinhos rosés, pois produtores investiram em novos tratamentos.
Beber rosé é uma moda que está pegando por aqui porque ele é fresco e pode ser aproveitado despretensiosamente. Por ser um vinho frutado, fica muito bom com salmão e legumes.
Estamos em plena primavera e daqui a mais um pouco a temperatura começará a subir, prenúncio da chegada do verão. Para quem bebe vinho, é a época para buscar outras opções. E uma delas, certamente, é o rosé. Mas, que vinho é este?
Originário da região da Provence, na França, o vinho rosé é produzido com uvas vermelhas. A diferença para o tinto é o tempo de contato da casca com o sumo da fruta, que dá a coloração rosada.
Por muito tempo considerado cafona, hoje os mais importantes “chefs” do Brasil são entusiastas da “novidade”, mais adequada ao nosso clima do que os tintos encorpados.
Mas o preconceito contra o rosé ainda é grande. Ele é subvalorizado no Brasil. Mas isso tem justificativa: a maior parte dos rosés vendidos é doce e não devidamente seco.
No entanto, está começando a haver uma retomada dos rosés. A nova onda de consumo deste vinho segue uma tendência mundial. Ele sempre foi o primo pobre dos vinhos, porque nunca haviam investido na qualidade. De dois ou três anos para cá, porém, começaram a surgir bons vinhos rosés, pois produtores investiram em novos tratamentos.
Beber rosé é uma moda que está pegando por aqui porque ele é fresco e pode ser aproveitado despretensiosamente. Por ser um vinho frutado, fica muito bom com salmão e legumes.
outubro 07, 2004
VINHOS DE ALTAS ALTITUDES
Notícias divulgadas na imprensa informam que o William Harvey Research, um instituto de pesquisas londrino, realizou, a partir de 2002, estudos com base em vinhos Cabernet Sauvignon da renomada vinícola argentina Catena Zapata. Os resultados desses estudos permitiram comprovar que os vinhos originários de vinhedos de alta altitude são melhores na prevenção de ataques cardíacos. O Professor Roger Corder, chefe do departamento de Terapêutica Experimental daquela instituição, foi premiado e teve seu trabalho publicado na prestigiosa revista científica "Nature". Ele comprovou que os tintos produzidos em altas altitudes têm a capacidade de reduzir danos em nossas artérias. Para permitir uma comparação: um Cabernet de alta altitude argentino tem potência de 1.075 (nível de 10,91 de polifenóis), contra 370 de um Chianti italiano, 313 de um Bordeaux, 244 de um Shiraz australiano.
Tudo isto porque, cada vez mais, os vinicultores argentinos da região de Mendoza, responsável por 70% da produção do país, buscam maiores altitudes para seus vinhedos, para compensar s efeitos do clima local. E, como conseqüência da maior insolação, aumenta a concentração de polifenóis nos vinhos. Vale dizer que, em média, as altitudes em Mendoza ficam entre os 600 e os 1100 metros, quando na Europa o limite costuma ser de 600 metros. No caso da Bodegas Catena Zapata, os vinhedos se situam em altitudes ainda maiores, entre 800 e 1500 metros. E há produtor elaborando vinhos com bons resultados a 2600 metros de altitude.
Para exemplificar, um Cabernet argentino de alta altitude tem potência de 1.075 (nível de 10,91 de polifenóis), contra 370 de um Chianti italiano, 313 de um Bordeaux, 244 de um Shiraz australiano.
Está aí uma notícia interessante para quem procura obter do vinho bons resultados para a saúde coronariana. Resta saber a que preço.
Notícias divulgadas na imprensa informam que o William Harvey Research, um instituto de pesquisas londrino, realizou, a partir de 2002, estudos com base em vinhos Cabernet Sauvignon da renomada vinícola argentina Catena Zapata. Os resultados desses estudos permitiram comprovar que os vinhos originários de vinhedos de alta altitude são melhores na prevenção de ataques cardíacos. O Professor Roger Corder, chefe do departamento de Terapêutica Experimental daquela instituição, foi premiado e teve seu trabalho publicado na prestigiosa revista científica "Nature". Ele comprovou que os tintos produzidos em altas altitudes têm a capacidade de reduzir danos em nossas artérias. Para permitir uma comparação: um Cabernet de alta altitude argentino tem potência de 1.075 (nível de 10,91 de polifenóis), contra 370 de um Chianti italiano, 313 de um Bordeaux, 244 de um Shiraz australiano.
Tudo isto porque, cada vez mais, os vinicultores argentinos da região de Mendoza, responsável por 70% da produção do país, buscam maiores altitudes para seus vinhedos, para compensar s efeitos do clima local. E, como conseqüência da maior insolação, aumenta a concentração de polifenóis nos vinhos. Vale dizer que, em média, as altitudes em Mendoza ficam entre os 600 e os 1100 metros, quando na Europa o limite costuma ser de 600 metros. No caso da Bodegas Catena Zapata, os vinhedos se situam em altitudes ainda maiores, entre 800 e 1500 metros. E há produtor elaborando vinhos com bons resultados a 2600 metros de altitude.
Para exemplificar, um Cabernet argentino de alta altitude tem potência de 1.075 (nível de 10,91 de polifenóis), contra 370 de um Chianti italiano, 313 de um Bordeaux, 244 de um Shiraz australiano.
Está aí uma notícia interessante para quem procura obter do vinho bons resultados para a saúde coronariana. Resta saber a que preço.
setembro 17, 2004
VINHOS DA FRANÇA - BOURGOGNE
Sem dúvida, as duas regiões vinícolas de maior prestígio em todo o mundo estão na França: Bordeaux e Bourgogne, cada uma com características próprias e marcantes. A Bourgogne é uma província com milhares de propriedades muito pequenas e, em sua maioria, desconhecidas, com honrosas exceções, como o Domaine de La Romanée-Conti.
A região se estende por 300 km no centro-leste do país, desde Chablis até a região dos Beaujolais e contém pelo menos cinco das melhores sub-regiões produtoras francesas. Seus vinhos são conhecidos pela diversidade de sensações aromáticas e gustativas que oferecem, assim como pela sofisticação e preços elevados.As cinco grandes sub-regiões da Bourgogne são: Côte d'Or, Chablis, Côte Mâcconnaise, Côte Chalonnaise e Beaujolais. Seus tintos são produzidos a partir da uva Pinot Noir, e os brancos, da Chardonnay. A exceção está nos tintos de Beaujolais, que são feitos com a uva Gamay.
A uva Pinot Noir produz vinhos de aromas, sabor e textura excepcionais, de classe imbatível, que oferecem sensações olfativas e gustativas absolutamente únicas. Esses vinhos tendem a ter corpo leve, poucos taninos, aromas intensos de frutas vermelhas e florais e, quando amadurecem, podem apresentar grande complexidade aromática. A uva Chardonnay origina vinhos acessíveis, de aromas frutados. E a Gamay é intensamente frutada e floral, com taninos leves e produz bons vinhos jovens, mas com pequeno potencial de envelhecimento.
Os vinhos da Boutgogne são especialmente adequados ao nosso clima tropical, em função de sua leveza e jovialidade.
São estas as sub-regiões da Bourgogne:
Côte d'Or - De longe a região mais importante, dos mais famosos e raros vinhos da região, como os do Domaine de la Romanée-Conti. A Côte d'Or é dividida em Côte de Nuits, ao norte, e Côte de Beaune, ao sul.
Chablis - Berço de excepcionais brancos secos de Chardonnay. Os melhores levam a denominação de Chablis Grand Cru, os intermediários, de Chablis Premier Cru e os mais simples, Chablis. À mesa acompanham crustáceos, frutos do mar, peixes e carnes brancas. São vinhos límpidos, encorpados, de sabor mineral e poderosos.
Côte Mâcconnaise - Produz vinhos brancos, principalmente de Chardonnay. São famosos os seus Pouilly-Fuissé, brancos, muito aromáticos.
Côte Chalonnaise - Continuação natural da Côte de Beaune, é formada por uma conjunção de vilas, tais como Mercurey, Givry, Montagny e Rully.
Beaujolais - Terra dos alegres tintos de Gamay, desde ótimos e subestimados Crus e Villages aos menos importantes mas festejados Beujolais Nouveau, com seu característico aroma de casca de banana, trazidos ao mundo todas as terceiras quintas-feiras de novembro.
Sem dúvida, as duas regiões vinícolas de maior prestígio em todo o mundo estão na França: Bordeaux e Bourgogne, cada uma com características próprias e marcantes. A Bourgogne é uma província com milhares de propriedades muito pequenas e, em sua maioria, desconhecidas, com honrosas exceções, como o Domaine de La Romanée-Conti.
A região se estende por 300 km no centro-leste do país, desde Chablis até a região dos Beaujolais e contém pelo menos cinco das melhores sub-regiões produtoras francesas. Seus vinhos são conhecidos pela diversidade de sensações aromáticas e gustativas que oferecem, assim como pela sofisticação e preços elevados.As cinco grandes sub-regiões da Bourgogne são: Côte d'Or, Chablis, Côte Mâcconnaise, Côte Chalonnaise e Beaujolais. Seus tintos são produzidos a partir da uva Pinot Noir, e os brancos, da Chardonnay. A exceção está nos tintos de Beaujolais, que são feitos com a uva Gamay.
A uva Pinot Noir produz vinhos de aromas, sabor e textura excepcionais, de classe imbatível, que oferecem sensações olfativas e gustativas absolutamente únicas. Esses vinhos tendem a ter corpo leve, poucos taninos, aromas intensos de frutas vermelhas e florais e, quando amadurecem, podem apresentar grande complexidade aromática. A uva Chardonnay origina vinhos acessíveis, de aromas frutados. E a Gamay é intensamente frutada e floral, com taninos leves e produz bons vinhos jovens, mas com pequeno potencial de envelhecimento.
Os vinhos da Boutgogne são especialmente adequados ao nosso clima tropical, em função de sua leveza e jovialidade.
São estas as sub-regiões da Bourgogne:
Côte d'Or - De longe a região mais importante, dos mais famosos e raros vinhos da região, como os do Domaine de la Romanée-Conti. A Côte d'Or é dividida em Côte de Nuits, ao norte, e Côte de Beaune, ao sul.
Chablis - Berço de excepcionais brancos secos de Chardonnay. Os melhores levam a denominação de Chablis Grand Cru, os intermediários, de Chablis Premier Cru e os mais simples, Chablis. À mesa acompanham crustáceos, frutos do mar, peixes e carnes brancas. São vinhos límpidos, encorpados, de sabor mineral e poderosos.
Côte Mâcconnaise - Produz vinhos brancos, principalmente de Chardonnay. São famosos os seus Pouilly-Fuissé, brancos, muito aromáticos.
Côte Chalonnaise - Continuação natural da Côte de Beaune, é formada por uma conjunção de vilas, tais como Mercurey, Givry, Montagny e Rully.
Beaujolais - Terra dos alegres tintos de Gamay, desde ótimos e subestimados Crus e Villages aos menos importantes mas festejados Beujolais Nouveau, com seu característico aroma de casca de banana, trazidos ao mundo todas as terceiras quintas-feiras de novembro.
setembro 16, 2004
VINHOS DA FRANÇA - BORDEAUX
A região de Bordeaux produz vinhos que se incluem entre os mais desejados do mundo e sua riqueza é comprovada com os nove vinhos classificados como “premiers crus”, sendo oito tintos e um branco.
Localizados no sudoeste da França, os vinhedos se estendem ao longo dos rios Gironde, Garonne e Dordogne. A proximidade com o Atlântico proporciona clima favorável ao cultivo, mas o solo de cascalhos e pedras também exerce influência importante na qualidade.
Bordeaux é o maior distrito do mundo em produção de vinhos finos. Conta com mais de 13 mil vinícolas e 54 “appélations d´origine” (denominações de origem), o que representa 25% das denominações da França. Todos os seus vinhos são produzidos por uma mistura de 3 variedades de uvas, em média, em proporções definidas pelo produtor.
A classificação mais importante dos vinhos bordaleses foi a de 1855. Nela, 59 “châteaux” foram avaliados como “Crus Classes” - de “premiers” a “cinquièmes crus” - de acordo com os preços que eles alcançaram nos 100 anos anteriores a 1855.Na época, os “premiers crus” eleitos foram Château Lafite, Château Latour, Château Haut-Brion e Château Margaux. O Château Mouton teve de esperar mais 118 anos para chegar ao topo deste ranking, por uma concessão especial obtida pelo barão Philippe de Rothschild.
Entre as uvas tintas estão Cabernet Sauvignon (predominante), Merlot, Cabernet Franc, Petit Verdot e Malbec. Entre as brancas encontram-se Sauvignon Blanc, Sémillon e um pouco de Muscadelle.
Os vinhos de Bordeaux podem se classificados pelos tipos genéricos, pelas regiões e pelas comunas em que são produzidos.
Os genéricos (feitos em qualquer parte de Bordeaux) compreendem: rouge, blanc sec, supérieur rouge e supérieur blanc.
Existem seis sub-regiões:
Graves: Produz os melhores brancos secos da região. O vinho mais conhecido é o tinto Château Haut-Brion.
Médoc: Produz os melhores e mais nobres tintos e onde reina a uva Cabernet Sauvignon. Esta região é ainda dividida nas comunas de Margaux (do conhecido Château Margaux), Saint-Julien, Pauillac (com 3 premiers crus: Lafite-Rothschild, Latour e Mouton-Rothschild), Saint-Estèphe, Moulis e Listrac.
St.-Emilion: Produz grandes tintos, com ares menos nobres do que o Médoc. As uvas predominantes são Cabernet Franc e Merlot. Podem ser consumidos cedo e mantêm suas qualidades por bom tempo. Os destaques são os Châteaux Ausone e Cheval Blanc.
Pomerol: A uva Merlot também se adaptou melhor ao seu solo argiloso (95% da uva está presente na elaboração dos crus). Não possui muitas vinícolas, mas o Château Pétrus projetou a região no mundo dos vinhos.
Sauternes: Elaborados basicamente a partir da uva Sémillon, os Sauternes são famosos pelos vinhos de sobremesa. O sucesso de seu sabor particular está na ação do fungo “Botrytis cinérea”, que ao atacar a uva concentra seu açúcar, produzindo vinhos doces naturais. Toda a região produz vinhos botritizados.
Entre-Deux-Mers: Local não tão apreciado entre os vinhos bordaleses - são caros para sua qualidade, mas apresentam melhoria nos últimos anos. Consumidos entre 2 a 3 anos depois de produzidos.
A região de Bordeaux produz vinhos que se incluem entre os mais desejados do mundo e sua riqueza é comprovada com os nove vinhos classificados como “premiers crus”, sendo oito tintos e um branco.
Localizados no sudoeste da França, os vinhedos se estendem ao longo dos rios Gironde, Garonne e Dordogne. A proximidade com o Atlântico proporciona clima favorável ao cultivo, mas o solo de cascalhos e pedras também exerce influência importante na qualidade.
Bordeaux é o maior distrito do mundo em produção de vinhos finos. Conta com mais de 13 mil vinícolas e 54 “appélations d´origine” (denominações de origem), o que representa 25% das denominações da França. Todos os seus vinhos são produzidos por uma mistura de 3 variedades de uvas, em média, em proporções definidas pelo produtor.
A classificação mais importante dos vinhos bordaleses foi a de 1855. Nela, 59 “châteaux” foram avaliados como “Crus Classes” - de “premiers” a “cinquièmes crus” - de acordo com os preços que eles alcançaram nos 100 anos anteriores a 1855.Na época, os “premiers crus” eleitos foram Château Lafite, Château Latour, Château Haut-Brion e Château Margaux. O Château Mouton teve de esperar mais 118 anos para chegar ao topo deste ranking, por uma concessão especial obtida pelo barão Philippe de Rothschild.
Entre as uvas tintas estão Cabernet Sauvignon (predominante), Merlot, Cabernet Franc, Petit Verdot e Malbec. Entre as brancas encontram-se Sauvignon Blanc, Sémillon e um pouco de Muscadelle.
Os vinhos de Bordeaux podem se classificados pelos tipos genéricos, pelas regiões e pelas comunas em que são produzidos.
Os genéricos (feitos em qualquer parte de Bordeaux) compreendem: rouge, blanc sec, supérieur rouge e supérieur blanc.
Existem seis sub-regiões:
Graves: Produz os melhores brancos secos da região. O vinho mais conhecido é o tinto Château Haut-Brion.
Médoc: Produz os melhores e mais nobres tintos e onde reina a uva Cabernet Sauvignon. Esta região é ainda dividida nas comunas de Margaux (do conhecido Château Margaux), Saint-Julien, Pauillac (com 3 premiers crus: Lafite-Rothschild, Latour e Mouton-Rothschild), Saint-Estèphe, Moulis e Listrac.
St.-Emilion: Produz grandes tintos, com ares menos nobres do que o Médoc. As uvas predominantes são Cabernet Franc e Merlot. Podem ser consumidos cedo e mantêm suas qualidades por bom tempo. Os destaques são os Châteaux Ausone e Cheval Blanc.
Pomerol: A uva Merlot também se adaptou melhor ao seu solo argiloso (95% da uva está presente na elaboração dos crus). Não possui muitas vinícolas, mas o Château Pétrus projetou a região no mundo dos vinhos.
Sauternes: Elaborados basicamente a partir da uva Sémillon, os Sauternes são famosos pelos vinhos de sobremesa. O sucesso de seu sabor particular está na ação do fungo “Botrytis cinérea”, que ao atacar a uva concentra seu açúcar, produzindo vinhos doces naturais. Toda a região produz vinhos botritizados.
Entre-Deux-Mers: Local não tão apreciado entre os vinhos bordaleses - são caros para sua qualidade, mas apresentam melhoria nos últimos anos. Consumidos entre 2 a 3 anos depois de produzidos.
setembro 14, 2004
VINHOS DO URUGUAI
Artigo escrito por Sérgio Inglêz de Sousa, enólogo e autor de vários livros e que teve a oportunidade de visitar o Uruguai::
"O vinho produzido no Uruguai vem sendo descoberto pelo mercado internacional num processo ainda em andamento que começou há cerca de quinze anos.Em 1988, uma dupla de especialistas norte-americanos, contratada para avaliar e sugerir uma saída para a vitivinicultura uruguaia, concluiu que o vinho fabricado com a uva Tannat, que era comercializado como um produto rústico ou misturado com vinho de uva Isabel nos garrafões, era na verdade um produto fino e tinha um potencial mercadológico consideravelmente mais amplo.A partir daí foram reestruturados os vinhedos, as práticas culturais, as instalações das adegas e os processos de vinificação, sempre visando a produção de vinhos finos, de nível premium no mercado internacional.Em 1987 foi criado o INAVI - Instituto Nacional de Vitivinicultura -, como pessoa jurídica de direito público, para a execução da política vitivinícola nacional, com autonomia e independência técnica, financeira e política.
Os Pioneiros
As primeiras adegas que acreditaram no projeto foram a Vinos Finos J. Carrau e a Bodega Pisano, em 1992. Em seguida o processo se generalizou e a vitivinicultura uruguaia passou a incrementar não só a produção do fino Tannat mas, também, de outros varietais clássicos.Em programa agendado pelo INAVI estive visitando parte das principais vinícolas, degustando vinhos e verificando que realmente existe estrutura para uma produção da qualidade.Os varietais podem ser feitos a partir das uvas brancas Riesling, Sauvignon Blanc, Viognier e Chardonnay, ou das vermelhas Tannat, Cabernet Sauvignon e Merlot."
Artigo escrito por Sérgio Inglêz de Sousa, enólogo e autor de vários livros e que teve a oportunidade de visitar o Uruguai::
"O vinho produzido no Uruguai vem sendo descoberto pelo mercado internacional num processo ainda em andamento que começou há cerca de quinze anos.Em 1988, uma dupla de especialistas norte-americanos, contratada para avaliar e sugerir uma saída para a vitivinicultura uruguaia, concluiu que o vinho fabricado com a uva Tannat, que era comercializado como um produto rústico ou misturado com vinho de uva Isabel nos garrafões, era na verdade um produto fino e tinha um potencial mercadológico consideravelmente mais amplo.A partir daí foram reestruturados os vinhedos, as práticas culturais, as instalações das adegas e os processos de vinificação, sempre visando a produção de vinhos finos, de nível premium no mercado internacional.Em 1987 foi criado o INAVI - Instituto Nacional de Vitivinicultura -, como pessoa jurídica de direito público, para a execução da política vitivinícola nacional, com autonomia e independência técnica, financeira e política.
Os Pioneiros
As primeiras adegas que acreditaram no projeto foram a Vinos Finos J. Carrau e a Bodega Pisano, em 1992. Em seguida o processo se generalizou e a vitivinicultura uruguaia passou a incrementar não só a produção do fino Tannat mas, também, de outros varietais clássicos.Em programa agendado pelo INAVI estive visitando parte das principais vinícolas, degustando vinhos e verificando que realmente existe estrutura para uma produção da qualidade.Os varietais podem ser feitos a partir das uvas brancas Riesling, Sauvignon Blanc, Viognier e Chardonnay, ou das vermelhas Tannat, Cabernet Sauvignon e Merlot."
AS VINÍCOLAS DO URUGUAI (1)
Sérgio Inglêz de Sousa, enólogo e autor de vários livros, fez um relato das vinícolas que visitou no Uruguai, quando lá esteve a convite do INAVI. Abaixo a transcrição:
Bodega Los Cerros de San Juan (La Horqueta – Colonia)
Em 1854, Lausenth Booth construiu a adega Los Cerros de San Juan com materiais alemães e carvalho trazido da Floresta Negra. Ao redor de 1887, sob a liderança do novo proprietário, Terra Oyenard, a adega conheceu grande progresso e o Tannat se transformou no seu vinho básico.Com seus vinhedos e adega centenários, produz a linha varietal básica San Juan Connaisseurs, linha varietal Premium Cuña de Piedra, com destaque para o Chardonnay, Cabernet Sauvignon e o Tannat. O rótulo Jubileum, traduz um Ultra-Premium Tannat, com uvas de vinhedos com idades calculadas em mais de 100 anos.
Establecimientos Dante Irurtia (Carmelo – Colônia)
É uma empresa familiar fundada pelo basco Don Lourenzo Irurtia, cuja primeira colheita se deu em 1913. Em 1954 assumiu seu atual comandante, Dante Irurtia, que promoveu a expansão de vinhedos selecionados para produção de vinhos de qualidade internacional, atingindo hoje a posição de maior área de vinhas do Uruguai.Na grande variedade de linhas de produtos destacam-se em nível crescente de qualidade: Varietais Irurtia, Cosecha Particular Irurtia (Premium), Posada del Virrey (Super-Premium), com destaque para o Viognier, o Tannat e o Tannat-Cabernet, o Reserva del Virrey (Ultra-Premium) com carvalho, o Tannat e o Chardonnay.
Bodega Juan Toscanini & Hijos (Canelon Chico)
Depois de trabalhar em terras arrendadas, o imigrante genovês Don Juan Toscanini adquiriu sua propriedade em Canelon Chico, distante 30 Km de Montevideo, onde, em 1908 fundou a adega.Em 1980 foi iniciada a reconversão dos vinhedos, substituindo as velhas cepas por variedades clássicas importadas da França: Tannat, Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Sauvignon Blanc e Chardonnay. Nos anos 90 o estreitamento dos contatos com áreas famosas da Europa incentivaram o programa de produção de vinhos Premium. As linhas de produtos estão divididas em três níveis. Os rótulos Alma Joven trazem cortes em branco e em tinto; os rótulos Toscanini formam a linha clássica com os varietais de praxe e um interessante corte Tannat-Merlot. Os rótulos Selección de Viñedo Toscanini - a linha Carvalho -, trazem o Tannat e o Chardonnay, dois Ultra-Premium.
Sérgio Inglêz de Sousa, enólogo e autor de vários livros, fez um relato das vinícolas que visitou no Uruguai, quando lá esteve a convite do INAVI. Abaixo a transcrição:
Bodega Los Cerros de San Juan (La Horqueta – Colonia)
Em 1854, Lausenth Booth construiu a adega Los Cerros de San Juan com materiais alemães e carvalho trazido da Floresta Negra. Ao redor de 1887, sob a liderança do novo proprietário, Terra Oyenard, a adega conheceu grande progresso e o Tannat se transformou no seu vinho básico.Com seus vinhedos e adega centenários, produz a linha varietal básica San Juan Connaisseurs, linha varietal Premium Cuña de Piedra, com destaque para o Chardonnay, Cabernet Sauvignon e o Tannat. O rótulo Jubileum, traduz um Ultra-Premium Tannat, com uvas de vinhedos com idades calculadas em mais de 100 anos.
Establecimientos Dante Irurtia (Carmelo – Colônia)
É uma empresa familiar fundada pelo basco Don Lourenzo Irurtia, cuja primeira colheita se deu em 1913. Em 1954 assumiu seu atual comandante, Dante Irurtia, que promoveu a expansão de vinhedos selecionados para produção de vinhos de qualidade internacional, atingindo hoje a posição de maior área de vinhas do Uruguai.Na grande variedade de linhas de produtos destacam-se em nível crescente de qualidade: Varietais Irurtia, Cosecha Particular Irurtia (Premium), Posada del Virrey (Super-Premium), com destaque para o Viognier, o Tannat e o Tannat-Cabernet, o Reserva del Virrey (Ultra-Premium) com carvalho, o Tannat e o Chardonnay.
Bodega Juan Toscanini & Hijos (Canelon Chico)
Depois de trabalhar em terras arrendadas, o imigrante genovês Don Juan Toscanini adquiriu sua propriedade em Canelon Chico, distante 30 Km de Montevideo, onde, em 1908 fundou a adega.Em 1980 foi iniciada a reconversão dos vinhedos, substituindo as velhas cepas por variedades clássicas importadas da França: Tannat, Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Sauvignon Blanc e Chardonnay. Nos anos 90 o estreitamento dos contatos com áreas famosas da Europa incentivaram o programa de produção de vinhos Premium. As linhas de produtos estão divididas em três níveis. Os rótulos Alma Joven trazem cortes em branco e em tinto; os rótulos Toscanini formam a linha clássica com os varietais de praxe e um interessante corte Tannat-Merlot. Os rótulos Selección de Viñedo Toscanini - a linha Carvalho -, trazem o Tannat e o Chardonnay, dois Ultra-Premium.
AS VINÍCOLAS DO URUGUAI (2)
Bodegas Castillo Viejo (Canelones e San Jose)
Empresa familiar fundada em 1927 por Don Santos Etcheverry, em Canelones, a 28 Km de Montevideo. Em 1950, Horacio Etcheverry expandiu a produção e comercialização dos seus vinhos. Em 1978 a condução dos negócios da empresa passou para as mãos dos irmãos Edgardo, Alexandro e Ana Maria Etcheverry, que implementaram uma grande reconversão dos vinhedos e da tecnologia da adega.A produção está dividida em quatro linhas de vinhos finos. A linha de varietais básicos - Viento Sur -, para consumo fácil e dentro da juventude do vinho. Outra linha básica é a Catamayor Varietal, onde se destaca o Sauvignon Blanc. Subindo para a classe dos vinhos Super-Premium, a linha Catamayor Corazón de Roble oferece Chardonnay e Tannat-Cabernet Franc. No nível superior, podem ser apreciados os Ultra-Premium Vieja Parcela, Sauvignon Blanc e Cabernet Franc, este um vinho muito bom.
Bodega Pisano (Progreso)
Esta vinícola foi iniciada em 1914 pela família Pisano com a plantação de vinhedos de variedades européias e veio a elaborar o seu primeiro vinho em 1924. Adquiriu renome pela filosofia de produzir quantidades limitadas, resultado de trabalho artesanal.Esta forma de trabalhar pode ser comprovada na praticidade das suas instalações, deliberadamente básicas, evitando muitas manipulações. O engarrafamento e a aplicação de rolhas são operações feitas em pequenas máquinas manuais, o que propicia inspeção permanente da produção. Sua linha de produção se divide em três níveis: os Premium Coleção 1° Viña, Viognier-Chardonnay, Torrontés Riojano, Merlot-Tannat, Tannat e Cabernet Sauvignon, os Super-Premium RPF – Reserva Personal de la Familia, Chardonnay, Pinot Noir, Merlot, Tannat e Cabernet Sauvignon, e, finalmente, o Ultra-Premium Gran Reserva, Pisano Arretxea, composto de Cabernet Sauvignon, Merlot e Tannat. As premiações internacionais provam a validade da filosofia adotada pela vinícola.
Establecimiento Juanicó (Juanicó - Canelones)
Em 1840, Don Juanicó construiu cavas subterrâneas na sua propriedade, terras onde hoje está situada a cidade de Juanicó, e iniciou a plantação de vinhedos. Ainda na primeira década de 1900 a propriedade foi comprada pela família Seré, que estabeleceu a adega Cortijo Ensayo, visando a elaboração de vinhos no estilo europeu. Mais adiante, a estatal ANCAP assumiu a empresa e partiu para a produção de destilados. Após três décadas, a empresa foi adquirida por Juan Carlos Deicas, que construiu a nova face da Juanicó, a que perdura até hoje. Seus produtos principais são oferecidos com o rótulo Don Pascual, homenagem ao pioneiro da vitivinicultura uruguaia, Pascual Harriague. Sob este rótulo estão as linhas básicas Clássica e Reserva, e uma linha Super-Premium Roble com Chardonnay-Viognier, Tannat e Cabernet Sauvignon. Num nível de Ultra-Premium, o rótulo Preludio, um delicioso corte de Tannat, Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot. As medalhas de ouro que vêm colecionando os Roble e o Preludio comprovam a boa performance internacional destes vinhos.
Bodegas Castillo Viejo (Canelones e San Jose)
Empresa familiar fundada em 1927 por Don Santos Etcheverry, em Canelones, a 28 Km de Montevideo. Em 1950, Horacio Etcheverry expandiu a produção e comercialização dos seus vinhos. Em 1978 a condução dos negócios da empresa passou para as mãos dos irmãos Edgardo, Alexandro e Ana Maria Etcheverry, que implementaram uma grande reconversão dos vinhedos e da tecnologia da adega.A produção está dividida em quatro linhas de vinhos finos. A linha de varietais básicos - Viento Sur -, para consumo fácil e dentro da juventude do vinho. Outra linha básica é a Catamayor Varietal, onde se destaca o Sauvignon Blanc. Subindo para a classe dos vinhos Super-Premium, a linha Catamayor Corazón de Roble oferece Chardonnay e Tannat-Cabernet Franc. No nível superior, podem ser apreciados os Ultra-Premium Vieja Parcela, Sauvignon Blanc e Cabernet Franc, este um vinho muito bom.
Bodega Pisano (Progreso)
Esta vinícola foi iniciada em 1914 pela família Pisano com a plantação de vinhedos de variedades européias e veio a elaborar o seu primeiro vinho em 1924. Adquiriu renome pela filosofia de produzir quantidades limitadas, resultado de trabalho artesanal.Esta forma de trabalhar pode ser comprovada na praticidade das suas instalações, deliberadamente básicas, evitando muitas manipulações. O engarrafamento e a aplicação de rolhas são operações feitas em pequenas máquinas manuais, o que propicia inspeção permanente da produção. Sua linha de produção se divide em três níveis: os Premium Coleção 1° Viña, Viognier-Chardonnay, Torrontés Riojano, Merlot-Tannat, Tannat e Cabernet Sauvignon, os Super-Premium RPF – Reserva Personal de la Familia, Chardonnay, Pinot Noir, Merlot, Tannat e Cabernet Sauvignon, e, finalmente, o Ultra-Premium Gran Reserva, Pisano Arretxea, composto de Cabernet Sauvignon, Merlot e Tannat. As premiações internacionais provam a validade da filosofia adotada pela vinícola.
Establecimiento Juanicó (Juanicó - Canelones)
Em 1840, Don Juanicó construiu cavas subterrâneas na sua propriedade, terras onde hoje está situada a cidade de Juanicó, e iniciou a plantação de vinhedos. Ainda na primeira década de 1900 a propriedade foi comprada pela família Seré, que estabeleceu a adega Cortijo Ensayo, visando a elaboração de vinhos no estilo europeu. Mais adiante, a estatal ANCAP assumiu a empresa e partiu para a produção de destilados. Após três décadas, a empresa foi adquirida por Juan Carlos Deicas, que construiu a nova face da Juanicó, a que perdura até hoje. Seus produtos principais são oferecidos com o rótulo Don Pascual, homenagem ao pioneiro da vitivinicultura uruguaia, Pascual Harriague. Sob este rótulo estão as linhas básicas Clássica e Reserva, e uma linha Super-Premium Roble com Chardonnay-Viognier, Tannat e Cabernet Sauvignon. Num nível de Ultra-Premium, o rótulo Preludio, um delicioso corte de Tannat, Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot. As medalhas de ouro que vêm colecionando os Roble e o Preludio comprovam a boa performance internacional destes vinhos.
AS VINÍCOLAS DO URUGUAI (3)
La Aurora (Canelones)
Quando começou a faltar uvas européias para elaboração de vinhos finos aqui no Brasil, a Cooperativa Vinícola Aurora descobriu o Cabernet Sauvignon e o Tannat, uruguaios. Não titubeou e foi para o Uruguai se estabelecer para produção de vinhos finos.Hoje a Aurora é uma das maiores exportadoras daquele país. Além do varietal básico Conde de Fouculd Cabernet, produz a linha varietal Premium Marcus James, Cabernet Sauvignon e Tannat, além do corte Super-Premium Solar Del Paso, Tannat-Merlot, comercializado na Europa.
Vinos de La Cruz (Florida)
Fundada em maio de 1887, por Julio Arocena, numa época em que vários pioneiros trabalhavam novos vinhedos, é a vinícola mais antiga do país, iniciando com produção de Malbec, Tannat e Follie Noir.O neto do fundador, Juan Jose Arocena, executivo da empresa há décadas, participou da frente nacional de melhoria da qualidade do vinho uruguaio, especialmente da revelação do Tannat, como vinho fino, em 1989.Desde 1997 a empresa desenvolve um grande projeto de produção de vinho ecológico, esforço coroado de pleno êxito quando, em 2001, assumiu a posição de primeira vinícola ecológica da América do Sul.Sua linha Vino Ecológico ou Orgânico compõe-se de varietais Super-Premium branco da casta Arriola, rosado de Moscatel e, tintos Malbec, Merlot e Pinot Noir, este um grande vinho.Informação para ser checada: são vinhos permitidos para diabéticos, segundo aprovação da Associação de Diabéticos do Uruguai.
Bodega Castel Pujol - J. Carrau (Cerro do Chapéu)
A Castel Pujol tem suas instalações antigas e tradicionais em Las Violetas (Canelones) e, recentemente, construiu uma nova e moderna adega em Riviera, divisa com o Brasil.Nestas novas instalações está produzindo os varietais básicos, Cerro do Chapéu Sauvignon Blanc, para ser bebido jovem, o Cerro do Chapéu Cabernet Sauvignon, com amadurecimento, e dois Super-Premium: o Amat Gran Reserva Tannat e o !752, um reserva cortado de Tannat, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Merlot.Observação final:Uma excelente notícia para os apreciadores de vinho e do bom churrasco: nossos supermercados e casas especializadas deverão incrementar grandemente suas ofertas de vinhos uruguaios em 2003!
La Aurora (Canelones)
Quando começou a faltar uvas européias para elaboração de vinhos finos aqui no Brasil, a Cooperativa Vinícola Aurora descobriu o Cabernet Sauvignon e o Tannat, uruguaios. Não titubeou e foi para o Uruguai se estabelecer para produção de vinhos finos.Hoje a Aurora é uma das maiores exportadoras daquele país. Além do varietal básico Conde de Fouculd Cabernet, produz a linha varietal Premium Marcus James, Cabernet Sauvignon e Tannat, além do corte Super-Premium Solar Del Paso, Tannat-Merlot, comercializado na Europa.
Vinos de La Cruz (Florida)
Fundada em maio de 1887, por Julio Arocena, numa época em que vários pioneiros trabalhavam novos vinhedos, é a vinícola mais antiga do país, iniciando com produção de Malbec, Tannat e Follie Noir.O neto do fundador, Juan Jose Arocena, executivo da empresa há décadas, participou da frente nacional de melhoria da qualidade do vinho uruguaio, especialmente da revelação do Tannat, como vinho fino, em 1989.Desde 1997 a empresa desenvolve um grande projeto de produção de vinho ecológico, esforço coroado de pleno êxito quando, em 2001, assumiu a posição de primeira vinícola ecológica da América do Sul.Sua linha Vino Ecológico ou Orgânico compõe-se de varietais Super-Premium branco da casta Arriola, rosado de Moscatel e, tintos Malbec, Merlot e Pinot Noir, este um grande vinho.Informação para ser checada: são vinhos permitidos para diabéticos, segundo aprovação da Associação de Diabéticos do Uruguai.
Bodega Castel Pujol - J. Carrau (Cerro do Chapéu)
A Castel Pujol tem suas instalações antigas e tradicionais em Las Violetas (Canelones) e, recentemente, construiu uma nova e moderna adega em Riviera, divisa com o Brasil.Nestas novas instalações está produzindo os varietais básicos, Cerro do Chapéu Sauvignon Blanc, para ser bebido jovem, o Cerro do Chapéu Cabernet Sauvignon, com amadurecimento, e dois Super-Premium: o Amat Gran Reserva Tannat e o !752, um reserva cortado de Tannat, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Merlot.Observação final:Uma excelente notícia para os apreciadores de vinho e do bom churrasco: nossos supermercados e casas especializadas deverão incrementar grandemente suas ofertas de vinhos uruguaios em 2003!
O EQUILÍBRIO DE UM VINHO
O equilíbrio de um vinho representa um fator essencial para a determinação da qualidade do mesmo. Um vinho bem equilibrado com certeza será agradável e as impressões gerais deixadas na boca serão positivas.
As sensações gustativas fazem parte da definição de equilíbrio e são divididas em duas categorias: a dos elementos doces e a dos demais elementos. Os elementos doces são representados por qualquer substância que, fundamentalmente, tenha um gosto doce, tais como açúcar, álcool e glicerol, enquanto os outros elementos serão representados por ácidos, sais minerais e, no caso de vinhos tintos, componentes fenólicos e taninos.
Cada categoria tende a contrastar a outra para se equilibrarem mutuamente e a quantidade de elementos presentes em ambas é que tornará um vinho equilibrado. Para ser equilibrado, portanto, um vinho precisa conter uma quantidade de elementos doces que efetivamente contrastem e equilibrem os outros elementos, ou seja, criar um perfil gustativo equilibrado no qual os elementos de cada categoria não se sobreponham aos demais.
O conceito de equilíbrio varia de acordo com o tipo de vinho, branco ou tinto, devido aos fatores que geralmente tornam cada tipo agradável, e também por causa da natureza e quantidade dos elementos que constituem o vinho.
Um exemplo do dia-a-dia serve para ilustrar o assunto: quando se adiciona açúcar a um sumo de limão até o ponto desejado, na realidade está-se a equilibrar a acidez do sumo com o seu sabor para torna-lo mais agradável. Açúcar a menos provoca desequilíbrio ácido; açúcar a mais provoca desequilíbrio no sabor, a bebida se torna enjoativa.
O desequilíbrio alcoólico provoca um ardor na boca, originando vinhos quentes (imagine-se a sensação das bebidas brancas). A sua doçura provoca vinhos enjoativos.
O desequilíbrio dos taninos torna a prova demasiado seca (sem sabor) e rugosa (como beber chá preto sem açúcar). No entanto, não se deve esquecer que nos vinhos tintos jovens o tanino domina com freqüência. Mas essa presença em excesso tem que enriquecer os sabores e aromas em vez de os encobrir.
O desequilibro ácido provoca vinhos adstringentes e amargos (como beber sumo de limão puro).
O equilíbrio de um vinho representa um fator essencial para a determinação da qualidade do mesmo. Um vinho bem equilibrado com certeza será agradável e as impressões gerais deixadas na boca serão positivas.
As sensações gustativas fazem parte da definição de equilíbrio e são divididas em duas categorias: a dos elementos doces e a dos demais elementos. Os elementos doces são representados por qualquer substância que, fundamentalmente, tenha um gosto doce, tais como açúcar, álcool e glicerol, enquanto os outros elementos serão representados por ácidos, sais minerais e, no caso de vinhos tintos, componentes fenólicos e taninos.
Cada categoria tende a contrastar a outra para se equilibrarem mutuamente e a quantidade de elementos presentes em ambas é que tornará um vinho equilibrado. Para ser equilibrado, portanto, um vinho precisa conter uma quantidade de elementos doces que efetivamente contrastem e equilibrem os outros elementos, ou seja, criar um perfil gustativo equilibrado no qual os elementos de cada categoria não se sobreponham aos demais.
O conceito de equilíbrio varia de acordo com o tipo de vinho, branco ou tinto, devido aos fatores que geralmente tornam cada tipo agradável, e também por causa da natureza e quantidade dos elementos que constituem o vinho.
Um exemplo do dia-a-dia serve para ilustrar o assunto: quando se adiciona açúcar a um sumo de limão até o ponto desejado, na realidade está-se a equilibrar a acidez do sumo com o seu sabor para torna-lo mais agradável. Açúcar a menos provoca desequilíbrio ácido; açúcar a mais provoca desequilíbrio no sabor, a bebida se torna enjoativa.
O desequilíbrio alcoólico provoca um ardor na boca, originando vinhos quentes (imagine-se a sensação das bebidas brancas). A sua doçura provoca vinhos enjoativos.
O desequilíbrio dos taninos torna a prova demasiado seca (sem sabor) e rugosa (como beber chá preto sem açúcar). No entanto, não se deve esquecer que nos vinhos tintos jovens o tanino domina com freqüência. Mas essa presença em excesso tem que enriquecer os sabores e aromas em vez de os encobrir.
O desequilibro ácido provoca vinhos adstringentes e amargos (como beber sumo de limão puro).
setembro 13, 2004
O CORPO DE UM VINHO
Quando se bebe um vinho, é comum ouvir-se que o mesmo é "encorpado". Para bem se entender o significado da expressão, é de fundamental importância que se tenha muito claro o conceito de corpo.É um termo usado em degustação para caracterizar o "peso" aparente do vinho, ou seja, a sensação de plenitude resultante da densidade ou viscosidade do vinho no palato. De uma forma mais simples, pode também ser descrito como quão diferente da água é a sensação que o vinho causa na boca.
Para indicar a gradação do corpo do vinho usa-se uma escala como a seguinte: magro, pouco corpo, bom corpo, muito encorpado e massudo. Em outras classificações, as extremidades da escala costumam ser o corpo leve e o muito encorpado.
Após a água, em termos quantitativos, o álcool (predominantemente o etanol) é o principal componente dos vinhos. Sua viscosidade é muito maior que a da água, sendo o maior responsável pela sensação de plenitude, ou corpo, quando ao vinho é permitido passear livremente pela boca. O teor alcoólico de um vinho, ou seja, a quantidade de álcool existente no vinho, é, portanto, claramente, um fator importante na determinação do corpo do mesmo: quanto mais alcoólico um vinho, mais encorpado este será.
Os sólidos dissolvidos no vinho, isto é, o extrato, também podem contribuir significativamente para o corpo, com a ressalva que os vinhos doces não são necessariamente encorpados. Tome-se como exemplo o vinho italiano Asti Espumante, que é doce, porém, extremamente leve (ou magro), por ter um teor extremamente baixo de álcool.
É importante que se diga, porém, que o corpo não está relacionado com a qualidade do vinho, sendo o equilíbrio mais importante do que ser o vinho mais ou menos encorpado. Mas este é outro assunto.
Quando se bebe um vinho, é comum ouvir-se que o mesmo é "encorpado". Para bem se entender o significado da expressão, é de fundamental importância que se tenha muito claro o conceito de corpo.É um termo usado em degustação para caracterizar o "peso" aparente do vinho, ou seja, a sensação de plenitude resultante da densidade ou viscosidade do vinho no palato. De uma forma mais simples, pode também ser descrito como quão diferente da água é a sensação que o vinho causa na boca.
Para indicar a gradação do corpo do vinho usa-se uma escala como a seguinte: magro, pouco corpo, bom corpo, muito encorpado e massudo. Em outras classificações, as extremidades da escala costumam ser o corpo leve e o muito encorpado.
Após a água, em termos quantitativos, o álcool (predominantemente o etanol) é o principal componente dos vinhos. Sua viscosidade é muito maior que a da água, sendo o maior responsável pela sensação de plenitude, ou corpo, quando ao vinho é permitido passear livremente pela boca. O teor alcoólico de um vinho, ou seja, a quantidade de álcool existente no vinho, é, portanto, claramente, um fator importante na determinação do corpo do mesmo: quanto mais alcoólico um vinho, mais encorpado este será.
Os sólidos dissolvidos no vinho, isto é, o extrato, também podem contribuir significativamente para o corpo, com a ressalva que os vinhos doces não são necessariamente encorpados. Tome-se como exemplo o vinho italiano Asti Espumante, que é doce, porém, extremamente leve (ou magro), por ter um teor extremamente baixo de álcool.
É importante que se diga, porém, que o corpo não está relacionado com a qualidade do vinho, sendo o equilíbrio mais importante do que ser o vinho mais ou menos encorpado. Mas este é outro assunto.
PEQUENO GLOSSÁRIO DO VINHO
ABERTO - diz-se de um vinho de cor clara ou que apresenta pouco equilíbrio na boca.
ACIDEZ - Sensação de frescor agradável, provocada pelos ácidos do vinho (cítrico, tartárico, málico, lático, succínico) e que resulta em salivação. Existem vários componentes "ácidos" no vinho sem os quais o vinho teria um sabor "chato" ou "mole". Algumas uvas têm uma maior concentração de ácido málico, um ácido que lhe provoca uma sensação de aspereza idêntica à que percebe quando trinca uma maçã ácida e verde. Algumas técnicas de vinificação estão preparadas para reduzir e amaciar esta sensação de acidez. A percepção de acidez, como em muitos outros componentes sabidos do vinho, é marcada por contraste. A doçura e a acidez por exemplo, equilibram-se uma à outra. Um vinho muito ácido, mas também algo doce apresenta-se no seu conjunto como menos ácido. Os taninos e a acidez, por outro lado, potenciam-se mutuamente. Um tinto com muitos taninos que tem muita acidez parecerá ter mais tanino, ou ser mais ácido.
ACIDEZ FIXA - Conjunto dos diferentes ácidos orgânicos que se encontram no mosto e no vinho. Pode ser fixa ou volátil.
ACIDEZ VOLÁTIL - Acidez desagradável provocada pelos maus ácidos do vinho (acético, propiônico e butírico)
ACIDEZ TOTAL - O conjunto de todos os ácidos do vinho que se expressa geralmente em gramas de ácido tartárico por litro de líquido.
ADSTRIGENTE - com muito tanino, que produz a sensação de aspereza (semelhante à sentida ao comer-se uma banana verde); o mesmo que tânico
ALCOÓLICO - com muito álcool, desequilibrado
AROMA - odor emanado pelo vinho. O primário é proveniente da uva. O secundário é resultante da vinificação. O terceário origina-se do envelhecimento e é denominado bouquet
AROMA DE BOCA - ver retrogosto
ÁSPERO - com excessivas adstringência e acidez (esta um pouco menor)
AVELUDADO - macio, untuoso, viscoso com textura de veludo
BALANCEADO - que apresenta harmonia entre os aspectos gustativos fundamentais, em especial a acidez, a doçura, a adstringência e o teor alcoólico o mesmo que equilibrado
BOUQUET - aroma complexo, também denominado aroma terciário, resultante do envelhecimento
CARÁTER - conjunto de qualidades que dão personalidade própria ao vinho permitindo distinguí-lo de outros
CORPO - sensação tátil do vinho à boca, que lhe dá peso (sensação de "boca cheia") e resulta do seu alto teor de extrato seco
DESEQUILIBRADO - que possui exacerbação de um dos componentes gustativos, mascarando-os (ex: excessiva acidez, tanicidade exagerada, doçura elevada); o mesmo que desequilibrado
ENCORPADO - que tem muito corpo
EQUILIBRADO - o mesmo que balanceado.
FORTIFICADO - vinho com elevado teor alcoólico, suculento e bem encorpado. Também chamado de generoso. Recebe este nome por lhe ser acrescentada aguardente vínica, o que faz aumentar sua graduação alcoólica
GENEROSO - o mesmo que fortificado
JOVEM - vinho geralmente frutado, pouco tânico com acidez agradável e que não se presta ao envelhecimento (Ex: vinhos brancos em geral, espumantes e a maioria dos vinhos brasileiros); pode também significar vinho recém-produzido, que pode e deve envelhecer
LONGO - de boa persistência (ver verbete)
MADEIRIZADO - vinho branco oxidado que adquire cor que vai de dourada a castanho, aroma adocicado (cetônico) e gosto amargo
MADURO - no apogeu de sua vida; estado que precede a decadência
PERSISTÊNCIA - sensação do gosto deixado pelo vinho na boca (retrogosto) após ser deglutido ou cuspido. Quanto melhor o vinho, maior o tempo de persistência, do retrogosto: 2 a 3 segundos nos curtos, 4 a 6 segundos nos médios e de 6 a 8 nos longos
REDONDO - maduro e equilibrado
RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA - sensação gustativo-olfatória final deixada pelo vinho na boca, após ser deglutido ou cuspido. Ela é percebida através da aspiração do ar pela boca, o que provoca a sua passagem pela nasofaringe (comunicação entre a boca e o nariz) e a conseqüente estimulação dos receptores olfativos no nariz. Alguns estudiosos preferem utilizam a palavra retrogosto para as sensações desagradáveis percebidas ao final da degustação
TÂNICO - que tem muito tanino ou no qual o tanino sobressai; o mesmo que adstringente e duro
TANINO - substância existente na uva e que confere a adstringência ao vinho
TERROIR (francês) - literalmente designa o "terreno" onde se localiza um vinhedo, mas o seu sentido é muito mais amplo. Na realidade, designa as características do solo, do microclima e do ecossistema do local, responsáveis pela qualidade do vinhedo e, conseqüentemente, pela qualidade do vinho que ele originará.
ABERTO - diz-se de um vinho de cor clara ou que apresenta pouco equilíbrio na boca.
ACIDEZ - Sensação de frescor agradável, provocada pelos ácidos do vinho (cítrico, tartárico, málico, lático, succínico) e que resulta em salivação. Existem vários componentes "ácidos" no vinho sem os quais o vinho teria um sabor "chato" ou "mole". Algumas uvas têm uma maior concentração de ácido málico, um ácido que lhe provoca uma sensação de aspereza idêntica à que percebe quando trinca uma maçã ácida e verde. Algumas técnicas de vinificação estão preparadas para reduzir e amaciar esta sensação de acidez. A percepção de acidez, como em muitos outros componentes sabidos do vinho, é marcada por contraste. A doçura e a acidez por exemplo, equilibram-se uma à outra. Um vinho muito ácido, mas também algo doce apresenta-se no seu conjunto como menos ácido. Os taninos e a acidez, por outro lado, potenciam-se mutuamente. Um tinto com muitos taninos que tem muita acidez parecerá ter mais tanino, ou ser mais ácido.
ACIDEZ FIXA - Conjunto dos diferentes ácidos orgânicos que se encontram no mosto e no vinho. Pode ser fixa ou volátil.
ACIDEZ VOLÁTIL - Acidez desagradável provocada pelos maus ácidos do vinho (acético, propiônico e butírico)
ACIDEZ TOTAL - O conjunto de todos os ácidos do vinho que se expressa geralmente em gramas de ácido tartárico por litro de líquido.
ADSTRIGENTE - com muito tanino, que produz a sensação de aspereza (semelhante à sentida ao comer-se uma banana verde); o mesmo que tânico
ALCOÓLICO - com muito álcool, desequilibrado
AROMA - odor emanado pelo vinho. O primário é proveniente da uva. O secundário é resultante da vinificação. O terceário origina-se do envelhecimento e é denominado bouquet
AROMA DE BOCA - ver retrogosto
ÁSPERO - com excessivas adstringência e acidez (esta um pouco menor)
AVELUDADO - macio, untuoso, viscoso com textura de veludo
BALANCEADO - que apresenta harmonia entre os aspectos gustativos fundamentais, em especial a acidez, a doçura, a adstringência e o teor alcoólico o mesmo que equilibrado
BOUQUET - aroma complexo, também denominado aroma terciário, resultante do envelhecimento
CARÁTER - conjunto de qualidades que dão personalidade própria ao vinho permitindo distinguí-lo de outros
CORPO - sensação tátil do vinho à boca, que lhe dá peso (sensação de "boca cheia") e resulta do seu alto teor de extrato seco
DESEQUILIBRADO - que possui exacerbação de um dos componentes gustativos, mascarando-os (ex: excessiva acidez, tanicidade exagerada, doçura elevada); o mesmo que desequilibrado
ENCORPADO - que tem muito corpo
EQUILIBRADO - o mesmo que balanceado.
FORTIFICADO - vinho com elevado teor alcoólico, suculento e bem encorpado. Também chamado de generoso. Recebe este nome por lhe ser acrescentada aguardente vínica, o que faz aumentar sua graduação alcoólica
GENEROSO - o mesmo que fortificado
JOVEM - vinho geralmente frutado, pouco tânico com acidez agradável e que não se presta ao envelhecimento (Ex: vinhos brancos em geral, espumantes e a maioria dos vinhos brasileiros); pode também significar vinho recém-produzido, que pode e deve envelhecer
LONGO - de boa persistência (ver verbete)
MADEIRIZADO - vinho branco oxidado que adquire cor que vai de dourada a castanho, aroma adocicado (cetônico) e gosto amargo
MADURO - no apogeu de sua vida; estado que precede a decadência
PERSISTÊNCIA - sensação do gosto deixado pelo vinho na boca (retrogosto) após ser deglutido ou cuspido. Quanto melhor o vinho, maior o tempo de persistência, do retrogosto: 2 a 3 segundos nos curtos, 4 a 6 segundos nos médios e de 6 a 8 nos longos
REDONDO - maduro e equilibrado
RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA - sensação gustativo-olfatória final deixada pelo vinho na boca, após ser deglutido ou cuspido. Ela é percebida através da aspiração do ar pela boca, o que provoca a sua passagem pela nasofaringe (comunicação entre a boca e o nariz) e a conseqüente estimulação dos receptores olfativos no nariz. Alguns estudiosos preferem utilizam a palavra retrogosto para as sensações desagradáveis percebidas ao final da degustação
TÂNICO - que tem muito tanino ou no qual o tanino sobressai; o mesmo que adstringente e duro
TANINO - substância existente na uva e que confere a adstringência ao vinho
TERROIR (francês) - literalmente designa o "terreno" onde se localiza um vinhedo, mas o seu sentido é muito mais amplo. Na realidade, designa as características do solo, do microclima e do ecossistema do local, responsáveis pela qualidade do vinhedo e, conseqüentemente, pela qualidade do vinho que ele originará.
setembro 12, 2004
A UVA SYRAH
A Syrah se destaca como uma das grandes uvas que chegaram aos nossos dias. Com ela se elaboram vinhos de notável qualidade e bom potencial de envelhecimento, tanto no sul da França quanto em outras regiões do mundo. Também é conhecida como Shiraz, nome que ganhou na Austrália, onde se adaptou muito bem.
Sua origem sempre foi controversa, mas hoje há duas hipóteses mais prováveis: a de que a cepa tenha sido trazida da Pérsia para o sul da França por cavaleiros cruzados, com o nome originado da cidade de Shiraz; outra - a que vem ganhando mais adeptos - é a de que se trata de uma uva autóctone do Ródano, descendente da "vitis allobrogica", produzindo vinhos finos naquela região desde os tempos da dominação romana.
A Syrah cresce bem em inúmeras áreas, gosta de climas quentes e produz vinhos complexos e distintos, escuros, alcoólicos e com aromas e sabores de especiarias. Seus taninos se apresentam redondos e suaves desde a juventude. A Syrah francesa e a Shiraz australiana são idênticas no aspecto vitivinícola, mas não no sabor, devido às diferenças de "terroirs" e vinificação: a australiana é mais doce e madura, sugerindo chocolate; a francesa dá um vinho mais sabendo a pimenta e especiarias.
A Syrah se destaca como uma das grandes uvas que chegaram aos nossos dias. Com ela se elaboram vinhos de notável qualidade e bom potencial de envelhecimento, tanto no sul da França quanto em outras regiões do mundo. Também é conhecida como Shiraz, nome que ganhou na Austrália, onde se adaptou muito bem.
Sua origem sempre foi controversa, mas hoje há duas hipóteses mais prováveis: a de que a cepa tenha sido trazida da Pérsia para o sul da França por cavaleiros cruzados, com o nome originado da cidade de Shiraz; outra - a que vem ganhando mais adeptos - é a de que se trata de uma uva autóctone do Ródano, descendente da "vitis allobrogica", produzindo vinhos finos naquela região desde os tempos da dominação romana.
A Syrah cresce bem em inúmeras áreas, gosta de climas quentes e produz vinhos complexos e distintos, escuros, alcoólicos e com aromas e sabores de especiarias. Seus taninos se apresentam redondos e suaves desde a juventude. A Syrah francesa e a Shiraz australiana são idênticas no aspecto vitivinícola, mas não no sabor, devido às diferenças de "terroirs" e vinificação: a australiana é mais doce e madura, sugerindo chocolate; a francesa dá um vinho mais sabendo a pimenta e especiarias.
setembro 07, 2004
TERCEIRO ANIVERSÁRIO
Este site completa hoje seu terceiro aniversário e não poderíamos passar sem um agradecimento especial a todos que nos prestigiaram com sua visita. Apesar de termos sido obrigados a mudá-lo de endereço - por motivos alheios à nossa vontade - justamente numa fase em que se estava tornando bastante conhecido, foi uma grata surpresa constatar que as visitas continuam e chegam hoje perto dos 13.900 acessos. Para nós, um bom indicador e também um estímulo para mantê-lo ativo, agora em parceria com outro site nosso - "O vinho e seus prazeres", este com uma estruturação um pouco diferenciada. Obrigado a todos!
Este site completa hoje seu terceiro aniversário e não poderíamos passar sem um agradecimento especial a todos que nos prestigiaram com sua visita. Apesar de termos sido obrigados a mudá-lo de endereço - por motivos alheios à nossa vontade - justamente numa fase em que se estava tornando bastante conhecido, foi uma grata surpresa constatar que as visitas continuam e chegam hoje perto dos 13.900 acessos. Para nós, um bom indicador e também um estímulo para mantê-lo ativo, agora em parceria com outro site nosso - "O vinho e seus prazeres", este com uma estruturação um pouco diferenciada. Obrigado a todos!
setembro 02, 2004
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #13: ESPORÃO GARRAFEIRA 1990 (V.Q.P.R.D.)
Na seqüência dessas degustações, este vinho despertava nossa curiosidade pela sua "idade avançada": não tínhamos a menor idéia de como o mesmo iria se apresentar, depois de guardado por tanto tempo em condições não muito controladas. Sabíamos, porém, que estávamos frente a um vinho de muito boa reputação, um produto de respeito no mercado.
Este Garrafeira foi produzido e engarrafado na Herdade do Esporão, no Alentejo, onde o solo é formado por vulcanitos e xistos. Estagiou por um ano em barricas de carvalho americano e depois aguardou mais três em garrafa, antes de ir para o mercado. Possui 12% de teor alcoólico. Sua safra é classificada como uma das quatro "excepcionais" da região, no período de 1985 a 2000 (Saul Galvão, "Guia de Tintos & Brancos", 2004).
O primeiro "choque" veio ao coloca-lo na taça e perceber a sua cor: o vermelho já havia dado lugar a uma coloração castanho, evidenciando que já atingira (ou estaria atingindo) o apogeu. Uma cor homogênea, bem diferente das que costumamos encontrar na maioria dos vinhos que bebemos, não tão envelhecidos. Despertou uma ponta de preocupação. Mas, logo em seguida, ao nariz, veio a surpresa: mesmo não dando para perceber outros aromas que não o da madeira, com um certo toque de defumado, a sensação foi bastante agradável. Sentimos, então, que estávamos ainda diante de um bom vinho, agora um "respeitável senhor".
Na boca, mostrou um bom equilíbrio e confirmou o que já se havia sentido no teste olfativo. Não era muito encorpado, mas de qualquer modo mais que os famosos vinhos da Borgonha... Restou-nos apenas uma dúvida: em que ponto da curva de envelhecimento se encontrava? Teria já atingido o ponto ideal? Ou poderia ainda envelhecer por mais um tempo? São perguntas que faríamos a quem o tenha degustado em anos recentes. Pontos: 82
VINHO #13: ESPORÃO GARRAFEIRA 1990 (V.Q.P.R.D.)
Na seqüência dessas degustações, este vinho despertava nossa curiosidade pela sua "idade avançada": não tínhamos a menor idéia de como o mesmo iria se apresentar, depois de guardado por tanto tempo em condições não muito controladas. Sabíamos, porém, que estávamos frente a um vinho de muito boa reputação, um produto de respeito no mercado.
Este Garrafeira foi produzido e engarrafado na Herdade do Esporão, no Alentejo, onde o solo é formado por vulcanitos e xistos. Estagiou por um ano em barricas de carvalho americano e depois aguardou mais três em garrafa, antes de ir para o mercado. Possui 12% de teor alcoólico. Sua safra é classificada como uma das quatro "excepcionais" da região, no período de 1985 a 2000 (Saul Galvão, "Guia de Tintos & Brancos", 2004).
O primeiro "choque" veio ao coloca-lo na taça e perceber a sua cor: o vermelho já havia dado lugar a uma coloração castanho, evidenciando que já atingira (ou estaria atingindo) o apogeu. Uma cor homogênea, bem diferente das que costumamos encontrar na maioria dos vinhos que bebemos, não tão envelhecidos. Despertou uma ponta de preocupação. Mas, logo em seguida, ao nariz, veio a surpresa: mesmo não dando para perceber outros aromas que não o da madeira, com um certo toque de defumado, a sensação foi bastante agradável. Sentimos, então, que estávamos ainda diante de um bom vinho, agora um "respeitável senhor".
Na boca, mostrou um bom equilíbrio e confirmou o que já se havia sentido no teste olfativo. Não era muito encorpado, mas de qualquer modo mais que os famosos vinhos da Borgonha... Restou-nos apenas uma dúvida: em que ponto da curva de envelhecimento se encontrava? Teria já atingido o ponto ideal? Ou poderia ainda envelhecer por mais um tempo? São perguntas que faríamos a quem o tenha degustado em anos recentes. Pontos: 82
julho 13, 2004
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #12: BRUNELLO DI MONTALCINO (D.O.C.G.)
COLOMBINI FATTORIA DEI BARBI 1994
O vinho programado para a degustação de n° 12 era um Nobile di Montepulciano Poliziano Asinone 1996, também da região da Toscana. Infelizmente, por motivos alheios à nossa vontade, este vinho não sera mais degustado nesta programação. Em seu lugar foi escolhido um outro Brunello di Montalcino, o que permitirá, desta forma, uma comparação com o anterior.
A família Colombini possui propriedades em Nontalcino desde 1352, e é a proprietária da Fattoria dei Barbi desde 1790. Seus vinhedos cobrem mua área de 100 ha, aproximadamente 35% de todo o estado. A exposição é leste, sudeste e o solo é composto principalmente por "galestro" (pedregoso) com pequenos componentes de lama e argila, e apenas uma pequena parte dele é formada com areias do período eóceno. A adega tem capacidade para 5.000 hl em barris de carvalho, 12.000 hl em tanques de aço inixidável. A produção anual é superior a 700.000 garrafas. Stefano Cinelli Colombini está diretamente envolvido com o gerenciamento global, desde a produção até a comercialização.
O vinho em prova vem sendo produzido desde 1892 e foi premiado diversas vezes por sua qualidade. É elaborado 100% com uvas Sangiovese e estagia por três anos em barris de carvalho, seguindo-se 12 meses em garrafa. O resultado é um vinho bastante agradáve, redondo e bem estruturado, com uma complexidade que irá durar muitos anos. Vamos aos nossos comentários.
Como o Brunello anteriormente provado, apresenta uma cor rubi profunda, brilhante, límpida. Seus aromas são igualmente equilibrados, lembrando defumados, em harmonia com a madeira. Na boca, evidenciou o bom corpo e um paladar agradável, mas com uma certa dose de acidez. Mesmo com uma razoavelmente boa evolução no copo, ainda assim a sensação final não foi tão interessante. Mas é, de fato, um bom vinho e talvez suportasse um pouco mais de envelhecimento. Como o outro, seu teor alcoólico é de 13%. Pontos: 85.
VINHO #12: BRUNELLO DI MONTALCINO (D.O.C.G.)
COLOMBINI FATTORIA DEI BARBI 1994
O vinho programado para a degustação de n° 12 era um Nobile di Montepulciano Poliziano Asinone 1996, também da região da Toscana. Infelizmente, por motivos alheios à nossa vontade, este vinho não sera mais degustado nesta programação. Em seu lugar foi escolhido um outro Brunello di Montalcino, o que permitirá, desta forma, uma comparação com o anterior.
A família Colombini possui propriedades em Nontalcino desde 1352, e é a proprietária da Fattoria dei Barbi desde 1790. Seus vinhedos cobrem mua área de 100 ha, aproximadamente 35% de todo o estado. A exposição é leste, sudeste e o solo é composto principalmente por "galestro" (pedregoso) com pequenos componentes de lama e argila, e apenas uma pequena parte dele é formada com areias do período eóceno. A adega tem capacidade para 5.000 hl em barris de carvalho, 12.000 hl em tanques de aço inixidável. A produção anual é superior a 700.000 garrafas. Stefano Cinelli Colombini está diretamente envolvido com o gerenciamento global, desde a produção até a comercialização.
O vinho em prova vem sendo produzido desde 1892 e foi premiado diversas vezes por sua qualidade. É elaborado 100% com uvas Sangiovese e estagia por três anos em barris de carvalho, seguindo-se 12 meses em garrafa. O resultado é um vinho bastante agradáve, redondo e bem estruturado, com uma complexidade que irá durar muitos anos. Vamos aos nossos comentários.
Como o Brunello anteriormente provado, apresenta uma cor rubi profunda, brilhante, límpida. Seus aromas são igualmente equilibrados, lembrando defumados, em harmonia com a madeira. Na boca, evidenciou o bom corpo e um paladar agradável, mas com uma certa dose de acidez. Mesmo com uma razoavelmente boa evolução no copo, ainda assim a sensação final não foi tão interessante. Mas é, de fato, um bom vinho e talvez suportasse um pouco mais de envelhecimento. Como o outro, seu teor alcoólico é de 13%. Pontos: 85.
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #11: BRUNELLO DI MONTALCINO (D.O.C.G.)
CAMPOGIOVANNI 1992
Em 15/02/03 publicamos uma breve nota sobre o Brunello di Montalcino, um dos mais famosos vinhos da Itália (vide em Arquivos). Breve, porque falar de Brunello requer muito espaço e, acima de tudo, bastante conhecimento. Mas hoje acrescentaremos um pouco mais, desta vez comentando, especificamente, o Campogiovanni 1992 que tivemos o prazer de degustar.
Campogiovanni, situada numa altitude entre 250 e 300 metros, estende-se por 65 ha no flanco sudoeste da Montanha Montalcino, mais exposto aos efeitos benéficos da brisa marinha. Seu clima é tipicamente Mediterrâneo, com uma precipitação média anual de 550 mm; o solo é predominantemente argiloso, com apenas 15% de areia, mas contém grandes quantidades de sais minerais, sem valor para o cultivo das vinhas.
Nestas condições de clima e solo, a uva Sangiovese (variedade Sangiovese Grosso) encontra uma de suas maiores expressões de qualidade: o gradual, porém, constante crescimento da planta, com as uvas atingindo um amadurecimento tão completo e raramente visto em outros lugares.
Desde 1984, a área de Campogiovanni pertence à Agricola San Felice, quando o território do Brunello ainda não havia alcançado os níveis de excelência e notoriedade que hoje possui. E em 1° de janeiro de 1985 foram colocadas no mercado as primeiras garrafas do Brunello di Montalcino D.O.C.G., reconhecido por decreto de 1980 como o primeiro vinho D.O.C.G. italiano.
Mas vamos ao vinho provado. Sabíamos que tinha um grande potencial de guarda, mas não como se compoprtaria depois de 12 anos de armazenamento em condições não propriamente as conhecidas. Abri-lo, portanto, gerou uma expectativa grande. Mas ele não decepcionou. Vejam:
Uma bela cor rubi profunda, homogênea, sem reflexos indesejáveis. Límpido, completamente. Aromas deliciosos, muito equilibrados, complexos, persistentes, lembrando principalmente defumados - um grande prazer em aspirar. Na boca, comprovou seu equilíbrio, com taninos já completamente amaciados e a sensação agradável de descer "redondo". Durante a degustação, evidenciou uma boa evolução no copo. Realmente, um grande vinho! Humildemente reconhecemos que talvez não tenhamos conseguido perceber todas as nuances que apresentou Pontos: 92.
VINHO #11: BRUNELLO DI MONTALCINO (D.O.C.G.)
CAMPOGIOVANNI 1992
Em 15/02/03 publicamos uma breve nota sobre o Brunello di Montalcino, um dos mais famosos vinhos da Itália (vide em Arquivos). Breve, porque falar de Brunello requer muito espaço e, acima de tudo, bastante conhecimento. Mas hoje acrescentaremos um pouco mais, desta vez comentando, especificamente, o Campogiovanni 1992 que tivemos o prazer de degustar.
Campogiovanni, situada numa altitude entre 250 e 300 metros, estende-se por 65 ha no flanco sudoeste da Montanha Montalcino, mais exposto aos efeitos benéficos da brisa marinha. Seu clima é tipicamente Mediterrâneo, com uma precipitação média anual de 550 mm; o solo é predominantemente argiloso, com apenas 15% de areia, mas contém grandes quantidades de sais minerais, sem valor para o cultivo das vinhas.
Nestas condições de clima e solo, a uva Sangiovese (variedade Sangiovese Grosso) encontra uma de suas maiores expressões de qualidade: o gradual, porém, constante crescimento da planta, com as uvas atingindo um amadurecimento tão completo e raramente visto em outros lugares.
Desde 1984, a área de Campogiovanni pertence à Agricola San Felice, quando o território do Brunello ainda não havia alcançado os níveis de excelência e notoriedade que hoje possui. E em 1° de janeiro de 1985 foram colocadas no mercado as primeiras garrafas do Brunello di Montalcino D.O.C.G., reconhecido por decreto de 1980 como o primeiro vinho D.O.C.G. italiano.
Mas vamos ao vinho provado. Sabíamos que tinha um grande potencial de guarda, mas não como se compoprtaria depois de 12 anos de armazenamento em condições não propriamente as conhecidas. Abri-lo, portanto, gerou uma expectativa grande. Mas ele não decepcionou. Vejam:
Uma bela cor rubi profunda, homogênea, sem reflexos indesejáveis. Límpido, completamente. Aromas deliciosos, muito equilibrados, complexos, persistentes, lembrando principalmente defumados - um grande prazer em aspirar. Na boca, comprovou seu equilíbrio, com taninos já completamente amaciados e a sensação agradável de descer "redondo". Durante a degustação, evidenciou uma boa evolução no copo. Realmente, um grande vinho! Humildemente reconhecemos que talvez não tenhamos conseguido perceber todas as nuances que apresentou Pontos: 92.
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #10: SEÑORIO DE NAVA RESERVA 1996
Este é um outro vinho da região espanhola de Ribera del Duero. Elaborado pelas Bodegas Señorio de nava, em Nava de Roa, a partir de uvas da variedade Tinta do País. Como o Pesquera, também 13% de teor alcoólico.
Cor rubi, intensa, brilhante, com tons de cereja madura. Aromas discretos, de correta intensidade, complexos, com fruta e madeira bem integradas, presença de defumados. Ao paladar mostra um corpo médio, taninos muito secos, e uma acidez um tanto agressiva. Um vinho estruturado, com amplitude, elegância e um final suficiente. Pontos: 81.
VINHO #10: SEÑORIO DE NAVA RESERVA 1996
Este é um outro vinho da região espanhola de Ribera del Duero. Elaborado pelas Bodegas Señorio de nava, em Nava de Roa, a partir de uvas da variedade Tinta do País. Como o Pesquera, também 13% de teor alcoólico.
Cor rubi, intensa, brilhante, com tons de cereja madura. Aromas discretos, de correta intensidade, complexos, com fruta e madeira bem integradas, presença de defumados. Ao paladar mostra um corpo médio, taninos muito secos, e uma acidez um tanto agressiva. Um vinho estruturado, com amplitude, elegância e um final suficiente. Pontos: 81.
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #9: PESQUERA RESERVA 1997
A Denominação de Origem Controlada Ribera del Duero qualifica uma das zonas vitivinícolas mais antigas e de maior qualidade da Espanha, rivalizando em forma, prestígio e tradição com as melhores regiões produtoras do mundo. Com 110 km de extensão por 30 km de largura, ocupa as províncias (estados) de Soria, Burgos e Valladolid, somando 11.943 ha. Sua história remonta ao século XI, quando, segundo vestígios encontrados, cuando, según vestigios encontrados, os monges da Dordem de Cister, assentados na zona norte de Castilla, já desfrutavam de vinhos de grande prestígio. Através dos séculos, esta região foi forjando sua própria identidade, até que, em 1982, com a criação da Denominação de Origem, as pequenas vinícolas acabaram por dar lugar às grandes empresas da atualidade.
A área do Alto Douri é especificamente propícia ao cultivo da vinha. O rio Douro e seus afluentes, que cruzam a zona de leste a oeste, dão um caráter invernal aos terrenos de aluvião, favorecendo os vinhedos, que se adaptam muito bem. Os solos possuem pouca matéria orgânica e são ricos em sílica e elementos calcáreos. Uma temperatura média anual de 11ºC, precipitações médias anuais de 430 a 500 l/m² e uma exposição aos raios solares de aproximadamente 2.300 horas conferem às videiras um amadurecimento preciso e seguro.
Mas falemos do vinho provado. É um tinto com 13% de teor alcoólico, elaborado pelas Bodegas Alejandro Fernandez a partir de uvas Tempranillo. Possui uma cor rubi profundo, brilhante, límpida. Aromas de defumados, com a presença equilibrada da madeira, bem como lembrando castanhas de caju assadas (Maranhão). Ao paladar, confirma o bom corpo, mostra-se muito complexo, untuoso e de excelente persistência. No ponto ideal para ser bebido! Um grande vinho! Pontos: 92.
VINHO #9: PESQUERA RESERVA 1997
A Denominação de Origem Controlada Ribera del Duero qualifica uma das zonas vitivinícolas mais antigas e de maior qualidade da Espanha, rivalizando em forma, prestígio e tradição com as melhores regiões produtoras do mundo. Com 110 km de extensão por 30 km de largura, ocupa as províncias (estados) de Soria, Burgos e Valladolid, somando 11.943 ha. Sua história remonta ao século XI, quando, segundo vestígios encontrados, cuando, según vestigios encontrados, os monges da Dordem de Cister, assentados na zona norte de Castilla, já desfrutavam de vinhos de grande prestígio. Através dos séculos, esta região foi forjando sua própria identidade, até que, em 1982, com a criação da Denominação de Origem, as pequenas vinícolas acabaram por dar lugar às grandes empresas da atualidade.
A área do Alto Douri é especificamente propícia ao cultivo da vinha. O rio Douro e seus afluentes, que cruzam a zona de leste a oeste, dão um caráter invernal aos terrenos de aluvião, favorecendo os vinhedos, que se adaptam muito bem. Os solos possuem pouca matéria orgânica e são ricos em sílica e elementos calcáreos. Uma temperatura média anual de 11ºC, precipitações médias anuais de 430 a 500 l/m² e uma exposição aos raios solares de aproximadamente 2.300 horas conferem às videiras um amadurecimento preciso e seguro.
Mas falemos do vinho provado. É um tinto com 13% de teor alcoólico, elaborado pelas Bodegas Alejandro Fernandez a partir de uvas Tempranillo. Possui uma cor rubi profundo, brilhante, límpida. Aromas de defumados, com a presença equilibrada da madeira, bem como lembrando castanhas de caju assadas (Maranhão). Ao paladar, confirma o bom corpo, mostra-se muito complexo, untuoso e de excelente persistência. No ponto ideal para ser bebido! Um grande vinho! Pontos: 92.
julho 11, 2004
MUDANÇA DE ENDEREÇO
Este site mudou de endereço. É com pesar que comunicamos isto, depois de quase três anos contínuos de hospedagem no Virtue.nu. E por motivos totalmente alheios à nossa vontade. Acontece que, há mais de um mês, o site se tornou inacessível, sem qualquer aviso prévio. Pensávamos que se tratava de uma falha momentânea nos servidores do nosso "host", mas não foi assim que as coisas ocorreram. Aguardamos um bom tempo, sem qualquer tipo de comunicado. Finalmente, após uma longa espera, julgamos mais prudente mudar o site de endereço, para evitar que ele fosse cada vez mais se distanciando do interesse daqueles que o frequentavam já de forma sistemática.
Por sorte, não perdemos os arquivos de mensagens e estamos apenas acertando o arquivo de imagens, de modo que o site se restabeleça nas mesmas bases anteriores.
Continuaremos confiantes de merecer a visita dos interessados e agradecemos a compreensão.
Este site mudou de endereço. É com pesar que comunicamos isto, depois de quase três anos contínuos de hospedagem no Virtue.nu. E por motivos totalmente alheios à nossa vontade. Acontece que, há mais de um mês, o site se tornou inacessível, sem qualquer aviso prévio. Pensávamos que se tratava de uma falha momentânea nos servidores do nosso "host", mas não foi assim que as coisas ocorreram. Aguardamos um bom tempo, sem qualquer tipo de comunicado. Finalmente, após uma longa espera, julgamos mais prudente mudar o site de endereço, para evitar que ele fosse cada vez mais se distanciando do interesse daqueles que o frequentavam já de forma sistemática.
Por sorte, não perdemos os arquivos de mensagens e estamos apenas acertando o arquivo de imagens, de modo que o site se restabeleça nas mesmas bases anteriores.
Continuaremos confiantes de merecer a visita dos interessados e agradecemos a compreensão.
junho 14, 2004
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #8: LUIGI BOSCA CABERNET SAUVIGNON 1991
A vinícola que hoje produz os vinhos Luigi Bosca foi fundada em 1901 por Leoncio Arizu, cidadão espanhol oriundo de Navarra e que se radicou em Mendoza em 1890. O lugar escolhido para instala-la foi o Vale de Vistalba, na região de Luján de Cuyo, zona que, por suas características, logrou obter a primeira "Denominação de Origem Controlada" das Américas.
"Vistalba", "La Puntilla", "Carrodilla" e "El Paraíso" são os quatro vinhedos de Leoncio Arizu, que somam mais de 400 hectares. No último deles, com 38 anos de idade, a 780 metros de altitude, localizado junto ao río Mendoza, se cultivam as uvas Cabernet Sauvignon, além de Pinot Noir, Syrah e Sauvignon Blanc. Condições climáticas excepcionais. O solo pedregoso e argiloso faz com que as videiras aprofundem suas raízes, em busca de água, o que dá ao vinho um caráter nervoso.
No caso particular deste vinho, a colheita foi realizada em 10/04/1991 e o engarrafamento em 10/02/1998. Ao longo desse período, o vinho estagiou por três anos em barris de carvalho. Teor alcoólico de 13%.
Este vinho nos proporcionou uma experiência interessante. Sendo já de idade avançada, deveríamos ter pensado em submete-lo previamente a uma decantação, mas, possivelmente por uma distração, não o fizemos e passamos a degusta-lo após um período relativamente curto.
Bela cor rubi, com alguns reflexos alaranjados. Boa limpidez. Inicialmente, não apresentava quase seus aromas, o que pareceu uma decepção. Mas mostrou um bom corpo e não evidenciava defeitos. À medida, porém, em que era degustado, lentamente, começou a ocorrer uma evolução muito rápida, ao longo da qual foi possível sentir, nitidamente, seus aromas pronunciados de defumados! O vinho ganhou em qualidade! Na avaliação global, foi considerado agradável, um bom vinho ainda, mas sentiu-se que já alcançou seu apogeu, talvez até começando a perder qualidade. Pontos: 85.
VINHO #8: LUIGI BOSCA CABERNET SAUVIGNON 1991
A vinícola que hoje produz os vinhos Luigi Bosca foi fundada em 1901 por Leoncio Arizu, cidadão espanhol oriundo de Navarra e que se radicou em Mendoza em 1890. O lugar escolhido para instala-la foi o Vale de Vistalba, na região de Luján de Cuyo, zona que, por suas características, logrou obter a primeira "Denominação de Origem Controlada" das Américas.
"Vistalba", "La Puntilla", "Carrodilla" e "El Paraíso" são os quatro vinhedos de Leoncio Arizu, que somam mais de 400 hectares. No último deles, com 38 anos de idade, a 780 metros de altitude, localizado junto ao río Mendoza, se cultivam as uvas Cabernet Sauvignon, além de Pinot Noir, Syrah e Sauvignon Blanc. Condições climáticas excepcionais. O solo pedregoso e argiloso faz com que as videiras aprofundem suas raízes, em busca de água, o que dá ao vinho um caráter nervoso.
No caso particular deste vinho, a colheita foi realizada em 10/04/1991 e o engarrafamento em 10/02/1998. Ao longo desse período, o vinho estagiou por três anos em barris de carvalho. Teor alcoólico de 13%.
Este vinho nos proporcionou uma experiência interessante. Sendo já de idade avançada, deveríamos ter pensado em submete-lo previamente a uma decantação, mas, possivelmente por uma distração, não o fizemos e passamos a degusta-lo após um período relativamente curto.
Bela cor rubi, com alguns reflexos alaranjados. Boa limpidez. Inicialmente, não apresentava quase seus aromas, o que pareceu uma decepção. Mas mostrou um bom corpo e não evidenciava defeitos. À medida, porém, em que era degustado, lentamente, começou a ocorrer uma evolução muito rápida, ao longo da qual foi possível sentir, nitidamente, seus aromas pronunciados de defumados! O vinho ganhou em qualidade! Na avaliação global, foi considerado agradável, um bom vinho ainda, mas sentiu-se que já alcançou seu apogeu, talvez até começando a perder qualidade. Pontos: 85.
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #7: ANGELICA ZAPATA CABERNET SAUVIGNON ALTA 1999
Este vinho foi produzido e engarrafado por Fincas Catena Zapata, a partir de uvas cultivadas em seus vinhedos localizados em Agrelo, Luján de Cuyo, uma sub-região de Mendoza, a maior e mais importante região vitivinícola da Argentina. São vinhedos com 18 anos de idade, ocupando 150 hectares, a uma altitude de 940 metros, ao pé da Cordilheira dos Andes, que produzem, preferencialmente, as castas Cabernet Sauvignon e Chardonnay.
A vinícola foi fundada por Domingo Catena e Angélica Zapata, que se casaram em 1934 e deram tradição ao empreendimento. Nicolas, o mais velho dos quatro filhos, tomou a seu cargo a condução da empresa e a dotou de equipamentos de alta tecnologia; o projeto objetivou possibilitar o manuseio o mais suave possível das uvas, de modo a preservar o espectro completo de seus aromas.
O nome do vinho é uma homenagem a Angélica, por sua permanente busca da perfeição. Possui um elevado teor alcoólico de 13,7%. De coloração rubi escura, profunda e homogênea, tem um belo brilho. Mostrou logo ser bastante encorpado. Seus aromas são suaves, juntando-se à madeira um certo toque de defumados. Na boca, confirmou o corpo robusto e os aromas, com taninos importantes. Final de boca agradável, com boa persistência. Muito bem estruturado, complexo, possui potencial para envelhecer por mais alguns anos. Pontos: 90.
VINHO #7: ANGELICA ZAPATA CABERNET SAUVIGNON ALTA 1999
Este vinho foi produzido e engarrafado por Fincas Catena Zapata, a partir de uvas cultivadas em seus vinhedos localizados em Agrelo, Luján de Cuyo, uma sub-região de Mendoza, a maior e mais importante região vitivinícola da Argentina. São vinhedos com 18 anos de idade, ocupando 150 hectares, a uma altitude de 940 metros, ao pé da Cordilheira dos Andes, que produzem, preferencialmente, as castas Cabernet Sauvignon e Chardonnay.
A vinícola foi fundada por Domingo Catena e Angélica Zapata, que se casaram em 1934 e deram tradição ao empreendimento. Nicolas, o mais velho dos quatro filhos, tomou a seu cargo a condução da empresa e a dotou de equipamentos de alta tecnologia; o projeto objetivou possibilitar o manuseio o mais suave possível das uvas, de modo a preservar o espectro completo de seus aromas.
O nome do vinho é uma homenagem a Angélica, por sua permanente busca da perfeição. Possui um elevado teor alcoólico de 13,7%. De coloração rubi escura, profunda e homogênea, tem um belo brilho. Mostrou logo ser bastante encorpado. Seus aromas são suaves, juntando-se à madeira um certo toque de defumados. Na boca, confirmou o corpo robusto e os aromas, com taninos importantes. Final de boca agradável, com boa persistência. Muito bem estruturado, complexo, possui potencial para envelhecer por mais alguns anos. Pontos: 90.
junho 04, 2004
DIA DO VINHO
A Serra Gaúcha está em clima de festa: no próximo domingo, dia 6 de junho, será comemorado, pela primeira vez, o Dia Estadual do Vinho.
A data foi instituída pelo Governo do Estado em dezembro de 2003 e resultou de uma idéia nascida na Irmandade dos Italianos, que reúne donos de restaurantes e churrascarias de Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo.
O período de promoção do Dia, integrante do calendário de eventos do Rio Grande do Sul, foi definido com o intuito de marcar a chegada de produtos da nova safra ao mercado e também por ser uma época de poucas festas no circuito turístico.
Que esta data sirva não apenas para comemorar, mas, também, para ajudar a difundir entre os brasileiros o bom e salutar hábito de beber vinho regularmente.
A Serra Gaúcha está em clima de festa: no próximo domingo, dia 6 de junho, será comemorado, pela primeira vez, o Dia Estadual do Vinho.
A data foi instituída pelo Governo do Estado em dezembro de 2003 e resultou de uma idéia nascida na Irmandade dos Italianos, que reúne donos de restaurantes e churrascarias de Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo.
O período de promoção do Dia, integrante do calendário de eventos do Rio Grande do Sul, foi definido com o intuito de marcar a chegada de produtos da nova safra ao mercado e também por ser uma época de poucas festas no circuito turístico.
Que esta data sirva não apenas para comemorar, mas, também, para ajudar a difundir entre os brasileiros o bom e salutar hábito de beber vinho regularmente.
junho 03, 2004
O PREÇO DOS VINHOS NOS RESTAURANTES
Todos sabemos que beber vinho nos restaurantes não custa barato. Mesmo quando se trata de um simples vinho de garrafão, servido em caneca. À primeira vista, pode parecer uma conseqüência do baixo consumo nacional, o que sugeriria ficarem os vinhos empoeirando nas prateleiras até um dia serem servidos. Mas, não será por isto. Veja-se o que ocorre em Portugal, país onde o hábito de beber está arraigado entre as pessoas. De acordo com comentários recentes no Fórum de Discussão, "os preços de venda habitualmente praticados (300% do preço de custo, que é já de si bem elevado) têm vindo cada vez mais a afastar os habituais e potenciais consumidores. Ainda segundo tais comentários, parece que ninguém quer tomar a iniciativa de os baixar para valores razoáveis. As desculpas são sempre as mesmas: a comida dá prejuízo, os custos de armazenamento dos vinhos são elevados, muitas das referências não têm a rotatividade necessária, etc, etc...."
E, no Brasil, quais seriam as justificativas?...
Todos sabemos que beber vinho nos restaurantes não custa barato. Mesmo quando se trata de um simples vinho de garrafão, servido em caneca. À primeira vista, pode parecer uma conseqüência do baixo consumo nacional, o que sugeriria ficarem os vinhos empoeirando nas prateleiras até um dia serem servidos. Mas, não será por isto. Veja-se o que ocorre em Portugal, país onde o hábito de beber está arraigado entre as pessoas. De acordo com comentários recentes no Fórum de Discussão, "os preços de venda habitualmente praticados (300% do preço de custo, que é já de si bem elevado) têm vindo cada vez mais a afastar os habituais e potenciais consumidores. Ainda segundo tais comentários, parece que ninguém quer tomar a iniciativa de os baixar para valores razoáveis. As desculpas são sempre as mesmas: a comida dá prejuízo, os custos de armazenamento dos vinhos são elevados, muitas das referências não têm a rotatividade necessária, etc, etc...."
E, no Brasil, quais seriam as justificativas?...
NOVOS VINHOS DA MIOLO
A Vinícola Miolo apresentou, em 31 de maio último, em São Paulo, três novos vinhos, produzidos com a assessoria do enólogo frances Michel Roland, contratado especialmente pela família para criar novos vinhos e melhorar os vinhedos. Trata-se de vinhos de safra 2003: Quinta do Seival, primeiro vinho da Miolo produzido com castas portuguesas cultivadas na região da Campanha, no Rio Grande do Sul; Cuvée Giuseppe, um corte de uvas Cabernet Sauvignon e Merlot, colhidas das parreiras no Vale dos Vinhedos; e Terranova Cabernet Shiraz,produzido no vale do São Francisco.
A Vinícola Miolo apresentou, em 31 de maio último, em São Paulo, três novos vinhos, produzidos com a assessoria do enólogo frances Michel Roland, contratado especialmente pela família para criar novos vinhos e melhorar os vinhedos. Trata-se de vinhos de safra 2003: Quinta do Seival, primeiro vinho da Miolo produzido com castas portuguesas cultivadas na região da Campanha, no Rio Grande do Sul; Cuvée Giuseppe, um corte de uvas Cabernet Sauvignon e Merlot, colhidas das parreiras no Vale dos Vinhedos; e Terranova Cabernet Shiraz,produzido no vale do São Francisco.
maio 30, 2004
VINHOS BRASILEIROS NO MERCADO EUROPEU
Notícias recentes vindas de Londres informam sobre os esforços das principais vinícolas brasileiras no sentido de exportar nossos vinhos para o Velho Mundo. Reunidos em um consórcio, denominado "Wines from Brazil", representantes das vinícolas Aurora, Casa Valduga, Miolo, De Lantier, Salton e Lovara participaram, pela primeira vez, da Feira Internacional de Vinhos e Bebidas Alcoólicas de Londres, evento que contou com cerca de 1,2 mil produtores de todo o mundo e terminou no dia 17 último.
Segundo informações, a recepção aos vinhos nacionais foi muito boa e houve contatos com importadoras de países como Alemanha, Suécia, Polônia, Malta e até da França, além da Grã-Bretanha. As exportações devem começar a partir de agosto, quando as vinícolas terão definido sua estrutura de distribuição.
Muitas opiniões favoráveis, entre estrangeiros do setor, apontam para as chances do Brasil em conquistar consumidores europeus. Leia aqui a íntegra da reportagem da BBC Brasil.
Notícias recentes vindas de Londres informam sobre os esforços das principais vinícolas brasileiras no sentido de exportar nossos vinhos para o Velho Mundo. Reunidos em um consórcio, denominado "Wines from Brazil", representantes das vinícolas Aurora, Casa Valduga, Miolo, De Lantier, Salton e Lovara participaram, pela primeira vez, da Feira Internacional de Vinhos e Bebidas Alcoólicas de Londres, evento que contou com cerca de 1,2 mil produtores de todo o mundo e terminou no dia 17 último.
Segundo informações, a recepção aos vinhos nacionais foi muito boa e houve contatos com importadoras de países como Alemanha, Suécia, Polônia, Malta e até da França, além da Grã-Bretanha. As exportações devem começar a partir de agosto, quando as vinícolas terão definido sua estrutura de distribuição.
Muitas opiniões favoráveis, entre estrangeiros do setor, apontam para as chances do Brasil em conquistar consumidores europeus. Leia aqui a íntegra da reportagem da BBC Brasil.
maio 22, 2004
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #6: MONTES ALPHA CABERNET SAUVIGNON 1999
A Viña Montes foi fundada em 1988 com a filosofia de produzir vinhos de qualidade "premium". Vinhos "premium" que rapidamente se tornaram o padrão a ser seguido, tais como Montes e Montes Alpha e agora com os Montes Alpha "M" e Montes Folly.
São cinco estabelecimentos, três no Vale de Curicó e dois no de Colchagua, totalizando cerca de 600 hectares de vinhedos, com varietais como Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Carmenère, Petit Verdot, Chardonnay e Sauvignon Blanc. O Montes Alpha Cabernet Sauvignon 1987, hoje uma legenda, foi o primeiro vinho "premium" da empresa e também do Chile.
O da safra de 1999, que agora degustamos, foi produzido em Santa Cruz, em pleno Vale de Colchagua, uma das melhores regiões chilenas para vinhos tintos. Envelhecido por 12 meses em barricas novas de carvalho francês. Teor alcoólico de 14%.
A impressão visual foi agradável, com uma cor rubi não muito profunda, límpido, bom brilho.
Ao nariz, os característicos aromas frutados dessa uva, harmoniosamente combinados com os da madeira, sem excessos. Na boca, sentimos uma certa adstringência, mas o vinho apresentou um corpo razoavelmente bom e um sabor agradável, com um bom final. Pontos: 87.
VINHO #6: MONTES ALPHA CABERNET SAUVIGNON 1999
A Viña Montes foi fundada em 1988 com a filosofia de produzir vinhos de qualidade "premium". Vinhos "premium" que rapidamente se tornaram o padrão a ser seguido, tais como Montes e Montes Alpha e agora com os Montes Alpha "M" e Montes Folly.
São cinco estabelecimentos, três no Vale de Curicó e dois no de Colchagua, totalizando cerca de 600 hectares de vinhedos, com varietais como Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Carmenère, Petit Verdot, Chardonnay e Sauvignon Blanc. O Montes Alpha Cabernet Sauvignon 1987, hoje uma legenda, foi o primeiro vinho "premium" da empresa e também do Chile.
O da safra de 1999, que agora degustamos, foi produzido em Santa Cruz, em pleno Vale de Colchagua, uma das melhores regiões chilenas para vinhos tintos. Envelhecido por 12 meses em barricas novas de carvalho francês. Teor alcoólico de 14%.
A impressão visual foi agradável, com uma cor rubi não muito profunda, límpido, bom brilho.
Ao nariz, os característicos aromas frutados dessa uva, harmoniosamente combinados com os da madeira, sem excessos. Na boca, sentimos uma certa adstringência, mas o vinho apresentou um corpo razoavelmente bom e um sabor agradável, com um bom final. Pontos: 87.
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #5: DOMUS AUREA CABERNET SAUVIGNON 1997
Os vinhedos da Clos Quebrada de Macul foram plantados em 1970. Por muitos anos as uvas foram vendidas a grandes vinícolas, a preços elevadíssimos, até que os proprietários, em conjunto com o enólogo Ignácio Recabarren, decidiram, em 1995, construir sua própria vinícola, que fica no Vale de Maipo.
A característica principal da Clos Quebrada de Macul é orientar toda a sua produção para vinhos de alta qualidade. Em seus 30 hectares são cultivadas as castas Cabernet Sauvignon (a maior parte), Merlot e Cabernet Franc em menores proporções.
A produção anual de 8.000 a 10.000 caixas se divide entre as marcas Domus Áurea, Stella Aurea, Alba e Peñalolén. Da produção total, 90% são exportados para países das Américas e da Europa.
O vinho Domus Aurea 97 é considerado um dos melhores Cabernet Sauvugnon chilenos e mereceu da imprensa especializada rasgados elogios e pontuações elevadas:
"This wine is clearly one of the most exciting in South America right now." Wine Spectator, 31/3/01.
1997 Domus Aurea - 91 Points - Hot Wine - Wine Spectator.
1997 Domus Aurea - 93 Points - Top 10 Chilean Reds - Wine and Spirits.
"Vino que no resulta fácil de encontrar, pero que realmente vale la pena probar, considerado el mejor Cabernet Sauvignon del año. Vino excepcioal, noble. (Medalla de Oro)." Guía de Vinos de Chile 2001.
Com tantas referências elogiosas, percebe-se quão difícil se tornou para nós fazer dele uma avaliação correta. Mas vamos aos comentários.
A primeira característica observada foi a sua bela cor, de um rubi profundo, com tons alaranjados. Grande limpidez, pouca transparência e brilho intenso. Uma bela impressão visual.
Ao nariz, aromas de frutas vermelhas, toques mentolados e de chocolate. Sensação muito agradável e suave, demonstrando um bom equilíbrio, ausência de adstringência.
Antes de prova-lo, havia uma certa preocupação, porque a indicação era de que seu período de guarda seria de 3 a 5 anos e já estávamos com dois a mais. Mas esta foi mais uma bela surpresa: o vinho se mostrou inteiro, extremamente equilibrado, expressivo, complexo, muito bem estruturado e de boa concentração.
Sorvemos devagar as nossas taças, sem perder um pouquinho que fosse de toda a sua qualidade. Excelente vinho!!! Pontos: 92.
Por último, uma referência interessante no rótulo traseiro da garrafa: a colheita foi feita entre 15 e 26 de abril de 1997, sob ótimas condições climáticas, selecionando apenas as frutas da mais alta qualidade.
VINHO #5: DOMUS AUREA CABERNET SAUVIGNON 1997
Os vinhedos da Clos Quebrada de Macul foram plantados em 1970. Por muitos anos as uvas foram vendidas a grandes vinícolas, a preços elevadíssimos, até que os proprietários, em conjunto com o enólogo Ignácio Recabarren, decidiram, em 1995, construir sua própria vinícola, que fica no Vale de Maipo.
A característica principal da Clos Quebrada de Macul é orientar toda a sua produção para vinhos de alta qualidade. Em seus 30 hectares são cultivadas as castas Cabernet Sauvignon (a maior parte), Merlot e Cabernet Franc em menores proporções.
A produção anual de 8.000 a 10.000 caixas se divide entre as marcas Domus Áurea, Stella Aurea, Alba e Peñalolén. Da produção total, 90% são exportados para países das Américas e da Europa.
O vinho Domus Aurea 97 é considerado um dos melhores Cabernet Sauvugnon chilenos e mereceu da imprensa especializada rasgados elogios e pontuações elevadas:
"This wine is clearly one of the most exciting in South America right now." Wine Spectator, 31/3/01.
1997 Domus Aurea - 91 Points - Hot Wine - Wine Spectator.
1997 Domus Aurea - 93 Points - Top 10 Chilean Reds - Wine and Spirits.
"Vino que no resulta fácil de encontrar, pero que realmente vale la pena probar, considerado el mejor Cabernet Sauvignon del año. Vino excepcioal, noble. (Medalla de Oro)." Guía de Vinos de Chile 2001.
Com tantas referências elogiosas, percebe-se quão difícil se tornou para nós fazer dele uma avaliação correta. Mas vamos aos comentários.
A primeira característica observada foi a sua bela cor, de um rubi profundo, com tons alaranjados. Grande limpidez, pouca transparência e brilho intenso. Uma bela impressão visual.
Ao nariz, aromas de frutas vermelhas, toques mentolados e de chocolate. Sensação muito agradável e suave, demonstrando um bom equilíbrio, ausência de adstringência.
Antes de prova-lo, havia uma certa preocupação, porque a indicação era de que seu período de guarda seria de 3 a 5 anos e já estávamos com dois a mais. Mas esta foi mais uma bela surpresa: o vinho se mostrou inteiro, extremamente equilibrado, expressivo, complexo, muito bem estruturado e de boa concentração.
Sorvemos devagar as nossas taças, sem perder um pouquinho que fosse de toda a sua qualidade. Excelente vinho!!! Pontos: 92.
Por último, uma referência interessante no rótulo traseiro da garrafa: a colheita foi feita entre 15 e 26 de abril de 1997, sob ótimas condições climáticas, selecionando apenas as frutas da mais alta qualidade.
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #4: CHÂTEAU VOISIN GRAND CRU 1996
Saint-Emilion é, certamente, uma das denominaçoes bordalesas mais complexas, a mais borgonhesa das denominações bordalesas, costuma-se dizer...
É preciso notar que existem duas denominações: Saint-Emilion e Saint_Emilion Grand Cru. A segunda nada tem a ver com uma "classement", é uma denominação assim como o Bordeaux Supérieur, que não é forçosamente superior ao Bordeaux simples; trata-se apenas de uma outra denominação, com suas regras próprias.
O Château Jean Voisin pertence à família Chassagnoux desde 1955 e possui uma situação excepcional ao norte de Saint-Emilion, ao lado dos "crus" mais prestigiados.
O vinho degustado tem 75% de Merlot, 10% de Cabernet Sauvugnon e 155 de Cabernet Franc. É um Saint-Emilion Grand Cru, elaborado em vinhedos com idade média de 25 anos e que ocupam 14 hectares. Armazenado em barricas novas de carvalho francês por cerca de 6 a 12 meses.
Ao nariz, mostra um bouquet extraordinariamente rico; na boca, apresenta uma estrutura muito boa, definida por taninos maduros. Untuoso. Textura deliciosa. Pontos: 82.
VINHO #4: CHÂTEAU VOISIN GRAND CRU 1996
Saint-Emilion é, certamente, uma das denominaçoes bordalesas mais complexas, a mais borgonhesa das denominações bordalesas, costuma-se dizer...
É preciso notar que existem duas denominações: Saint-Emilion e Saint_Emilion Grand Cru. A segunda nada tem a ver com uma "classement", é uma denominação assim como o Bordeaux Supérieur, que não é forçosamente superior ao Bordeaux simples; trata-se apenas de uma outra denominação, com suas regras próprias.
O Château Jean Voisin pertence à família Chassagnoux desde 1955 e possui uma situação excepcional ao norte de Saint-Emilion, ao lado dos "crus" mais prestigiados.
O vinho degustado tem 75% de Merlot, 10% de Cabernet Sauvugnon e 155 de Cabernet Franc. É um Saint-Emilion Grand Cru, elaborado em vinhedos com idade média de 25 anos e que ocupam 14 hectares. Armazenado em barricas novas de carvalho francês por cerca de 6 a 12 meses.
Ao nariz, mostra um bouquet extraordinariamente rico; na boca, apresenta uma estrutura muito boa, definida por taninos maduros. Untuoso. Textura deliciosa. Pontos: 82.
DEGUSTAÇÕES PROGRAMADAS 2004
VINHO #3: CHÂTEAU PICHON LONGUEVILLE
COMTESSE DE LALANDE 1992
Muito célebre, Pichon - Lalande é às vezes citado como o vinho preferido dos amadores franceses. Proveniente da partilha do mesmo domínio que seu vizinho "Pichon - Baron", ele é também tão diferente quanto podem ser dois vinhos tão próximos geograficamente. Seu caráter flexível, carnudo e terno que o faz muitas vezes ser qualificado como "vinho feminino" se deve, diz-se, à situação do vinhedo, a cavaleiro sobre Pauillac e Saint-Julien, mas certamente em grande parte por causa das cepas plantadas neste terroir, com 45% de Cabernet Sauvugnon, 12% de Cabernet Franc, 35% de Merlot e 8% de Verdot. De qualquer modo Pichon-Lalande, produzido em Pauillac, na região de Bordeaux, é prestigiosamente classificado como um "Deuxiéme Cru". Seu preço na Europa está em torno de 69 euros e recebeu de Robert Parker 79 pontos.
Na degustação que fizemos, surpreendeu-nos que seus 12 anos não lhe tenham causado defeitos, mas, a despeito de ser um vinho de qualidade, não o apreciamos muito. Questão de gosto pessoal. Pontos: 78.
VINHO #3: CHÂTEAU PICHON LONGUEVILLE
COMTESSE DE LALANDE 1992
Muito célebre, Pichon - Lalande é às vezes citado como o vinho preferido dos amadores franceses. Proveniente da partilha do mesmo domínio que seu vizinho "Pichon - Baron", ele é também tão diferente quanto podem ser dois vinhos tão próximos geograficamente. Seu caráter flexível, carnudo e terno que o faz muitas vezes ser qualificado como "vinho feminino" se deve, diz-se, à situação do vinhedo, a cavaleiro sobre Pauillac e Saint-Julien, mas certamente em grande parte por causa das cepas plantadas neste terroir, com 45% de Cabernet Sauvugnon, 12% de Cabernet Franc, 35% de Merlot e 8% de Verdot. De qualquer modo Pichon-Lalande, produzido em Pauillac, na região de Bordeaux, é prestigiosamente classificado como um "Deuxiéme Cru". Seu preço na Europa está em torno de 69 euros e recebeu de Robert Parker 79 pontos.
Na degustação que fizemos, surpreendeu-nos que seus 12 anos não lhe tenham causado defeitos, mas, a despeito de ser um vinho de qualidade, não o apreciamos muito. Questão de gosto pessoal. Pontos: 78.
maio 20, 2004
SANTA SILVIA 2002
A província (estado) de San Juan está localizada ao norte de outra famosa província argentina: Mendoza e faz divisa com o Chile. Nela, o Vale de Tulum é uma das mais importantes áreas da vitivinicultura argentina. Com um clima seco e temperado, altitude de 600 metros, solos permeáveis de areia e argila, produz uma grande variedade de vinhos, desde os de mesa aos mais finos.
Como em outras áreas do país, em San Juan apenas se produzem vinhos de mesa. Hoje em dia, porém, graças ao avanço tecnológico introduzido por algumas vinícolas, vinhos finos de excelente qualidade estão sendo produzidos. A casta nobre que melhor se adaptou à área foi a Syrah, proporcionando vinhos de grande concentração aromática e de corpo robusto.
A Bodegas y Viñedos Santiago Graffigna se situa em Pocito. Este lugar, com grande amplitude térmica (dias quentes e noites frias), é um ponto estratégico para o desenvolvimento de uvas finas, tais como Cabernet Sauvignon e Syrah (tintas), Chardonnay, Chenin e Riesling (brancas).
A Graffigna foi fundada em 1870, tornando-se uma das mais importantes vinícolas de San Juan. Em 2001 foi adquirida pelo grupo internacional Allied Domecq
. Seus vinhos são exportados para Brasil, EUA, Inglaterra, México, França, Alemanha e Nova Zelândia. Dela experimentamos este Santa Silvia, um vinho fino tinto de mesa seco. Produzido a partir de uvas Cabernet Sauvignon, possui 13% de teor alcoólico. Apresenta uma coloração rubi, não muito profunda, mas límpida, e ao exame visual já foi possível verificar que tem um corpo médio. Aromas agradáveis de frutas maduras. Na boca, mostrou um pouco de adstringência, mas não chegou a ser demasiada. Em resumo, um vinho de mesa de características aceitáveis para o consumo do dia-a-dia. Preço em torno de R$15.
A província (estado) de San Juan está localizada ao norte de outra famosa província argentina: Mendoza e faz divisa com o Chile. Nela, o Vale de Tulum é uma das mais importantes áreas da vitivinicultura argentina. Com um clima seco e temperado, altitude de 600 metros, solos permeáveis de areia e argila, produz uma grande variedade de vinhos, desde os de mesa aos mais finos.
Como em outras áreas do país, em San Juan apenas se produzem vinhos de mesa. Hoje em dia, porém, graças ao avanço tecnológico introduzido por algumas vinícolas, vinhos finos de excelente qualidade estão sendo produzidos. A casta nobre que melhor se adaptou à área foi a Syrah, proporcionando vinhos de grande concentração aromática e de corpo robusto.
A Bodegas y Viñedos Santiago Graffigna se situa em Pocito. Este lugar, com grande amplitude térmica (dias quentes e noites frias), é um ponto estratégico para o desenvolvimento de uvas finas, tais como Cabernet Sauvignon e Syrah (tintas), Chardonnay, Chenin e Riesling (brancas).
A Graffigna foi fundada em 1870, tornando-se uma das mais importantes vinícolas de San Juan. Em 2001 foi adquirida pelo grupo internacional Allied Domecq
. Seus vinhos são exportados para Brasil, EUA, Inglaterra, México, França, Alemanha e Nova Zelândia. Dela experimentamos este Santa Silvia, um vinho fino tinto de mesa seco. Produzido a partir de uvas Cabernet Sauvignon, possui 13% de teor alcoólico. Apresenta uma coloração rubi, não muito profunda, mas límpida, e ao exame visual já foi possível verificar que tem um corpo médio. Aromas agradáveis de frutas maduras. Na boca, mostrou um pouco de adstringência, mas não chegou a ser demasiada. Em resumo, um vinho de mesa de características aceitáveis para o consumo do dia-a-dia. Preço em torno de R$15.
ULTRAPASSADOS OS 10.000 ACESSOS!
É muito gratificante comprovar que este site vem aumentando de modo significativo a freqüência dos acessos. E já ultrapassou os 10.000! Para sermos mais exatos, chegou agora aos 10.276 - uma marca expressiva para um espaço que se propõe a abordar um assunto não muito popular, como é o vinho.
Só nos resta agradecer aos nossos visitantes e procurar fazer as coisas ainda melhores. Agora, contando com o novo site já divulgado, que, com uma estrutura diferente, será um reforço no sentido de trazer outras informações e facilidades.
Voltem sempre!
É muito gratificante comprovar que este site vem aumentando de modo significativo a freqüência dos acessos. E já ultrapassou os 10.000! Para sermos mais exatos, chegou agora aos 10.276 - uma marca expressiva para um espaço que se propõe a abordar um assunto não muito popular, como é o vinho.
Só nos resta agradecer aos nossos visitantes e procurar fazer as coisas ainda melhores. Agora, contando com o novo site já divulgado, que, com uma estrutura diferente, será um reforço no sentido de trazer outras informações e facilidades.
Voltem sempre!
maio 11, 2004
TRIVENTO TINTO 2003
Faz poucos dias nos deparamos com um rótulo novo, que nos despertou a atenção. Examinando a garrafa, verificamos tratar-se de um tinto seco de mesa argentino, elaborado e engarrafado em Mendoza por Trivento Bodegas y Viñedos S.A.. Um corte de uvas Shiraz e Malbec (proporções não indicadas), com 12,5% de teor alcoólico.
Como o preço era convidativo (pouco mais que R$15), decidimos experimentá-lo. Primeiramente, tratamos de resfriá-lo um pouco, porque a temperatura ambiente por aqui ainda anda meio elevada. Mas, ao colocar a bebida na taça, observamos logo sua cor rubi profunda, sem colorações espúrias, com um brilho agradável, e a limpidez do vinho. Boa impressão inicial. Ao nariz, mostrou aromas típicos de frutas silvestres, de forma bem satisfatória. Mas foi na boca que pudemos concluir pela aceitabilidade deste vinho na categoria "de mesa", com bom corpo, taninos bem presentes e uma adstringência relativamente pequena para sua estrutura e sua idade.
Em resumo, um vinho importado que, na sua categoria, se mostrou adequado para o dia-a-dia e acompanhou bem um prato com carnes grelhadas.
Por último, um detalhe curioso: o rótulo frontal traz a indicação "Concha y Toro in Argentina", o que dá a entender que a vinícola Trivento esteja integrada ao conhecido grupo chileno.
Faz poucos dias nos deparamos com um rótulo novo, que nos despertou a atenção. Examinando a garrafa, verificamos tratar-se de um tinto seco de mesa argentino, elaborado e engarrafado em Mendoza por Trivento Bodegas y Viñedos S.A.. Um corte de uvas Shiraz e Malbec (proporções não indicadas), com 12,5% de teor alcoólico.
Como o preço era convidativo (pouco mais que R$15), decidimos experimentá-lo. Primeiramente, tratamos de resfriá-lo um pouco, porque a temperatura ambiente por aqui ainda anda meio elevada. Mas, ao colocar a bebida na taça, observamos logo sua cor rubi profunda, sem colorações espúrias, com um brilho agradável, e a limpidez do vinho. Boa impressão inicial. Ao nariz, mostrou aromas típicos de frutas silvestres, de forma bem satisfatória. Mas foi na boca que pudemos concluir pela aceitabilidade deste vinho na categoria "de mesa", com bom corpo, taninos bem presentes e uma adstringência relativamente pequena para sua estrutura e sua idade.
Em resumo, um vinho importado que, na sua categoria, se mostrou adequado para o dia-a-dia e acompanhou bem um prato com carnes grelhadas.
Por último, um detalhe curioso: o rótulo frontal traz a indicação "Concha y Toro in Argentina", o que dá a entender que a vinícola Trivento esteja integrada ao conhecido grupo chileno.
maio 03, 2004
NOVIDADES NO SITE
O site "O vinho e seus prazeres" conta agora com mais uma função: o envio, por e-mail, de notas de prova. Mediante o preenchimento de um formulário descomplicado, os interessados poderão remeter suas notas, que serão analisadas com o objetivo de publicá-las no site, na página "Provas"..
A idéia é, dentro de algum tempo, disponibilizar informações que permitam fazer comparaçoes ou apenas conhecer mais detalhes de determinado vinho. Para isto, será fundamental uma colaboração em adequada quantidade. Para enviar, acessar o site e entrar em "Enviar notas".
O site "O vinho e seus prazeres" conta agora com mais uma função: o envio, por e-mail, de notas de prova. Mediante o preenchimento de um formulário descomplicado, os interessados poderão remeter suas notas, que serão analisadas com o objetivo de publicá-las no site, na página "Provas"..
A idéia é, dentro de algum tempo, disponibilizar informações que permitam fazer comparaçoes ou apenas conhecer mais detalhes de determinado vinho. Para isto, será fundamental uma colaboração em adequada quantidade. Para enviar, acessar o site e entrar em "Enviar notas".
abril 18, 2004
CISTUS 2001 TINTO
Na semana passada, comemorando a Páscoa, provamos este vinho português, produzido em Torre de Moncorvo, na região do Douro, por Antonio Augusto Fernandes.
É um vinho seco, com 12,5% de teor alcoólico, elaborado com uvas das castas Tinta Roriz, Touriga Franca, Touriga Nacional e Tinta Barroca, das mais conhecidas em Portugal.
A temperatura ambiente não era a ideal, mas também não muito elevada, e por isto decidimos não resfriá-lo.
Apresentava uma coloração rubi não muito intebsa, mas bonita e agradável, e boa limpidez. Ao nariz, aromas de madeira e frutados, bem equilibrados e persistentes. Corpo médio. Na boca, a presença agradável dos taninos e uma sensação de plenitude.
Em resumo, acompanhou muito bem nossa refeição e mostrou-se um vinho de mesa satisfatório em sua faixa de preço, em torno dos 7 euros.
Na semana passada, comemorando a Páscoa, provamos este vinho português, produzido em Torre de Moncorvo, na região do Douro, por Antonio Augusto Fernandes.
É um vinho seco, com 12,5% de teor alcoólico, elaborado com uvas das castas Tinta Roriz, Touriga Franca, Touriga Nacional e Tinta Barroca, das mais conhecidas em Portugal.
A temperatura ambiente não era a ideal, mas também não muito elevada, e por isto decidimos não resfriá-lo.
Apresentava uma coloração rubi não muito intebsa, mas bonita e agradável, e boa limpidez. Ao nariz, aromas de madeira e frutados, bem equilibrados e persistentes. Corpo médio. Na boca, a presença agradável dos taninos e uma sensação de plenitude.
Em resumo, acompanhou muito bem nossa refeição e mostrou-se um vinho de mesa satisfatório em sua faixa de preço, em torno dos 7 euros.
abril 17, 2004
NOVO FÓRUM ATIVADO
Temos a satisfação de comunicar que já se encontra disponível o novo Fórum de Discussão, integrado ao novo site "O vinho e seus prazeres". Utilizando um dos mais poderosos softwares dessa área, oferecerá diversas facilidades aos usuários, que passam a dispor de um verdadeiro ponto de encontro para a troca de experiências.
Na fase inicial de operação, caso surjam eventuais dificuldades, pedimos informar por e-mail àAdministração.
Este projeto visa a aumentar a integração entre os apreciadores de vinhos e contamos com a presença de vocês.
Cliquem aqui para visitar. Para participar, é necessário um cadastramento prévio.
Temos a satisfação de comunicar que já se encontra disponível o novo Fórum de Discussão, integrado ao novo site "O vinho e seus prazeres". Utilizando um dos mais poderosos softwares dessa área, oferecerá diversas facilidades aos usuários, que passam a dispor de um verdadeiro ponto de encontro para a troca de experiências.
Na fase inicial de operação, caso surjam eventuais dificuldades, pedimos informar por e-mail àAdministração.
Este projeto visa a aumentar a integração entre os apreciadores de vinhos e contamos com a presença de vocês.
Cliquem aqui para visitar. Para participar, é necessário um cadastramento prévio.
abril 06, 2004
O VINHO E SEUS PRAZERES
É com muita satisfação que comunicamos o lançamento de um novo site, que leva o nome acima. Exatamente dois anos e meio depois deste aqui, que se tornou já bastante conhecido, no Brasil e no Exterior.
Quais as principais razões para isto? Bem, ao longo de todo esse tempo recolhemos comentários de diversas pessoas que visitavam o site e encontravam um pouco de dificuldade para localizar as matérias, face à estrutura adotada, com os assuntos colocados cronologicamente, sem uma ordenação lógica. Paralelamente a isto, sentíamos a necessidade de uma interação maior com os visitantes, proporcionando uma dinâmica maior ao site.
Clique aqui para entrar. Esclarecemos que,embora uma parte importante do novo site ainda não esteja à disposição (fórum e envio de notas de prova), os interessados já podem navegar pelas demais páginas. Assim como também já podem remeter comentários e sugestões diretamente do site.
Mas o atual site continuará existindo e poderá ser acessado facilmente a partir do novo.
Aguardamos sua visita e suacolaboração.
É com muita satisfação que comunicamos o lançamento de um novo site, que leva o nome acima. Exatamente dois anos e meio depois deste aqui, que se tornou já bastante conhecido, no Brasil e no Exterior.
Quais as principais razões para isto? Bem, ao longo de todo esse tempo recolhemos comentários de diversas pessoas que visitavam o site e encontravam um pouco de dificuldade para localizar as matérias, face à estrutura adotada, com os assuntos colocados cronologicamente, sem uma ordenação lógica. Paralelamente a isto, sentíamos a necessidade de uma interação maior com os visitantes, proporcionando uma dinâmica maior ao site.
Clique aqui para entrar. Esclarecemos que,embora uma parte importante do novo site ainda não esteja à disposição (fórum e envio de notas de prova), os interessados já podem navegar pelas demais páginas. Assim como também já podem remeter comentários e sugestões diretamente do site.
Mas o atual site continuará existindo e poderá ser acessado facilmente a partir do novo.
Aguardamos sua visita e suacolaboração.
março 08, 2004
LA QUEBRADA 2002
Não estávamos pensando em comprar vinho algum, até que nos deparamos com um rótulo até então desconhecido, que nos despertou a atenção. Era um tinto de mesa fino seco, produzido na Argentina pela Bodegas Bórbore e tinha um preço convidativo: R$10,85 (cerca de 3,5 euros). Decidimos experimentar.
O vinho é elaborado a partir de uvas viníferas (coisa difícil de acontecer no Brasil para vinhos de mesa, se é que existe), mas sem informação das castas, apenas a graduação alcoólica de 12%. Também não há indicação da região produtora (quase sempre Mendoza), apenas a informação vaga de que fica "aos pés dos Andes" (?). Mas, até aí, tudo bem, não vamos exigir demais...
Ao colocarmos o vinho na taça, vimos logo, pela sua coloração, que não possuía muito corpo, logo depois comprovado ao degustar. Mas sua cor era homogênea, de um rubi um pouco esmaecido, mas bastante límpida. Aromas frutados bem presentes, mas não identificamos outras nuances.
Na boca, seu paladar se mostrou agradável, leve, embora com uma certa adstringência, que não chega a prejudicar o resultado.
Em resumo, um vinho que se mostrou bom acompanhante para um prato de carnes vermelhas e que pode ser degustado razoavelmente bem, guardadas as suas características. Seguramente, melhor que muitos nacionais da mesma categoria.
Não estávamos pensando em comprar vinho algum, até que nos deparamos com um rótulo até então desconhecido, que nos despertou a atenção. Era um tinto de mesa fino seco, produzido na Argentina pela Bodegas Bórbore e tinha um preço convidativo: R$10,85 (cerca de 3,5 euros). Decidimos experimentar.
O vinho é elaborado a partir de uvas viníferas (coisa difícil de acontecer no Brasil para vinhos de mesa, se é que existe), mas sem informação das castas, apenas a graduação alcoólica de 12%. Também não há indicação da região produtora (quase sempre Mendoza), apenas a informação vaga de que fica "aos pés dos Andes" (?). Mas, até aí, tudo bem, não vamos exigir demais...
Ao colocarmos o vinho na taça, vimos logo, pela sua coloração, que não possuía muito corpo, logo depois comprovado ao degustar. Mas sua cor era homogênea, de um rubi um pouco esmaecido, mas bastante límpida. Aromas frutados bem presentes, mas não identificamos outras nuances.
Na boca, seu paladar se mostrou agradável, leve, embora com uma certa adstringência, que não chega a prejudicar o resultado.
Em resumo, um vinho que se mostrou bom acompanhante para um prato de carnes vermelhas e que pode ser degustado razoavelmente bem, guardadas as suas características. Seguramente, melhor que muitos nacionais da mesma categoria.
março 07, 2004
YLENIA Vendemmia 2001
Aqui está mais um vinho de vindima tardia, estou completamente rendido, este produzido na Sicilia. Ái de quem diga que este vinho é mafioso!!!!
É de uma riqueza aromática divinal, com a toranja a dominar claramente o conjunto. O sabor é aveludado lembrando frutas tropicais (ahhh!! Brasil), laranjas e pêssegos. A acidez é quase perfeita para o meu gosto.
Como único defeito, só o preço. Cerca de 26€ por uma garrafinha de 500 ml é obra.
Aqui está mais um vinho de vindima tardia, estou completamente rendido, este produzido na Sicilia. Ái de quem diga que este vinho é mafioso!!!!
É de uma riqueza aromática divinal, com a toranja a dominar claramente o conjunto. O sabor é aveludado lembrando frutas tropicais (ahhh!! Brasil), laranjas e pêssegos. A acidez é quase perfeita para o meu gosto.
Como único defeito, só o preço. Cerca de 26€ por uma garrafinha de 500 ml é obra.
QUINTA DE BAIXO RESERVA 2000
Dizem os críticos que o produtor deste vinho, médico de profissão, está a fazer um belíssimo trabalho na Bairrada, mantendo viva a tradição bairradina conjugando uma maior suavidade do vinho. Os maiores elogios vão para os garrafeira, que ainda não tive oportunidade de provar. Custam 4 vezes os reserva.
Será certamente bem recebido pelos apreciadores dos vinhos clássicos, com um aroma ainda um pouco fechado, mas nada desagradável, um bom corpo e equilíbrio entre corpo, acidez e estrutura. Suponho que evoluirá muito bem em garrafa pelos próximos 3-4 anos.
Pelo preço (menos de 6€) lá terei de comprar mais algumas para guardar.
eheheh
Dizem os críticos que o produtor deste vinho, médico de profissão, está a fazer um belíssimo trabalho na Bairrada, mantendo viva a tradição bairradina conjugando uma maior suavidade do vinho. Os maiores elogios vão para os garrafeira, que ainda não tive oportunidade de provar. Custam 4 vezes os reserva.
Será certamente bem recebido pelos apreciadores dos vinhos clássicos, com um aroma ainda um pouco fechado, mas nada desagradável, um bom corpo e equilíbrio entre corpo, acidez e estrutura. Suponho que evoluirá muito bem em garrafa pelos próximos 3-4 anos.
Pelo preço (menos de 6€) lá terei de comprar mais algumas para guardar.
eheheh
março 01, 2004
NOVO GRUPO DE DISCUSSÃO
Com o objetivo de proporcionar mais facilidades aos usuários, inclusive quanto ao idioma, foi criado um Grupo de Discussão no Yahoo Brasil. Para entrar, acesse o link ao lado.
O antigo Fórum de Degustação continua ativo e nada impede que seja ainda utilizado, mas sugerimos aos que já o freqüentavam que postem suas novas mensagens no novo endereço, associando-se previamente ao Grupo.
Agradecemos a compreensão e aguardaremos as visitas ao novo espaço.
Com o objetivo de proporcionar mais facilidades aos usuários, inclusive quanto ao idioma, foi criado um Grupo de Discussão no Yahoo Brasil. Para entrar, acesse o link ao lado.
O antigo Fórum de Degustação continua ativo e nada impede que seja ainda utilizado, mas sugerimos aos que já o freqüentavam que postem suas novas mensagens no novo endereço, associando-se previamente ao Grupo.
Agradecemos a compreensão e aguardaremos as visitas ao novo espaço.
fevereiro 22, 2004
CHILE - RETROSPECTIVA HISTÓRICA
Encerrando esta série de notas sobre os vinhos chilenos, apresentamos uma breve retrospectiva histórica, visando a mostrar como se processou a implantação da vitivinicultura no país e a evolução subseqüente da mesma. As informações a seguir constam da oitava edição (2001) do Guia de Vinos de Chile, em parte utilizado como fonte de referência para essas notas. Veja aqui.
Encerrando esta série de notas sobre os vinhos chilenos, apresentamos uma breve retrospectiva histórica, visando a mostrar como se processou a implantação da vitivinicultura no país e a evolução subseqüente da mesma. As informações a seguir constam da oitava edição (2001) do Guia de Vinos de Chile, em parte utilizado como fonte de referência para essas notas. Veja aqui.
fevereiro 20, 2004
CHILE - VINHOS BONS E BARATOS
Como uma referência para os que procuram comprar vinhos mais baratos, mas de qualidade, indicamos abaixo alguns que foram classificados em 2001 pelo Guia de Vinos de Chile nas categorias de "agradável" (** - 70 a 79 pontos) e "excelente" (*** - 80 a 86 pontos). São vinhos de vinícolas conceituadas, das safras de 1999 e 2000, e custavam, no mercado local (à época da classificação), até 2.000 pesos (+/- 3,5 USD hoje).
Cabernet Sauvugnon
Canepa Clássico 99 **, Carmen Margaux 99 ***, Carta Vieja 00 **, Casa Silva Doña Dominga 99 ***, Gracia Celebrado 99 **, Luís Felipe Edwards Pupila 99 ***, San Pedro Gato Negro 99 **, Santa Carolina Antares 99 **, Santa Carolina Três Estrellas 99 ***, Santa Helena Siglo de Oro 99 ***, Santa Rita 120 Tres Medallas 99 **, Tarapacá Leon de Tarapacá 99 ***, Undurraga 99 **, Valdiviso Saint Morillon 99 **.
Chardonnay
Carmen 99 ***, Carmen 00 ***, Casa Silva Doña Dominga 00 **, Concha y Toro Sunrise 99 **, Cousiño Macul 99 **, San Pedro Gato Blanco 00 ***, Santa Carolina Tres Estrellas 99 **, Santa Rita 120 Tres Medallas 99 **, Santa Rita 120 Tres Medallas 00 **, Tarapacá León de Tarapacá 00 **.
Convém ressaltar que são vinhos já com quatro a cinco anos e, por isto, não se poderia esperar tivessem as mesmas classificações em 2004. Mas ficam aqui as referências, podem ajudar na hora da escolha.
Como uma referência para os que procuram comprar vinhos mais baratos, mas de qualidade, indicamos abaixo alguns que foram classificados em 2001 pelo Guia de Vinos de Chile nas categorias de "agradável" (** - 70 a 79 pontos) e "excelente" (*** - 80 a 86 pontos). São vinhos de vinícolas conceituadas, das safras de 1999 e 2000, e custavam, no mercado local (à época da classificação), até 2.000 pesos (+/- 3,5 USD hoje).
Cabernet Sauvugnon
Canepa Clássico 99 **, Carmen Margaux 99 ***, Carta Vieja 00 **, Casa Silva Doña Dominga 99 ***, Gracia Celebrado 99 **, Luís Felipe Edwards Pupila 99 ***, San Pedro Gato Negro 99 **, Santa Carolina Antares 99 **, Santa Carolina Três Estrellas 99 ***, Santa Helena Siglo de Oro 99 ***, Santa Rita 120 Tres Medallas 99 **, Tarapacá Leon de Tarapacá 99 ***, Undurraga 99 **, Valdiviso Saint Morillon 99 **.
Chardonnay
Carmen 99 ***, Carmen 00 ***, Casa Silva Doña Dominga 00 **, Concha y Toro Sunrise 99 **, Cousiño Macul 99 **, San Pedro Gato Blanco 00 ***, Santa Carolina Tres Estrellas 99 **, Santa Rita 120 Tres Medallas 99 **, Santa Rita 120 Tres Medallas 00 **, Tarapacá León de Tarapacá 00 **.
Convém ressaltar que são vinhos já com quatro a cinco anos e, por isto, não se poderia esperar tivessem as mesmas classificações em 2004. Mas ficam aqui as referências, podem ajudar na hora da escolha.
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